História Diário de Leon Scott Kennedy - A história do velho

A história do velho

E novamente, não foi dessa vez que eu morri.

     Lembrei da conversa que tive com o velho sábio, e me lembrei também da arma que ele me dera.

     Não titubeei.

     Peguei-a e atirei na parede, logo em seguida, uma corda surgiu e voou para onde eu tinha atirado que se prendeu, e eu fiquei ileso, a poucos centímetros das espadas que quase me mataram.

     Havia uma pequena passagem perto das espadas, para eu chegar ao subterrâneo, eu devia passar devagar por elas, pois o espaço que eu devia passar era extremamente pequeno.

     Com extrema dificuldade, consegui passar das espadas e pisar em solo. O lugar fedia bastante, e havia inúmeros corpos dilacerados e com muito sangue.

     O subterrâneo não era assim tão ruim.

     Observei mais atentamente o local e avistei uma escada à frente que me levaria a algum lugar.

     Comecei a andar, mas algo me impediu.

     - Então você sobreviveu certo? – disse o velho sábio – Não precisa me agradecer.

     - Eu tenho que lhe agradecer – falei – Obrigado, por tudo que fez até agora.

     Ele riu.

     - Ainda não acabamos Leon, há muita coisa para fazermos ainda.

     - Sim. – falei – Agora me diga, por favor, quem é você?

     Ele esperou alguns segundos.

     - Certo... Certo – ele disse – Vou lhe contar.

     Observei-o.

     - Eu servia o avô de seu amigo Leon – ele disse – É uma grande pena ele ter morrido...

     - Luis? – perguntei abismado.

     - Sim... – respondeu.

     - Mas por que esta aqui? Por que está me ajudando tanto...?

     - Por que assim como você Leon, eu estou numa missão – ele disse.

     - E qual é a sua missão? – perguntei.

     - Garantir sua sobrevivência e de Ashley. – ele respondeu.

     Eu estava perplexo.

     Todo esse tempo, e esse cara sempre esteve me ajudando, me salvou inúmeras vezes, eu não estaria aqui se não fosse por ele...

     - Eu não sei o que dizer... – falei – Mas obrigado por tudo.

     - Bah! Esta tudo bem Leon – ele riu – Agora mudando de assunto... – ele abriu seu casaco – O que vai querer agora? Hehe

     Peguei uma munição para minhas duas armas e duas novas granadas explosivas que eu provavelmente teria que usar mais a frente, me despedi do sábio e continuei minha jornada.

     Cheguei à escada, e escalei-a.

     Cheguei a um túnel imenso.

     Havia muita água no chão e deduzi que eu estivesse no esgoto, pois o lugar fedia bastante.

  Andei por uns cinco minutos e finalmente encontrei uma porta mais à frente, estava toda suja, mas não reclamei, e entrei.

     Era outro túnel, praticamente idêntico ao outro, a única diferença era que o solo estava seco, não havia mais água no chão, e a iluminação do lugar era bem superior.

     Encontrei duas portas no túnel, uma à minha esquerda e a outra à direita, ambas estavam trancadas, e então prossegui.

     Andei por mais cinco minutos e avistei outra porta à frente, entrei e cheguei a uma sala de máquinas.

     Havia inúmeras instalações no local.

     Ouvi um barulho no túnel, mas ignorei-o, devia ser algum rato ou qualquer coisa estranha.

     Avistei um mecanismo à minha frente que provavelmente abriria as portas que estavam trancadas, acionei-a para baixo e algo aconteceu.

     A porta da sala de máquinas ficou bloqueada, e uma criatura quebrou as paredes e apareceu na sala, parecia estar prestes a me matar.

     Uma mensagem de voz surgiu do nada, que dizia: Espere 4 minutos, e a porta se abrirá se sobreviver é claro... E a voz riu loucamente.

     Eu nunca havia visto uma criatura assim.

     Era totalmente preta e seus olhos eram vermelhos, seu corpo estava numa forma que parecia que foi atropelado há poucos minutos atrás.

     Sua cauda era que me incomodava.

     Era extremamente semelhante à de um escorpião, porém era muito maior. Suas mãos haviam garras muito afiadas, e eu estava preso com ela nessa sala, por 4 minutos.

     Eu não consegui pensar em muita coisa, peguei minha TMP e atirei loucamente na criatura, que não demonstrou dor alguma, apenas riu da minha cara.

     Avisei um extintor ao meu lado, peguei e apontei para o rosto da criatura, que ficou coberta de gelo.

     Peguei novamente minha TMP e atirei na criatura. Vi sangue sair do rosto da criatura e pude a ouvir gemendo de dor.

     Porém ela ficou normal novamente, e me atacou com sua cauda, mirando em meu pé, pulei e tentei chutar sua cabeça, foi como chutar um peso de metal.

     Tentei enrolá-la o máximo, mas a criatura era extremamente rápida, quase me matou umas cinco vezes.

     Finalmente uma voz diferente da outra falou: Parabéns, você conseguiu, agora você vai ter mais espaço para correr, boa sorte.

     A porta se abriu e eu corri loucamente para o túnel, olhei para trás e a criatura vinha loucamente em minha direção, avistei outro extintor na parede, peguei-o a apontei para a criatura, que novamente ficou parada e coberta de gelo.

     Atirei loucamente e a criatura grunhiu de dor novamente, mas não morreu.

     - Você não morre?! – gritei

     Ela apenas deu um simples sorriso e continuou tentando me acertar com sua cauda.

     Avistei a porta à esquerda que antes estava trancada e torci baixinho para que ela estivesse destrancada, peguei na maçaneta e entrei.

     Havia um elevador à frente e algumas máquinas. Ouvi um barulho atrás de mim e a criatura entrou pela porta e preparou para me matar.

     Desviei para o lado, peguei o extintor e joguei em todo seu corpo, peguei minha TMP e atirei em todo seu corpo, a criatura gemeu de dor.

    - Não... – a criatura disse.

      E então caiu imóvel no chão.

     Entrei no elevador e apertei o botão de ligar. O elevador tremeu e começou a descer.

     Cheguei à outra parte do subterrâneo, havia uma grande porta a minha frente, e então eu entrei.

      Era um corredor estreito.

     Pude ver alguns barris espalhados e à minha frente, dois zumbis parados olhando para o nada, matei-os rapidamente.

     Avistei uma escada à minha frente, desci e cheguei a um lixão.

     Havia lixo para todo lado, alguns zumbis também, mas nem liguei o que me preocupava era uma pedra gigante em frente a uma porta, impedindo-me de continuar.

     Peguei minha granada explosiva e arremessei em direção a pedra.

     Nada aconteceu.

     A pedra continuou intacta, andei mais pelo lugar a fim de encontrar algo que me ajudasse , matei alguns zumbis no caminho e encontrei, no meio do lixão, uma dinamite, peguei-a e a coloquei  em cima da pedra, esperei alguns segundos e a dinamite explodiu.

     BUM!

     A pedra se espatifou em milhões de pedaços, à minha frente, a porta continuou normal, e então entrei.

     Estava um calor do caralho.

    O solo havia pequenos buracos que davam para enxergar o fogo que estava em baixo de mim, o local era imenso, pude observar na lateral do local uma manivela que serviria para alguma coisa, no centro havia um círculo que não tinha buracos, pensei rapidamente que a manivela abriria esse círculo.

     Devia ter alguma armadilha naquele lugar, pensei. O lugar era extremamente suspeito, a manivela não estaria ali à toa.

     Andei em direção a porta enorme que devia ser minha passagem e algo aconteceu.

     Dois gigantes de 4 metros de altura passaram por ela, estavam equipados com uma armadura em seus ombros e seus rostos, eram idênticos ao gigante que havia matado antes, porém, pareciam muito mais fortes.

     Eram dois gigantes prontos para me matar.

     Eu já sobrevivi por muita coisa, não seria morto por dois gigantes bobões.

     Virei meu pescoço, estralando-os e parti para cima dos gigantes.