História Diabolik Lovers - O despertar. - Perturbada.

Yui Komori.

Me levantei antes do despertador, eu não havia conseguido dormir muito bem essa noite mesmo antes de Ayato vir no meu quarto ontem eu já estava pensativa e ansiosa, a lua cheia estava se aproximando, seria dali dois dias. Eu não entendia muito bem o que estava prestes a acontecer, mas depois dos ataques dos lobos na última lua cheia ficou óbvio que fariam o mesmo dessa vez e de alguma forma isso gerou um combinado entre os Mukamis e os Sakamakis, eles disseram que me protegeriam eu só não entendia o por que eles deveriam me proteger, será que a Reiko também estaria em perigo ?

Terminei de colocar o laço em minha camisa e saí do banheiro. Me assustei ao ver que Laito estava deitado em minha cama, ele estava fazendo seu braço de apoio para a cabeça.

- Que malvada Bitch-chan. - Falou ele com a voz chorosa.

- Laito-kun... - Falei.

- Se levantou antes de eu vir acordá-la. - Continuou ele. - Mesmo eu realmente querendo lhe ver despertar.

Eu sabia onde essa conversa pararia então a minha melhor opção era mudar de assunto e eu tinha um assunto importante a tratar.

- Laito-kun, o que acontecerá daqui dois dias ? - Indaguei.

- Hmm... - Emitiu ele. - Quem sabe.

Meu plano falhou. Laito se levantou da cama e começou a vir em minha direção, corri e fui em direção a porta. Senti meu rosto bater em algo e eu caí no chão. Laito estava a minha frente.

- Não torne isso tão divertido logo de manhã. Bitch-chan. - Falou ele dando ênfase ao "Bitch-chan" enquanto me dirigia um piscada de apenas um olho.

- Laito-kun. - Falei gaguejando de início. - Acho que essa não é a melhor hora.

Laito semicerrou os olhos e abriu um sorriso. Ele se abaixou e levou a mão em meu joelho e deslizou a mão para as "costas" das minhas coxas. Senti um arrepio a mão dele estava gelada.

- Laito-kun não...- Pedi.

- Mesmo dizendo isso... - Falou ele.

Laito puxou minha perna para mais perto de seu rosto e cheirou minha pele.

- Você continua a me provocar com esse doce aroma. - Continuou ele.

Depois disso Laito me mordeu mas ele não se demorou muito, o que foi bom pois eu consegui continuar com energias para ir para a escola. Assim que abri a porta me deparei com Reiko saindo de seu quarto, abri um sorriso.

- Bom dia... - Falei.

- Você deve ser realmente especial. - Emitiu ela. - Já que todos irão lutar por você.

Alguém deve ter dito a ela sobre os fundadores. 

- Eu realmente não sei sobre isso... - Falei. - Você poderia me dizer se sabe quem são esses fundadores ?

- Você não é muito inteligente. - Falou ela começando a caminhar.

A acompanhei, eu não ligava de receber esse insulto se tivesse a minha resposta.

- Reiko-chan então voc... - Ela me interrompeu.

- "San," é Reiko-san. - Falou ela enquanto andava olhando para frente. - Não é óbvio. Os "fundadores," eles devem ter o sangue dos primeiros vampiros. Agora, por que eles te querem isso sim é uma pergunta um tanto curiosa.

Fazia sentido, mas o que os primeiros vampiros iriam querer comigo ? Será que tinha alguma relação com meu pai ? Eu precisava descobrir.

- Não acha que os Mukamis podem ter a resposta ? - Indagou ela, dessa vez olhando para mim.

Verdade! Por que nunca antes havia passado pela minha cabeça perguntar ao Ruki-kun, todos eles me chamavam de Eve por alguma razão, será que isso de alguma forma tinha relação com esses fundadores ? Não contive meu sorriso.

- Obrigada por tudo Reiko-chan. - Falei.

- Tudo ? Eu fiz alguma coisa relevante ? - Falou ela. - E é "san," você é surda ?

Reiko.

Eu não sabia o porque e como isso havia chegado a essa situação. Bem, eu realmente estava interessada e com uma certa curiosidade a esse respeito, sobre o por que eles não simplesmente a deixavam ser levada e morta, sobre o porque ela era tão importante; mas por que eu estava indo junto com ela até os Mukamis perguntar sobre esses "fundadores," isso eu não sabia muito explicar, já que não tinha nada haver comigo.

Soltei um longo suspiro, se algum dos Sakamakis visse que eu estava indo de encontro aos Mukamis eu estaria em uma situação complicada, olhei em volta me certificando que nenhum deles estava por perto, estávamos no intervalo mas estranhamente não havia pessoas nos corredores além de nós.

- E então. - Falei. - Estamos indo ver aqueles dois ?

- Na verdade não. - Contou ela. - Estamos indo ver o Ruki-kun.

- Ruki ? - Perguntei.

- Sim, ele é o irmão mais velho.

- Você sabe pelo menos onde ele está ? - Indaguei.- Tenho certeza que já passamos por esse corredor.

Ela pareceu confusa por um instante e após abriu um sorriso sem graça.

- Eu já vi ele por aqui uma vez... - Falou ela. - Não costumo procurá-los então não sei muito bem...

- Fala sério. - Reclamei. - Você não cansa de ser inútil ?!

Viramos a direita e assim que começamos a subir as escadas Yui pareceu ficar animada e colocou em seus lábios aquele sorriso tosco que sempre dava ao me cumprimentar.

- O que foi ? - Indaguei.

- É ele. - Falou ela.

Olhei na direção que ela estava olhando, no meio das escadas havia um rapaz vindo de encontro a nós, Yui parou de subir as escadas e eu fiz o mesmo assim ficando no terceiro degrau. 
O rapaz tinha em seu rosto uma expressão séria, até mesmo severa. Ele era muito bonito. Alto, bem arrumado, ambos cabelos e olhos de mesma cor, um azul fascinante. Mas se ele era um vampiro significava que era melhor ficar longe e para esse tipo de ser a aparência não importava, já que eram todos do mesmo jeito.

- Ruki-kun. - Falou ela. - Poderíamos conversar ?

Ele a olhou de cima, como se já não bastasse o "ar" de superioridade que ele tinha. Ela lançou o mesmo olhar para mim, porém para mim foi mais intenso como se eu fosse tão insignificante para ele como uma formiga, semicerrei os olhos.

- Você deve ser aquela. - Falou ele se dirigindo a mim. - Que Yuma e Kou comentaram. Outro brinquedo vampírico...

- Você fala como se desprezasse os Sakamakis por isso. - Disse. - Mas ao meu ver você fez o mesmo com Yui.

- Não me coloque no mesmo patamar que eles! - Falou ele elevando o tom de sua voz.

- Ruki-kun... - Falou Yui.

- Se quer conversar comigo venha. - Falou ele passando por mim e por ela. - Não quero mais ficar na presença dessa insolente. Os Sakamakis deveriam disciplinar mais seus gados.

  Senti uma onda de raiva passar por mim, a minha vontade era de ir até ele e chutar a canela do mesmo, mas eu não queria além de um braço uma perna quebrada. "Quando foi que se tornou tão covarde?" Pensei.  

- Na verdade Ruki-kun ela também... - Disse Yui.

O mesmo parou de andar e olhou para trás.

- Ela o que ? - Indagou ele olhando para mim dirigindo um olhar de desprezo.

O meu orgulho vale mais que uma perna quebrada. Comecei a ir na direção dele, o mesmo se virou e semicerrou os olhos. Me aproximei o suficiente e chutei a canela do mesmo com toda a minha força, após senti uma dor aguda no meu dedão do pé. Tentei colocar o pé no chão mas a dor não me permitiu colocar muito do meu peso sobre a perna do mesmo. Olhei para o tal Ruki ele não havia mudado de expressão, meu chute não pareceu ter surtido efeito algum. 

- Reiko-san... - Falou Yui assustada.

O tal Ruki abriu um sorriso de desdém.

- Era para isso ter chegado a algum lugar ? - Indagou ele. - Você é fraca!

Em um movimento rápido o mesmo levou uma mão em meu queixo e a outra em minha cintura e me puxou para perto, como também se aproximou.

- Permita-me lhe mostrar a mulher fraca e medíocre que você é. - Falou ele.

- O que pensa que... - Comecei a dizer mas Yui me interrompeu.

- Ruki-kun não! - Pediu ela gaguejando de início.

Ignorando-a ele tirou a mão do meu queixo e a levou sobre meus cabelos que estavam em meu ombro os colando para trás. Levei minha mão ao peitoral dele e tentei empurra-lo mas assim como com os Sakamakis não funcionou. O rapaz foi rápido, senti o caninos dele perfurarem meu pescoço, comprimi meus lábios para evitar emitir algum som.

Fechei meu punho e comecei a bater no peitoral dele, os meus socos só pareciam surtir efeito em seus cabelos e suas roupas que se mexiam com cada soco meu. Senti o mesmo sugar meu sangue com força, desisti de tentar escapar e logo ele cessou a mordida.

- Entendo... - Sussurrou ele.