História Devils and Angels - Sonhos de um Demônio.

— Esqueceu de acrescentar o medo aí. Queria que Sasori estivesse aqui. — Reconheceu a rosada.

— Eu estou aqui. — Declarei segurando seus ombros.

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Nem mesmo eu sei porque me senti incomodado com o que fora proliferado pela garota. Eu segurava seus ombros com certa força, talvez... determinação? Fitei sua face avermelhada e senti vontade de me aproximar mais e mais. Mas não tinha respostas para essa minha súbita vontade, então não a fiz. Na verdade, não precisei fazer. Ela me abraçou, apertando a ponta da minha camisa cinza e afundou seu rosto sob mim.

— Eu estou com muito medo... — Exprimiu com voz tremula devido a provável ânsia de chorar.

— Sei que você não me conhece e talvez por isso não tenha fé no que irei declarar: Sakura, eu sempre estarei aqui para você. Te garanto que nunca disse algo tão sincero em toda minha vida. — Eu simplesmente não tinha mais controle sobre minhas palavras.

— Obrigada Itachi-san. — Agradeceu-me.

Ao que parece não a assusto tanto quanto imaginei, pelo menos não mais. Ela me olhava com um suave sorriso; a pele de sua face alva levemente corada e seus olhos verde-água me hipnotizavam de forma inexplicável.

— Linda. — Eu incontestavelmente perdi o poder de minhas ações. Como essa pequena maldita conseguiu fazer isso? — Você é inegavelmente linda. — Afirmei apertando-a entre o abraço.

— E-eu...

— Não precisa falar nada. — Diria que deixa-la tímida é meu novo passatempo. — Apenas fique assim; deixe eu cuidar dos seus temores, deixe eu me mostrar presente. — Pedi acariciando seu rosto com a destra. — Deixe eu estar com você. — Sussurrei em seu ouvido pressionando meu corpo contra o dela com a intenção de que a mesma caminhasse para trás, até cairmos sobre minha cama.

— I-I-Itachi! Vou para o meu quarto! — Eu havia imobilizado seus pulsos e entrelaçado nossas pernas para que qualquer movimento fosse inútil. — Com licença. Anda!

— Por que quer ir para o seu quarto? — Questionei com ar malicioso.

— Porque não quero ficar aqui. — A rosada bufava enquanto tentava escapar, mas apenas conseguia mexer a cintura, o quadril e o pescoço; o que honestamente, estava me deixando extremamente excitado.

— Por que não quer ficar aqui? — Indaguei a alguns centímetros de seu rosto.

— Porque... tenho medo das suas intenções. Seu pervertido. — Essa garota deve ser muito corajosa para falar assim com um Uchiha.

— Ah, mas que tendenciosa! Me sinto ofendido. Não são vocês humanos que dizem que a maldade está nos olhos de quem vê?

— Estou vendo um dos três Imperadores do Inferno. Isso serve?

— Tsc. Não tenho esse tipo de interesse em você.

— Pelo que entendi, vocês estão tentando fazer com que eu ame um de vocês. Isso não te soa como interesse, mesmo que imparcial?

— E me deitar com você me daria seu amor? Olha, isso é um pouco decepcionante. Esperava mais de você. — Zombei observando a expressão irritada e ao mesmo tempo constrangida da pequena.

— N-não! Você estendeu, seu demônio! — Agora eu beijava a pele delicada do pescoço da flor de cerejeira enquanto escutava suas reclamações. — Quer me deixar louca? — Perguntou em um estimulante gemido. — Me solta, por favor...

— É, eu sou um demônio. Me perdoe, talvez a minha brincadeira tenha passado dos limites. — Reconheci afastando nossos corpos. — Mas nada do que te disse era mentira. Eu realmente quero cuidar de você.

— Talvez? Não precisava me contar, eu senti isso. — Será que ela se refere ao meu membro rijo? — Aprendi com um certo alguém que a verdade está na voz das pessoas. — Menos mal. — Bem.... Eu vou indo então.

— Fique. — Roguei segurando sua mão. — Fique comigo. — Deixei minha vontade bem explicita no tom.

— Eu fico. — Respondeu com um casto sorriso.

Itachi POV’s Off

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— A menina não está no quarto... — Madara comunicava preguiçoso ao sobrinho mais novo. — Perdi meu tempo indo levar seu café da manhã.

— Tsc... Garota irritante. — Disse estressado vestindo sua longa capa preta enquanto andava até a saída da sala.

— Parece que só eu não fui atingido pelas magias da pequena Sakura. — Gracejou o Uchiha mais velho atirando-se na poltrona.

— O que está insinuando, Madara? — Inquiriu virando-se abruptamente para seu tio.

— Não estou insinuando nada. Estou afirmando que Itachi nutri sentimentos por nossa rosada.

— O que te leva a acreditar nisso?

— Você é cego? Itachi não costumava ser tão gentil com as outras. Aliás, a gentileza dele não era tão espontânea. E seu interesse no assunto só confirma o que eu já tinha certeza: Você também caiu em seus feitiços, e muito antes daquele corvo.

— Está blefando. Não sabe o que diz. — Sasuke o censurou com o olhar antes de deixar o ambiente.   

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Sasuke POV’s On

Madara tem o dom de deixar as pessoas irritadas, não é possível. Eu estaria mentindo se dissesse que não sinto nada pela Sakura, não chamaria de amor, mas sim de gratidão. Eu já a conhecia... de meus sonhos. Era exatamente igual: Bela e gentil. Em um profundo devaneio, me lembrei dos meus melhores sonhos, nos meus piores dias.

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As chamas que foram inseridas por de baixo da minha pele jamais apagavam, e a pele continuava inteira. Facas mergulhadas em veneno eram inseridas em pontos vitais; choques elétricos de 13.000 volts eram constantemente usados no início de mais uma tortura. Fechei meus olhos tentando não sentir a dor física que me consumia naquele cárcere. Já estava acostumado a fazer isso, a fingir que estou dormindo para deixar os torturadores transtornados. Inesperadamente eu escutei uma voz; delicada como uma flor de cerejeira e tão suave que pensei que finalmente sairia dali. Tiraria toda angustia incrustada em minha alma e encontraria a salvação naquela voz.

— Sasuke-kun.... Lute.... Lute... — Suplicava a voz que dentro de minha mente foi tomando forma. Tão linda... Digna de uma imperatriz. Seus cabelos longos e róseos flutuavam, suas pequenas mãos estavam unidas como em uma prece. De suas esmeraldas caiam algumas lágrimas que se confundiam com a cor pálida de sua pele.  — Eu estou aqui.... Me procure.... Me encontre.... Tudo vai ficar bem. É uma promessa.

E a partir de então lutei pelo poder com todas as minhas forças.

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Balancei a cabeça espantando essas memórias e voltei a procura-la. Só de pensar que aquela cena com Hidan poderia se repetir meu coração acelerava consideravelmente. Comecei a caminhar com mais pressa e resolvi passar no quarto do meu irmão para saber se ele a havia visto. Bati na porta e não obtive resposta. Aquele bastardo devia estar dormindo, então decidi entrar mesmo assim e acorda-lo.

Quando me ingressei no local, a cólera me dominou. Como esse desgraçado se atreve a toca-la? Ele acariciava o rosto de Sakura como se fosse a última coisa que desejava fazer em vida. E realmente seria se dependesse de mim.

— Itachi. — Chamei-o em tom ameaçador e autoritário segurando o cabo de minha katana que se encontrava presa a minha cintura.

— Ah, bom dia irmãozinho tolo. — Ironizou levantando-se da cama. A pequena permanecia dormindo tranquilamente. — Ótimo dia na verdade. Adorei dormir e acordar ao lado da minha futura imperatriz.

— O que?! — Indaguei enfurecido com o dito. — Ela nunca será sua está me escutando? Nunca!

— Para quem é monossilábico você está falando demais. A fiz minha noite passada, Sasuke. Não há mais nada o que você possa fazer. — Era óbvio que ele não dizia a verdade.

— Não minta para mim, Itachi. Por que quer tanto impor isso? Será que nutri algum tipo de sentimento por ela? — Itachi sentindo algo além de ódio por alguém é realmente hilário. Madara realmente tem um bom senso de humor.

— Sim. Eu amo Haruno Sakura. — Em um impulso de raiva puxei a gola de sua camisa e posicionei meu braço para um soco. — E por sua reação você também a ama.

De repente senti um calafrio percorrer toda a extensão do meu corpo com o efeito daquelas palavras. Não. Eu não posso estar amando uma humana. Impossível.

— Sasuke-kun? Itachi-san? — Assim que escutei a rosada, soltei o maldito e a fitei.

— Venha comigo. — Pedi impositivo segurando seu pulso.

— Não vá Sakura. — Meu irmão se pôs a nossa frente como uma barreira para não sairmos.

— H-hein? O que está acontecendo?

— Não quer fazer seu dejejum? — Perguntei encarando Itachi desafiadoramente.

— Ué.... Quero. — Simplesmente fui caminhando com nossas mãos entrelaçadas até nos retirarmos dos aposentos desse imundo.

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Sasuke POV’s Off