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História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo trinta e quatro


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 34 - Capítulo trinta e quatro


Havia acabado de chegar da escola na quarta-feira quando meu celular tocou. Olhei o número no visor e meu coração palpitou ao ver que era ele.

— Oi. – Tentei soar despreocupada, tentando esconder a animação por ele ter ligado mais cedo do que de costume.

— Bom dia! – A voz dele parecia animada.

— Já é boa tarde, não é?

— Acordei agora, então é bom dia! – Ele disse rindo.

— Vida boa hein!

— Vida boa nada, fiquei no estúdio ontem até as três da manhã.

— Fazendo o que?

— Alguns arranjos.

— Música nova?

— Acho que sim, só falta a letra.

— Ah, que bom hein! – Disse irônica.

— Mas estou quase lá!

— Hum.

— E quais são os planos para hoje?

— Por enquanto nenhum, por quê? – Meus planos para uma quarta-feira eram ficar na internet o dia inteiro e depois dormir, eu não iria falar isso para ele.

— Que bom então!

— Mas por quê?

— Vou te levar em um lugar.

— Que lugar? – Perguntei confusa.

— É surpresa, te pego as oito. OK?

— Espera, me diz onde é?

— Não, beijos e até mais tarde…

— Espera aí! – Interrompi. – Eu preciso vestir algum traje a rigor ou algo assim?

— Não, você não precisa. – Ouvi sua risada pelo telefone.

— Então está bem.

— Te vejo as oito, beijos. – E desligou. Como ele conseguia ser tão imprevisível e em poucos segundos bagunças todo o meu dia? Agora eu precisava pensar em uma roupar para usar a noite, dar um jeito no cabelo e arrumar uma desculpa para a minha mãe. Eu não poderia pedir ajuda para Julia, pois ela ainda estava estranha comigo por causa da Cristina. A Cristina! Acho que ela me ajudaria. Mas eu não tenho o número dela e o Frederico está viajando para os jogos estaduais. Liguei para o Fred mesmo assim, dizendo que precisava da ajuda dela em um trabalho de biologia, e com muito esforço ele me passou.

Liguei para Cris morrendo de vergonha, mas ela era a minha única salvação. Expliquei para ela que precisava sair, mas precisava de uma desculpa para minha mãe, e ela pareceu entender. Ainda acho que Julia teria gostado muito dela se não fosse por Frederico. Consegui combinar com ela de falar para minha mãe que iríamos ao cinema, depois eu dormiria na casa dela e ela me levaria para a escola no outro dia. Minha mãe aceitou a ideia muito rápido, me deixando desconfiada, e ela apenas explicou que era bom que eu fizesse amizade com a Cristina, pois ela era uma boa moça.

Procurei alguma roupa ideal, mas como não sabia para onde ele iria me levar, ficou difícil escolher. Decidi optar pelo vestido e a sandália que meu pai me deu de presente de aniversário, e quando já estava arrumando o cabelo, avistei no porta-joias um pingente em formato de coração, com um (L) cravejado em pedrinhas vermelhas e brilhantes, não poderia ser mais perfeito para a ocasião. Tentei não exagerar muito no perfume, e após alguns retoques finais eu já estava pronta.

As sete horas Cristina passou para me buscar, peguei algumas roupas para levar para casa dela, e uma pequena bolsa, na qual coloquei maquiagem e uma escova de dente caso fossemos comer algo coisa.

— A onde você vai? – Cristina perguntou assim que entrei no carro.

— Me encontrar com alguém. – Disse vagamente, não queria dizer quem era.

— É alguma coisa que eu precise me arrepender depois de ter ajudado?

— Não Cris, pode confiar.

— Tudo bem. Mas me conta quem é essa pessoa! – Ela disse animada.

— Logo você vai conhecer! – É claro que era mentira, mas queria evitar as perguntas.

— Mas como ele é?

— Como você sabe que é ele?

— Você não se arrumaria assim e nem faria todo esse mistério para encontrar uma amiga! – Ela deu com os ombros e eu sorri.

— Ele é a melhor coisa que aconteceu na minha vida!

— Nossa, eu preciso mesmo conhecer esse príncipe encantado! – Dei um meio sorriso sem graça. Me sentia culpada por mentir para ela, pois ela estava sendo muito legal comigo, mas contar a verdade não era uma opção. Cristina estacionou em frente a um prédio próximo ao centro, e subimos de elevador até o apartamento que ela dividia com uma colega da faculdade. A garota não estava em casa, Cris me disse que ela estudava a noite, e elas quase não se viam durante a semana. Sentei na cama esperando, enquanto ela tomava banho.

O quarto da Cris era todo decorado em verde claro e branco. Havia um grande guarda-roupa ao lado da cama de solteiro e algumas prateleiras com ursinhos e uma coleção de Barbie, onde encontrei o urso que havia ajudado Frederico escolher para o tal amigo secreto. Estava imaginando o lugar onde Luan me levaria quando Cristina saiu do banheiro e se sentou na escrivaninha que tinha no canto do quarto, e começamos a conversar, pedi para que ela não contasse nada ao Frederico e ela concordou.

Cristina estava me contando como conheceu o Frederico quando Luan me ligou dizendo que estava perdido, pois eu havia mandado uma mensagem para ele mais cedo dizendo que não estaria em casa. Expliquei para ele como chegar até o prédio, e me despedi de Cristina ainda com Luan ao celular. Deixei as roupas no quarto dela e peguei apenas a bolsa, já que voltaria mais tarde e desci para esperar ele na calçada. Não demorou muito até um carro preto estacionar em frente ao prédio, Luan abaixou o vidro me chamando, e assim que entrei notei que havia um senhor dirigindo.

— Oi. – Disse para os dois.

— Oi linda. – Luan disse sorrindo. Como queria poder atravessar o banco e poder abraçá-lo apertado. – Ah, esse é o Emílio.

— Oi. – Disse novamente.

— Olá. – Ele disse me olhando pelo retrovisor. Passamos todo o caminho em silêncio até que ele estacionou em um local aberto. Desci do carro reconhecendo que aquela era a pista de pouso de Três Lagoas.

— A onde nós vamos? – Perguntei para Luan que acabara que parar ao meu lado.

— Já disse que é uma surpresa! – Ele agradeceu o homem do carro e me puxou pela cintura para a onde estava estacionado um pequeno avião. – Te apresento o bicuço!

— Nós vamos sair da cidade? – Perguntei confusa.

— Vamos, mas é só por algumas horas.

— E nós temos mesmo que entrar aí? – Perguntei receosa.

— Assim ele fica ofendido! – Luan protestou.

— Ah, desculpa.

— Não se preocupa, é tudo muito seguro.

— Tudo bem. – Dei com os ombros. Não me importava com a segurança, pois qualquer coisa ao lado dele valia a pena. Ele me ajudou a entrar no jato, falou alguma coisa com o piloto e se sentou a minha frente. E em pouco tempo já estávamos decolando, enquanto Luan me contava o que havia feito durante o dia e sobre a música que estava tentando compor. Passamos toda a viagem conversando sobre a nossa semana, contei para ele sobre Julia, e ele me disse que era complicado, mas que ela teria que entender que não era culpa minha se Frederico não a via com outros olhos, e fiquei me perguntando como será que Luan me via.

Ele me mostrou os livros que costumava ler quando estava viajando, e em algum tempo já estávamos pousando em algum lugar, não sei exatamente quanto tempo demorou a viagem, pois tempo ao lado dele passava em um piscar de olhos e sem ele parecia se arrastar. Dessa vez o campo de pouso era um grande gramado, parecido com um campo de futebol, e Luan pegou umas sacolas no avião e me ajudou a descer do jato me puxando para um carro a uns poucos metros de distância. Ele parecia ter planejado tudo nos mínimos detalhes, fazendo parecer novamente que eu havia caído em um dos meus sonhos. Na verdade, nenhum sonho que eu pudesse ter poderia passar a emoção e a alegria que era estar ao lado dele.

— O que é isso? – Perguntei apontando para as sacolas.

— Você vai ver. – Ele disse fazendo suspense. Já estava ficando intrigada com todo aquele mistério. Para que tudo aquilo? E para onde estávamos indo? Resolvi não ficar pensando muito nisso, para qualquer lugar que Luan me levasse eu iria sem me importar, contanto que ele estivesse comigo. Assim que entrei no carro notei que era um rapaz mais jovem e de feições bonitas que estava dirigindo, e ao contrário das outras vezes, dessa vez Luan se sentou ao meu lado no bando de trás. O rapaz parecia bem animado, e Luan foi conversando com ele todo o caminho, enquanto eu olhava pela janela tentando identificar a onde estávamos. Até que Luan sem perceber colocou a mão na minha perna, fazendo cada parte do meu corpo arrepiar. Eu não consegui prestar atenção em mais nada lá fora além do calor dos dedos dele sobre a minha pele. Então ele afastou sua mão e começou a mexer nas sacolas que estava carregando, tirando de lá uma pequena faixa preta.

— Vou precisar colocar isso nos seus olhos. – Ele disse para mim.

— Por quê? – Perguntei surpresa.

— Porque é uma surpresa. – Ele disse como se fosse muito óbvio.

— Estou começando a ficar com medo disso.

— Não confia em mim? – Ele perguntou sorrindo.

— Claro. – Disse, e me virei para que ele pudesse colocar a venda nos meus olhos. Eu confiava nele mais do que em qualquer pessoa no mundo, pois havia confiado a ele o meu bem mais importante, que é o meu coração.

 



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