1. Spirit Fanfics >
  2. Diário de uma fã (versão Luan Santana) >
  3. Capítulo vinte e seis

História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo vinte e seis


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 26 - Capítulo vinte e seis


Eu não fazia ideia de que horas eram, mas ao sair da boate ainda havia várias pessoas do lado de fora. Luan passou facilmente por elas, me puxando pela mão, e entramos no carro. Enquanto seguíamos pelas ruas da grande cidade, encostei a cabeça no banco do carro, que parecia muito confortável agora. Minhas pálpebras estavam pesadas, e a conversa dos dois nos bancos da frente parecia muito distante.

— Eu estou com fome. – Luan dizia.

— Pede uma pizza quando chegar no hotel.

— Não, é mais fácil pegar uma no caminho.

— Vamos tentar encontrar uma pizzaria então. – Eles continuavam a conversar, mas estava ficando cada vez mais distante, e eu já não conseguia mais identificar as palavras.

Ouvi vozes distantes novamente, e me senti sendo puxada, como se alguém estivesse me pegando no colo. Deveria estar sonhando, era melhor aproveitar enquanto não tinha que levantar para ir para a escola. Mas as vozes estavam ficando cada vez mais próximas.

— Você não vem?

— Não, eu quero descansar, foi um dia agitado. – Falem mais baixo, eu não quero acordar. Eu pensava.

— Com certeza, boa noite então.

— Boa noite, e coloca a bela adormecida na cama. – Então eu ouvi o barulho de uma porta fechando e abri os olhos assustada. Olhei para os lados tentando me localizar, estava num elevador, nos braços de Luan. Tentei me soltar quase derrubando-o no susto.

— Me coloca no chão. – Pedi, e ele rapidamente me soltou com cuidado. Pisquei os olhos um pouco atordoada. – O que houve?

— Você dormiu todo o caminho de volta.

— Que isso? – Perguntei apontando para as sacolas no braço dele.

— Passamos numa pizzaria no centro.

— E onde eu estava nessa hora?

— Dormindo no carro.

— Por que não me chamou?

— Você estava dormindo tão tranquilamente que eu não quis atrapalhar. – A porta do elevador abriu, dispersando meus pensamentos.

— Esse não é o andar do meu quarto, é? – Perguntei parando no corredor.

— Não. Você não está com fome? – Só então percebi que realmente estava com muita.

— Estou.

— Então vamos comer, depois você vai para o seu quarto.

— Tudo bem. – Dei com os ombros. Luan abriu a porta do quarto e eu sentei na cama, esperando que ele fosse arrumar a mesa, mas para a minha surpresa ele também sentou na cama. Me virei para ficar de frente para ele notando que ele não usava mais os óculos antigo, enquanto ele colocava a pizza entre nós. Comecei a pensar para que um quarto tão grande, se ele não fazia uso de quase nada dali.

— Do que é a pizza? – Perguntei enquanto ele tirava a caixa da sacola.

— Quatro queijos.

— Hum.

— Não gosta?

— Gosto. – Era meu sabor favorito, seguido de frango. Mas ainda estava um pouco atordoada pelo meio copo de batida de champanhe com não sei o que, mais alguns minutos de sono.

Ficamos ali, comendo pizza com a mão, enquanto Luan me contava sobre as outras vezes que ele havia vindo para São Paulo, e os lugares que gostava de frequentar. Contei para ele as vezes que havia saído, não haviam sido muitas vezes, nem para grandes lugares, mas parecia que ele estava gostando de ouvir. Normalmente era ele que ficava horas falando sem parar, enquanto eu apenas sorria e concordava, mas dessa vez quem não parava de falar era eu, e ele me olhava intrigado de vez em quando. Até que o assunto pareceu acabar, e caímos num silêncio um pouco constrangedor.

Luan já estava no quinto pedaço de pizza, enquanto eu havia deixado o segundo pela metade, quando senti novamente aquele fio de eletricidade passar pelo meu corpo. Fiquei olhando para ele, provavelmente com cara de boba, enquanto tentava segurar a vontade de me aproximar e tocá-lo, pois ainda me sentia meio tonta por causa da bebida.

— O que? – Ele perguntou confuso, paralisando com o pedaço de pizza no meio do caminho até a boca.

— Nada. – Disse sorrindo. Então ele passou catchup na ponta do meu nariz. – Luan! – Protestei, limpando com o guardanapo de papel que havia em cima da tampa da caixa da pizza. Peguei um sache de catchup aberto e coloquei um pouco no dedo e fui para cima dele, tirando a pizza do caminho. Ele recuou, tentando segurar minha mão, mas o derrubei para trás, conseguindo passar catchup na sua testa.

Então percebi que estava deitada sobre ele, e meu coração deu um solavanco. E aquela eletricidade que me fazia querer tocá-lo pareceu voltar com toda a intensidade. Tentei me afastar para não fazer nenhuma besteira, mas alguma parte dentro de mim agiu por conta própria, e eu o beijei de surpresa. Eu o apertava, querendo sentir cada parte do seu corpo, e desejava tê-lo cada vez mais perto. Então ele rompeu o beijo, se sentando comigo no colo.

— É melhor você ir para o seu quarto, você não está bem.

— Eu não quero ir. – Eu disse tentando beijá-lo de novo, mas ele me afastou segurando meus braços.

— Luiza você bebeu, não está agindo por si mesma.

— Eu não estou bêbada. – Eu disse jogando os braços pelo seu pescoço, derrubando-o para trás novamente.

Ele tentou se desvencilhar umas duas vezes, insistindo que eu estava alterada, mas a parte de mim que estava agindo sem pensar se recusava a parar e o apertava cada vez mais, enquanto a parte sã gritava que nem louca querendo saber o que eu estava fazendo. Então ele parou de tentar resistir, e no momento seguinte ele estava em cima de mim, me beijando ferozmente.

Ele mordiscou minha orelha descendo pelo meu pescoço, me causando uma onda de arrepios cada vez que seus lábios quentes tocavam minha pele. Suas mãos passeavam pelo meu corpo, levantando cada vez mais o meu vestido, enquanto sua boca procurava a minha carinhosamente, mas sem nenhum pudor, fazendo minha respiração oscilar. E então senti algo roçar entre minhas pernas, me causando um entranho desejo. Meu coração batia que nem louco, e o medo tomou conta de mim.

Em um movimento rápido, tentei me desvencilhar dos seus braços, caindo no chão ao lado da cama, Luan me olhou assustado.

— Me desculpa, preciso ir ao banheiro. – Eu disse ofegante. Entrei pela porta em frente a cama, fechando-a atrás de mim e me apoiei na borda da pia, encarando o espelho, me sentindo a mais idiota das garotas.

Por que eu havia feito aquilo? Por que eu estava com tanto medo? Eu confiava em Luan, mais do que em qualquer pessoa, mas por que então o frio na barriga e a vontade de sair correndo? Ele deve estar me achando realmente boba nesse momento e se arrependendo de estar comigo. Ele poderia ter quem ele quisesse, na hora que ele quisesse. E, no entanto, eu estava aqui trancada nesse banheiro, deixando-o sozinho naquela cama.

Respirei fundo e abri a porta, saindo do banheiro. Luan estava deitado de bruços, a cabeça sobre os braços, e eu me sentindo idiota sentei ao lado dele.

— Pode me acompanhar até o quarto? – Perguntei receosa.

— Agora não dá. – Ele disse com a voz um pouco afetada.

— Por quê? – Eu perguntei desconfiada.

— Não posso levantar agora. Me desculpa, eu estou tão… envergonhado. – Ele disse colocando o travesseiro sobre a cabeça. Segurei a vontade de rir, entendendo sobre o que ele estava falando, e debrucei sobre a suas costas. – Você não está ajudando! – Ele resmungou com a voz abafada.

— Desculpa, quer que eu espere lá fora?

— Quero. – Saí do quarto rindo baixinho e encostei no corredor enquanto esperava Luan se acalmar. Fiquei algum tempo ali parada tentando não pensar em nada, mas ria sozinha só de pensar no que havia acontecido. Até que a porta do quarto se abriu e Luan apareceu, o rosto levemente molhado e a expressão séria.

— Me desculpa. – Ele disse num meio sorriso sem graça.

— A culpa foi minha, me desculpa. – Eu disse quase atropelando as palavras e o abracei pelo pescoço. Mas ele pegou meus braços com as mãos e me afastou, me deixando confusa.

— Luiza – Ele começou a falar calmamente, e o desespero correu por todo o meu corpo, ele nunca mais iria querer me ver de novo. – Por mais que eu goste de você, eu sou homem, e você não deve brincar comigo assim.

— Me desculpa, eu sou uma idiota. – Disse me sentindo culpada.

— É, você é!

— Essa deveria ser a hora que você diz; “Não, você não é idiota!” – Eu disse fazendo bico. Ele sorriu.

— Você é idiota, mas é a idiota mais linda que eu já vi. – Ele disse colocando a mão de leve no meu rosto.

— Então você ainda vai querer me ver de novo? – Eu perguntei esperançosa.

— Claro. Com quem mais eu almoçaria amanhã?

— Não sei, com a loira da boate talvez. – Eu disse emburrada.

— Que loira? – Ele perguntou levantando a sobrancelha.

— Aquela que estava conversando com você perto do bar.

— Ah, ela só me perguntou se não me conhecia de algum lugar, eu disse que não e voltei para a mesa.

— Hum. – Eu respondi ainda emburrada. Ele sorriu me puxando num abraço.

— Eu não sabia que você era ciumenta! – Ele disse se divertindo.

— Eu não estou com ciúmes. – Na verdade eu estava com muito, e isso me irritava profundamente.

— Se eu estou aqui com você agora, é porque é exatamente a onde eu queria estar. – Ele disse olhando dentro dos meus olhos, me fazendo quase perder o foco.

— Às vezes eu acho que eu estou sonhando. – Eu disse encostando a cabeça no seu peito.

— Isso não é um sonho. – Ele sussurrou no meu ouvido, e meu coração disparou. Apesar de ainda ser muito difícil acreditar que aquilo tudo era real, era muito bom ouvi-lo dizer coisas tão lindas e saber que eram para mim.

Ele beijou a minha bochecha de leve e eu joguei os braços pelo seu pescoço apertando-o contra mim, tentando sentir cada vez mais que ele realmente estava ali. Mas novamente ele segurou os meus braços e me afastou.

— Sem muita proximidade por hoje, tudo bem? – Ele pediu, e eu assenti um pouco envergonhada. Luan me levou até a porta de meu quarto, e com um rápido beijo na testa se despediu, me dizendo que me ligaria antes do almoço. Entrei no quarto, me jogando na cama e me sentindo a mais idiota das garotas, mas ainda assim a mais feliz de todas elas.



Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...