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História Diário de um andarilho - Dia 23


Escrita por: Yonov

Capítulo 14 - Dia 23


Finalmente uma pequena pausa. Expliquei mais ou menos a situação pra minha "turma", mas não disse nada sobre o "Zero", não sei nada sobre esse cara ainda.Como era de se esperar, não tenho a mínima ideia de onde exatamente fica aquele maldito Refúgio que me mandaram procurar, mas pelo que parece não está tão longe daqui. O certo seria ir em direção a prisão e usa-la como referência, porém não sei o quão boa é a segurança lá agora (lembre-se que eu saí de lá com um assassino treinado, e aposto que vão reforçar a segurança depois de uma escapada dessa). Bem, de qualquer forma, nós não nos aproximamos da prisão, mas encontramos um pequeno vilarejo (dessa vez um vilarejo mesmo, não a porra de uma cidade, como Shadovisk), e lá, encontrei alguém que não via a muito tempo.

Nós andamos bastante, economizando recursos até chegarmos em um vilarejo, com casas formadas de entulho, grandes pedras e placas de metal, algumas possuíam madeira e materiais do tipo, casas bem simples e pequenas, porém , o lugar tinha duas coisas relativamente interessantes: Um bar, em um estado bem melhor do que o resto do lugar em si, e uma fazenda, que plantava cevada, milho e feijão (eu acho). 

Resolvemos entrar no bar, que era um lugar bem grande, mas não muito grande. Paredes de madeira e uma grande placa na frente escrito: "Bar nuclear", o que é engraçado, levando em consideração a situação do mundo atualmente, mas acho que a intenção foi fazer uma rima ruim entre os dois termos. Lá dentro, haviam algumas mesas redondas, não estava muito cheio, mas não estava vazio. No final da sala tinha uma mesa comprida, na frente de uma prateleira com bebidas alcoólicas. Sentamos em uma mesa e ficamos conversando um pouco, o Richard estava meio pra baixo e ficou calado por um tempo, e Sakura tentou anima-lo um pouco do jeito dela e o Derslen estava curioso, olhando pra tudo quanto é lado, sem falar que a presença dele chamava atenção também. Não demorou  muito até notar que tinha uma mulher me encarando, uma mulher de pele meio escura, com cabelos curtos e cacheados. Logo lembrei quem ela era, mas antes que eu fizesse alguma coisa, ela se levantou e veio até nós.

Ela chegou e parou na mesa me encarando, ergueu um braço rapidamente como se fosse me socar e me deu um abraço. Eu me levantei para ela não acabar tombando em cima de mim, e então falou:
-E aí! A quantos séculos!  -Gritou entusiasmada com um sorriso no rosto-
-Oi, Alex.
-Como tem passado?
-O mesmo de sempre, andando pra lá e pra cá.
-Largou a vida de mercenário? -Quando ela disse isso, todo mundo do lugar olhou pra mim, o que me fez pensar "aah infeliz"-
-Nunca fui mercenário e você sabe disso.
-Ah claro, então você ajudava as pessoas de graça? Você é o Juiz por acaso? E de onde tirou aqueles 2000 Reis que você me deu quando chegamos lá? -Riu e logo, olhou para Sakura e Amaterasu- Novas amigas?
-Sim, e amigos também.
-Alguma namorada? -Uma pergunta chata, resolvi ficar calado- Que falta de educação, não vai me apresentar a eles?
-É, X. Não vai nos apresentar a ela? -Amaterasu disse enquanto me olhava com uma cara de "quem diabos é ela?"
-Bem, essa é a Alex, alguém que conheci a um tempo. E Alex, esses são meus novos amigos: Amaterasu, Sakura, Derslen... e o Richard... -Disse enquanto apontava pra cada um deles. O Richard rapidamente olhou pra mim e desviou o olhar.
-É, esse andarilho aqui me escoltou e minha família a quase um tempinho atrás. E que história é essa de "X"? 
-É um apelido. -Amaterasu disse. Nesse ponto percebi que Sakura estava meio incomodada com a hiperatividade da Alex, mas não culpo a Alex, ela é que não gosta de movimento.
-Bem melhor que "andarilho", tenho que dizer. Esse seu amigo é bem... alto não é? -Alex disse enquanto olhava pro Derslen.
-Olá, Alex. Prazer em te conhecer. -Derslen disse enquanto inclinou a cabeça levemente pra direita e ergueu a mão, cumprimentando-a 
-Vamos, vou pagar uma bebida pra vocês.
-Eu não bebo, você sabe disso.
-Com bebida, também quero dizer água. -Ela me respondeu com uma olhar esperto, perguntei a todos se concordavam e fizeram que sim com a cabeça, então fomos pra mesa mais comprida.

Lá, na mesa, apareceu um cara negro bem magro, devia ter uns 56 anos por aí. Alex colocou um saco com Reis em cima da mesa e disse que iria pagar qualquer coisa que pedissem, e bem, só Derslen e o Richard pediram algo alcoólico, mas o Derslen pediu para experimentar, eu acho. Você deve estar se perguntando, "espera, o Derslen vai tirar a máscara pra beber, não vai?" Sim, ele vai, ele é humano e precisa comer e beber se quiser viver, porém até agora, ele só levantou um pouco a parte de baixo e consumiu em porções pequenas, mas deu pra ver parte do seu rosto, a pele é seca, negra, e meio...velha, e ele possui um queixo meio pontiagudo.  

Enfim, bebemos, comemos e conversamos, Alex me contou que a família dela está em segurança até agora, que o filho de 3 anos que o marido cuida em casa. e que ela estava de passagem, apenas voltando pra casa, no sul. Perguntei o que ela veio fazer aqui mais pro norte, e ela respondeu que começou a fazer parte do comércio, e como o marido fica mais em casa e ela prefere sair, foi pra Motherland negociar algumas coisas. Antes, anos atrás, eu escoltei ela e a família para o Sul, eles estavam passando por sérios problemas econômicos e não vi problema em ajudar, estava indo para o Sul também. 

Bem, depois de termos conseguido nos distrair um tempo, diminuindo uma boa parte daquela tensão de antes, ela se ofereceu pra pagar um lugar pra passarmos a noite, perguntei se não tinha problema, e ela disse que não se importaria. Saímos do lugar, já estava anoitecendo, passamos por mais algumas daquelas casas simples até chegarmos em um alojamento, mais largo do que comprido, e apesar de só ter um quarto, tinha várias camas improvisadas, e é onde estou agora por sinal. Não acho que seja um lugar muito seguro, então vou dormir com ao menos uma pistola preparada, mas travada. A Alex vai passar um tempo aqui também e depois vai seguir rumo para o Sul, e como não posso perder a chance, perguntei se ela viu alguma ruína vindo para o Norte, e ela respondeu com um tom de ironia que "Sim, é claro. O Sul inteiro é feito de ruínas", e tenho que concordar, talvez você nunca tenha ido lá, mas existem muito mais ruínas de antigas cidades do que aqui, mais no Norte. Perguntei por algo mais específico, como uma grande construção de concreto, que parecia estar enterrada, e disse que viu algo parecido, um pouco mais ao Leste daqui. Amanhã, nós iremos checar.


 


 

 



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