Naeun
– Nae? – escutei ao longe uma voz fraca e rouca. Meus olhos estavam fechados com força, eu estava com medo. Do que eu não sei..
– Eu te amo. – falei antes de sentir algo me balançar. Parecia que eu estava no fim do mundo. Apertei a blusa do Yoongi o mais forte possível, até que senti um peteleco na minha testa.
– Aiii – gritei.
Abri os olhos.
Eu estava no nosso quarto, praticamente em cima do Yoongi que me olhava rindo, ele estava intacto, sentia meu rosto molhado, e a camisa dele estava quase rasgando da força que eu estava a apertando.
– O que.. o que aconteceu? Você. – passei a mãos pelo seu rosto. – Você esta intacto.. a gente não estava la na ambulância e..
– Ei, acalma ta. – ele me deu um selinho. – Eu estou bem, e não estávamos em uma ambulância não. Você esta bem? Estava chorando muito.
Isso tudo, esse meu sofrimento todo, foi num sonho?
– Estou. – me sentei em cima dele. – Ai meu coração. – passei minhas mãos pelo meu rosto.
– Me conte seu sonho. – ele disse colocando as mãos atrás da cabeça.
– Pesadelo né... eu tinha te obrigado a buscar sorvete e você sofreu um acidente de moto.. foi horrível.
– Viu? Esse é o preço por me fazer de escravo. – ele riu passando umas das mãos pela minha barriga.
– Aigo, prometo não te fazer buscar mais nada. – o abracei. – Só em pensar em te perder eu piro.
– Você não vai se livrar de mim, tão cedo. – ele riu fazendo carinho no meu cabelo. – Agora.. vamos levantar, que hoje a gente vai ver o sexo do bebê. E obviamente eu vou ganhar a aposta. – ele me pegou no colo me levando pro banheiro.
– Não cante vitória antes da hora caro Min. – falei acariciando os cabelos da sua nuca.
Ele riu e me deixou sentada em cima da pia.
– Não estou.. – ele me encarou. – Eu só estou dizendo o que é óbvio.
– Uhum.. – revirei o rosto abrindo o armarinho pegando a pasta de dentes e minha escova.
Yoongi fez o mesmo, uma mania que tínhamos desde que comecei a dormir definitivamente em seu quarto, era escovar os dentes juntos. Algo bem infantil mas sempre fazíamos.
– Se for menina.. Yoongi por favor não poe nomes feios. – falei com a boca cheia de espuma.
– Aigo, eu ia colocar CL. – ele riu enxaguando a boca.
– A nãoo.
– Min... Soo – ele falou se encostando na porta.
– Hm.. bom.
– Yang Mi.. sabe amor, eu não sou ruim em dar nomes. Confia em mim. – ele riu abrindo a porta.
– Vou tentar... mas mesmo assim, vai ser menino. – falei saindo do banheiro e indo pro guarda-roupas pegar alguma roupa mais agradável para sair.
– Não cante vitória antes da hora amorzinho. – Suga falou e saiu do quarto.
Eu odeio ele.
14:40
– E então doutora. – falei impaciente.
– Calma mocinha. – ela riu, passando pela milésima vez aquele aparelho na minha barriga, esparramando aquele gel gelado.
– Eu estou tão nervoso. – Suga disse batendo a perna freneticamente no chão. E eu ri do seu nervosismo.
– Imagino quando essa gracinha nascer.. – a médica disse rindo.
14:58
– É menina! – a médica disse rindo me entregando um monte de papel. Eu estava boquiaberta. – Parabéns! – ela me abraçou.
– Eu sabia. – Suga disse fazendo uma dança escrota...
Depois de muito o Suga falar na minha cara sobre como o instinto de pai dele nunca falha, foi decidido por ele, por que o mesmo não me deixou abrir a boca, que ela chamaria Min Sun Hee, que significa bondade e felicidade. Mas o idiota ainda coloco o primeiro nome dele.
– Ai estou tão feliz. – ele disse entrando na cafeteria.
– Eu também, apesar de perder a aposta. – ri me sentando a sua frente numa mesinha. – Ela vai ser linda igual os pais.
– Agora estou preocupado.. – ele falou encarando sério o cardápio.
– Por que?
– Uma menina linda igual o pai.. – o encarei. – E a mamãe. – riu docemente e eu bufei. – Com seis "tios" tarados, e os coleguinhas na escola...
– Agora não quero reclamação.. – ri chamando a garçonete.
Ele riu olhando pela janela. – Ah se alguém tocar um dedo nela.
– Você vai ser um ótimo pai coruja. – ri pegando em sua mão acariciando a mesma, enquanto o mesmo me olhava rindo.
– Ainda estou feliz por ter ganhado a aposta. – ele falou com um sorrisinho sínico no rosto.
– Isso foi uma calunia. – gargalhei baixo. – Mas estou feliz por ser uma menina.
– Eu também.. Vamos ser os melhores pais possíveis.
– Prometido! – estendi meu mindinho e o mesmo juntou o meu com o seu.
Prometido..
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