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História Diário de um andarilho - Dia 6


Escrita por: Yonov

Notas do Autor


o capítulo está mais puxado para o diálogo, então ta aí.

Capítulo 4 - Dia 6


Fanfic / Fanfiction Diário de um andarilho - Dia 6

A garota ainda estava dormindo quando eu acordei. Fiz algumas flexões (para não perder a forma), saí do meu quarto e me trombei com Richard no corredor, ele que estava meio nervoso e sonolento, provavelmente não dormiu direito. Eu tentei chamar ele, mas não me 
escutou pela primeira vez, e na segunda, se assustou:
-O que foi, X? -Perguntou lentamente
-Por que você está tão abalado?
-Bem... Eu sonhei com minha família... Antes da irmandade... você sabe - Ele olhou para baixo.
-Eu entendo o que você está passando. Eu também perdi alguém importante para mim.
-A é? E quem foi?
-Minha mãe. Quando eu tinha 7 anos, a irmandade invadiu a minha casa sem nenhum motivo, assassinou a minha mãe e tentou me caçar... Por sorte eu consegui me esconder debaixo da minha cama. Os gritos dela enquanto era massacrada por aqueles homens ainda assombra meus sonhos, mas não é medo ou tristeza, é ódio por ter ficado tão impotente naquela época...
-É essa a sensação! Eles invadiram a minha casa, me amarraram em uma cadeira e executaram minha família na minha frente! Isso tudo para quê?! Pela droga do pingente! -A tristeza se transformou em ira, e isso é bom, ironicamente é mais fácil acalma-lo a partir da raiva. Mas espera um segundo... Ele disse pingente?
-A sensação de não poder fazer nada é angustiante, não é?
-Muito!  Eu quero acabar com todos esses desgraçados! -A raiva que estava acumulada em seu interior está sendo liberada.
-Richard, eu vou te dar essa chance. Eu vou dar a chance de vingar a sua família, e muitas outras que foram atacadas por eles. Mas primeiro, eu vou precisar de sua ajuda. -Eu havia chamado a atenção dele, agora, ficaria mais fácil acalma-lo.
-O que você quer que eu faça?
-Me conte sobre esse pingente.
-Sobre o pingente? Pra que você quer saber dele?
-Me diga, qual é a importância dele?
-Meu pai achou ele no chão e me deu. Tinha um formato de gota e dentro dele tinha algo que mudava de cor e emitia um brilho branco. -Ele havia começado a se acalmar mais. Falar sobre o pai parecia repercutir de maneira positiva para ele.
-Eu tinha um pingente parecido, e foi minha mãe que me deu... -Eu disse... De fato, eu estou muito confuso em relação a isso...

O velhote apareceu no corredor e gritou "EI! Seus palermas! A garota que vocês trouxeram acordou!". Eu mandei Richard esperar por mim, eu teria que falar com ela sozinho, ao menos por enquanto. Ele me perguntou o porquê, mas eu simplesmente respondi que ela era muito tímida.
Fui andando em direção a porta e bati vagarosamente. Perguntei se podia entrar, e gaguejando um pouco, ela permitiu. Abri a porta, entrei e a fechei novamente, e disse:
-Te deixei esperando, não foi? -Sorri.
-N-não! É claro que não! -Percebi o rosto branco começando a ficar vermelho...
-E então? Dormiu bem? -Nesse momento eu puxei uma cadeira e sentei, não muito próximo a ela.
-Um pouco... Er.... O-obrigada!
-Não precisa me agradecer, só fiz o que deveria fazer. Sua irmã, Amaterasu, me contou sobre você... hehe, e no final vocês são gêmeas mesmo. Acho que não levei muito a sério o que ela disse sobre "se parecer muito com você".
-haha... Ela me falou de você também... pelo walkie talkie que meu pai me deu... -Ela realmente é MUITO tímida, sempre falando baixo e vagarosamente...- Eu consegui esconder deles quando me levaram, mas  eles o quebraram...
-E o que ela disse sobre mim?
-Ela disse que um homem meio barbudo iria me salvar...
-Barbudo? Hahaha, foi assim que ela me descreveu? - Ri
-D-desculpe!
-Sem problemas. Olha, eu sei que eles podem ter feito várias coisas ruins com você, mas você precisa me dizer o que eles procuravam na sua casa.
-Eles gritavam que procuravam "a jóia", eu acho que estavam procurando o anel do meu pai...
-Anel? Sua irmã não me contou dele...
-Ele estava escondido esse tempo todo, e eu achei um pouco antes do meu pai morrer de câncer... - ela desanimou um pouco por um segundo, mas logo continuou - Ele me pediu pra manter aquilo escondido, pois só traria problemas se alguém descobrisse que o anel 
existe...
-E... como era esse anel? - No momento, eu pensei que ele tinha a ver com os pingentes, mas por que diabos a irmandade quer tanto eles, chegando ao ponto de sequestrar uma garota?
-E-ele era de prata... e brilhava muito, era bem colorido... - Ela disse.
-Certo, muito obrigado. Sua irmã não me contou seu nome, então, você vai me dizer?
-Sakura...
-Certo, pode me chamar de X.-admito que gostei do apelido- Eu quero apresentar você ao prefeito e a um amigo meu, que acredito estarem na porta, tentando escutar nossa conversa.Depois de dizer isso, escutei um tombo muito forte e vários barulhos de passos que assustaram Sakura. Gritei "Podem entrar!" e a porta lentamente foi aberta por Richard, que estava meio envergonhado.
-Esse cara é o Richard, o tal amigo meu.
-O-olá! Prazer em conhece-la! - Queria que vocês estivessem nesse momento, foi hilário, mas tive que segurar os risos por enquanto.
-E esse velhote é o prefeito... Qual é seu nome mesmo? -Eu tinha esquecido que eu não perguntei o nome dele antes. Me senti meio idiota.
-Sawyer, prefeito Sawyer. -Espera um segundo... Sawyer?
-Sawyer? O pistoleiro lendário?! - Richard foi mais rápido... de novo.
-Exatamente. - O velhote respondeu.
-Cacete, eu nunca pensei que iria conhecer uma lenda enquanto eu estivesse vivo!
-Cuide do seu linguajar, Richard. Estamos com visita entre nós. -Eu disse - Reza a lenda que você conseguia atirar tão rápido que só era possível escutar o som de dois tiros.
-É verdade, era tão rápido que minha mão acabava machucada. -Ele confirmou
-E pensar que um pistoleiro lendário se tornaria um prefeito de vilarejo...
-Idade meu amigo... Com 110 anos, o máximo que consigo fazer é assinar papéis e andar com dificuldade, hehehe.... -110 anos... Viveu bastante...
-Você viveu tanto assim?! - Sakura esqueceu de sua timidez com a surpresa
-De 2060 em diante, 110 anos não era difícil de alcançar, hehe... - Sawyer parece lembrar de quando a "sociedade ainda era uma sociedade".
-Eu tenho 27 anos - Eu disse.
-E eu 25! - Richard parecia estar entusiasmado - E você, Sakura?
-E-eu tenho 21... -Me impressionei. Ela e a irmã parecem ser bem mais novas, algo em torno dos 17. Os longos cabelos negros e a pele branca como a neve...
-Então, agora que você nos conheceu, recomendo que você vá comer alguma coisa, eu te levo lá, se quiser. - Sawyer disse.
-Pode ficar tranquila, Sakura. Aqui você está segura. - Tentei conforta-la.
-T-ta bom...

O dia passou normalmente, nada de diferente ou incrível aconteceu, fora Sakura me pedir para leva-la de volta para a irmã. É impressionante, eu não comentei aqui no diário, mas as duas tem personalidades opostas, enquanto Sakura é muito tímida, a Amaterasu é bem animada, isso me lembra uma mulher que me disse que gêmeos podem ser extremos opostos, apesar da aparência. Mas o que mais me intriga, é o fato de jóias com propriedades parecidas estarem sendo caçadas por membros da irmandade... Parece que as coisas vão ficar mais... Interessantes...
 



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