Eram quase onze horas da noite, o pub já estava se preparando para fechar. A saideira já tinha sido servida. Katrina e Mel lavavam o resto dos copos e limpavam a cozinha. Jonh e eu esperávamos que o último cliente levantasse e fosse embora para fechar oficialmente o caixa. Faltavam dez minutos para meu turno acabar, um homem magrelo e de terno entrou no pub. Parecia cansado, nervoso, agitado.
– Um uísque duplo.
– Não servimos nada depois das onze.
Ele apontou para o relógio atrás de mim e falou:
– Ainda faltam três minutos.
Olhei para o John em busca de auxílio. Ele assentiu.
– Ok. Só essa então.
Entreguei-lhe o copo e ele, com as mãos trêmulas, virou-se de uma vez.
– Ainda temos tempo para mais um.
Virei para servir mais uma dose. E quando olhei de novo, havia uma arma em sua mão apontada para John. Deixei o copo cair no chão, e o som do vidro quebrando fez a atenção dele virar-se para mim. Dizem que quando você está prestes a morrer a sua vida passa na sua cabeça como um filme. No meu caso minha vida era um filme em branco. Apenas senti o ferro frio do cano do revólver em minha testa e depois eu não fui capaz de sentir mais nada.
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