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História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo quarenta e nove


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 49 - Capítulo quarenta e nove


Foi com os pensamentos completamente distantes que passei toda a viagem até o aeroporto de Viracopos, e aos poucos meu coração se aquietava dentro do peito. Não sei quanto tempo demorou até pousarmos, mas já estava sentindo meu estomago doer de fome. As borboletas finalmente haviam me dado alguma trégua para comer. Lucas me entregou a mala e disse que eles ainda ficariam ali no aeroporto por mais algum tempo. Agradeci a eles e me encaminhei para fora da pista a procura de alguma lanchonete. Mas assim que passei pelo portão encontrei Douglas – deduzi pela plaquinha com o meu nome – a minha espera. Ok, comeria uma outra hora. O rapaz era jovem e alto, aparentava ter vinte e três anos no máximo e muito falante.

Ele carregou a minha mala até o carro e no caminho foi me falando sobre a cidade e sobre a sua vida. Eu sorria as vezes, balançando a cabeça nas horas certas e ele pareceu nem reparar que eu mal havia dito meia dúzia de palavras. Pelo que percebi, ele não sabia que era Luan quem o havia contratado, pois trabalhava em uma empresa de táxis em Campinas. E logo ele começou a falar sobre a cidade que morava, uma cidade vizinha chamada Vinhedo, a onde ficava o Hopi Hari – do qual ele ficou completamente pasmo quando disse que nunca tinha ido ao parque. Podia se dizer que eu não saia muito de casa.

Penso que andamos uns vinte minutos de carro até ele estacionar em frente a um grande hotel, que parecia ser muito bem localizado. Douglas pegou a mala para mim e, como Cristina, desejou que eu me divertisse e me entregou um cartão caso precisasse ir a algum lugar. Assim que entrei no hotel fui direto para o balcão na recepção, onde estava um senhor atarracado e de bigodes falando ao telefone. Enquanto esperava comecei a reparar o hotel. Era extremamente elegante, todo decorado em cores claras. Havia aparadores com vasos repletos de flores por todos os cantos. Dois sofás terracota e várias poltronas com uma mesa de centro sobre o grande tapete marfim. Apenas uma das paredes era vermelha, onde estavam três grandes quadros de arte abstrata. Fiquei olhando fascinada o grande lustre pendurado no meio do saguão, sempre gostei de lustres, achava que dava um toque sofisticado ao ambiente.

— Posso ajudá-la? – O homem na recepção perguntou tirando-me da pequena distração com o lustre.

— Eu gostaria de falar com a Marla.

— Hóspede?

— Isso.

— Sabe o número do quarto?

— Não.

— Só um minuto. – Ele disse enquanto verificava no computador – Qual o seu nome?

— Luiza. – Ele pegou o telefone e discou algum número.

— Senhora Teixeira, uma garota chamada Luiza está aqui embaixo querendo falar com a senhora. Ah sim. Ok, obrigado. – Ele desligou o telefone. – Ela já está descendo. – Acrescentou para mim.

— Obrigada. – Disse e me sentei em uma das poltronas para esperá-la descer.

Peguei uma revista que estava em cima da mesa de centro e comecei a folheá-la sem prestar atenção no que dizia. Até que meus olhos caíram em uma pequena foto entre as páginas, de um rosto muito conhecido de todos os meus devaneios, o rosto do meu ídolo. Sorri involuntariamente ao vê-lo ali e senti novamente o frio na barriga ao pensar que em algumas horas ele estaria na minha frente ao vivo e a cores, como uma réplica perfeita do melhor dos meus sonhos. Eu já deveria esperar encontrá-lo ali, pois Luan estava em praticamente em todas as revistas que eu olhava. Nem que ao menos citassem o seu nome ou colocassem um pôster seu como jogada de marketing, mas sempre havia um pouco dele em todo lugar. – Eu me lembro da secretária do dentista que sempre me falava quando chegava alguma revista em que ele estava, e eu tinha centenas delas em casa.

Procurei a capa da revista em minhas mãos, olhando o nome e gravando-o mentalmente para procurá-la quando voltasse para Três Lagoas e então comecei a ler a matéria. Mas era pequena e falava apenas do seu estilo e cabelo que estava sendo cada vez mais copiados por pessoas em todo o país.

Estava lendo a matéria pela segunda vez quando avistei a Marla saindo do elevador e parando na recepção. O senhor de bigodes apontou para mim. Me levantei, colocando a revista de volta na mesinha e indo até ela.

— Oi. – Ela disse sorrindo abertamente. – Você deve ser a Luiza!

— Sou eu. – Falei me contagiando com seu sorriso. – E você deve ser a Marla. – Brinquei.

— Sou eu. – Ela respondeu também em tom de brincadeira. É claro que eu a conhecia por fotos e vídeos, ela era uma das backing vocal de Luan, mas nunca tinha tido a oportunidade de falar com ela. E por primeira impressão ela parecia esplendida. – Chegou faz tempo?

— Não, acabei de chegar do aeroporto.

— Ah sim. Tem um quarto reservado no nome do Luan. – Ela disse para o senhor na recepção.

— Santana? – Ele perguntou surpreso e seus olhos automaticamente caindo para mim, me deixando envergonhada.

— Isso. – Ela disse normalmente.

— O trezentos e onze ou o quatrocentos e quinze? – Ele perguntou enquanto mexia novamente no computador.

— O trezentos e onze.

— Ok. – Ela assinou um papel e ele a entregou um cartão correspondente ao quarto enquanto pedia para um rapaz parado no outro canto do saguão levar a minha mala.

— A manhã foi tão corrida que nem consegui almoçar ainda. – Ela disse para mim.

— Eu também não comi nada. – Mas obviamente por outro motivo.

— Eu estava indo para lá agora. Quer me acompanhar?

— Eu adoraria. – Disse sinceramente e ela sorriu.

— Que bom, porque eu detesto almoçar sozinha. – O rapaz levou a minha mala até o quarto e eu acompanhei Marla até o restaurante do hotel.

O lugar era grande, assim como o saguão completamente elegante. Todo decorado em cores claras, com várias mesas e cadeiras acolchoadas nos tons de palha e verde musgo. Os pratos e talheres perfeitamente organizados na toalha marfim e as janelas grandes com lindas cortinas tomavam todo o lado esquerdo onde nos sentamos. Estava vazio, exceto por três pessoas conversando em uma mesa há uns seis metros, pois já era tarde e o horário de almoço já havia terminado. Mas ainda assim fomos servidas com total eficiência. Marla pediu salada, peito de frango grelhado e suco de laranja e eu a acompanhei no pedido. E passamos o almoço conversando. Ela me contava sobre os shows, às surpresas que estavam preparando para o dia seguinte e sobre um pouco da sua família e filhos.

Ela me disse que Luan não havia definido um tempo quando reservou o quarto e que eu poderia ficar para o show se quisesse. Expliquei mais ou menos para ela que não seria possível por mais que quisesse muito ir e ela pareceu entender. Ela começou a me contar coisas que fazia quando tinha a minha idade, o que nos ocasionou boas risadas enquanto comíamos. Marla era contagiante, de uma simpatia incrível e uma beleza estonteante. Com seus olhos apertados – brilhantes e acolhedores – ela me passava uma ótima sensação de bem-estar e parecia que já nos conhecíamos há anos, pois quando percebi já estava falando mais do que havia falado a semana inteira.

Apesar de ter Guilherme, eu sentia falta de ter uma amiga para conversar coisas de mulheres, coisas que ele jamais entenderia. Ainda tinha a Cristina, mas era raro as vezes que Frederico deixava-nos sozinhas. E ali com Marla eu estava me sentindo completamente à vontade. Já estava quase terminando de comer quando a Dayane apareceu no restaurante, com óculos escuro e o rosto inchado de sono.

— Oi meninas. – Ela disse sorrindo ao se sentar.

— Oi. – Respondi também sorrindo.

— Não vai almoçar? – A Marla perguntou.

— Não, depois eu como alguma coisa. Minha cabeça está explodindo. – Ela disse fazendo uma careta.

— Eu tenho remédio na minha bolsa se você quiser.

— Quero.

— Espera só eu acabar de comer e já pego para você.

— Ok. E aí veio para o show? – Ela acrescentando para mim.

— Não, vou embora amanhã.

— Ah que pena. – Fiquei na dúvida se ela lembrava de mim da festa em Araçatuba, mas resolvi não perguntar. — Que horas eles voltam de lá? — Ela perguntou para Marla.

— Umas seis horas eu acho. Tinha uma entrevista marcada para as quatro, mas sabe como demora. – Dayane assentiu lentamente. E então elas começaram uma conversa animada sobre entrevistas em rádios e televisão e eu comentei como havia achado chato quando participei. Ficamos mais uns quinze minutos conversando e então subimos para o quarto. Elas faziam poses no espelho do elevador enquanto eu ria abertamente, e a Marla quis tirar uma foto com o celular, mas a Day não deixou por estar com o rosto inchado de sono. A porta do elevador abriu no sexto andar e a Marla entregou um cartão para a Dayane ir na frente para o seu quarto enquanto ela me mostrava o meu. Ela me conduziu até a porta do quarto e me entregou o cartão.

— Qualquer coisa que precisar é só me chamar, eu estou no trezentos de vinte.

— Ok, obrigada. – Agradeci sorrindo.

— Obrigada por me fazer companhia no almoço.

— Foi ótimo almoçar com você. – Disse sinceramente. Ela sorriu e saiu enquanto eu encarava a porta de número trezentos e onze.



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