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História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo vinte e nove


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 29 - Capítulo vinte e nove


Acordei no sábado de manhã com os raios solares me incomodando, alguém havia aberto a janela. Já estava me levantando para fechar quando me deparei com um arranjo de flores na mesa do computador. Me aproximei confusa, era um buquê com vários tipos de flores, todas cor-de-rosa. Peguei o cartão que havia no meio delas e abri. Sorri ao ver a caligrafia torta que eu tanto conhecia.

Eu sei que você prefere uma única flor a um buquê. Mas ainda assim escolhi cada uma delas como se fossem únicas, porque eram para você! Feliz Aniversário!

Não conseguia segurar o sorriso bobo ao olhar aquele cartão, e aquelas flores tão lindas. Passei a ponta dos dedos delicadamente sobre elas, mal contendo a emoção, finalmente havia chegado o dia do meu aniversário e Luan havia se lembrado. Então percebi que tinha algo escrito atrás do cartão em letras espremidas.

O florista me disse o significado de cada uma dessas flores. Achei que você gostaria de saber. A rosa representa o amor, a tulipa a beleza, a orquídea o desejo, o lírio a pureza, a peônia a timidez, o cravo o amor puro, a frésia a calma, a ciclame a elegância, a azaleia a felicidade e a flor de lis está ligada a Monarquia Francesa e significa mensagem. Mas todas elas juntas não chegam nem aos pés da sua beleza.

Tive que me sentar na cama para não cair no chão de tanta emoção que eu estava sentindo. Ele realmente havia escolhido cada uma das flores, e eram todas para mim. Enxuguei uma lágrima que insistiu em escorrer pelo meu rosto e caminhei lentamente até o banheiro com o coração querendo sair pela boca. Parei no meio do caminho, me virando para olhar novamente o buquê. Por que elas eram rosas? Eu havia dito para Luan que cor-de-rosa significava o amor, e ele sabia disso. Isso significava que ele me amava? É claro que ele não havia dito, mas ele havia deixado a entender, não havia? Ele poderia ter mandado brancas, eu não me importaria se fossem brancas. Mas ainda assim, mesmo sabendo o significado ele havia escolhido todas elas cor-de-rosa. A minha vontade era sair correndo e gritar com todos os pulmões para todo mundo ouvir o quanto eu o amava. Eu não ligava se me chamassem de louca, eu só queria poder dizer aos quatro ventos que eu era a garota mais feliz do mundo.

Tomei banho agitada, querendo dar cambalhotas de felicidade, e assim que troquei de roupa, peguei o celular e me joguei na cama para ligar para Luan e agradecer pelo buquê.

— Feliz aniversário! – Ele disse atendendo no terceiro toque.

— É lindo! – Disse animada. – Obrigada!

— Que bom que gostou! – Pude ouvir a sua risada pelo telefone, fazendo meu coração bater ainda mais rápido.

— Eu adorei.

— Eu sei que você preferia apenas uma, mas não encontrei nenhuma floricultura que entregasse um buquê de uma rosa só.

— Não tem problema, eu me senti especial do mesmo jeito.

— Leu atrás do cartão.

— Li e estou sem palavras.

— Não precisa dizer nada, fico feliz por ter gostado.

— Eu amei. Como você conseguiu que entregassem aqui?

— Eu comprei aí.

— Como assim? – Perguntei confusa.

— Passei aí hoje bem cedo.

— E porque não me acordou? – Estava indignada. Um abraço dele era melhor do que qualquer presente que eu pudesse ganhar.

— Não deu. Se eu demorasse mais de cinco minutos seria um cantor desempregado.

— Exagerado. – Eu disse rindo.

— É sério. Só um minuto. – Ele pediu, e eu ouvi enquanto ele conversava com alguém do outro lado. – Luly vou ter que desligar agora e ir trabalhar, mais tarde te ligo.

— Tudo bem. E obrigada pelas flores.

— Não precisa agradecer. Divirta-se hoje, é o seu dia!

— Obrigada. – Desliguei o telefone sorrindo. Era difícil não sorrir ao escutar aquela voz tão doce e tão encantadora que só ele tinha.

Estava deitada, perdida em lembranças do Luan quando Julia entrou no quarto e pulou em cima de mim.

— Feliz aniversário! – Ela disse animada.

— Assim você me mata menina! – Disse surpresa. – Obrigada.

— Para você. – Ela me entregou uma caixinha enquanto eu me sentava na cama.

— Não precisa me dar presentes Julia, você sabe.

— Abre Luiza. – Ela me lançou um olhar de reprovação.

— É lindo! – Disse assim que vi o pequeno anel dourado na caixinha, nele havia um lacinho de pedrinhas rosa, completamente delicado.

— Achei a sua cara. – Ela disse sorrindo enquanto pegava o anel e colocava no meu dedo. Fiquei olhando para aquele lindo anel na minha mão com unhas recém ruídas, pensando que eu não merecia tudo que estava acontecendo comigo. Quer dizer, eu era só uma garota comum, e de uma hora para outra tinha virado a garota mais sortuda do mundo.

— Obrigada! – Disse novamente, abraçando-a.

— Shopping hoje? – Ela sugeriu animada enquanto se levantava.

— Shopping onde?

— Andradina. – Ela disse como se fosse muito óbvio.

— E vamos como? – Apesar de Andradina ser a mais ou menos uns trinta quilômetros de Três Lagoas, não poderíamos ir sozinhas.

— Eu cuido disso. Vem! – Ela disse me puxando para fora do quarto. Descemos as escadas correndo, como fazíamos sempre. Quando éramos menores costumávamos apostar corrida, quem chegasse por último lá embaixo pagava o sorvete. Julia sempre ganhava, eu nunca fui muito atlética. Assim que chegamos à sala, ela me puxou para a escada em espiral que dava para o quarto do Frederico.

— O que você está fazendo? – Perguntei sem entender nada.

— Confia em mim. – Ela disse me puxando escada abaixo. Quando chegamos em frente a porta do quarto do Fred, ela me empurrou para frente, se escondendo atrás de mim.

— O que? Eu não vou pedir para o Frederico!

— Eu peço, mas vai na frente.

— Não! – Estava tentando sair da frente dela quando Frederico abriu a porta. – Oi. – Disse sem graça, sem saber o que dizer. Mas ele estava falando ao telefone, e apenas abriu a porta e voltou para a cama. Julia me empurrou para dentro do quarto, ainda trás de mim. Saí da frente dela enquanto Frederico desligava o telefone sorrindo. Sorrindo!

— Então o que vocês querem?

— Oi Fred. – Julia disse se aproximando e sentando na cama dele. – Hoje é aniversário da Luiza!

— Ah, é verdade. Parabéns pimentinha.

— Obrigada. Já que é meu aniversário você podia parar de me chamar assim. – Pedi esperançosa.

— Vou pensar no seu caso! – Pensar no meu caso? Desde quando Frederico pensava no meu caso?

— Você podia levar a gente no shopping Fred! – Julia pediu.

— Que shopping?

— Em Andradina.

— Lá em Andradina? – Ele perguntou espantado.

— Ah Fred, por favor! – Julia disse colocando as mãos nos ombros dele. Ela sempre arrumava algum motivo para encostar nele, deixando-o irritado, mas dessa vez ele não pareceu se importar, o que foi muito estranho.

— Tudo bem, mas só porque é aniversário da minha irmãzinha! – Desde quando ele se importava com isso? Minha irmãzinha? Agora mesmo é que estava completamente estranho. Será que estava tudo bem com Frederico? Essa bipolaridade dele não era normal, mas era melhor aproveitar antes que acabasse. – Mas eu tenho que voltar antes das três.

— Sem problemas! – Julia Disse. Subi até meu quarto de novo, precisava trocar de roupa, havia vestido short e camiseta, achando que ia passar o dia inteiro em casa. Julia me ajudou a escolher uma roupa, pois eu sempre abria o guarda-roupa e nunca encontrava nada para vestir. Acabei escolhendo uma saia florida com fundo marrom e uma blusa branca, e dei risada só de pensar se Luan me visse com ela.

 



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