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História Diante da Fogueira - One Shot - O Universo Paralelo


Escrita por: OnlyTyler

Notas do Autor


A história se passa na noite após Astana iniciou os ensinamentos sobre as pedras.

Sugestões de música.

⇨Arcade Fire - The Suburbs
⇨If It Makes You Happy
⇨Tokio Hotel - Masquerade

Capítulo 1 - O Universo Paralelo


Fanfic / Fanfiction Diante da Fogueira - One Shot - O Universo Paralelo

A lua já estava alta no céu, iluminando parcialmente o quarto quando sai do banheiro cheirando a alecrim fresco, recém tirado de alguma colheita e usado como aroma para sabonetes masculinos. A toalha negra estava arrumada em volta de meu tórax, enquanto minha atenção era voltada para o meu celular que tocava uma música do Arcade Fire. Caminhei até o guarda roupa, tirando uma cueca boxer e uma bermuda qualquer. Após me enxugar e me vestir, voltei ao banheiro para pendurar a toalha. O ar que entrava pelas brechas da janela esfriavam o quarto, indicando a vinda do inverno que estava cada vez mais próximo. Deslizei para debaixo de minhas cobertas, tentando não pensar no que tinha acontecido durante todo o dia em que Astana nos ensinou sobre as pedras e os diversos poderes que elas nutriam.

Minha cabeça estava cheia e cansada, não só por todas as novas informações, mas também pelo modo estranho de como aquilo me afetava. Revirei o corpo no colchão, sentido-o me acolher suavemente enquanto eu tentava relaxar para enfim conseguir dormir. Foi então que começou, aquela melodia calma e suave da música The Suburbs que eu tanto amava, aquela mesma música que Lírio cantava comigo quando papai e mamãe ainda eram vivos e reuniam toda a família para o natal. E agora, aquela música me embalava, em um sono que chegava sorrateiro e gentil, me trazendo todas aquelas preciosas lembranças de minha infância, antes de perdermos nossos pais, antes de todo o desastre acontecer. Quando finalmente adormeci, embalado em um sorriso de extrema alegria, uma luz forte me chamou a atenção, uma luz que me guiava para um lugar completamente novo e repleto de felicidade.

[...]

Um cheiro de alecrim fresco do campo inundou meu olfato no momento em que pisei na grama, meus olhos vagaram por todo o ambiente, onde um grupo de jovens tocava aquela mesma música em volta de uma fogueira que queimava a madeira tão vagarosamente, que pude jurar ter visto as chamas dançarem alegremente ao som de The Suburbs, do Arcade Fire. Ergui o olhar para uma garota pequena de cabelos negros, que cantava junto aos demais. As feições eram delicadas e suaves, enquanto os olhos eram grandes e curiosos, vagando por cada rosto ali presente, como se procurasse por um em especial. Quando ela finalmente se virou para mim, o meu coração parou. 

Eu conhecia aqueles olhos, conhecia aqueles cabelos e aquelas feições, eu podia até mesmo diferencia-los em uma enorme multidão se fosse preciso. Não importava quanto tempo havia passado nem mesmo o que havíamos vivido, eu sempre reconheceria Lírio. E agora ela corria ao meu encontro com um sorriso estampado no rosto, os fios negros serpentiando em suas costas a cada passo dado. Meus pulmões se apertavam conforme eu me aproximava dela em passos cautelosos, ainda sem realmente acreditar no que estava a minha frente. Mas foi quando ela pulou em meus braços, que minha respiração vacilou em conjunto as lágrimas silenciosas que inundavam minha face.

A apertei em um abraço sem fim, afagando-lhe os cabelos com o medo de que aquilo não fosse real. Eu não podia deixar que ela fosse embora, não, eu não a perderia novamente...

Acho que devemos ter passado muito tempo abraçados, pois em um determinado momento, senti uma mão familiar apertar suavemente meu ombro. Pouco depois, uma voz masculina soava atrás de mim, fazendo com que minha atenção se voltasse para o dono da voz. Lentamente me afastei de Lírio, mantendo o braço destro em volta de seu quadril ao me virar para trás. E lá estava ele, me encarando com um olhar preocupado, mesmo que raramente ele demonstrasse quaisquer sentimento.

— Hey, viadon. Está tudo bem com você? Fazem três horas que você saiu e agora volta como se tivesse ficado meses fora de casa. A Lírio correr ao seu encontro, tudo bem, mas te ver chorar por isso, é novo.  — Disse Aidan, recuando alguns passos quando o puxei para um abraço apertado. Porra, faziam anos que não o via, e agora ele estava ali na minha frente, como se fosse completamente normal.

— Trev, eu sei que você me ama, mas olha a viadagem. Me larga porra!  — Admito, aquele comentário idiota me fez rir.

— Já larguei, seu merda. Já larguei.  — Recuei alguns passos, trazendo comigo uma risada estampada no rosto. Ter eles ali era como voltar a infância, com toda a nossa família reunida. Algo que eu não tinha desde a morte de nossos pais.

— Twevie... você está bem?  — Disse Lírio, puxando meu braço de maneira suave, como só ela fazia. Os olhos grandes me analisavam silenciosamente, buscando quaisquer que fosse o sinal de que havia algo errado comigo. Se aquilo fosse o céu, eu não queria voltar a vida. Se aquilo fosse um sonho, eu simplesmente não queria acordar.

— Estou sim, minha anjinha. Estou maravilhosamente bem.  — Me virei por completo em direção de Lírio, novamente a puxando para um abraço. Ela ainda cheirava exatamente como eu me lembrava, e ainda parecia um anjo, tão delicada e indefesa, que poderia ser enganada até mesmo por uma borboleta, do qual, ela tinha uma fobia secreta.

— Será que tem abraço para mim também?  — Ergui o olhar para buscar a dona daquela voz familiar, quase perdendo o equilíbrio ao encontrar os olhos negros nos meus. Era Blake. Eu não sei como, nem o porque, mas eu a conhecia. Como se durante toda a minha vida, as memorias sobre ela tivessem sido misteriosamente apagadas, deixando para trás apenas o rastro de que a conhecia. E, acima de tudo, o fato de que ela fazia meu coração disparar de um modo que nunca tinha acontecido. 

Agora, em volta da fogueira, os jovens tocavam If It Makes You Happy, como se todas as canções tocadas ali fossem tocadas diretamente para mim, simbolizando cada sentimento. E durante aquele único momento, em que meus olhos se cruzaram com os dela, eu podia jurar que aquela mulher, era o amor da minha vida. Mesmo que eu não a conhecesse de fato, nem se quer soubesse qualquer coisa dela, ela ainda continuava ali, com os olhos fixos nos meus e os lábios erguidos em um sorriso ladeado.

— Blake?  — Chamei ao "voltar para a realidade", como se tentasse me certificar de que ela era real, ou talvez, que ela realmente me conhecia.

— Sim?  — Ela se aproximou em passos calmos, erguendo uma das mãos na altura do meu rosto e o acariciando de maneira suave, me fazendo acreditar que talvez, estivéssemos sozinhos ali. — Aconteceu alguma coisa, anjo? Você raramente me chama assim.

Ergui apenas uma sobrancelha, estranhando o modo como era familiar que ela me chamasse daquela forma. Mas por algum motivo, eu não conseguia lembrar como eu a chamava. Era como se, minha memória tivesse sido apagada. Mal tive tempo de abrir a boca, quando Lírio se afastou em alguns passos, sussurrando algo como "Beija-Flor" e parando ao lado de Aidan, que nos encarava com certo tédio. Eu nada falei, ainda mantinha o olhar em Lírio, parada ao lado de nosso irmão, que agora assumia uma expressão calma e tranquila ao dirigir a palavra para mim.

— Vai lá, Trev. Eu cuido da nossa Lírio. Amy está esperando você . — Amy... Eu não a via fazia muito tempo, e nem se quer imaginava como ela seria. 

Assenti para Aidan, virando-me para Blake enquanto os via caminhar em direção a fogueira e se misturar com as outras pessoas. A morena de cabelos longos que caíam como cascatas em suas costas, agora estava virada na direção da fogueira, puxando suavemente meu braço na intenção de que eu a acompanhasse. Sem pestanejar, me juntei a ela, caminhando lado a lado de mãos dadas. Que por incrível que pareça, não me era estranho. Na verdade, aquilo tudo era ao mesmo tempo estranho e maravilhoso. Como verdadeiras férias de muitos anos de sofrimento. 

Blake me guiou para a fogueira, arrumando nosso lugar ao lado de quem estava com o violão. Assim que nos sentamos, eu senti a vontade súbita de abraçá-la, parecia o certo a se fazer. Lírio estava sentada a minha frente, sorrindo tão alegremente que poderia me passar aquela alegria com apenas um olhar. Mas foi quando eu abracei Blake, que a voz do homem soou. De maneira tão familiar e receptiva, como só ele conseguia fazer ao misturar o sotaque britânico com o alemão. 

— Vejam, pessoal. Meu filho trouxe a namorada! — Disse meu pai, com um sorriso tão largo no rosto que fez com que uma lágrima escorresse em minha face, se misturando a muitas outras que vieram quando mamãe surgiu ao lado de Amy, caminhando até mim e Blake, para nos puxar em um abraço de grupo. 

Era surreal demais, viver o sonho da minha vida. Toda a família reunida e aquela mulher estranhamente conhecida. O que mais me intrigava era como todos pareciam conhecer ela a muito tempo. Porém, mesmo eu sendo o único estranho ali, ainda mantinha o olhar marejado e o sorriso verdadeiramente feliz, enquanto todos riam e cantavam diante da fogueira. Blake apenas assistia tudo, assim como eu, mantendo um sorriso verdadeiro no rosto. Ela estava aninhada em meus braços, vez ou outra eu a notava erguer o olhar para mim e sorrir, como se estivesse muito feliz de me ter ali. 

Não sei de fato quanto tempo se passou, mas cheguei a notar a proximidade de nuvens carregadas que avançavam depressa. Todos estavam felizes, fato do qual eu demorei para saber o motivo. Era o aniversário de Lírio. Ela faria 16 anos naquele dia. E nós estávamos comemorando. Horas depois eles perguntaram pelo bolo que supostamente eu deveria ter trago, mas claro, não havia bolo algum, já que eu "tinha esquecido".

— Porra Viadon, como tu esquece o bolo desse jeito? É comida, cara! — Reclamou Aidan, recebendo um leve puxão de orelha de mamãe. 

— Eu posso fazer o bolo. Trev, me ajuda na cozinha? — Questionou Blake, com um olhar fixo para mim. Vislumbrava uma mistura de ternura e malícia em seu olhar, entrelaçando os dedos nos meus ao esperar pacientemente por minha resposta.

— Ajudo sim, mas eu não sei fazer bolo. — Sim, eu era péssimo em fazer bolos, mas iria mesmo assim. 

— Eu sei disso, mas o que vale é a intenção. Você não vai saber se não tentar. — Disse Blake, dando de ombros e me puxando suavemente para que a seguisse.

Ergui o corpo ao me pôr de pé, passando a caminhar lado a lado com Blake para dentro do que poderia ser uma cabana. Durante todo o caminho, ela andou ao meu lado, passando para minha frente no exato momento em que nos afastamos, e se pondo em meu campo de visão. Por uma fração de segundo, uma leve brisa ergueu a saia de Blake, revelando uma calcinha fina de renda negra que fez com que toda a minha sanidade ficasse em alerta. Vagarosamente, ela começou a rebolar, impinando a bunda e movimentando o quadril de uma maneira incrivelmente sexy enquanto caminhava. 

Prosseguimos assim até chegarmos a cabana, onde ela me emprensou contra a parede e iniciou um beijo intenso, percorrendo as mãos até a barra de minha camisa e subindo com os dedos flexionados em minha pele, por dentro do tecido, de modo a arranhar desde meu peitoral até o tórax. Em nenhum momento eu pensei em recuar, pelo o contrário, queria cada vez mais. Queria sentir como era estar dentro dela, escutando cada gemido em meu ouvido enquanto eu avançava sem demora para mais prazer. 

— Eu quero você, Beija-Flor. — Sussurrei ao assumir o controle, empressando-a contra a parede. Deslizei minha mão destra por sua coxa, apertando com certa forca e a erguendo na altura de meu quadril. Meus lábios trabalhavam beijos em seu pescoço, oscilando entre mordidas e chupões que deixariam marcas. 

— Agora não, anjo. Precisamos fazer o bolo de sua irmã. — Respondeu Blake, deixando escapar um pequeno gemido quando deslizei meus dedos a caminho de sua intimidade já úmida. Por Deus, aquela mulher me excitava pra caralho. 

— Shh... Apenas aproveite. — Entendo que o bolo não podia demorar, mas porra, eu queria aquilo. 

— Nada disso, mocinho. — Disse Blake, com um olhar divertido enquanto descia a perna e arrumava a saia. — Mais tarde terminamos isso. — E então ela sorriu, percorrendo meu rosto com os dedos macios e selando meus lábios em um beijo breve.

Era incrivelmente estranho, o fato de ela me fazer apreciar até os mínimos sorrisos que me lançava enquanto fazíamos o bolo. Por vezes me pus por trás dela, com a desculpa de pegar algo ou simplesmente por ajudar. Em todas as vezes, eu apertava o quadril dela contra mim e ela rebolava, tão deliciosamente que me fazia querer rasgar aquela roupa e foder ali mesmo. Mas, toda vez, ela me lançava aquele olhar, repreendendo as minhas intenções. 

Quando o bolo finalmente estava pronto, levamos de volta para onde todos estavam, andando lado a lado durante todo o trajeto. O bolo ficou em minhas mãos, enquanto Blake acendia a vela e Lírio se posicionava em minha frente. Papai e mamãe ficaram lado a lado, junto com Aidan e Amy. Blake se localizou em minha frente, ficando ao lado de Amy enquanto os outros se organizavam. Foi quando eu os conheci, todos eles. Jackson, Alyna, Astana, Thomas, Samantha, Jasper, Violet, Coraline e Alexander. Um ao lado do outro se preparando para cantar parabéns para Lírio. 

Não demorou para que tudo ficasse pronto, a Lua já iluminava o céu estrelado com nuvens carregadas que agora se aproximavam mais lentamente. Blake acendeu a vela e todos nós começamos a cantar em uníssono, Lírio agora sorria com uma felicidade nunca vista em seu olhar. Vez ou outra, ela trazia o olhar ao meu, como se agradecesse por alguma coisa. Quando terminamos de cantar, ela assoprou as velas e sorriu, pegando o bolo de minhas mãos e o entregando para papai que começaria a servir os convidados. Assim que papai pegou o bolo, Lírio se jogou em meus braços, nos envolvendo em um abraço confortante. 

— Obrigado, Twevie. Por planejar essa festa para mim. Obrigado, obrigado, obrigado. Eu amo você, meu lindinho! — Disse Lírio, com um sorriso tão grande no rosto que me fez aperta-la ainda mais forte. 

— Eu também amo você, my little angel. Hoje é o seu dia, faça o que quiser fazer. 

— Eu quero ficar com você enquanto cantamos, e depois, quando eu dormir, faça com que a Blake durma conosco. Eu amo quando ela vem e você fica com esse sorriso apaixonado no rosto. — Ela olhou de mim para Blake, outra vez sorrindo. 

— Eu acho bem gay. — Disse Aidan, recebendo o meu mais sincero "foda-se" quando ergui o dedo do meio para ele. 

— Então está resolvido! Ela vai ficar! — Gritou Lírio com empolgação, pulando em meu colo e se aninhando em meus braços enquanto eu acariciava-lhe os cabelos. Blake apenas riu, dando de ombros e se sentando ao meu lado. 

A noite se seguiu calma e devagar, com o bolo sendo rapidamente ingerido junto a algumas garrafas de vodka. Por volta das 23:00 horas, a chuva se iniciou, fazendo com que realmente dançassemos no ritmo da música Story Of My Life, do Social Distortion que papai amava. Ficamos assim até as 01:00 da madrugada, que foi quando Lírio adormeceu em meus braços. Aidan se ofereceu para levá-la para dentro, mas eu recusei. Mesmo que eu confiasse nele, não queria deixar ela sozinha.

A levei para cama junto com Blake e Amy, que se revezaram com histórias de terror que Lírio adorava até que ela finalmente adormecesse junto a Amy. E lá estávamos nós, ajudando mamãe e papai a arrumar as coisas da festa. Grande parte dos convidados tinham ido dormir dentro da cabana de Aidan, enquanto a outra parte dividiam barracas. Papai e mamãe dormiram juntos a lírio, em outra cabana. Eram três ao todo, com exatos dois quartos em duas delas e um quarto em uma delas, que era onde Blake e eu iríamos dormir. 

Por volta de quase 02:00 da madrugada, Blake finalmente saiu do banheiro, vestindo apenas uma camisa minha branca de botões e uma lingerie negra de renda. Os cabelos negros estavam majestosamente soltos e bagunçados, emoldurando os olhos negros em conjunto aos lábios rosados. 

— Eu amo quando me olha dessa forma. — Disse Blake, quebrando o silêncio com um sorriso travesso no rosto. 

— Dessa forma como, Beija-Flor? — Indaguei já sabendo a resposta, contendo um sorriso malicioso ao erguer meu corpo me pondo de pé e caminhar para mais próximo dela. 

— Com desejo e com amor. Eu quero você, Trevor. — Disse Blake, pousando as mãos em meus ombros enquanto erguia os lábios em um sorriso malicioso.

Sem demora, inclinei meu rosto para perto do dela, selando nossos lábios em um beijo que já se iniciará intenso. Passei a brincar com nossas línguas entrelaçadas, enquanto Blake lançava os braços ao redor de meu pescoço. Posicionei minhas mãos em seu quadril, deslizando por a parte externa das coxas grossas e apertando com força. Aos poucos, deslizando os dedos para a bunda de Blake, onde apertei com força, acariciando todo o trajeto do tecido da calcinha de maneira tão íntima, que Blake deixou escapar um suspiro embebido de sensualidade, gemendo meu nome em meu ouvido. 

Vagarosamente, ela se desvencilhou de minhas mãos, empurrando meu corpo até que eu caísse sentado na cama. E então ela veio até mim, subindo na cama com o olhar repleto de malícia e engatinhando devagar até que ficasse por cima de mim, sentando no meu colo e impulsionando meu corpo, me fazendo deitar. Ela posicionou as mãos em meu peito de modo a se erguer, ficando de pé com as pernas ao lado de meu quadril, iniciando uma perfomance ao som de Masquerade, do Tokio Hotel, que tive tempo de colocar antes que ela prosseguisse. 

Primeiro, ela retirou minha camisa, desabotoando-a lentamente e a jogando ao lado. Me fazendo questionar o quão sexy aquela mulher poderia ser, e quanto tempo eu iria aguentar sem agarrá-la. Blake prosseguiu inclinando o corpo no meu, depositando beijos desde o meu pescoço até a barra de minha bermuda, onde ela voltou a erguer o corpo, levando as mãos até as costas e abrindo o feiche do sutiã, deixando-o escorregar pelos braços e revelando as auréolas rosadas.

Meu Deus, se aquilo fosse mesmo o céu, eu tinha me dado mais do que bem. Meu membro já se revelava bastante saliente quando perdi o controle, virando-a de modo que eu ficasse por cima. Ergui ambos os braços de Blake, descendo meu olhar antes nos seus, para seus lábios e depois, para seus seios, sem qualquer hesitação. Me demorei ao chupa-los, apreciando cada novo gemido de aprovação enquanto meus dedos trabalhavam em sua intimidade. Eu já não suportava mais aquela tortura, nescessitava estar dentro daquela mulher o quanto antes. 

Voltei a descer com os lábios sedentos de desejo por todo o corpo de Blake, retirando a calcinha de renda com os dentes e quase perdendo o ar ao vê-la nua em minha frente. Ela era maravilhosa, como a própria Afrodite. 

— Trevor... Por favor... — Ela sussurrou entre gemidos, envolvendo meus cabelos com os dedos enquanto eu trabalhava minha língua em sua intimidade.

Prossegui até ela me puxar para cima, buscando os meus lábios rapidamente e abafando um gemido alto quando a penetrei lentamente. Fizemos amor cada vez mais forte, vez ou outra ela deslizava as unhas em minhas costas, arranhando minha pele conforme eu envolvia os cabelos negros em meus dedos e os puxava suavemente, me movimentando com mais força, ao que deixava escapar alguns gemidos altos. 

Fizemos amor durante toda a madrugada, até mesmo depois que a chuva já tinha passado, deixando para trás apenas o rastro de terra molhada com o cheiro de alecrim pairando no ar. 

Por volta das seis da manhã, quando o sol já havia nascido e as primeiras frechas de luzes solar invadiam a cabana, Blake se remexeu em meu peito, virando para o lado de modo a se espreguiçar. Porra, como ela era linda. E agora, com a luz do sol iluminando parcialmente seu rosto, parecia ainda mais linda do que no dia anterior. Ela se virou para mim, e eu a contemplei. Retirando uma mecha de cabelo que caía em seu rosto, e retribuindo ao seu sorriso simples e verdadeiro. 

— Bom dia, Beija-Flor. — Meu tom de voz era quase inaudível, denunciando o sono que ainda sentia. 

— Bom dia, meu anjo. — Ela respondeu, abrindo um sorriso apaixonado quando me inclinei para beijá-la. 

Agora, ali com ela. A paz reinava em minha alma de um modo novo, como se aquela vida já fosse minha a muito tempo. Como se os acontecimentos em minha memória fosse apenas um pesadelo. Mas foi quando eu escutei o grito de Amy, que percebi que havia algo errado. Rapidamente Blake se levantou, vestindo apenas uma calcinha e minha camisa preta. Quanto a mim, vesti apenas a boxer e a bermuda, nos apressando para seguir o grito. Quando finalmente chegamos, meus olhos se voltaram para Lírio, já sem vida na cama...

Não, aquilo não podia ser real... Em um momento ela estava bem, e no outro, morta. Ataque cardíaco. O coração dela ela fraco, e ela só aguentaria até os 16 anos. Segredo do qual, nossos pais tinham escondido de nós durante todo esse tempo. As lágrimas já não escorriam quanto tentei inutilmente e desesperamente fazer Lírio acordar. Nada funcionava, ela nunca acordava. Era como se de repente, os minutos virassem uma eternidade dentro de um pesadelo inacabavel.

Tentei chamar por papai, ou mamãe. Mas ambos ficavam mais distantes a cada segundo. Me virei para Blake, tentando alcançá-la em um abraço, mas ela também já estava distante, junto aos outros, se perdendo naquela luz alaranjada da fogueira e me deixando sozinho... Completamente sozinho... 

Todos eles tinham se perdido, escapado de minhas mãos tão rapidamente quanto as lágrimas rolavam em meus olhos. Tentei gritar, mas já não havia ninguém para me escutar. Tudo o que eu tinha era uma luz fraca e branca, ao qual me apeguei enquanto vagarosamente piscava os olhos, de volta para a minha realidade. Novamente, estava no hotel/casa de Astana, com os olhos marejados e o corpo deitado no colchão. A chuva lá fora estava grossa, em conjunto aos relâmpagos que serpentiavam pelo céu e iluminavam meu quarto.

Era difícil acreditar no fato de que tudo aquilo tinha sido um sonho, e em como Lírio tinha escapado tão rapidamente de meus braços. Mais uma vez, eu tinha fracassado, preso ao ciclo interminável onde perdia cada pessoa que eu amava. Revirei na cama de modo a ficar com o rosto para cima, contemplando o teto estrelado. Por um único momento em que fechei os olhos, senti dedos delicados apertarem meus ombros, enquanto lábios macios roçavam em minha orelha. 

— Abra seus olhos, anjo. E viva cada segundo. — Disse Blake, depositando um beijo em meus lábios. 

Abri os olhos no ato, me pondo sentado rapidamente na cama e passando os olhos por todo o quarto até concluir que estava de fato sozinho. Eu não sabia ao certo o que tinha acontecido, mas uma coisa era certa. Aquela mulher estava viva, e estava cada vez mais próxima de mim. E de algum jeito, ela havia me mostrado um realidade completamente diferente, como se aquela realidade fosse a certa, e essa, a errada. Como se... Alguém, de alguma forma... Tivesse alterado o destino, o destino de todos ali, inclusive o meu. E fosse quem quer que fosse, eu iria achá-lo. Custe o que custar.


Notas Finais


Espero que tenham gostado... Bem, aguardem o próximo capítulo da fic, até a próxima.


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