1. Spirit Fanfics >
  2. Diário de uma fã (versão Luan Santana) >
  3. Capítulo dezesseis

História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo dezesseis


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 16 - Capítulo dezesseis


No sábado minha mãe decidiu fazer um jantar para contar para Frederico sobre seu namoro com o professor de história. Sugeri que não convidasse Bortolotto ainda, pois não sabíamos a reação de Frederico. Minha mãe agora cozinhava e cantarolava pela casa constantemente, até achei estranho Fred não ter percebido que algo havia acontecido. E apesar de ainda não gostar de Bortolotto, estava feliz por ela estar feliz.

Frederico estava trancado no quarto, enquanto eu observava minha mãe preparar o jantar, tomando cuidado para não deixá-la queimar o arroz novamente. Apesar de passar a cozinhar com mais frequência, os dotes culinários dela continuavam os mesmos. Na verdade, ninguém em casa cozinhava bem, exceto pelo meu pai, e depois que ele foi embora, nos acostumamos com pizzas e comida congelada.

Depois de ter arrumado a mesa para o jantar, gritei Fred da escada. Nós duas já estávamos sentadas à mesa quando ele apareceu. Pela sua expressão, estava achando a cena estranha, mas não disse nada. Eu fiquei quieta durante quase todo o jantar, enquanto minha mãe perguntava como havia sido a nossa semana, eu apenas resumi a minha como agitada, e Frederico nos contou sobre os jogos intercolegiais. Minha mãe pareceu mais entusiasmada do que o normal, e até falou sobre comprar a chuteira dele, deixando-o ainda mais desconfiado. Frederico era esperto, ele percebeu que estava sendo armada uma emboscada para ele, e estava se esquivando em máximo.

— Vocês querem parar com esse teatro todo e me dizer logo o que está acontecendo? – Ele disse irritado quando minha mãe começou a falar sobre viajarmos nas férias. Minha mãe me olhou em busca de apoio, e eu assenti para ela. Ele estava certo, já estava na hora de ela dizer de uma vez.

— Fred, eu estou saindo com alguém. – Ela disse calmamente.

— Hum. – Frederico disse fechando a cara.

— E você conhece essa pessoa.

— Quem é? – Ele perguntou cruzando os braços e encostando-se na cadeira.

— O Ricardo.

— Que Ricardo?

— O professor Bortolotto. – Eu disse.

— Que? – Disse ele, desencostando da cadeira e descruzando os braços no susto.

— O professor de história. – Tentei explicar.

— Eu sei quem é o Bortolotto. – Ele respondeu rispidamente.

— Frederico… – Minha mãe começou a falar, enquanto ele a olhava com uma expressão de espanto e incredulidade ao mesmo tempo.

— Vocês só podem estar brincando comigo! – Ele disse se levantando e saindo.

— Fred volta aqui… Frederico! – Minha mãe tentou chamá-lo, mas foi inútil. Nesse momento percebi porque éramos irmãos. Deveria ser mais fácil virar as costas e sair, do que encarar que a sua mãe estava namorando seu professor de história. Olhei para minha mãe e havia uma expressão de tristeza nos seus olhos claros. Não podia deixar Frederico estragar toda a felicidade que ela estava sentindo nesses últimos dias. Me levantei e saí atrás dele, descendo as escadas em espiral que dava para o seu quarto.

— Fred! – Chamei batendo na porta. – Fred, abre! – Mas ele não respondeu. Decidi abrir a porta, eu sabia que nenhum dos quartos de casa tinha chave. Ordens da minha mãe, mas nunca entendi muito bem o porquê. Entrei no quarto, e ele estava deitado na cama de bruços, com o travesseiro sobre a cabeça.

— Sai daqui! – Ele murmurou assim que percebeu que eu havia entrado no quarto.

— Fred! – O chamei calmamente. Eu não esperava uma reação melhor de Frederico, depois que meu pai foi embora, ele se sentia o homem da casa. – Frederico eu quero conversar com você.

— Vai embora, eu não quero conversar! – Comecei a me irritar, ele estava parecendo uma criança mimada.

— Frederico Henrique, olha para mim quando eu estiver falando com você! – Eu disse autoritariamente. Ele tirou o travesseiro da cabeça e me olhou assustado, provavelmente esperando que eu fosse me sensibilizar com ele.

— O que você quer?

— Olha aqui, se você quer ficar fazendo ceninha o problema é seu. Eu não gosto do professor Bortolotto tanto quanto você, mas eu me importo com a minha mãe. Então pelo menos uma vez na vida para de pensar só em si mesmo, e pensa na felicidade dela! – Eu disse praticamente jogando as palavras em cima dele. Frederico me olhava pasmo, até eu mesmo quase não acreditava que estava falando tudo aquilo para ele. Saí do quarto, deixando-o me encarando sem dizer uma única palavra, e voltei para a cozinha.

— Ele vai ficar bem! – Disse para minha mãe, que ainda estava sentada na mesa da cozinha, provavelmente ouvindo toda a nossa conversava lá embaixo. Ela me deu um meio sorriso, ainda meio triste, cortando meu coração. Dei um rápido abraço nela, e a ajudei a arrumar a cozinha. Sugeri que podíamos assistir a algum filme, afinal, era sábado à noite, ela concordou, e aos poucos foi ficando mais animada, apesar de Frederico não ter saído do quarto mais nenhuma vez desde o jantar. Fiz brigadeiro de panela para nós duas e escolhemos um filme de comédia romântica. Passei o filme todo imaginando que eu e Luan éramos os personagens principais, até o momento em que minha mãe me acordou me chamando para ir para a cama, pois tinha dormido do sofá. Naquele momento não sabia mais o que era filme e o que era sonho.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...