História Diário De Um Estudante - Tudo Novo(Parte 1)

Ir para uma nova escola até que era legal, mas também tinha seus pontos negativos.

Primeiro: era novo eu não conhecia ninguém. Segundo: era uma escola particular, e o risco de eu sofrer bullying por vir de escola pública era muito grande. Terceiro: ter que me adaptar a novas regras e uma nova rotina nessa escola, pois até então eu estudava pela manhã, e indo para essa nova escola passei estudar a tarde.

Logo no primeiro dia de aula já fiz besteira, entrei na sala errada. Na época eu estava entrando na segunda série, que era chamada de terceiro ano. Porém quando cheguei na escola avistei junto com mamãe uma placa em uma sala dizendo “segundo ano” e por haver o nome “segundo” nós logo achamos que era minha sala pois eu estava na segunda série. Sendo assim entrei nessa sala e me senti a pessoa mais estranha do mundo, pois entrei na escola uma semana depois que as aulas já haviam começado e os alunos já estavam se enturmando entre eles e eu o estranho não conseguia falar com ninguém. Foi então que eu percebi um erro(eu era um estranho muito esperto). Como toda escola a que eu entrei também fazia a chamada dos alunos para ver quem estava presente ou não, e no momento da chamada eu percebi que meu nome não havia sido chamado e fiquei meio que me perguntando porque a tia(na época os alunos chamavam as professoras de tia) não chamou meu nome, e fiquei com aquilo a cabeça.

Quando cheguei em casa naquele dia contei para mamãe e no dia seguinte ela logo foi na escola tratar de resolver esse problema, foi quando descobrimos que eu havia entrado na turma errada. E a coordenadora da escola me levou a minha nova turma(a correta), mas quando eu cheguei lá eles estavam na Ed. Física e por não conhecer ninguém eu não participei daquela aula.

Entrei na minha nova sala terça feira, quarta feira já conhecia todo mundo e quinta-feira já tinha vários amigos novos. Mais tudo na vida tem seu porém, por vir de escola pública foi difícil me adaptar as regras da escola nova, por isso eu era um dos alunos mais baderneiros do terceiro ano e a professora era até legal mas parecia não gostar muito de mim, fiquei de recuperação em história nesse ano, levei aquela bronca, estudei e tirei uma nota boa(chupa professora) eu era muito criança, não sabia o que era boletim escolar, não sabia o porque das notas que eu tirava só sei no final desse ano eu passei direto.

No ano seguinte, entrei no quarto ano, alguns amigos que eu tinha feito no terceiro haviam saído da escola e outros trocaram de turno. Nessa nova sala, as coisas foram completamente diferentes, a professora(que é bem antiga na escola, foi professora da minha mãe e das minhas primas que hoje já são adultas) era super legal, porém sabia ser rígida quando necessário, pois já tinham passado a minha “ficha” para ela e logo virei um de seus alunos favoritos em termos de pegar no pé, mas graças a ela minha caligrafia melhorou muito, meu comportamento em sala de aula, minha maturidade também evoluiu bastante, só tenho agradecer a tia Norma(o nome dela já diz tudo) por ter sido minha professora. <3

Naquele mesmo ano fiz muitos novos amigos que vieram do turno da manhã e ingressaram no turno da tarde e junto com eles fui para o quinto e último ano na escola.

No meu quinto ano na escola conheci mais novas pessoas, e também trouxe amigos que estavam comigo desde a primeira vez que entrei no colégio. Com lugares marcados, a professora conseguia sim colocar ordem na sala e foi o melhor ano na escola para mim porque diferente de como eu entrei, eu já estava uma pessoa completamente diferente mais comportado e mais normal em relação ao baderneiro do terceiro ano.

Como era meu último ano, quis fazer coisas para ficar lembrado na escola, como por exemplo, participar da festa junina e dançar junto com minha turma. Por ser nosso último ano a escola organiza todo ano o chamado “projeto dorminhoco” onde os alunos do quinto ano da manhã e da tarde se reúnem para passar uma noite de aventuras na escola. E eu participei e me emocionei bastante pois relembramos coisas super maravilhosas que vivemos durante o ano. E ainda sem entender o significado de “passar direto” e ser altamente elogiado pela minha família por ser inteligente, me despedi da escola e do quinto ano e segui meu caminho para o Sesi.