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História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo cinquenta e sete


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 57 - Capítulo cinquenta e sete


Luan me soltou e encostou-se à porta da sacada, me puxando para si e me aninhando no meio das suas pernas. Encostei a cabeça no seu peito e ele me abraçou apertado por trás. Não havia nada melhor do que ficar ali quietinha, sentindo o cheiro doce do seu perfume e o calor do seu abraço. Após algum tempo em silêncio eu senti o vento gelado passar pela minha pele e tremi sem querer.

— Está com frio? – Ele perguntou.

— Um pouquinho. – Então antes que eu pudesse protestar, ele tirou o blazer do smoking e colocou nos meus ombros. Passei os braços por ele, estava quentinho e exalava o seu perfume doce. Respirei fundo e senti aquele aroma estonteante me entorpecendo. Dei uma rápida olhada em Luan, de camisa branca e gravata borboleta, lindo como um anjo, antes de me aninhar novamente em seus braços confortáveis.

— A Dagmar e o Anderson sabem sobre nós? – Perguntei após alguns minutos em silêncio em uma súbita curiosidade.

— Não, mas eles desconfiam.

— E o que eles falam?

— Nada de mais, só para eu tomar cuidado. Sei que eles só têm medo de que eu vá meter os pés pelas mãos mais uma vez.

— Hum. – Disse pensativa, eu sabia que ele estava se referindo ao último namoro que teve e não sabia como lhe dizer que eu seria diferente, só pedia a Deus constantemente para ter a oportunidade para provar a ele. – Então só essas pessoas sabem. – Perguntei tentando mudar o rumo da conversa.

— E o meu pai.

— Seu pai? – Me virei para olhá-lo surpresa.

— Sim, falei para ele esses dias atrás. Mas ele disse que já sabia.

— Como?

— Ele disse: Luan você tem estado distante ultimamente, tem rido sozinho pelos cantos. E some no meio da noite, voltando no outro dia de formas estranhas. Eu sabia que estava acontecendo alguma coisa com você. Então ele disse que ficava feliz, mas que era para eu tomar cuidado para não misturar a vida amorosa com a profissional.

— Ele está certo. – Comentei voltando a encostar a cabeça no seu peito.

— Quem está doida para te conhecer é a Bruna.

— A Bruna? – Perguntei confusa.

— Sim, ela ainda não se esqueceu daquela ligação no meio da noite.

— E o que você disse a ela?

— Nada de mais. Só tive que explicar como te conheci, o que estava fazendo em Três Lagoas àquela hora da noite e responder mais umas cem perguntas. – Eu sorri.

— Realmente nada de mais. – Disse irônica. – Ela tem ciúmes de você?

— Um pouco, mas ela pareceu gostar de você.

— Sério? – Perguntei surpresa, me virando novamente para olhá-lo. Por essa eu não estava esperando.

— Sim, não há como não gostar de você! – Ele disse tocando de leve a ponta do meu nariz.

— Acredite, há! – Disse me virando novamente tentando esconder o sorriso que dançava no meu rosto, pela felicidade em saber que a irmã dele havia gostado de mim.

— Boba. – Ele disse encostando o queixo na minha cabeça.

— Parece que hoje não tem lua. – Disse olhando para o céu pela sacada.

— Ela se escondeu com vergonha da sua beleza. – Ele disse formalmente e nós dois rimos em seguida. – Nossa Luan, que clichê! – Ele mesmo zombou.

— Minha mãe diz que essa frase só se diz no começo do casamento.

— Por quê?

— É uma piada que ela conta para dizer que o casamento só é a mil maravilhas no começo.

— Realmente dizem que com o passar dos anos a convivência vai se tornando difícil, mas acho que com um pouquinho de amor e paciência nós conseguimos superar.

— Nós? – Perguntei confusa, virando a cabeça para olhá-lo. Então Luan ficou vermelho e escondeu o rosto no meu cabelo. – Por que você sempre faz isso?

— Isso o que?

— Me iludi.

— Eu não estou te iludindo.

— Está sim. Você fica dando a entender que quer casar comigo.

— Eu não tenho culpa se toda vez que te imagino de noiva entrando na igreja, eu esteja te olhando do altar. – Senti meu coração palpitar com as suas palavras e sorri involuntariamente, enquanto ele me apertava em seus braços.

— Depois que você ver o quanto eu sou bagunceira e desastrada você muda de ideia!

— E você acha que eu já não sei dos seus requisitos?

— Você não sabe nem o começo. Eu deixo a toalha em cima da cama, aperto a pasta de dente ao meio e só sei fazer brigadeiro e batata frita.

— Então vão ser duas toalhas em cima da cama, pasta de dente apertada só pelo meio, e só vamos comer brigadeiro, batata frita e pipoca.

— Ah, e mousse de maracujá.

— Mousse de maracujá então. – Ele disse e eu não cabia mais em mim de tanta felicidade. Meu Deus, o que eu havia feito para merecer tudo isso?

— Vamos ficar obesos! – Zombei.

— Eu vou entrar no palco rolando. – Ele disse e eu sorri.

— Sem contar que eu sou muito desligada, eu sempre esqueço as coisas no fogo.

— Esquecer as coisas no fogo não é nada perto do quanto eu sou desligado.

— Realmente.

— Você ainda concorda! – Ele protestou.

— E não era para concordar?

— Não, essa é a hora que você discorda e fala “Você não é tão desligado assim!”

— Mas você é!

— Mas você podia me animar só um pouquinho! – Eu ri e balancei a cabeça. Me virei para ele, colocando a mão no seu rosto perfeito.

— Você é o desligado mais fofo que eu conheço. – Disse baixinho.

— Você acha fofo agora.

— Eu sempre achei.

— Mas será que sempre vai achar?

— Sempre. – Disse como se fosse uma promessa e o abracei apertado. Luan me deu um beijo na bochecha e eu o soltei. Levei a mão involuntariamente ao celular dele que estava há um passo de nós, e não conseguir controlar o sorriso ao notar que a nossa foto ainda estava como papel de parede. Então algo chamou a minha atenção. No visor do celular indicava que faltavam quinze minutos para as cinco da manhã.

— Já vai amanhecer. – Eu disse. – Vamos ficar aqui para ver o sol nascer?

— Hum. Tenho uma ideia melhor. – Ele disse se levantando e me puxando com ele.

— Qual? – Perguntei confusa.

— Você vai ver. – Ele disse sorrindo ao pegar o celular no chão.

— Lá vem você! – O repreendi, mas ele apenas riu e balançou a cabeça. Devolvi o casaco para ele e descemos até o salão. Peguei as rosas e os papeis em cima da mesa e saímos em direção ao o elevador. Eu o olhava sem entender nada, mas ele só sorria e me abraçava em resposta. Luan me deixou no quinto andar a onde ficava o meu quarto, dizendo que me encontraria em quinze minutos e que eu colocasse roupas mais leves, pois iríamos caminhar.

Entrei no meu quarto ainda mais confusa, mas resolvi não ficar pensando muito onde iríamos, não importava o lugar, contudo que ele estivesse comigo eu iria sem protestar. Para minha surpresa, o vestido foi bem mais fácil de tirar, o coloquei cuidadosamente em cima da mesa junto com o sapato. Vasculhei minha pequena mala a procura de alguma coisa que julgava ser “leve” para caminhar. Não havia muitas opções, pois só tinha trazido roupa para um dia e meio. Resolvi colocar um short jeans e uma regata vermelha de botões com alguns detalhes em renda. Fiz uma careta ao encarar os sapatos, tinha apenas duas opções: Uma sandália rasteira ou uma de salto. Eu não sabia o que Luan queria dizer com caminhar, então talvez nenhuma das duas servisse. Mas de qualquer forma optei pela rasteira, andar de salto não era nada agradável. Tirei o colar e os brincos da Marla e coloquei cuidadosamente sobre a penteadeira, devolveria para ela mais tarde. Havia acabado de tirar o excesso de maquiagem e estava tirando os grampos do cabelo quando ouvi alguém bater na porta. Senti borboletas no estômago, só poderia ser Luan. Fiquei feliz por ele não ter tocado a campainha ou teria levado um susto. Abri a porta rapidamente e fui iluminada por seu sorriso encantador e desconcertante.

— Oi de novo. – Eu disse animada. Era impossível não sentir uma enorme onda de animação ao estar na sua presença olhando aquele sorriso lindo. Então ele me olhou por inteiro e sua expressão mudou para surpresa e alguma outra coisa que não conseguir reconhecer. – O que foi? – Perguntei confusa.

— Havia me esquecido como o vermelho fica bem em você. – Ele disse me deixando totalmente envergonhada. Senti minhas bochechas queimarem e me virei para pegar meu celular, fechando a porta em seguida.

— Como assim se esquecido?

— A primeira vez que te vi, você estava de vermelho. — Ele disse sorrindo ao me entregar uma blusa de frio cinza que estava carregando. — Ainda está frio lá fora. – Acrescentou e eu sorri abertamente por ele se lembrar do que eu vestia aquele dia em Araçatuba. É claro que eu me lembrava de cada peça de roupa dele naquela noite, mas era diferente, eu era completamente apaixonada por Luan desde… desde o começo da minha vida, pois penso que antes dele eu apenas existia. Vesti o casaco rapidamente, aspirando ao máximo o seu perfume doce que estava nela enquanto entravamos no elevador. Percebi então que ele vestia uma blusa de gola V preta por baixo de uma blusa de frio azul aberta, um short caqui e tênis preto. Estava absolutamente lindo, como se acabasse de sair de uma capa de revista esportiva. Ele carregava na mão um boné preto e óculos de sol, o que despertou novamente a minha curiosidade.

— A onde vamos?

— Agora vamos até a garagem pegar o carro.

— Que carro? – Perguntei confusa.

— O carro do Anderson.

— Por que o Anderson está de carro aqui em Paulínia?

— Não é exatamente do Anderson, ele alugou porque teria que ficar indo e vindo de Campinas para resolver alguns problemas, e a van estava comigo e o restante da equipe.

— Hum. – Então me lembrei de outra pergunta que tinha para ele. — Por que você não tinha show ontem? – Perguntei me referindo à quarta-feira.

— É exatamente por isso. Nós tínhamos e seria em Campinas, e houve um cancelamento em cima da hora.

— Por quê? – Estava me sentindo uma criança na fase de fazer centenas de perguntas, mas não conseguia reprimir minha curiosidade.

— Algumas complicações. – Percebi que ele estava sendo evasivo novamente.

— E você acordou o Anderson para pedir o carro há essa hora?

— Sim.

— E ele não brigou com você?

— Não muito. – Eu sorri e balancei a cabeça. Luan era inacreditável. A porta do elevador abriu, me impedindo de fazer mais perguntas a ele, mas as guardaria para depois. O saguão estava praticamente vazio, exceto pelo senhor atarracado e de bigodes na recepção. Luan me guiou até a garagem pelos fundos do hotel, apertando o controle na chave assim que entramos. O lugar estava escuro e o apito do carro preto ao canto nos assustou. Luan abriu a porta para mim e observei enquanto ele rodeava o carro e entrava pelo outro lado. O portão de correr abriu assim que paramos a sua frente e então ele estacionou novamente do lado de fora.

— O que está fazendo? – Perguntei enquanto ele mexia em um painel a nossa frente.

— Tentando acertar o GPS. – Ele mexeu no aparelho por algum tempo, procurou alguma coisa dentro do porta-luvas, e voltou a apertar os botões. Eu poderia dizer que o GPS estava ganhando a briga, mas então uma voz robotizada saiu do aparelho me revelando o nosso destino – Pedreira, São Paulo – E em poucos segundos o carro começou a andar.

— Por que vamos para Pedreira? – Perguntei assustada.

— Fica há uns trinta minutos daqui.

— E o que vamos fazer lá?

— Uma pequena trilha.

— Eu não sabia que você fazia trilhas. – Disse confusa.

— E não faço. Mas tem algo lá que quero te mostrar. – O que Luan poderia querer me mostrar em uma trilha? Reprimi uma careta. Eu não era o que podia se chamar de esportiva, então fazer uma trilha não deveria ser muito fácil para mim, ainda mais com os sapatos errados.

— E você já foi até lá? – Tentei especular.

— Não, mas ouvi falar hoje cedo. Agora não adianta perguntar que não vou te dizer mais nada. – Ele me disse sorrindo calorosamente.

— Ok. – Me virei para olhar pela janela. Estava quase amanhecendo, o céu estava em um lindo azul manchado de amarelo e podia-se ouvir os passarinhos cantando ao longe.

— Vamos ver o que o Anderson estava ouvindo. – Ele disse ligando o som do carro. E antes que ele pudesse apertar play, a pergunta que estava me deixando inquieta saiu sem que eu pudesse controlar.

— Você disse a ele que iria para onde?

— Dar uma volta com alguém. – Ele respondeu com o dedo ainda sobre o botão.

— E você disse com quem? – Perguntei cautelosa.

— Não, não precisei dar detalhes. A menos que você queira que eu diga.

— Não, melhor não.

— Você é quem sabe. – Ele deu com os ombros e apertou o botão. Então todo o carro foi inundado por uma música muito conhecida. Era a voz que cantava todos os dias nos meus sonhos, que parecia ter vindo do céu, como o canto dos anjos, com o intuito de alegrar qualquer coração que a ouvisse. Era a voz de Luan.

— Rá! – Ele disse em um tom de surpresa e ironia. – Acho que já ouvi esse CD.

— Ah, eu também. Tenho ele na minha casa. – Disse no mesmo tom de brincadeira.

— É bom então? Estava pensando em comprar para mim.

— É ótimo, você vai adorar. – Nós dois caímos na risada

— Mas dizem que esse cantor é muito chato.

— Ah, isso é verdade. – Eu disse fingindo seriedade. Ele fez uma cara de indignação e sorriu logo em seguida. Luan levou sua mão até o meu colo e a entrelaçou na minha, mas logo ele voltou a colocá-la de volta no volante. Não havia nada que Luan fizesse em que ele não ficasse extremamente incrível, mas dirigir merecia total destaque, assim como cantar. Ele ficava impressionantemente lindo dirigindo. Talvez pela falta de prática ele quase nunca tirava os olhos da pista e às vezes até franzia a testa de tão concentrado. Diga-se de passagem, lindamente concentrado. Mas nas vezes que me olhava, ele sorria de uma maneira que fazia meu coração se dissolver de amor, uma quantidade de amor incalculável que sentia por aquele garoto. Passamos todo o resto da curta viagem cantando a todo pulmões as suas músicas enquanto o sol terminava de nascer. Eu sempre tive vergonha de cantar em voz alta, porque nunca o fiz muito bem. Mas as músicas de Luan eram do tipo que entrava pelos poros e corria pelas veias te envolvendo e te entorpecendo, se irrompendo pela sua garganta antes mesmo que você pudesse perceber. Não havia como ficar quieta, ele sabia perfeitamente como ser tão contagiante e envolvente. E Luan cantava… Ah Luan! Luan cantava do seu jeito único e espetacular como só ele era capaz. Sua voz de anjo era tudo que eu precisava para estar bem. Ela tocava no fundo da alma, me dava vida e transmitia amor e felicidade. Não sei quanto tempo demorou o trajeto, pois horas era algo insignificante ao lado de Luan, a menos quando elas passavam muito rápido. Mas logo já estávamos adentrando a pequena cidade de Pedreira, no interior de São Paulo. As ruas estavam pouco movimentadas e me lembrava muito as cidades litorâneas. Luan estacionou em frente a uma das poucas mercearias que já estavam abertas, colocou o boné e o óculos escuro e descemos do carro, entrando no local. Atrás do balcão havia um senhor de barba e cabelos claros e Luan foi até ele.

— Bom dia. No que posso ajudar? – O senhor perguntou.

— Bom dia. Eu precisava de uma informação. – Ele respondeu sem tirar os óculos.

— Sobre o que? – Ainda que pelos óculos percebi Luan me olhar de rabo de olho e concluí que ele não falaria na minha frente.

— Luly, pode pegar duas garrafas de água e um refrigerante no freezer, fazendo favor?

— Claro. – Disse ainda intrigada. – Qual refrigerante?

— Qual você quiser. – Ele disse com um sorriso cordial. Me dirigi até o freezer que ficava no lado oposto da mercearia sem tirar os olhos de Luan, mas ele estava curvado para o homem, falando provavelmente em voz baixa, pois não conseguia ouvir absolutamente nada. Só consegui me certificar de que a água era sem gás, pegar o primeiro refrigerante de vi e voltar correndo para o balcão, afim de conseguir ouvir alguma coisa. O homem fazia rabiscos em um mapa e tentava explicar alguma coisa para Luan.

— A entrada é muito fácil de achar, do jeito que te expliquei aqui. – Ele apontava para os rabiscos. Luan assentiu. – Seguindo pela trilha é só andar dois quilômetros e meio e virar à direita.

— Dois quilômetros e meio? – Perguntei assustada, mas ninguém me deu atenção. Como andaria dois quilômetros e meio em uma trilha com o péssimo senso de equilíbrio que tinha? Sem contar a minha lerdeza para andar, não chegaria lá antes do pôr-do-sol. Estava perdida! Teria muita sorte se conseguisse sair de lá sem causar nenhum desastre ambiental.

— Mas como vou saber quando chegar os dois quilômetros e meio? – Luan perguntou. Enquanto eu estava no ápice do meu desespero, ele parecia muito tranquilo.

— Você vai saber. – O homem disse confiante. Eu continuei confusa, mas Luan pareceu entender.

— E se a gente se perder? – Perguntei considerando a possibilidade de me recusar a sair do carro. O homem riu como se a pergunta fosse muito tola.

— Não há como se perder. – Ele disse, mas eu ainda não estava nada confortável com aquela ideia.

— Ok. – Luan disse me passando o mapa. Tentei olhá-lo, mas ele acabava bem a onde estava escrito “entrada” pela letra garranchada pelo homem da mercearia. Dobrei o papel e observei Luan pegar vários pãezinhos, torradas, doces e frutas.

— Pra quem é tudo isso? – Perguntei.

— Para nós. – Ele disse pegando duas maçãs.

 — Você não acha que é muita coisa?

— Acho que não. – Ele disse despreocupadamente. — Acho que vamos precisar de uma toalha.

— É um piquenique? – Perguntei confusa.

— Não, não é por isso. – Ele responder vasculhando toda a mercearia com os olhos. Luan encontrou uma toalha xadrez azul em uma das prateleiras e colocou junto com as outras coisas do balcão, enquanto o senhor empacotava tudo.

— Só isso? – Ele quis saber.

— Quer alguma coisa? – Luan perguntou para mim.

— Não.

— Só isso então. — Ele havia comprado comida para um batalhão e ainda diz que era só isso. Antes que o homem pudesse somar a conta, Luan tirou uma nota da carteira e entregou na mão dele, dizendo que poderia ficar com o troco. Eu não pude ver quanto era a quantia, mas pela cara do senhor, ele havia ganhado uma bela gorjeta. Luan pegou as sacolas, agradeceu e saiu me puxando em direção ao carro, parecendo ansioso e com pressa. Ele colocou as sacolas no capô do carro e abriu a porta de trás pegando uma mochila e retirando de lá de dentro um notebook e alguns papeis, e guardou as sacolas dentro da bolsa, devolvendo-a para o banco de trás ao lado do resto das coisas.

— Está com o mapa aí? – Ele perguntou.

— Estou. – Disse. Então entramos no carro e partimos atrás da tal trilha. O mapa nos levava para fora dos limites da cidade, há apenas alguns quilômetros de Campinas, então tentei dar as coordenadas enquanto Luan dirigia. Mas pelo jeito era uma péssima navegadora. Ficamos perdidos duas vezes e paramos para pedir ajuda, e em meio a risadas e caretas, conseguimos encontrar um descampado ao lado de uma das fazendas, em que dava acesso a uma pequena trilha no meio das árvores, onde teríamos que deixar o carro e seguir a pé.



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