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História Diário de uma Adolescente - Escolhas


Escrita por: Suzi-chan27

Notas do Autor


Cheguei um pouco mais cedo hoje. Por um unico motivo: Escrevi esse cap na sala de aula depois de ter terminado a lição <3

Espero que gostem!!

Boa leitura meus amores *-*

Capítulo 5 - Escolhas


"Ela olhou pro céu e desejou que desse certo, ao menos uma vez..."

~*...*~


                       26 de outubro de 2016.
                                                                 14:47

Querida Yeva,

Hoje, durante o banho fiquei pensando no futuro. Quem nunca teve uma crise "se eu não fizesse tal coisa não estaria assim agora"?

E reparei em outro detalhe, eu sempre penso "e se".

E se eu tivesse corrido?
E se eu tivesse perguntado?
E se eu tivesse impedido?
E se eu tivesse falado?

Nossas escolhas hoje, será o resultado de amanhã.
E se eu correr?
E se eu perguntar?
E se eu impedir?
E se eu falar?

E se, e se, e se!

As vezes não aguento isso em mim.

Ultimamente, meus pensamentos ficam vagando no " e se". Nos "e se" do passado, nos "e se" do futuro.
E até nos "e se" do presente!

Me arrependo de ter pensado "e se" no passado, onde poderia ter mudado tudo aquilo.

Me arrependo de pensar "e se" do futuro, pensando que não conseguirei lidar com tudo isso, e que ISSO não vai acabar.

Mas, foi uma escolha e eu não posso muda-la.

Mesmo querendo tanto.

Hoje, na escola, vim com o colar do Naruto.

3 kunais em miniatura, penduradas em uma corrente prata, que bate um pouco abaixo dos meus seios.

Minha amiga (Vanessa) queria tirar foto com ele.
Porém, não deixei.

Não sei o porquê.

Uma onda de desconforto passou pelo meu corpo e uma voz gritou em minha cabeça "NÃO".

Então pedi para ela tirar, e parece que isso á decepcionou.

Percebi que ela recolhia suas coisas da mesa e se virava para o lado.

"Não, não olha para trás. Não aguentaria ver alguém indo embora. Mesmo que só esteja mudando de lugar..."

Uma sensação de abandono se instalou em mim quando olhei para trás de canto de olho e não vi ela ali.

"Tudo bem Carla. Vai ficar tudo bem. Ela apenas não aguentava seu silêncio. Você á entende. Até porquê você mesma não o aguenta"

Respirei fundo e fiz a atividade que a professora passou em sala de aula.

Logo depois peguei o livro e terminei de lê-lo.

Péssima ideia.

Faltava apenas mais 4 ou 5 páginas para terminar ele.

E quando o terminei,me senti... Abandonada de novo.

Mas escolhi afastar aquele sentimento e vir escrever.
De qualquer forma, não me sinto sozinha escrevendo para você.

Ontem, antes de dormir, pensei em como seria ter um amor.

Ele estaria indo comprar a passagem de avião para ele fazer uma faculdade fora do País, eu chegaria á tempo de dar-lhe um abraço e ele me roubar um beijo.

Então partiria, e eu o esperaria.
Com um monte se sentimentos transbordando.
Alegria por ele ter conseguido entrar em uma faculdade boa.
Tristeza por não estar com ele.
Raiva por ser incapaz.
Alívio por saber que ele voltará.
Incerteza por não saber se é verdade a última frase.

Não sei porquê, mas me senti triste.

No fim, não consegui acabar com esse pensamento.

E isso me sufocou.

Parece que ficarei sempre ali, com lagrimas escorrendo pelos meus olhos, esperando o meu verdadeiro amor voltar.

Foi uma escolha que eu teria feito.

Pode parecer sem sentido (e deve ser mesmo), mas... Me senti mal, por algo que só existe na minha cabeça.

E parece que nunca vai "descongelar".
Essa imagem será como uma pintura, tentarei mudar. Tentarei fazer ela sair dali e viver a vida dela, mas não consigo.

Acho que, essa cena no momento, é a minha realidade.

Sou uma adolescente, com seus sentimentos transbordando. Cheia de incertezas, cheia de tristezas.
Com seus momentos alegres, com seus alívios passageiros.
E com sua angústia a seguindo dia após dia.

As vezes, dá vontade de abrir um zíper em minhas costas e sair de mim. Como um vestido sai do seu corpo quando acaba a festa.

Colocar o meu corpo para lavar e depois entrar com tudo limpo e organizado.

Mas não é assim que funciona, infelizmente.

Temos que aguentar tudo, suportar tudo. E organizar nós mesmos os nossos pensamentos.

Pensamentos nos quais tento fugir, mas eles vem com mais força, com mais... Melancolia.

E então, tento fugir deles novamente.

É um ciclo vicioso. No qual não consigo quebrar.

Sabe Yeva, hoje, por um momento, imaginei como seria morrer.

Sei que você é a vida, mas a vida não escapa da morte.

Então, você também, algum dia, deve ter pensado na morte.

Imaginei que quando morremos, surge asas em nossas costas, e então trilhamos um caminho até o espaço.
Alcançamos as estrelas e continuamos subindo, subindo e subindo.
Então, achamos uma luz forte e ela nos puxa, e entramos em um sono eterno. Até o dia em que Deus vai nos acordar e teremos paz. Alegria. Descanso.


Sei que não vai ser assim, mas não custa sonhar certo?

Quando pequena, assisti um filme que uma mulher ganha uma estrela de presente do marido.
E desde então sempre quis uma estrela. Queria voar, voar e voar. Depois te tanto voar sentaria em uma nuvem para descansar e ao amanhecer voaria até o meu objetivo.
Pegaria uma estrela e daria para minha mãe.

Mesmo todos os dias orando para Deus permitir que eu tenha asas, ou então Ele mesmo me der uma estrela, nunca consegui.

Me sentia frustrada. E hoje acho graça nisso.

"Como eu era inocente", penso. Quero voltar àqueles tempos. Mas sei que não consigo.

Foi uma escolha minha ter ficado assim, então tenho que lidar com as consequências.

De qualquer forma, meu desejo tinha se tornado realidade.

Hoje olho para o céu e fico á procura de estrelas. Elas me dão uma sensação de esperança.

Elas estão lá, estão sempre estão e estarão lá. Brilhando, sorrindo para nós.

De qualquer forma, não ganhei apenas uma estrela, ganhei milhares de estrelas.

 

Beijos,

Carla.


Notas Finais


E é isso! Espero que tenham gostado.
Beijos e até a proxima :*


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