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História Devil's Playground - Chapter three: Welcome back home


Escrita por: Badwrolf

Notas do Autor


Demorei pois estava terminando as provas e trabalhos, por motivos de falta de criatividade e afins, espero que não tenham desistido de mim >.<

Capítulo 3 - Chapter three: Welcome back home


“Vanessa...” Ethan Chandler não tivera a reação esperada por Vanessa, que pensava que ele tentaria matá-la ao ser vista como um ser das trevas tentando confundi-lo. Porém, ele permanecia parado, em choque, olhando-a como se fosse uma assombração. Um tormento. Isto fez o coração de Vanessa doer levemente, assim como seus pés, que naquele momento pareciam ficar cada vez mais doloridos.  

“Ethan... Por favor, posso...?” Ela fez menção de dar um passo a frente, pretendendo entrar na mansão que um dia foi seu lar. Mas ele levantou o braço, mantendo o mesmo entre Vanessa e o vão da porta. A mulher, suja de terra, engoliu em seco em frustração. “Como posso ter certeza de que é mesmo você?” Ethan a questionou em um tom dolorido, como se aquelas palavras lhe doessem profundamente na garganta.

Vanessa vacilou. “Não pode” respondeu friamente desta vez, um tanto magoada, mas não surpresa com a duvida dele “Mas não lhe ataquei, esta é a minha garantia”. O homem a sua frente assentiu e liberou a passagem, deixando-a entrar. Vanessa o fez, admirando o hall da mansão logo em seguida como se fosse a primeira vez, quando ainda era uma menina. Tudo continuava como sempre estivera, alguns traços da mobília continuavam um tanto empoeirados, deixando claro para ela que eles não estiveram tanto cuidado com a mansão nos últimos dias. Caminhou até a escada em certa nostalgia, lembrando-se de todas as vezes que a subira...

“Como?” Ela escutou Ethan sussurrar. “Como pode?” Uma pequena pausa silenciosa instalou-se entre eles, Vanessa virou-se para encarar o homem. “Eu procurei você, tentei trazê-la de volta, encontrar algo que...”

“Ethan...” Ela começou, mas foi interrompida. “Cada criatura horrenda que eu cacei, fui até os confins do inferno por você, em seu nome... E nada pareceu adiantar. Então me diga, Vanessa, por que está em minha frente?” Ele sabia o quão duro foi com ela neste momento, mas sua magoa estava presa em sua garganta e já não conseguia lamentar mais, seu coração batia forte e sua mente não se concentrava, ainda sim, estava mais alerta que nunca. “Eu não sei” respondeu ela no mesmo tom que o dele “Simplesmente acordei”. Vanessa fez menção de subir as escadas, e então parou.

“Meu quarto continua sendo meu?” perguntou a ele, desta vez descontraída, dando uma pequena observada em Ethan, que ainda a encarava como se fosse uma miragem. “Sim, ninguém poderia ocupá-lo”.

Vanessa sorriu discretamente, como no dia em que o conheceu e subiu as escadas, ansiando por um bom banho e descanso, deixando um Ethan Chandler completamente absorto em pensamentos para trás.

 

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Mais uma festa. Mais um salão lotado de pessoas vazias. Nada de novo, nem sequer algo que lhe chamasse atenção. A vida não melhorou, continuou o mesmo, uma tristeza que poderia ser ocultada com um simples sorriso seu. A preocupação em seu rosto não lhe trazia rugas, pois estas nunca ousaram a se instalar em seu rosto. Sua imortalidade era cansativa, mas essencial. Observando o pecado em sua volta, homens e mulheres despidos, aproveitando o melhor de sua boa vontade, Dorian Gray mantinha a vontade se aproximar-se deles, descontar seu sentimento neles como um homem comum faria, mas ele não era comum... Havia classe na forma em que o mesmo se sentava na poltrona vermelho sangue, apesar da confusão de corpos deitados em lençóis negros no chão, Dorian Gray não possuía qualquer desejo em unir-se a eles.

Levantou-se com sua estranha calma, os cabelos macios se moviam com os passos dele, sua postura impecável fazia com que todos parassem o que quer que estejam fazendo para admirá-lo. Ele sabia do dom que tinha, era sua parte favorita: saber que todos o veneram por ser atraente e belo, e não se importam com o vazio de sua alma. “Continuem” Afirmou com sua voz calma e forte, fazendo todos obedecerem. Ele caminhou até a janela alta da grande sala dos retratos e parou em frente, admirando a paisagem do lado de fora, sentindo os raios de sol lhe provocar na pele pálida. Seus pensamentos estavam lentos, mas mantinham-se em seu passado doloroso, que não era mais sentido, em sua trajetória e até onde o desejo o levou.

Dorian não ouvia mais os gemidos produzidos pelos seus convidados, não ouvia mais nada. Era como se estivesse sozinho. Era o único vestido ali, o único diferente. Isso o fez sorrir com satisfação, mesmo sabendo que nada estava bem, dificilmente estava.

“Ainda estou esperando” Sussurrou para o distante, porém não muito.

 

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Vanessa já estava limpa e perfumada quando um Malcolm Murray bateu levemente na porta. “Está aberta” Ela lhe respondeu com um sorriso contente. Estar viva não era completamente satisfatório, porém, ao descobrir que na morte também reviveria o mesmo sofrimento que em vida, certamente estar viva lhe pareceu confortável e familiar. Seu quarto estava intocável, tirando a parte da limpeza, que por mais mal feita que fosse, Vanessa sabia que eles tentaram faz o melhor que podiam.

Malcolm empurrou a porta e entrou calmamente no quarto com um sorriso de pai no rosto, suas rugas estavam mais marcadas ora pela velhice ora pelo estresse. Caminhou lentamente com sua bengala em mãos servindo de apoio em alguns passos, parou ao lado de Vanessa, que se mantinha sentada em sua cama. Ele sentou-se ao lado dela. Vanessa sentiu-se envergonhada, portanto não lhe abraçou.

“Ethan me disse...” Ele começou “Que você voltou” Vanessa sorriu mais abertamente, observando como os olhos de seu querido amigo ficavam cada vez mais aguados. “Pensei que tínhamos perdido você pra sempre, ele... Não quis acreditar, está mandando uma carta para a doutora Seward, ele está perturbado, entende, foi difícil superar” Ele baixou a cabeça, desfazendo seu sorriso acolhedor. Para ele também foi extremamente difícil, depois de tudo o que passou, vê-la morta nos braços de Ethan fora um choque enorme que o tempo nunca conseguiu desfazer, no entanto, ao contrário de Ethan, Malcolm sabia que os motivos ocultos talvez não importassem no momento, pois Vanessa era mais importante que isso. Esta era a diferença entre o velho Sir Malcolm para o jovem Ethan Chandler: O velho estava contente por ver a sua ‘filha adotiva’ novamente, o jovem estava apavorado, pois esta poderia ou não ser sua amada. 



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