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História Diário de Helena - Quarta, 3 de fevereiro


Escrita por: AlaskaYoung814

Capítulo 1 - Quarta, 3 de fevereiro


É de noite e estou com uma fome indomável, porém entro no hippieartesanatos.com. Entro na seção "pulseiras" e dou uma olhada. Acho tudo muito fofo e vejo uma pulseira três tiras de couro e com um Yin Yang. Amei. Mas lembro que dona Luana está repentinamente estressada comigo, então fico na minha. Mais tarde, quando a poderosa poeira abaixar, eu peço à ela.

Minha mãe vem reclamando que eu estou pedindo muita coisa a ela ultimamente. E, se bobear num momento como esses, lá se vai minha vida. Não peço muitas coisas ao meu pai, devido ao fato de que a maioria das coisas que peço aos meus pais são coisas relacionadas a gostinhos da última geração. Também tem a ver com "não estou precisando mas quero ter".

Seu João é militar. Portanto, vivo na maioria das vezes como se fosse um soldado. Mas, à noite, noto uma certa liberdade. Se minha mãe acordasse depois da meia noite e me visse acordada no celular ou no computador, eu iria receber várias broncas. Meu pai levanta, vai ao banheiro, passa em frente à porta do meu quarto que inclusive está aberta mostrando a Vossa Beleza aqui acordada com os olhos concentrados no celular, e não diz nada. Ele sabe que estou de férias e que posso dormir até tarde.

Porém meu pai está errado ao pensar nisso, já que minha mãe me acorda de manhã para lavar a louça, mas, ultimamente, não estou lavantando devido ao meu bem feito machucado na perna. Hehehhehe

"[...] eu estava brincando com minha prima Keti na casa dela, quando tive a maravilhosa ideia de subir em uma mesa de vidro. Quando fui descer, o vidro quebrou comigo, pois o mesmo era fino e não era capaz de aguentar o peso do meu organismo. Mas quando subi, achei que iria me aguentar, já que eu me considero magra demais. Engraçado, a baixa auto-estima sempre nos engana. Tipo, demais. Mas enfim. A barra de vidro de cima quebrou comigo, e um pedaço da barra de cima perfurou minha pele, invadindo o tecido adiposo de minha perna. Quando tentei escapar da barra de baixo, não deu certo, fazendo com que meu pé também seja perfurado, só que na parte de cima. Achei que não tinha acontecido nada, já que não estava sentindo nada, até que senti o sangue fluir. E fui mancando até a entrada do banheiro espalhando sangue pelo caminho inteiro, até chegar onde havia luz, olhar o machucado, gritar, virar a cabeça em direção oposta e entrar em desespero. Meu pai e minha Tia Silvia, mãe da Keti e da Daniela, tentaram me acalmar, enquanto minha mãe me xingava até não poder mais. Afinal, o que uma garota de quatorze anos tinha na cabeça a ponto de subir em uma mesa de vidro?"

Fazendo quatro dias após o ocorrido, posso afirmar, ter um ferimento quase grave é como ter um filho, só que sem as alegrias. Tem que cuidar, limpar e não deixar que nada de mal aconteça.

Havia machucado no sábado. No domingo me desculpei com Natan por não aparecer no chat sábado, porque EU ESTAVA NO HOSPITAL. E ele respondeu com um "Hm".

Nem quis saber o que havia acontecido comigo ou se eu estava bem. Nós estávamos nos falando ultimamente, porém, agora acho que as intenções dele comigo estão bem evidentes. Ele só quer me pegar. Certo, ele disse que iria esperar até meu próximo aniversário para que meus pais me permitissem namorar com ele. É romântico essa coisa de "vou esperar por você" e tudo mais, só que pensando bem, se a pessoa te amasse com todas as forças, verdadeiramente e completamente, ela nem iria respeitar essa regra estúpida, iria atrás de você e ficar contigo às escondidas, como Romeu e Julieta. Mas eu sei que Natan não quer esperar. Digo no sentido de que ele esteja fazendo o seguinte desafio "se não for pra ter você agora então não quero te ter nunca" e não o "quero te ter agora, se não puder agora, eu espero para ter depois" ou o "quero te ter agora e para sempre".

E então desisti dele após ter chegado à conclusão de que ele não se importava comigo. Até que meu celular vibra. Abro a barra de notificações e nela um...

NATAN

>[16:32]:Olá <

Apago a conversa sem visualizar e sem responder.

Depois de um tempo algo dentro de mim martelava um pequeno arrependimento. E comecei a pensar "como o Natan faz isso comigo e fica normal, enquanto eu faço isso  me sinto péssima?". Enfim, depois de um tempão, resolvo mandar um oi, só que bem seco.

NATAN

visto por último hoje às 16:34

<Helena[17:39]: oi. >

Depois de um tempo, pego meu celular de novo e vejo outra mensagem. Meu corpo esbanja nervosismo.

>NATAN: Td bem? <

Penso com meus botões: "como se ele se importasse"

<Helena: Sim>

Pensei duas vezes ao mandar um "e você?" para ver se eu queria que parecesse ou não se eu me importava. Na segunda vez que eu pensei, resolvi mandar.

<Helena: E ctg?>

Natan responde depois de um tempo.

>NATAN: tbm.<



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