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História Diana - Capitulo 09


Escrita por: SleepingTriz

Capítulo 11 - Capitulo 09


Fanfic / Fanfiction Diana - Capitulo 09

Diana

Assim que cheguei ao meu destino, a pequena menina de cabelos loiros e cacheados correu em minha direção e saltou para o meu colo. 

- Diana! - Exclamou, abraçando-me. - A Diana chegou! A Diana chegou! 

- Vamos Lindsey, desça. - Gayle ordenou, pegando na irmã e colocando-a no chão. 

- Onde está o Betho? - Perguntou, enquanto dava pulinhos de empolgação. 

- Oh, o Betho não pode vir dessa vez. - Falei e tive pena ao ver a sua carinha feliz se desmanchar. - Hey, não fique triste. Logo ele vai poder vir cá para te visitar e vocês vão poder brincar muito. - Disse, numa tentativa de animá-la. 

- Sim. - Murmurou, fungando o nariz. - Nós vamos nos casar. 

- Oh! É mesmo? - Exclamei, tentando reprimir uma risada. - Quando vai ser isso? 

- Quando ele vier me visitar. - Respondeu sorridente e Gayle e eu nos entreolhamos. Tive vontade de rir, no entanto meu namorado parecia estar levando o assunto a sério. 

- Lindsey, deixa de dizer asneiras. Você e o Bethoven são crianças, não podem se casar. - A repreendeu, fazendo-me revirar os olhos. 

- Mas nos já somos namorados, a mamãe disse que se casou com o papai quando eles eram namorados. - Resmungou. - E eu já tenho todos esses anos, olha! - Exclamou, levantando 3 dedos. 

- Exatamente, ainda é uma criança. 

- Gayle, deixa-a em paz, ela nem sequer entende esse assunto. - Sussurrei ao pé do seu ouvido e ele negou com a cabeça. 

- Ela tem que entender. - Sussurrou de volta e em seguida ajoelhou-se para ficar na altura da irmã. - Lindsey, crianças como você e o Bethoven não podem namorar, muito menos se casar. Vocês tem que esperar até serem grandes, assim como a Diana e eu, entendeu? - Questionou-a em um tom sério e Lindsey assentiu pensativa. 

- Então você e a Diana vão se casar? Eu vou ser a menina das flores! - Exclamou arregalando os olhos e começou a dar voltas ao nosso redor. - Eu vou ser a menina das flores! 

Encarei Gayle seriamente e lançei-lhe um olhar repreensivo. 

- Viu só o quê você fez? Agora ela acha que nós dois vamos nos casar. - Falei, revirando os olhos e deixando-o ali na companhia da sua pequena peste. 

Adentrei na casa, porquê até então estávamos tendo essa conversa na calçada e caminhei até a cozinha. A porta estava apenas encostada e pude ver a senhora Norman a preparar o almoço. 

Assim que ela sentiu minha presença, sorriu como se já não me visse há muito tempo e aproximou-se para me abraçar. 

- Diana! Fico tão feliz por você ter vindo. 

- Obrigada pelo convite, Liza. - Agredeci educadamente e não utilizei o tratamento 'senhora' porque ela detestava, dizia que se sentia uma velha quando a chamavam assim. 

- Estou a fazer aquele salmão defumado e a salada que você adora! - Exclamou, apontando para o forno e eu não hesitei em mostrar-lhe um sorriso. 

É óbvio que íamos ter o salmão defumado. 

Gayle e sua família eram judeus e este era um dos pratos principais da culinária judaica. Eu não era grande apreciadora de carne branca, mas a senhora Normam sabia fazer um salmão defumado como ninguém, era impossível recusar. 

- Posso ajudá-la em alguma coisa? - Perguntei. 

- Não precisa querida, está quase tudo pronto. Sente-se ai, vamos conversar. 

Assenti e puxei uma cadeira para me sentar. Segundos depois Gayle entrou na cozinha acompanhado da irmã. 

- Mãmãe! A Diana e o Gayle vai se casar! - Exclamou, correndo ao encontro da mãe. - E eu vou ser a menina das flores! 

Assim que Lindsey falou aquilo, o meu olhar arregalou-se e a atitude de surpresa de Liza me fez querer cavar um buraco no chão e me enterrar lá mesmo. A mulher que até então estava ocupada fazendo o almoço, deixou escapar a colher das mãos e a mesma caiu no chão, enquanto seus olhos estavam tanto-ou mais, arregalados do que os meus. 

- Is-sso é...oh, estou sem palavras. Vocês são tão novos, mas eu estou feliz por vocês! Venham cá me abraçar! - Exclamou, abrindo os braços para nos acolher e eu olhei para Gayle à procura de uma ajuda para sair dessa situação. 

- Mãe, não vai haver casamento. - Gayle disse ríspido e seco. - Nós nem sequer nunca conversamos sobre isso, somos jovens demais e estamos apenas no terceiro ano do colegial. 

- Não? Bom, é...onde é que eu estava com a cabeça? - Murmurou para si mesma e começou a gargalhar. - É que a ideia pegou-me de surpresa e às vezes eu me esqueço o quão jovem vocês ainda são. 

- Sem problemas, Liza. - Disse, rindo nervosamente. 

- Ainda posso abraçá-la se isso serve de consolo. - Gayle falou e nós três começamos a rir. Um som de choro interrompeu-nos e percebi que a pequena menininha de cabelos loiros estava prestando atenção a conversa e se encontrava em prantos. 

Lindsey caminhou até o irmão, parou de frente à ele e disse: 

- Você é o pior irmão que eu já tive! - em seguida, chutou a canela de Gayle e saiu da cozinha a correr. 

A senhora Norman e eu não aguentamos e começamos a rir. 

- Essa doeu. - meu namorado resmungou fazendo uma careta, enquanto passava a mão pela canela. 

× 

Depois do almoço, Liza se trancou no quarto para colocar Lindsey para dormir e Gayle e eu ficamos na sala assistindo televisão. Meu namorado parecia estar concentrado na programação, já eu nem tanto. 

Eu estava com alguns pensamentos inquietos na cabeça e me remexia no sofá à cada minuto, à procura de uma posição mais confortável. 

- Diana, o que se passa contigo? - Perguntou Gayle. 

- Nada. - Murmurei, levantando a cabeça e encarando seu rosto. - Posso te fazer uma pergunta?

Ele me olhou confuso durante alguns segundos, mas depois respondeu. 

- Claro que pode. 

- É...uhm, você pensa em...uhm secasarcomigo? - Perguntei rapidamente e desviei o olhar. 

- O quê? Casar? - Perguntei e eu assenti. - Uhm, é, claro que penso. 

- Não, é serio. Você alguma vez já pensou em se casar comigo? 

- uhm, é...não exatamente, nós ainda somos jovens para pensar em casamento. Porquê essa pergunta agora? 

- Então você nunca pensou em um futuro comigo? - Perguntei boquiaberta. 

- Diana, é óbvio que já pensei, mas é que sobre casamento nós nunca conversamos e eu nunca comentei nada porque achei que você pensava como eu. Nós ainda estamos no terceiro ano do colegial, temos que focar nos estudos, no trabalho...

- É, você tem razão. É que eu comecei a pensar e uhm...esquece. Nós ainda temos muito pela frente, é melhor não apressar as coisas. 

- Sim, mas nem por isso não penso no nosso futuro, eu...uh, tenho pensado muito ultimamente, principalmente depois que eu...uhm, deixa pra lá. Vamos esquecer esse assunto. - Murmurou, deixando um beijo na minha testa. 

- Depois que você o quê? - Perguntei curiosamente e Gayle desviou o olhar. - Gayle? Você tem algo a me dizer? 

- Não, não. É q-que você sabe, depois do colégio tem a faculdade... essas coisas. 

- Ah, mas nós vamos para o mesmo lugar, não vai ser muito diferente. - Disse sorrindo ao nos imaginar indo para a faculdade juntos e ergui o meu olhar para ele. Aproximei meu rosto do seu e juntei nossos lábios. - Eu te amo. - Sussurrei. - Muito. 

E isso era verdade. 

Gayle não me respondeu, apenas mostrou-me um pequeno sorriso e depois beijou-me delicadamente. 

- Estou com sono. - Murmurou bocejando. 

- Você não vai dormir agora, né? Eu vim aqui pra ficar com você. - Resmunguei e ele riu. 

- Eu sei. - Bocejou outra vez. - Continua falando, assim eu não durmo. 

- Você até hoje não me contou como foi a viagem de negócios que você fez com seu pai. 

- Viagem de negócios? - Perguntou, olhando-me confuso. 

- É, a viagem pra Nova York. Como foi lá? Você gostou? 

- Ah, gostei. Foi normal. - Respondeu, dando de ombros. 

- Normal? - Fiz uma careta. - Não pode ter sido normal, é Nova York. 

- Não deu para aproveitar muita coisa, você sabe...eram negócios. 

- Sei, mas lá deve ser muito lindo. - Falei sorrindo e ele assentiu. - É tão frio quanto dizem? 

- Não. É muito mais frio. Cheguei a congelar no primeiro dia. - Respondeu, fazendo-me rir. 

- Acho que nem sempre é assim, você tem que considerar que vocês foram no inverno. - Falei, com um revirar de olhos e ele assentiu. 

- Não vamos falar sobre isso, olha, estamos a perder o filme. - Disse, desviando o olhar para a televisão e eu bufei. Tive uma ideia para conseguir a atenção dele e comecei a colocá-la em prática. 

Sentei-me no colo dele e virei-me de frente para ele. Em seguida começei a distribuir beijos por todo o seu rosto. 

- Diana. - Murmurou e eu o interrompi, beijando-o. Meus olhos se fecharam e envolvi meus braços ao redor do seu pescoço. Começamos a nos beijar, mas eu logo percebi que a sensação não era a mesma. Parecia que eu estava a fazer aquilo sozinha. Abri meus olhos e encontrei seus olhos abertos e as suas íris azuis a me encararem. Afastei-me ligeiramente e sai de cima do colo dele. - Diana, desculpa. Eu estou cansado. 

- Isso é estranho, ultimamente você parece estar sempre cansado. - Murmurei aborrecida. 

- É porque eu estou. 

- De mim? - Perguntei arregalando os olhos. 

- Não! Claro que não. Nunca me canso de você. - Admitiu, esticando a sua mão e tocando a minha. 

- Então porquê é que você está agindo assim? 

- Assim como?

- Eu não sei...essa não é a primeira vez que você se afasta e eu tenho a sensação de que há algo acontecendo que você não quer me contar. 

- Não amor, isto é impressão sua. E-eu estou apenas cansado, mas a culpa não é sua e uhm, não há nada acontecendo. - Garantiu, fazendo-me sentir aliviada. 

- Se tivesse, contaria-me? - Perguntei, desviando o olhar para as suas mãos. Gayle demorou um tempo a responder, o que me fez duvidar e pressioná-lo. - Contaria-me? 

- Você confia em mim? 

- O quê? Você não me respon- interrompeu-me. 

- Confia? - Perguntou, olhando-me no fundo dos olhos. 

- Confio. - Respondi, engolindo em seco. 

- Então confia em mim, independente do quê nos aconteça, você vai ser sempre a minha garota, por quem eu sou incrivelmente apaixonado. - Respondeu, abraçando-me. 

Havia algo a mais naquela resposta, mas naquele dia, naquele momento, ela foi suficiente. 

○○○

O dia seguinte era o dia em que o Harry e eu, eu e o Harry, íamos nos encontrar na minha casa para fazer o trabalho do colégio e o meu irmão, Liam, tinha um encontro. 

Sinceramente, não sei o quê era mais surpreendente. 

- Me conta, quanto você pagou para que essa pobre moça saísse com você? - Perguntei ao Liam fingindo uma expressão de séria, quando na realidade estava fazendo todo o possível para não rir. 

- Diana, eu vou ter um encontro hoje e não vou deixar que nada do que você diga estrague o meu dia. - resmungou, enquanto olhava as horas no seu relógio de pulso pela décima milésima vez. 

- Ela necessariamente deve ter algum defeito. É feia? Tem uma verruga no nariz? Um dente podre? 

- Não, menina chata. Eu vou sair com uma garota linda, que não tem verruga alguma e tem todos os dentes em perfeito estado. 

- Então ela é doida, só pode. - Gargalhei e Liam fuzilou-me com o olhar, mas acabou rindo junto comigo. - Eu estou a brincar meu irmão, espero que essa garota coloque algum juízo nesse seu cabeção. 

- Acho que é melhor eu ir, não quero me atrasar. - disse, levantando-se do sofá e pegando as chaves do carro na mesinha de centro.

- Claro que não. - zombei, revirando os olhos.

- Tenha juízo, que horas o Gayle vai chegar? 

- Ah, hoje ele não vem. - respondi, desviando o olhar para a tv. 

- Mas você não disse que estava esperando alguém? - Perguntou confuso e eu engoli em seco. 

- Uhm, é, eu disse. - olhei para ele e mostrei um sorriso forçado. - Estou esperando o Harry... vamos fazer um trabalho. - Murmurei entre dentes em um tom de voz que quase não dava para escutar. 

- O Harry? O meu amigo que estuda com você? O mesmo Harry?

Assenti. 

- Como assim? E aquela história de que vocês se odeiam? 

Bufei. 

E então, contei ao Liam. Contei desde o início, das implicâncias, discussões e por fim, contei que o Harry havia me pedido desculpas e proposto que fôssemos amigos. E que eu aceitei. 

Liam disse que nós dois éramos loucos e depois, saiu de casa gargalhando feito um irmão pateta. 

Enquanto eu contava para ele, percebi que dizer e ouvir aquilo em voz alta era estranho. 

- O Harry e eu somos amigos. - Murmurei para mim mesma e comecei a pensar. 

Será que eu fiz certo concordando com essa proposta?



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