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História Dez coisas que deveria ter dito a Hoseok - Doeu


Escrita por: Soier

Notas do Autor


Olár, ainda tem alguém aqui?
Oi, bom dia! (cri cri cri cri)

Desculpa a demora por postar capítulo novo nessa fic gente, sério, mas só consigo escrever na fossa e adivinha quem entrou na fossa? Isso meixmo euzinha aqui, logo saiu capítulo e espero mesmo que vcs gostem

Beijos :3

Capítulo 5 - Doeu


Fanfic / Fanfiction Dez coisas que deveria ter dito a Hoseok - Doeu

Estava relembrando o dia em que você foi embora.

Mas não o dia em que você me deixou fisicamente, não, antes disso você havia me deixado há tempos. Você, melhor que ninguém, Hoseok, sabe quando você me deixou de fato, sei que não era algo da minha mente que o próprio TaeHyung já não agia comigo como antes. É engraçado como na época eu reagi tão secamente a isso e ainda hoje não compreendo bem minha atitude.

Foi pouco depois da nossa volta da viagem que fizemos com TaeHyun – a mesma viagem que mencionei na carta anterior –, lembro-me claramente do dia, pois era o primeiro dia de inverno e o frio já açoitava nossas noites por conta do aquecedor quebrado.

Lembro-me de pegar vários cobertores em um armário enquanto você lia na cama sem se preocupar em me ajudar, coisa que em tempos normais você jamais faria, antes que eu abrisse a porta do armário você estaria com os cobertores na mão e um sorriso no rosto convidando-me para amá-lo um pouco mais. Voltei com uma pequena pilha com três mantos grossos e os depositei sobre a cama e perguntei alguma banalidade e você nem mesmo se deu ao trabalho de erguer os olhos do livro ao me responder. Eu estava disposto, naquela época a trazê-lo para mais perto, a fazer com que você fosse feliz novamente, nem que para isso tivéssemos que terminar (por mais que eu detestasse essa possibilidade), mas era simplesmente tarde de mais. Você já havia jogado tudo para o alto, já havia se desligado de mim, aquele brilho, aquele fogo no olhar, que havia visto em você naquela conversa à beira do lago, já havia se apagado.

Depois de algumas tentativas falhas de tentar conversar com você, acabei desistindo e deitando na cama, aparentando indiferença. Mas assim que terminei de me aconchegar e não ouvi seu livro se fechando e você não se enroscou na cama agarrando um dos meus braços entre os seus, algo se rompeu dentro de mim, como uma represa de resíduos que há muito ultrapassara seu limite, se rompesse e despejasse toda a lama no rio, o peso das consequências do meu tratamento por você me encheram de uma forma tão intensa que pode ser sentida fisicamente.

Doeu tanto quanto qualquer surra que eu poderia ter levado ao longo da vida, doeu tanto quanto daquela vez em que chegamos em casa num dia chuvoso depois do aniversário de Seokjin, namorado de uma prima sua, e eu escorreguei no batente da porta e quebrei o pé.

Sei que nunca disse isso para você, mas não poderia, não é mesmo? Você já não tinha paciência ou mesmo vontade de ouvir o que eu tinha a dizer, e isso fazia com que minha dor crescesse ainda mais a cada dia que passava, era tão difícil ter que acordar e ver o seu lado da cama vazio porque você simplesmente saiu sem se despedir, chegar do trabalho e ver você lendo ou assentado no quintal velho e amontoado olhando para o céu sozinho, sem querer minha companhia. Me doía tanto querer te tocar, mas recear ser rejeitado.

Eu queria tanto que você pudesse ver a minha dor, queria que você tivesse a dimensão do meu sofrimento de te querer mais e mais, mas jamais poder falar sobre.

Então teve o dia em que, deitados na cama você chorou, silenciosamente você derramou suas lagrimas e disse “Por quê, Yoongi?” eu sabia exatamente do que se tratava, sabia que você queria saber porque eu não fazia nada, porque eu me distanciava mais enquanto você se afastava. Lembro que pela primeira vez em dias eu disse algo, mas como sempre não respondi suas questões, como sempre eu errei com você, não disse o que você queria ouvir, não me dei ao trabalho de te manter por perto. “Por que você me está me chamando de Yoongi?”, foi o que eu disse, você se lembra, doce Hoseok? Apesar de jogar outra pergunta, você entendeu o que eu quis dizer tão bem quanto eu o entendi.

O fato de você não usar seu apelido tão particular, ao se dirigir a mim, era a gota que faltava para que eu me acabasse de vez, para que a dor extrapolasse qualquer limite e que, por fim se rompesse em lágrimas. Você não me chamar de Suga era a prova que faltava para que eu soubesse que para você tinha acabado. Que eu já não era, para você, o que eu costumava ser, me corrija se eu estiver errado, Hoseok, mas ao usar meu nome, qualquer resquício de amor, carinho e afeto já havia se esvaído de nossa convivência.

Eu era dor e lágrimas, assim como você, e pela primeira vez eu não soube o que era estar na sua pele. Soube o que era sentir apenas a indiferença da pessoa que você mais quer por perto, soube o que era a dor de não ser correspondido da forma que se espera, soube que a dor desgasta qualquer coisa, por mais forte que seja. Ah, meu Hoseok, eu senti. Senti muito. Mais que qualquer outra vez, chorei e vi você chorar, queria que a dor passasse, queria fechar os olhos e quando os abrisse novamente toda turbulência tivesse passado, mas não vivemos em um filme não é?

Não é como se eu estivesse tendo um presságio do futuro analisando o que aconteceria se eu agisse como o idiota que fui, mas que assim que eu apertasse bem os olhos voltaria para o ponto de partida e agisse de uma forma completamente diferente. O presente era frio. Assim como o inverno lá fora, vivíamos um inverno prolongado no qual a única esperança de um verão quente chegar era um de nós partir.

Apesar de te ter o puxado para mim naquele dia e ter tido o seu corpo, já sabíamos, da pior forma possível que não havia mais um nós. Havia eu e havia você. Como uma mistura bifásica que já não se misturava mais.


Notas Finais


Entonces, adeus :*


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