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História Diário de um andarilho - Dia 30


Escrita por: Yonov

Capítulo 19 - Dia 30


Fanfic / Fanfiction Diário de um andarilho - Dia 30

Agora faz 1 mês que comecei a escrever nesse diário, e sinceramente não é tão ruim quanto pensei que seria. Realmente é muito bom colocar as ideias e as coisas no papel, acho que agora estou devendo o dobro pra aquela senhora que conheci antes, tanto por ter supostamente salvado a minha vida e também por ter me dado um passatempo. E especialmente agora, que tanta merda ta acontecendo em tão pouco tempo.

Fomos conversando um pouco enquanto caminhávamos e resolvi perguntar uma coisa ao Corvo:
-Corvo, você sabe o que aconteceu em Motherland?
-Aconteceu alguma coisa lá? -Richard perguntou.
-Não ouviram falar? Tem um bomba atômica lá.
-Espera, o quê? Uma bomba atômica? -Realmente difícil de acreditar.
-Pois é, encontraram uma dentro de uma caixa imensa no 5º andar de um prédio que estava sendo usado comercialmente, a única suposição que se espalhou é que montaram aquela bomba lá, mas ninguém sabe exatamente como ou quando.
-E não vão desmontar aquilo? -Perguntei
-Ninguém sabe como desarmar. Por isso o lugar inteiro foi evacuado. 
-Não completamente, ainda vi um monte de gente nas fronteiras. Comerciantes e compradores, mas achei estranho que eles estavam muito mais agitados que o normal, e  que o centro só tinha algumas poucas pessoas.
-As forças armadas de lá não te chutaram? -Richard também estava um pouco surpreso com isso.
-Na verdade, nem vi eles.
-Er.... pessoal... o que é uma bomba atômica? -Derslen perguntou quase sussurando.
-É uma coisa que pode destruir uma cidade inteira, Derslen. Não qualquer cidade, uma das grandes, como as mega-cidades. -Amaterasu respondeu rapidamente.
-Você conhece? -Perguntei.
-É raro alguém não sabe o que é uma, além do mais, meu pai era um cientista, esqueceu? 
-Nem me fale de esquecer... -Sussurei.- E Great Wall? Novidades?
-Nope, o lugar continua trancado. Só duas coisas interessantes aconteceram recentemente fora a evacuação de Motherland, uma foi que encontraram algum tipo de bicho na água.
-Sério? Um peixe?
-Talvez, não sei os detalhes. Também teve um caso em Motherland também, nos dias de evacuação. Ficou conhecido como "O Fantasma de Motherland".
-Mais um caso de fantasma? Pessoal com criatividade fértil -Ri
-Esse eu ouvi pessoalmente do cara, que é "meu colega de trabalho", digamos assim. Ele me disse que viu um homem encapuzado e branco, com um olho só, e que simplesmente sumiu na frente dele. -Eu não consegui esconder minha surpresa. O Zero foi visto? Então o que aconteceu ali foi real, não uma alucinação... Mas como é que um cara como ele se deixaria ser visto? Foi de propósito? Parece que não vou descobrir.
-Realmente as pessoas adoram inventar histórias, bem que poderíamos escrever um livro um dia. -Comentei,  eles sorriram.

Depois disso, só conversamos coisas que não vale muito a pena escrever aqui. Bem, o dia não acabou ainda, tem mais uma coisa que  vou relatar: temos mais uma "integrante" nova o nosso grupinho. Puta merda, nesse ritmo minha casa vai estar lotada de gente, mas enfim. Enquanto andávamos, depois do meio dia, com o Sol sobre nossas cabeças e o calor quase fritando nossos pés (também não havia dois centímetros de sombra em um raio de 5 quilômetros de nós, então estávamos numa situação um pouco merda, digamos assim, só que ela estava em uma situação, vou explicar.

Em algum momento, Sakura avistou movimento no nosso "leste". A Amaterasu disse que pareciam ser duas pessoas e alguma coisa no chão, uma coisa grande, e resolvemos nos aproximar. Começamos a nos mover rapidamente, saquei minha pistola e a preparei pra atirar, e quando tomamos uma distância razoável por trás das sombras, percebemos que eram dois homens, e a coisa que estava no chão não era uma coisa, era uma pessoa. Eles estavam chutando ela com gosto, tanto que nem notaram nossa presença quando estávamos a uns 900 metros de distância. Richard começou a ficar agitado e começou a falar:
-X! A gente tem que pegar esses caras agora! 
-Não, não vamos nos envolver com isso. -Falei enquanto guardei a pistola na parte de trás das minhas calças.
-Puta que pariu, X! Agora não é hora pra ficar querendo bancar de cuzão! Tem uma pessoa ali!
-Cuzão? Estou tentando proteger vocês, seu babaca! Você nem sabe porque estão fazendo isso!
-E isso importa?! É tão ruim assim querer fazer um pouco de justiça?!
-Calma pessoal, vamos nos acalmar. -Amaterasu tentou ficar entre a gente.
-Justiça? Quer falar de justiça em um mundo como esse? E se ELES estiverem fazendo justiça? Se aquela pessoa for algum tipo de criminosa e eles forem caçadores de recompensa? Não parou pra pensar sobre isso? Independente do que seja, se matarmos aqueles caras, vão nos rastrear e nós vamos acabar fazendo companhia a eles no inferno!
-Droga, X! Se você não vai fazer isso, eu faço!
-X, ao menos não podemos ir lá conversar com eles?
-Puta merda... -Massageei minhas têmporas pensando "caralho, que pessoal chato"- Não me responsabilizo se acontecer merda no final.
-Não quer que eu faça isso? -Corvo se ofereceu.
-Não, tenho uma ideia.

De certa forma, notei Sakura ficar um pouco aliviada apesar dela não ter se pronunciado. Mandei eles sentarem, mesmo que no chão quente, e colocarem os braços pra trás, relutaram um pouco, mas depois o fizeram. 

Fui caminhando pra lá, com a arma guardada. Me aproximei deles, eram dois caras com altura mediana, o da esquerda tinha cabelo escuro e o da direita era careca, ambos morenos, um usava uma camisa azul e calças jeans e o outro usava um casaco marrom. Notei também que a pessoa era uma mulher, uma adolescente na verdade, podia apostar que tinha lá seus 14 anos, longos cabelos ruivos, magra, não parecia estar faminta  (apesar da situação), um corpo bonito, mas usava trapos,indicando que não se importavam muito com ela. falei:
-E aí, amigos.
-Dá o fora daqui. -O da esquerda gritou.
-Calma companheiro, só estou querendo conversar... Vocês parecem estar gostando disso, não é?
-E isso é da porra de sua conta?! Dá o fora, caralho! -O da direita gritou também.
-Ela é o que? Uma criminosa... ou escrava? 
-Qual é a sua meu irmão? O que é que você quer?! -O cara de cabelos escuros parou e olhou pra minha cara, tentando me intimidar.
-Bem, eu fiquei interessado nela... Estava pensando em negociar ela com vocês, mas me responde, ela está a venda?
-Você é um comprador de escravos? Se vestindo desse jeito? -Perguntou o cara de casaco.
-Tive uns probleminhas vindo pra cá, nada demais. Ta vendo aqueles caras ali sentados? -Apontei pra minha "turma"- Todos eles me pertencem.
-Caralho... Todos eles? -O careca chutou ela mais uma vez, e depois olhou pra mim- Até os dois mascarados ali?
-Opa, vai com calma com a mercadoria, ainda quero ela inteira. -Disse- Mas e aí, me conte a história dela aí. Compraram ela de onde?
-Não vai acreditar, ela que se ofereceu -Pensei "ah, nossa", e perdi ainda mais a vontade de resgatar ela, mas deixei o cara de camisa azul falar-  a família dela era uma organização herege que costumava fazer estrago nos nossos, nós demos uma lição neles. Não entendi muito bem o porquê, mas ela meio que se ofereceu a nos servir pra pagar os pecados da família dela, ou alguma merda do tipo. Agora ela é nossa escrava. -Eu devia ter pego a dica do "herege" ali, realmente devia.
-Entendi... Amigo, você conhece a gramática?
-Por quê?
-Porque você usou um termo errado, digamos assim. Você disse que ela "É" sua escrava, no presente do indicativo, mas o correto seria "Ela FOI minha escrava" no pretérito perfeito.
-O que você quer dizer com isso?
-Que ela não é mais escrava porque convenientemente seus supostos donos estão mortos.

Rapidamente puxei minha pistola e disparei rapidamente duas vezes neles. O de casaco tentou reagir e puxar uma arma que estava no interior do casaco, mas não conseguiu e foi baleado, mas não morreu instantaneamente, então terminei o serviço. Chamei minha turminha e ajudamos a garota, demos água e comida a ela, que estava tão assustada que não queria que tocássemos nela. Ela continuava dizendo que não deveríamos ter feito isso, que ela estava naquela situação porque queria compensar os males que a família dela fez. conversamos com ela por um bom tempo, a acalmando e tudo, mas sinto que a não a convencemos do contrário ainda. Ela é uma criança ainda, não sabe o que fez, perguntei o nome e idade dela, o nome dela é Elisa, e tem 15 anos (errei por 1 ano, que droga).

Só que não acabou por aí. Fui revirar o corpo daqueles caras, pra ver o que encontrava de bom pra nós, e notei que os dois usavam uma espécie de corrente que estava ao redor do pescoço e estava oculto no interior da camisa. Quando eu puxei a corrente, eu gritei  "mas que filhos da puta!" Sabe o que era? Era a porra do simbolo dos Crossed Delta! Me perguntaram o porquê do berro, e só mostrei o medalhão, e só o Richard reagiu se assustando também. Derslen perguntou "E o que é que tem?" e sem perder tempo respondi que era o simbolo de uma organização de fanáticos religiosos malucos e violentos que tinham a  porra de um exército INTEIRO! Você não tem ideia da sensação que é ceder pra vontade de alguém e agora estar correndo um perigo monstruoso por causa disso!

Concluindo a porra do dia: Aquele lugar em baixo da minha clavícula começou a queimar de novo e ainda não sei o porquê,temos uma integrante nova no grupo, descobri que o Zero não é tão cuidadoso quanto pensei que seria e que agora estamos realmente FODIDOS. Vamos adiantar o passo, precisamos chegar na minha casa e logo.

 



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