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História Devilish Angel - Guess he wants to play


Escrita por: chapterf0ur

Notas do Autor


Olá meus amores, como vocês estão?
Depois de uma semaninha, volto com a atualização de Devilish Angel! ALELUIA. Espero não ter demorado muito e que vocês estejam gostando da história.

Por favor, notinhas finais são MEGA importantes! ❤

Enjoy meus amores?

Capítulo 4 - Guess he wants to play


Encarei a grande casa de modo a me perder em meus pensamentos, desde os mais insanos até os mais obscuros. Sai do meu modo de transe quando ouvi a porta ser aberta e uma figura masculina me encarar com um sorriso amarelo em seu rosto, havia começado a chover e eu estava parada praticamente no meio da rua, encarando o nada havia uns quinze minutos. Gabbe abriu os braços, intimando-me a ir até ele e lhe dar um abraço, como sempre fazia antes de entrar, perguntar sobre Maxine e esperarmos os pais de Gabbe e Max nos levarem para a escola. A segunda feira havia chegado mais rápido do que eu imaginava, mais rápido do que eu queria. Após a minha saída até o Devilish com Brian, eu me mantive em casa e nem sequer desci para falar com os pais do garoto, na tarde do sábado, temendo que ele estivesse ali, apenas para me observar. Eu fechava os olhos e o via como uma sombra a me perseguir, como algo que me acompanhava onde quer que eu estivesse. Era como um pesadelo, onde eu era a próxima a ser perseguida e morta pelo rosto bonito do filho prodígio do Reverendo Haner.

- Você fez o que, Summer? – Gabbe praticamente gritou, eu me assustei e o repreendi com o olhar.

- Cale a boca Gabriel. – Olhei através do corredor, para ver se ninguém tinha escutado nossa conversa. Eu precisava desabafar com alguém, Gabbe foi a melhor opção que tive. – Pelo amor de Deus, não conte isso a ninguém. Você é meu melhor amigo e eu não posso confiar em mais ninguém, nem em Maxine, infelizmente.

- Nem eu confio na minha própria irmã. Ela é capaz de dar com a língua nos dentes, sem nem notar. – O loiro riu breve e me encarou. – Então quer dizer que o filho do pastor não é tão santo como nós imaginávamos? – Neguei com a cabeça. – Eu não quero você perto dele, ouviu Summy?

- E por que não? É divertido jogar com ele, devo admitir. Ele é bem competitivo por sinal e não admite ficar por baixo, o que o torna um filho da puta arrogante, de alma e coração frio. – Decidimos esperar Max e os pais de Gabbe sentados na varanda da casa dos McGiven. Sentamos nos degraus e eu observei a rua, onde grossos pingos de chuva caíam sem parar. – Ele é um imbecil.

- É justamente por isso que eu não a quero perto dele, Summer. Imagina o que esse maluco pode fazer. Ainda mais com os pais que ele tem, que são bem influentes nessa mísera cidade, eu não duvido de muita coisa. Ele pode te destroçar. Você já sofreu tanta coisa até se recuperar por definitivo, vai deixar um louco como ele te detonar como uma bomba-relógio?

- Meus pais são amigos da família dele. – Rebati. – Se ele faz algo comigo, George e Ariana são capazes de arrancar a cabeça dele. Sei que meus pais ainda sentem o mínimo de afeto para que isso ocorra, ou seja, ele não seria maluco de tocar em um fio de cabelo meu. E outra, meu querido Gabbe… Acho que vai ser bacana brincar um pouquinho. – Sorri para um Gabriel sério, que me encarava.

- Eu só espero que você não se apaixone por esse maluco.

- E quem disse em se apaixonar, Gabriel? Ficou louco? – Eu ri nervosamente, enquanto ouvi a porta ser aberta e cessava o assunto ali mesmo. Maxine vinha para fora, seguida por seus pais. – Ora mocinha, achei que não iria para a escola hoje. Bom dia senhor e senhora McGiven. – O casal mais velho me cumprimentou com um sorriso no rosto e logo, nós estávamos a bordo do carro da família, indo para a escola.

 

 

♦ ♦ ♦

 

A sala abafada emanava o calor que as três patricinhas, que eu ainda não sei o que fazem no coral, tentavam passar cantando uma música da Madonna, com um figurino bem piegas, de modo que fizesse eu querer vomitar até as minhas tripas. Alguém diz que se elas estão tentando ser sexys, estão fazendo do jeito errado e nem a falsa identidade de amigo do Senhor estava querendo olhar para aquela cena patética. Ou para disfarçar a sua personalidade por debaixo do terno cinza, combinado com a camisa branca presa até o pescoço, ou por fazer questão de demonstrar sua falta de interesse naquelas três idiotas que achavam que a Madonna tinha reencarnado nos corpos secos delas. O senhor Burks, observava aquilo fascinado, como se visse potencial nas garotas, o que fez eu retorcer minha cara algumas dezenas de vezes. Max cantarolava a música animada, enquanto Gabbe olhava para o ventilador que girava de forma inútil, tentando esvair o calor da sala em que nos encontrávamos. As palmas ecoaram assim que La Isla Bonita foi finalizada e muitos se mostravam desinteressados com o que ouviram, afinal, quem é a pessoa se que sente latina demais a ponto de querer tentar refazer Madonna e sua cabeleira loura em La Isla Bonita? Ou o melhor, aquelas três doidas sabiam quem era Madonna? Seria a pergunta que ficaria no ar. A maioria dos alunos já havia cantado, isso incluía eu, Max, Gabbe e Brian, que ironicamente tinha cantado I Will Follow Him, música do filme Sister Act*, bem a cara dele. E naquele momento eu estava com vontade de brincar um pouco. Sorri para Gabbe, que ficou me olhando com uma cara confusa, de forma rápida e sem atrapalhar o que o senhor Burks falava, sentei-me atrás do Santo Brian, que rabiscava alguma coisa qualquer em seu pequeno caderninho. Cutuquei-o com a ponta do All Star desgastado em meu pé e o vi pular de susto.

- Oh, me desculpe Brian. Espero que Deus possa me perdoar por isso.

- O Senhor perdoa aqueles que se arrependem verdadeiramente. – O garoto soltou, com a voz trêmula, parecendo que tinha medo de falar. Gabbe e Max seguraram o riso.

- Acho que o seu Senhor irá me mandar para o Inferno. – Caçoei.

Alguns alunos que estavam a nossa volta não conseguiram segurar o riso e isso fez com que o filho do pastor abaixasse sua cabeça e continuasse concentrado em seu caderno, descontando sua provável raiva, já que a força aplicada seria capaz de partir o caderno em dois. Eu me recostei sobre a cadeira, de modo desengonçado, enquanto mantinha meu All Star na ponta da cadeira de Brian, buscando irritar aquele idiota até o fim da aula. Senhor Burks começou a tagarelar sobre o quanto nossos trabalhos ficaram bons e um monte de blá blá blá sem nexo, que no fim das contas não acrescentaria em nada na aula. Após o discurso, uma tentativa falha de puxar o saco dos alunos, ele nos sugeriu que cantássemos músicas que nos retratassem, de modo profundo, algo vindo de nós mesmos, como se fossemos nos libertar das máscaras que nos rondam. Falando desse jeito até parecia que o professor sabia algo sobre a mentira que vivia ambientada ali na sala.

O sinal tocou e todos se levantaram para ir embora, se arrastando como uma horda de zumbis que vaga em seu espaço sem rumo algum. A segunda-feira ainda se mantinha nublada, onde a ameaça de uma nova garoa fazia com que os alunos corressem até suas casas, vi muitos deles correndo até o ponto mais próximo e pegar o ônibus, idiotas, pensei. Até parecem que são feitos de açúcar. Gabbe e Max tomariam o rumo contrário, pois iam para a casa de uma tia na cidade vizinha, por isso, depois de me despedir deles, coloquei-me a caminhar na companhia de meus fones, onde explodiam um indie rock da moda, alguma música que todos haviam achado legal e não parava de tocar nas rádios locais.

- A porra do seu plano é me foder, Davis? – Senti o brusco movimento de alguém puxando meu braço e gritando comigo, mesmo com o fone, eu sabia quem era. – Você enlouqueceu?

- O que eu fiz? Eu apenas estava pedindo perdão a você e ao Senhor por conta do que eu aprontei. - Um sorriso brotou em meu rosto. – Eu não acredito que um dos mais fiéis servos de Deus não quer as minhas mais sinceras desculpas.

- Você sabe do que eu estou falando, não se faça de sonsa. – Ele largou meu braço, onde eu pude ver uma marca vermelha aparecer. – Mas que porra de ideia é essa? O senhor Burks me contou que quem deu a ideia da próxima aula, foi você.

- Se você não gostou, desista do coral. Eu não posso fazer nada por você, Haner.

Coloquei-me a andar, enquanto o garoto ficava parado vendo eu me afastar, com a maior cara de tacho do mundo, sorri breve antes de escutar sua voz chamar por meu nome.

- Ainda não terminamos. Você precisa me ajudar a escolher uma música, Summer.

- Eu não sou mais sua mentora. – Rebati.

- Não foi isso que o senhor Burks me disse. – Eu parei, me virei e o vi sorrir com a maior cara de pau do mundo. - Pedi a ele que mantivesse você como minha mentora até a próxima aula, que coincidentemente é na sexta feira.

- Odeio você, Haner! – Cuspi entredentes, mostrando minha raiva.

- Uma pena. Porque eu não odeio você nem um pouco… – Ele jogou um beijo no ar para mim, o que fez meu interior estremecer. – Aliás, Davis. Achei que amigos não faziam isso.

- Eu não sou sua amiga. – Bufei irritada.

- Creio que isso seja uma grande pena, já que depois disso poderíamos nos tornar amigos com benefícios. – Pude sentir a malícia em cada centímetro de palavras ditas.

- Só se for nos seus sonhos mais perversos, seu grande imbecil.

- E nos seus também, posso ver em seus olhos o desejo clamando por mim. – Eu encarei trêmula a figura próxima de mim, querendo acertar um soco naquele rosto perfeito. - Não se atrase, quem sabe posso te mostrar o que é uma boa bebida de verdade.

O rapaz que já estava perto de mim, alargou o sorriso e se colocou a andar, fazendo praticamente o mesmo caminho que o meu, apenas quando chegou na rua principal, ele se virou a rua oposta da minha, indo em direção a grande construção medieval a qual o pai dele cuidava como Reverendo da cidade.

 

♦ ♦ ♦

 

Era estranho o fato de viver naquela casa como uma intrusa, já que era assim que eu me sentia, ainda mais depois de tudo o que havia acontecido. Viver em uma casa onde Ariana e Summer viviam em pé de guerra não era exatamente fácil, já que qualquer palavra entre nós duas soava como uma granada, a que fosse atingida primeiro, explodia junto com as palavras e um verdadeiro massacre começava. Acredito que por isso, George havia tentado parar de nos reunir, querendo ou não, meu pai era o mais afetado com toda nossa briga, ele tentava se segurar, mas no fim acabava dizendo que havia perdido a fome ou então que estava cansado. E como sempre, a culpa era sempre jogada em mim. Olhar meu reflexo no espelho era como ver um alguém que não existe, era como ver uma assombração ali parada, pronta para assustar o primeiro infeliz que se colocassem em meu caminho. Era como ver a pessoa vulnerável que eu era. E pensar nisso, me fazia pensar nele, ele que agora havia se tornado parte dos meus problemas, mesmo querendo me manter afastada, era como um atrativo. Soava ridículo, mas a minha vontade era de me enfiar debaixo das cobertas e nunca mais sair dali, o desejo de sumir se tornava a cada segundo mais vivo, porém eu precisava enfrentar a fera.

Os lábios carnudos pintados com o mais vermelho dos meus batons, os cílios pareciam se tornar mais pesados a cada passada da máscara, os olhos cor de avelã pareciam fundos e bem contrastados com o negro do lápis que eu havia passado na marca d'água. Tudo fazia parte de algo que eu podia chamar de plano, não sei se era a palavra certa a ser usada, porém eu sentia que deveria fazer algo. O fato de ter que ir até a casa dos Haner não me agradava nem um pouco, ainda mais quando o real plano era se manter afastada de tudo que me remetesse a aquele maldito falso. Mas infelizmente a vida não é justa e os mais espertos na maioria das vezes ficam por cima. E naquele momento, aquele estúpido do Brian estava por cima.

Desci as escadas silenciosamente, como um gato faz ao andar pelas ruas da escura cidade onde eu vivia, encontrei meu pai sentado na sala, com o jornal de segunda-feira em mãos, me aproximei e sentei-me no braço da poltrona onde ele mantinha sua fiel paixão por se sentar ali.

- Algum problema no escritório? – Ele me olhou por cima dos óculos e sorriu, voltando a prestar a atenção no jornal. – Não foi trabalhar hoje.

- Sua mãe foi em meu lugar, essas são as vantagens de se abrir um escritório em parceria com alguém de confiança. – Seu sorriso se alargou e ele dobrou o jornal. – E você, onde pensa que vai?

- Sair. – Falei dando de ombros. – Preciso ir até os Haner, será que rola uma carona?

- Eu devo me preocupar? – Seu semblante se tornou sério, como se uma leve carranca tivesse aparecendo ali.

- Se preocupar com o que, homem? Ficou doido? – O cutuquei com o cotovelo e ambos começamos a rir. – O que Ariana disse, que você já está preocupado?

- Sobre o filho de Suzy e do Reverendo, Brian. Ele é um bom rapaz, mas não me alegra nada em saber que minha menina está crescendo…

- Quem? Aquele sonso do Haner? Nem se fosse o último homem da Terra, pai. Não viaja. – Eu comecei a rir e vi o mais velho suspirar de tranquilidade. – Ariana arruma desculpa pra tudo, eu acho que ela deveria parar de querer causar impacto para a família do Reverendo.

- Eles são nossos amigos há anos Summy, é claro que quando o filho da mesma idade que a sua aparecesse, ela cogitaria a possibilidade. – Meu pai tirou os óculos do rosto e se levantou, me olhando e dando um beijo na minha testa. – Mas eu ainda preciso manter a pose, afinal, o mundo não está livre dos homens e minha filha é muito preciosa para qualquer um.

Eu comecei a rir da forma que ele havia falado e esperei-o pegar a chave do carro, seguindo-o para fora até o automóvel. Acredito que George seja o único por quem eu ainda tenha um apreço ali, já que não faço muita questão de chamar Ariana de mãe. O único que me faz acreditar que ali talvez seja mesmo meu lugar e que tem alguém que valha a pena continuar. E foi pensando nessas coisas que George, mais rápido do que eu queria e imaginava, me deixou na porta da casa dos Haner, próxima a igreja que ele e minha mãe frequentavam com tanta devoção. Desci do carro e dei-lhe um tchau com a mão, esperando o carro prata sumir do meu campo de visão para que eu rumasse até a porta da casa da família religiosa a qual meus pais tinham um grande carinho. A porta havia algumas flores em seu vitral e do lado de dentro não se escutava barulho algum. Talvez ele não esteja em casa, tenha ido ajudar o pai na igreja, pensei animada, na intenção de tentar cair fora de lá, mas eu não tinha muita escapatória. Toquei a campainha e esperei que alguém viesse me atender, o que aconteceu alguns minutos depois, minutos esses que quase fizeram eu arrancar alguns tufos de cabelo.

A porta foi aberta, fazendo com que eu desse de cara com uma garota, uns três ou quatro anos mais nova que eu, os cabelos cor de caramelo, chanel, um pouco mais abaixo do queixo, me analisavam de forma curiosa. A cadelinha branca, que eu deduzi por ter um laço pendurado no topo da cabeça, dormia preguiçosamente em seus braços, sem se preocupar com a visita ali na frente dela.

- Você deve ser a Summer, Brian disse que você viria.

- E você é…? – Perguntei, o quanto aquela menininha sabia sobre o garoto?

- McKenna, a irmã mais nova do inútil lá em cima. – Ela riu e me puxou para dentro de casa. Ser puxada assim já estava me dando nos nervos, logo meu braço seria deslocado. – Brian está no quarto dele, pode subir.

- Ahn… Não tem problema? Tipo, vocês são religiosos e uma garota no quarto do filho não deve ser algo que os pais esperam e…

- Eles nem estão em casa, relaxa. Pode fazer o que vocês tem pra fazer, eu não ligo. Posso aumentar o volume do rádio. – Ela sorriu e saiu andando em direção a grande sala de estar da casa. – Anda logo, meu irmão odeia esperar.

E dando de ombros, a garota sumiu da minha vista mais rápido do que apareceu, eu observei o lugar boquiaberta, pensando e concluindo como Brian deveria ter arrumado dinheiro para comprar aquela Harley Davidson dele. Até onde eu sabia, eles deveriam abrir mão de todo o luxo que poderia existir, não é? Aquela casa definitivamente não era abdicar de seus luxos. Eu estava impressionada, mas não podia enrolar, acabei subindo os degraus e parando em um grande corredor, a garota não havia me dito em qual porta era o quarto do irmão, então eu teria que procurar por mim mesma, o que não levou muito tempo. A segunda porta a direita, de frente para um outro quarto, era a única a estar fechada no corredor. Bater ou entrar direto? Eis a questão. Pelo que McKenna havia dito, ele sabia que eu estaria ali em algumas horas, então eu fiz o que mais me pareceu obvio.

Abri a porta devagar, praticamente sem ser notada e meu coração deu um pulo. Ele estava sentado na janela, trajando apenas uma calça jeans escura e All Star, o peito nu mostrava algumas tatuagens que ali residia, em seus braços algumas ainda estavam inacabadas e outras já mostrando o seu colorido na pele do rapaz. Ele fumava um cigarro, olhando distraído para a rua, a fumaça saía sem esforço nenhum e se eu quisesse, poderia ficar vendo essa cena a tarde inteira.

- Alguém já te disse que você pode morrer por fumar essa bosta?

- Educação mandou lembranças, Summer. George e Ariana não te ensinaram a bater à porta antes de entrar? – Ele falou sem olhar na minha cara, terminou de fumar o cigarro e mandou ele janela afora.

- Seus pais não vão gostar nadinha de ver você fumando, oh santo e imaculado Brian.

- Nesse quesito, pode relaxar, vai ser uma coisa muito difícil de acontecer. Pra eles a vida é aquela maldita igreja, então eles não passam muito tempo em casa. Até parece que a casa deles é naquela igreja e não aqui…

- E sua irmã? – Me lembrei da menor no andar de baixo.

- Quem, McKenna? É mais fácil eu contar um podre dela do que ela abrir a boca sobre eu. – Ele riu e me encarou da onde estava sentado. – Um acoberta o outro, somos cúmplices de um mesmo crime. E você…? Por que demorou?

- Eu tenho uma coisa chamada vida, Brian. Você sabia? – Ironizei e o vi se levantar, vindo até a minha pessoa, daquela forma era muito mais nítido ver o que as camisas de linho de um filho santo escondiam. E nesse momento eu sabia que muitas garotas do North West gostariam de estar aqui, no meu lugar.

- Summer tem uma vida? É sério? – Ele me olhou, os olhos castanhos pingando luxúria. – Ou devemos dizer uma mentira? Quer falar sobre isso? Então vamos falar. – O que esse imbecil quer dizer com isso? – E as coisas em casa, como estão? Seus pais sabem que o que você faz é puramente para chamar a atenção que eles lhe negam em casa? Eles sabem que a filha deles de vez em nunca acende um baseado no ginásio da escola e sai dizendo ser uma das maiores loucas da história do North West? E tudo isso porque o que ela necessita, que é atenção, não lhe é dado. E tudo isso porque você convive com a culpa de ser a causadora do acidente que matou Nate…

- JÁ CHEGA! – Gritei. – Como você sabe de tudo isso, seu infeliz?

- Sua mãe confia a vida dela no meu pai, além dele ser o Reverendo da cidade, seria normal que ela contasse tudo o que acontece, buscando conforto na religião em que segue. Como você consegue ser tão patética, Summy? Acreditei que você fosse um tanto mais esperta. – Ele riu e eu senti a raiva subir por terminação nervosa de meu corpo.

- Vá para o Inferno, Haner! Isso não tem graça.

- Sério? Porque eu estou enxergando muita graça nisso tudo. É muito interessante ver você nesse caos vulnerável, bem na minha frente.

- Você joga sujo Brian! Qual a porra do seu problema?

- Eu nunca disse que jogaria limpo. Ainda mais com você. – Sua risada ecoou fria pelo quarto e eu senti um arrepio tomar conta do meu corpo. Eu queria chorar, mas não daria esse gostinho a ele.

- O que você quer comigo? Me esqueça, escolha outra pessoa. Me deixe em paz! – Era quase como uma súplica, pedindo paz, mas no mesmo momento pedindo para que a resposta do meu pedido fosse negado.

- Eu já escolhi você, Summer. Não há como voltar atrás. Você é uma pessoa a qual eu quero, preciso decifrar mais ainda. – Ele começou a andar, fazendo com que eu tentasse me afastar, consequentemente andando para trás. Até eu sentir a cama e tropeçar nela, caindo de costas no colchão, ele arqueou as sobrancelhas, subindo em cima de mim. – Preciso entender suas ações, como por exemplo, a forma em que você entrou no quarto, arqueando o corpo para que seus seios ficassem mais visíveis. – Ele abaixou o corpo, até ter sua boca próxima da minha orelha. – Deixa eu te contar uma coisa, eles já são bem visíveis… E lindos. – O cafajeste mordeu minha orelha, fazendo eu arrepiar novamente. – Suas coxas torneadas foram o foco dos meus pensamentos na madrugada de sexta para sábado, não preciso vê-las assim desnudas na minha frente… – Ele passou as mãos por elas, criando um rastro de fogo por onde sua mão tocava. Aquilo era um jogo muito do sujo. Eu o empurrei e o vi rir, jogado de barriga pra cima na cama.

- Você é um infeliz. Me deixe em paz Brian Elwin Haner Jr. – Esbravejei nervosa, porém com um pingo de consciência que ele havia me notado um pouco mais.

- Eu prometo te dar um espaço. Vá para casa e eu vou te deixar em paz. Se acalme e desconte a sua raiva em qualquer um. Eu não vou contar sobre você não ter me ajudado a escolher minha música, mentora. Ele riu, enquanto eu o analisava, séria, temendo que as lágrimas escapassem na frente dele.

- Eu te odeio, seu filho da puta!

E sem dizer mais nada, eu saí do quarto dele batendo a porta, respirei fundo e sequei algumas lágrimas que saíram assim que eu vi que estava sozinha. Aquilo precisava acabar, de alguma forma ou outra. Gabbe tinha razão, ele iria me machucar e fazer com que eu explodisse como a porra de uma bomba-relógio. Como que eu fui me meter nessa enrascada? Parecia que a minha especialidade era realmente atrair mais encrenca para o meu lado. Desci as escadas correndo e nem fiz questão de procurar McKenna para lhe dizer tchau, abri a porta e saí correndo daquele lugar, da casa daquele mentiroso, daquele falso santo que habitava sob as asas protetoras do pai, reverendo daquela cidade, daquele antro de demônios e do qual eu estava criando cada vez mais um asco tão grande, que eu estava rezando para que as Forças Aéreas bombardeassem aquele lugar. Para eu não ter que conviver mais em uma cidade onde Brian Elwin Haner Jr. convivia.


Notas Finais


AI MEU DEUS! SERÁ QUE ESSES DOIS NÃO SE ACERTAM NUNCA? HAHAHAHAHAHA
Gente, importante agora: Vocês estão gostando da história? Tá muito chato e cansativo? Por favor me digam, para eu ter uma ideia do que fazer, afinal, me dedico para trazer uma coisa decente para vocês lerem, então por favor se comuniquem comigo.

Esses dias soltei uma oneshot com o Shadows, quem quiser: https://spiritfanfics.com/historia/animals-6499405

Espero ver vocês nos comentários, okay? Um beijo a todas vocês meus amores e até a próxima! ❤


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