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História Dia das Crianças - Capítulo Único


Escrita por: Setsuna-san

Notas do Autor


Olá pessoas <3
Primeira fanfic de YouTubers que eu faço (provavelmente tá horrível, me perdoem :P) e por consequência meu primeiro Mitw.
Se tem alguém pra agradecer por essa fic (se é que ela é digna de agradecimento q), agradeçam a Akise/Trisque/@sfnine, que organizou uma mini-competiçãozinha de fics de YouTubers para o Dia das Crianças.
É, se era pro Dia das Crianças eu tô meio atrasada.
E que título genérico--
MAS ENFIM

Aproveitem a leitura <3

Capítulo 1 - Capítulo Único


Tarik se remexia na própria cama, relutante, não querendo se levantar em pleno feriado de Dia das Crianças. Qual é, ele tinha dez anos, era o dia dele, ele não devia ter dever algum de levantar da cama e—

– Filho, o Mike chegou!

Tarik levantou da cama em um pulo, só parando para pôr os chinelos no pé. Nem se incomodando em trocar os shorts pretos e a camisa branca que usava como pijama, ele correu em direção à porta, abrindo-a, logo indo até as escadas e descendo-as rapidamente, correndo com maior velocidade ao ver Mikhael na porta.

Mikhael vestia uma camisa verde-lima de manga curta e uma bermuda preta, além de tênis brancos. Segurava uma sacola em uma das mãos; já estava combinado que ele dormiria na casa de Tarik.

Ao se lembrar disso, ele correu mais rápido.

Seria uma pena se houvesse um sapato jogado no chão que o fizesse tropeçar e cair de cara.

Mikhael riu baixo, ainda não crendo ser o mais novo. Pelo menos são só uns meses de diferença, pensou. Não ligando muito, Tarik simplesmente se levantou, voltando a correr na direção do amigo.

– Mike!

Chamou, lançando-se ao mais novo num abraço caloroso, quase os derrubando. Sua mãe sorriu. Ao se soltar do abraço, um high five ocorreu. – Pô, Mike, achei que você nem vinha! – Disse Tarik, ainda com um sorriso no rosto.

– Que tipo de amigo você acha que eu sou? – Respondeu Mikhael, com um sorriso menor mas ainda perceptível.

– Então, os pombinhos já vão querer almoçar? – Brincou a mãe de Tarik, que a olhou levemente incomodado. 

– Não somos pombinhos! – Exclamou, fazendo tanto a mãe quanto Mikhael rirem baixo.

– Agora não, Sra. Alves, muito obrigado. – Disse o mais novo, sorrindo – Tarik, vamos? Você não disse que tinha ganhado um jogo novo?

Tarik sorriu ao amigo, balançando a cabeça em afirmação, e os dois se encaminharam às escadas, rumo ao quarto do mais novo, onde estava dito jogo.

(…)

– Aff, seu trapaceiro! – Exclamou Mikhael – Como você ficou tão bom nisso em um dia?! – Perguntou, os olhos focados na tela da TV, o controle firmemente segurado pelas mãos tensas, apreensivas pela derrota.

– Eu tenho meus métodos. – Riu-se Tarik, fingindo que não tinha ficado até umas duas da manhã procurando guias e jogando. Mikhael não retrucou. Suspirou depois de ter sido morto. Pela quarta vez. Logo após, acabou o tempo da partida. Virando a cabeça, encarou Tarik com um olhar levemente mortal.

Até que teve uma ideia. Uma ótima ideia.

– Sabe de uma coisa, moço? – Questionou, se aproximando, fazendo o mais velho olhar interessado – Eu posso até não ganhar no videogame, mas com certeza eu ganho nas cócegas!

Mikhael exclamou, sem deixar espaço para o outro responder. Atirou-se nele, imobilizando-o com as cócegas, que se concentravam nos pés e pescoço. Tarik até tentava virar o jogo, mas era difícil. Fora pego desprevenido, e a este ponto chorava de rir. Se não fosse a mãe do mesmo que decidira falar, ele talvez estivesse condenado.

– Meninos, o almoço tá pronto, venham comer! – Mikhael, sendo o bom menino que era, havia parado para ouvir. Foi aí que Tarik viu uma brecha – pequena, mas grande o suficiente para ser aproveitada – da parte do amigo.

Vendo sua distração, não pensou duas vezes antes de atacar. Se antes estava preso ao chão pelos braços de Mikhael, agora havia se soltado e o prendido da mesma forma.

– O jogo virou, moço! – Disse, espalhando as cócegas pelo corpo do outro, fazendo-o provar do próprio remédio. Este último ria involuntariamente, a risada – que Tarik achava linda, por sinal – usada para liberar a tensão do corpo após o ataque surpresa, em meio a palavras como: "Para!" ou "Chega!".

Cansado de seus joguinhos, Tarik soltou-se do amigo e correu até a porta, abrindo-a e voltando a correr rumo à cozinha. Mikhael imediatamente foi atrás dele, não esperando para recuperar o fôlego. Quando o viu sentado em uma cadeira com aquele sorriso angelical, como se nada tivesse acontecido, suspirou o pouco ar que detinha nos pulmões. Sentou-se ao lado de Tarik, alegre ao saber que teria carne assada pro almoço.

(…)

– Quero ver você me pegar! – Provocou Mikhael, mostrando a língua antes de sair correndo, dando inicio à brincadeira de pega-pega.

– Ah, mas você vai ver só! – Retrucou Tarik, indo atrás do outro com tudo. Estavam no quintal da casa, o dia estava ensolarado, devia estar uns vinte e sete, vinte e oito graus. O vento amenizava um pouco do calor de duas da tarde, deixando ali um clima ameno perfeito para brincadeiras. O lugar em si também era ótimo para isso, a céu aberto e espaçoso. A grama era visivelmente bem cuidada, era um lugar onde se podia andar descalço sem se preocupar, tirando um tropeço ou dois; era o que os dois faziam.

– Eu disse, você não consegue me pegar! – Outra vez exclamou Mikhael, um sorriso estampado em seu rosto enquanto corria, mesmo já perdendo o fôlego.

– Vai achando! – Respondeu Tarik, também começando a ficar sem fôlego, mas com uma expressão infinitamente mais determinada. Até que Mikhael não prestou atenção onde andava e tropeçou, logo caindo no chão. Tarik aproveitou essa chance para pegá-lo.

– Te peguei! – Exclamou vitorioso. Porém percebeu que o amigo estava levando tempo demais para levantar, e isso o preocupou.

– Moço?

A preocupação não durou muito, pois logo após a indagação, Mikhael rolou para o lado e se levantou, tocando com a mão o ombro de Tarik.

Te peguei! – Comemorou o mais novo, que logo saiu em disparada outra vez. Tarik foi atrás dele sem nem pensar duas vezes, ainda incrédulo que tinha caído nessa. Mikhael teria levado um soco ou dois, não fosse a mãe de Tarik que não tardou a chamá-los para o café da tarde.

(…)

O sol se punha, pintando o céu com suas cores alaranjadas, adicionando ainda mais cor àquele mar de azul que se clareava, quase que num tom de lavanda, antes de escurecer até o preto e trazer consigo a lua e as estrelas.

E juro que Mikhael provavelmente era tão poético quanto eu quando o assunto era Tarik.

Se os próprios pais aprovariam sua "quedinha" nem sequer se preocupava, só sabia que a mãe do amigo iria à loucura.

Pensava nisso, sentado no degrau que separava o quintal do interior da casa, observando o pôr do sol, suspirando. Até, é lógico, Tarik vir interromper. Sempre ele.

– Mike, o que você tá fazendo? – Indagou, também olhando curioso o céu.

– Vendo o céu.

– Mas você já não vê o céu só de virar a cabeça?

– Eu gosto de olhar melhor. Parar pra ver as cores, olhar elas com mais atenção.

Tarik decidiu fazer o mesmo. Sentou-se ao lado de Mikhael, encarando o pôr do sol. Inconscientemente, deitou a cabeça no ombro do amigo, que não reclamou, mas teve até de ajustar os óculos para controlar o nervosismo.

– Ainda não entendo o que você vê nisso. – Disse Tarik, ainda curioso quanto a o que Mikhael via de tão importante no fim de uma tarde.

– Bom… Eu…

EU SHIPPO! 

Um grito pôde ser ouvido, vindo do corredor. Os meninos viraram a cabeça para ver a mãe de Tarik lá, fazendo um leve escândalo. Eles não tinham ideia do que aquela palavra significava, e nem queriam saber, mas a certeza era que se tratava dos dois. Ela começou a tossir, e continuou assim por alguns segundos antes de recuperar a própria compostura.

– Olha, eu só vim dizer que o jantar tá pronto, tá legal? – Ela disse, um sorriso amarelo estampado em sua boca. Tarik deu risada e puxou consigo para a cozinha um Mikhael embaraçado, logo se alegrando quando descobriu que teria lasanha para o jantar.

(…)

– Meninos, voltem pra dentro, hora de dormir! – Chamou a mãe de Tarik, provocando um beicinho chateado no mesmo, que entrou relutante. Mikhael o seguiu, rindo baixo.

Já haviam jantado, tomado banho e brincado até o mais tarde que conseguiam, mas parecia que a energia de Tarik não se dissipava de jeito algum. Pensando nisso, Mikhael subiu as escadas pelas quais perseguira o amigo mais cedo, ele próprio já cansado, mesmo sabendo que Tarik era um expert em encher o saco quando não queria dormir.

E o próprio Mikhael era expert em ceder e virar a noite com ele; a combinação perfeita.

Pensando nisso, Tarik sorriu para si logo que chegaram ao quarto, após os "boa noites" terem sido trocados entre ele, sua mãe e Mikhael. Fechou a porta e virou-se para para ele, que suspirou.

– Não, moço, nem pense nisso, seus olhos de cachorro que caiu do caminhão de mudança não vão funcionar desta vez e…

Foi interrompido pela própria incredulidade enquanto olhava nos olhos de Tarik. Seus olhos literalmente brilhavam, desta vez ele tinha se superado.

– Por favor, Mike… É Dia das Crianças… – Disse Tarik, encarando com profundidade os olhos de Mikhael, que ainda lutava para não ceder. Mas com a cara de coitado do amigo, era difícil.

– Não tem como esperar até amanhã? – Perguntou retoricamente, coçando nervoso a própria nuca.

Quando Tarik ia responder, soou um trovão; ambos perceberam que estava chovendo. Imediatamente o mais velho jogou-se em cima de Mikhael, quase que por instinto. Tarik não precisava dizer nada, pois o amigo já sabia muito bem do seu medo de trovão; eram os únicos dias onde ele não tentava virar a noite (e digo tentar porque ele nunca conseguia). Em compensação, só conseguia dormir do lado de alguém. Mikhael não se segurou e acabou por soltar uma risada.

– Não tem graça nenhuma! – Exclamou Tarik, cruzando os braços, corado.

– Pra mim tem. – Retrucou Mikhael, saindo de perto do amigo e indo em direção ao interruptor. Após apagar a luz, foi à cama, já sabendo que não teria que dormir no colchão. Deitou-se, nem se incomodando em se cobrir, pois sabia que se arrependeria depois caso o fizesse. Tarik seguiu-o, deitando ao seu lado e acendendo o pequeno abajur que havia no criado mudo ao lado. Mikhael o abraçou, se adiantando, deixando o mais velho com o rosto vermelho.

Outro trovão soou, desta vez mais agressivo. Em resposta Tarik abraçou o amigo com mais força. Este último sorriu.

(…)

– Mas moço, eu não quero que você vá embora! – Reclamou Tarik, após ver a mãe de Mikhael com o carro na frente da casa, esperando para buscar o filho.

– Moço, se eu tivesse escolha, eu ficaria aqui. Tô gostando disso tanto quanto você. – Mikhael respondeu, afagando levemente os cabelos do amigo, que não se convenceu. O mais novo estava com sua sacola em mãos, usando as mesmas roupas com as quais viera no dia anterior.

– Eu não posso ir com você? – Indagou Tarik, fazendo bico, no fundo sabendo que receberia um "Não".

– Infelizmente não. – Respondeu. O mais velho cruzou os braços, e Mikhael suspirou, sorrindo.

– Tarik, a gente vai se ver na segunda, na escola. Não precisa ficar chateado.

– Não tô chateado, é que…

O mais velho não admitia sentir falta. A imaturidade é o que deixava Mikhael com a pulga atrás da orelha sobre a idade dos dois. Abraçou o amigo, que reagiu com uma breve surpresa, e então, curiosidade.

– Não precisa fazer isso, não é como se você fosse embora pra sempre… – Comentou Tarik, logo se soltando do abraço.

– É isso que eu tô tentando te dizer, bobão. – Retrucou Mikhael, mostrando a língua.

– Ah, é assim, é? – Perguntou retoricamente, um sorriso maroto no rosto – Então vamos ver o quão rápido você é pra ir embora!

Entendendo o recado – um convite para uma última brincadeira de pega-pega na calçada da rua do amigo –, Mikhael começou a correr, vez ou outra olhando para trás para ver que Tarik ainda corria atrás de si. Não demorou muito para o mais novo ser pego e o inverso ocorrer.

Talvez esse fosse um dos motivos pelos quais tinham quedas um pelo outro; a incrível capacidade de correrem atrás do amigo, mesmo que o fôlego tentasse falar mais alto.

Quanto às suas mães, que observavam com carinho a cena, lhes recaía o sentimento de estariam unidas até o fim da vida através de seus filhos; já brincavam sobre o suposto parentesco que teriam se eles realmente se casassem quando adultos.

Aquele Dia das Crianças fora essencialmente o melhor que os presentes ali já haviam passado.


Notas Finais


Bem, é isso, pessoal. Se alguém quiser, vou deixar aqui o link para votar na minha fanfic (e ver as outras que participaram do concurso):
https://docs.google.com/document/d/1tWhHL9cK1lin2iF41xDl-znxJnc2oacKwVClebMaH9I/edit

E como dito anteriormente, essa fanfic não existiria se não fosse a Akise. Melhor pessoa <3

Obrigada por ler <3


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