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História Dia a dia amargamente doce - Perdão


Escrita por: Isfanficslove

Notas do Autor


Oiiiiiii meus amores!!!
Desculpa mesmo essa sumida minha 😢
♡♡♡♡♡♡

Capítulo 44 - Perdão


Fanfic / Fanfiction Dia a dia amargamente doce - Perdão


Emily*ON
Saí da sala e encontrei minha mãe.
-Mãe?!
-Filha!
Fui envolvida em seu abraço forte. Não fazia sentido pra mim mas pra minha mãe tinham dito que eu estava em coma e isso chocaria qualquer um.
-Estou bem, mãe. Juro!
-Como está andando por aí? Como ele pôde deixar você sair daquele hospital? 
Meu pai apareceu e levou minha mãe enquanto eu entrava na sala pra iniciar os exames. Nathaniel entrou depois de um tempo e apenas me encarou enquanto o médico me examinava. 
Fui examinada, tirei um raio-x, repeti o processo de respirar várias vezes. Doía um pouco mas se eu demonstrasse seria pior, guardar a dor era mais fácil do que passar por tudo isso. Demorou mais ou menos um hora e meia pra terminar tudo aquilo; o médico nos explicou que eu teria uma bombinha pra casos de emergência e que eu deveria evitar atividades que exigissem esforço no momento. Disse que a drenagem do pulmão tinha sido feita por completo, e deveria ter sido feito em etapas mas que o outro doutor que me tratou foi imprudente por aplicar todo o medicamento apenas pra terminar mais rápido o tratamento. E eu não entrei em coma, eu só fiquei inconsciente e o tal médico deduziu que era um coma e me colocou de cama com mais remédio na veia, que eu até poderia ter morrido. Aquilo não mexeu tanto comigo quanto eu imaginei, fiquei imaginando se aquilo fosse como um câncer e começasse a me consumir pouco a pouco? O que eu faria? Mesmo o doutor dizendo que não era.
Saímos do hospital e minha mãe me levou pra casa enquanto Nathaniel levava Rosalya. Foi melhor assim, eu queria evitar ele. Não conseguia deixar de ficar brava, tudo bem que ele só queria ajudar mas não tinha que me força a fazer aquilo. Ele me tratou como criança, já sei cuidar de mim mesma, faço isso desde pequena e se eu digo que estou bem é por que vou dar um jeito de ficar bem. 
Minha mãe estava bem mais calma. Meu pai havia explicado à ela minha condição, eu logo disse aos dois: "Estou bem, não morri. Prometo à vocês que está tudo bem, não é um tropeço que vai me derrubar. Ok?". A última coisa que eu queria era que eles agissem como se estivessem pisando em ovos. 
Assim que cheguei subi pra tomar banho, fiquei um bom tempo no chuveiro pensando. Fiquei imaginando em como eu estaria se não tivesse conhecido Nathaniel, se minha mãe ainda estivesse sempre viajando e eu tivesse passado por algo como aquilo sozinha em casa; talvez eu estaria morta. Saí do box e encarei meu reflexo, os olhos com aquela cor esquisita, a pele mais pálida que o normal  os lábios inchados, o cabelo sem graça, não posso esperar mais do que isso já que acabei de sair do hospital. Eu costumava odiar minha aparência, mas adorava usar roupas bonitas pra me sentir bem, odiava meu cabelo por que as outras meninas tinham sempre os cabelos lisinhos, sedosos e com um corte perfeito, e eu tinha um cabelo rebelde meio, meio ondulado que eu mesma cortava. Os olhos foram o maior problema, eram diferentes dos de minha mãe e eu me odiava por ter nascido assim. Aprendi a gostar de mim com o tempo, percebi que se eu não me achasse bonita ninguém ia achar por mim. Percebi que o fato de eu não ter o corpo perfeito não importava por que o que eu tinha me fazia viver, me deixava bem. Eu não tinha garotos olhando pra mim, não era chamada de gata, não era a garota chamada pra festas mas também eu não fazia questão disso, eu era sempre distante, quieta, fria. Estava sempre andando por aí sozinha com um livro ou fones de ouvido, passava horas em um lugar calmo olhando o tempo. Percebi que as coisas que os outros davam importância não faziam a menor diferença quando você cresce, seu cabelo não importa, seu corpo não importa, seu rosto não importa, você passa a ser mais um na multidão, o que diferencia é o que você faz e como faz. Os únicos que ligam pra você de verdade são aquelas pessoas quem construiu um laço. Talvez Nathaniel seja meu laço, talvez Rosa seja, talvez meu pai e minha mãe, fico feliz por ter deixado eles fazerem parte da minha vida...
Me encarei no espelho e bati em minhas bochechas dizendo à mim mesma:
-Mas o que eu estou fazendo? Resolvi ter filosofia de vida agora? Eu, hein. 
Vesti meu pijama fui direto pra cama.
-Jesus! -  Dei de cara com Nathaniel já de pijama deitado em minha cama.
-Pensei que teria que entrar aí, você demorou.
-Quer controlar até meu tempo no banho agora?
-Emily...
-Emily nada, dá licença que eu quero dormir.
Puxei o corbertor e entrei nele empurrando Nathaniel da cama.
-Anda. Se ficar aqui vai dormir no chão.
Nathaniel se deitou no meu lugar entrando nas cobertas e segurou meu rosto. Ele ficou parado olhando em meus olhos durante um bom tempo. Comecei a ficar sonolenta, queria expulsá_lo mas não conseguiria 
-Tenho cara de espelho, Nathaniel?
Ele riu e soltou meu rosto sem parar de me encarar.
-Diga que me ama.
Fechei os olhos.
-Por favor Emily. Só pra que eu consiga dormir.
-Você está me cansando. 
Ele fechou os olhos, parecia frustrado. Me virei para o outro lado e sussurrei:
-Eu amo você.
Ele me abraçou afagando meus cabelos, pude ouvir seu suspiro em meu ouvindo. Meus olhos pesavam e eu acabei adormecendo.
Nathaniel*ON
Abracei seu corpo e senti seu cabelo úmido em meu rosto, seu cheiro, seu calor. Era tão bom tê_la aqui, é difícil me imaginar sem Emily, ultimamente dependo dela pra tudo. Ela cuida de mim, e as vezes acho que dependo de seu amor mais do que tudo. Fechei meus olhos pra tentar dormir e evitar pensar tanto.
Acordei com o som do despertador. Esfreguei o rosto e olhei em volta, Emily não estava na cama, fui ao banheiro e ela não estava lá. Lavei rosto desci as escadas, encontrei ela na cozinha com um xícara na mão.
-O que está fazendo?
Sem olhar pra mim ela disse:
-Tomando café. Não vê?
A frase saiu como um balde de água fria. Era de se esperar que ela ainda estivesse brava.
-Isso eu vi. Mas por que está arrumada assim?
-Vou pra escola. Você também vai.
-Não, você não vai. 
Emily bateu a xícara na mesa fazendo o pequeno pires se quebrar ao meio. Olhando em meus olhos ela caminhou até mim, parou a centímetros do meu rosto e disse.
-Eu vou, e você não vai me impedir.
Mas o quê? Por que ela fez isso? O que tem de errado? 
Emily saiu andando em direção a sala e me sentei na cadeira tentando pensar um pouco, o que eu fiz?
Emily* ON
Saí da cozinha e parei atrás da parede. O que eu fiz?! Por que fiz aquilo com Nathaniel?! 
Coloquei a mão em meus olhos e respirei fundo, sentia meu corpo tremer. Tirei a mão do rosto me acalmando, quando me virei pra subir Nathaniel estava parado encostado no sofá com os braços cruzados. Virei o rosto e comecei a subir, ele me segurou e eu tentei me soltar dando tapas em seus braços. Não posso encarar ele, não consigo. Continuei a me debater e senti algo quente escorrer minhas bochechas, por que eu estava chorando? Ele segurou meus pulsos e me sentou na escada. Senti mais lágrimas saindo. Nathaniel me abraçou com força e eu continuei sem me mover. 
-Me desculpe... Eu fui fraca... Eu sou fraca.
Nem sei de onde sairam aquelas palavras, talvez estivessem agarradas na minha garganta desde o momento em que vi seu rosto naquele hospital. Eu estava aos prantos, quase me engasgando tentando segurar o choro, era ridículo e eu queria parar, não tinha que fazer isso na frente dele.
-Eu... Eu... 
Enquanto segurava o choro sentia meu corpo tremer. Meu rosto queimava de vergonha. Mesmo ali me abraçando eu senti que ele me odiava, ou pelo menos deveria depois de tudo o que fiz. Por que ele não grita comigo? Por que tenta me ajudar tanto? Eu fui tão má. Tão fria. Comecei a soluçar e o empurrei pra longe subindo correndo as escadas, cai nos degraus e me ajoelhei, me encolhi tentando segurando as lágrimas tentando parar. 
-Tudo bem, eu estou aqui. Não vai acontecer nada de ruim.
Quando ele me tocou as lágrimas voltaram a descer, as gotas quentes escorrendo meu rosto. O abracei afundando meu rosto em seu peito.
-Me perdoa Nathaniel. Eu sinto muito por tudo que fiz. 
Acho que senti o peso de tudo que tinha acontecido, eu quase morri e agora a ficha caiu.
-Vou cuidar de você. Não vou deixar nada de ruim acontecer, entendeu? Olha pra mim Emily.
Levantei a cabeça e o encarei. Não importa o que eu faça ele continua sendo perfeito. Nathaniel secou minhas lágrimas e de repente me beijou, ele segurou minha nuca com força. Não sei dizer quanto senti saudade dessas mãos, desses lábios. Continuei abraçando Nathaniel até me dar conta da hora.
-Você vai se atrasar...
-Não importa.
Me levantei segurando em seus braços e ele me puxou devolta me derrubando em seu colo.
-Só mais um pouco. Quero ter seu corpo pra mim só mais um pouco.
Senti minhas bochechas queimarem. Nos assustamos com a porta abrindo:
-Poxa, não posso sair nem um minuto e vocês já se agarram. Por que estava chorando Emily?
-Mãe, meu Deus, dá pra entrar devagar ao menos?
-Não estavam fazendo o que estou pensando né?
Levantei rápido e me afastei dele.
-Emily... Vou precisar sair, sei que acabou de se recuperar mas... é um trabalho importante, prometo voltar logo.
Suspirei e sorri pra ela, minha mãe estava mesmo tentando, nunca havia ficado tanto tempo em casa. 
-Tudo bem mãe, dê seu melhor.
Ela me abraçou e saiu correndo pra levar as malas ao carro. Me despedi e entrei rápido, ninguém gosta de despedidas. Nathaniel saiu mas antes parou na porta e me olhou de cima abaixo. Coloquei as mãos na cintura e disse:
-O que é?
-Nada, só estava me vangloriando com o quanto minha namorada é gostosa.
Olhei meu pijama e percebi que era bem curto.
-Idiota.- o empurrei pra fora e fechei a porta enquanto ele ria.
...


Notas Finais


E ai???? Gostaram?
^-^


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