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História Diário de uma fã (versão Luan Santana) - Capítulo sete


Escrita por: ThataBernachi

Capítulo 7 - Capítulo sete


Já havia algumas pessoas no local, mas não foi difícil encontrá-los. Arnaldo estava entrando pela porta do camarim quando o chamei, ele olhou para mim enquanto eu mostrava a pulseira azul em minha mão.

- Ah sim! – Ele disse ao vir na minha direção – Qual é o seu nome?

- Luiza Villar. – Ele pegou a caneta em seu bolso e anotou na prancheta que estava em sua mão.

- Foi o Luan que te deu a pulseira? – Ele perguntou enquanto a colocava em meu braço. Eu balancei a cabeça afirmando. – O.K. Ele me avisou. Vem comigo.

 O segui entrando pela porta do camarim em um corredor com várias outras portas. Ele entrou em uma delas, e me deu espaço para passar.

- Você vai precisar esperar aqui. – Era uma pequena sala, com um sofá e algumas poltronas. Lá havia outras cinco garotas, as cumprimentei timidamente e me sentei no canto da sala. – Eu vou chamar vocês pela ordem. – Arnaldo disse para todas ao fechar a porta e sair.

A sala estava quieta, parecia que cada garota estava submersa em seus pensamentos, talvez imaginando como seria ver Luan de perto, poder abraçá-lo e sentir o calor da sua pele. Apesar de não ser mais a primeira vez, eu também estava nervosa, pensava em como seria reencontrá-lo sem o susto da noite passada, se ele ficaria feliz em me ver, ou se seria a última vez. Enquanto me perdia em pensamentos, observei uma garota ruiva no lado oposto da sala, ela estava roendo as unhas, e a forma como olhava para o chão me fazia pensar que ela estava presta a ter uma crise de choro. Eu senti uma enorme simpatia por aquela garota, pois eu me via nela. Eu sabia o que ela estava passando, sabia o quanto ela o amava e o quanto estava ansiosa para finalmente encontrá-lo. Eu não a conhecia, nunca tinha a visto antes, mas eu sabia exatamente o que ela estava sentindo. Uma a uma as garotas da sala foram sendo chamadas, e no momento em que chamaram a garota ruiva eu pude ver em seu rosto uma mistura de nervosismo e felicidade sem descrição, e eu sabia que nunca esqueceria aquela expressão, pois certamente ela também estava estampada no meu rosto, e no de todos que um dia esteve prestes a conhecer o seu ídolo.

Já estava sozinha quando Arnaldo me chamou. Abri a porta e entrei na sala onde Luan estava. Eu sempre imaginei essa cena na minha cabeça, eu pensava em quais reações eu teria, mas eu todas as vezes que me imaginei abrindo a porta do camarim e encontrando o meu ídolo não chegava nem aos pés do que eu estava sentindo agora. Luan estava lindo, e assim que me viu abriu um sorriso que fez meu coração disparar, por um momento achei todos ao redor pudessem ouvir as batidas descompassadas. Minhas pernas vacilaram e por pouco não congelei no lugar. Percebi que quando se tratava do Luan, eu não poderia contar com o meu corpo para me ajudar, pois era só vê-lo para me tornar completamente vulnerável. 
- Oi linda! – Ele disse quando me aproximei.

- Oi Luan! – O abracei como se fosse à primeira vez, e senti meu corpo arrepiar com o calor dos seus braços. Eu desejava que o tempo parasse nesse momento, para que eu pudesse ficar para sempre ali. Sei que me acostumaria com as batidas aceleradas do meu coração e a falta de ar. Me acostumaria também com as lágrimas, a sentir as mãos suarem, as pernas tremerem, e a vontade constante de sorrir e chorar ao mesmo tempo.

- Pensei que você não viesse! – Ele disse quando finalmente o soltei. Senti borboletas no estômago ao pensar que ele pudesse ter sentido a minha falta.

- Não perderia por nada! – Eu disse retomando o ar.

- E como você está depois do susto de ontem?

- Eu estou bem, não precisa se preocupar.

- O Wellington te levou direitinho para casa?

- Levou sim, obrigada.

- Que bom, eu disse que poderia confiar em mim!

- É verdade.

- Trouxe câmera?

- Claro! – Dei risada de mim mesma enquanto pegava a câmera, estava fazendo papel de boba. Mas a verdade é que eu havia ficado completamente boba desde o momento em que abri a porta e fui iluminada pelo sorriso mais lindo da face da Terra.

Ele pediu para Roberval tirar a nossa foto, que brincou dizendo que se a câmera fosse analógica, a foto teria queimado com a feiura de Luan. Estávamos todos rindo quando a Dagmar chegou apressando o Luan para começar o show.

- Eu ensaiei tantas coisas para te dizer, e simplesmente não consegui falar nada. – Disse para ele.

- Não precisa dizer nada, eu vejo tudo nos seus olhos.

- Sempre me disseram que meus olhos falam.

- E é verdade!

- Eu amo você, e obrigada por ser quem é! – Disse ao abraçá-lo apertado e sair da sala.

Liguei para Nayara, e a encontrei em frente ao palco um pouco antes do show começar. Com muito esforço conseguimos um lugar na grade, e eu estava feliz por assistir a esse espetáculo de perto.

Quando o show começou e Luan entrou no palco, realmente deu início ao maior espetáculo da minha vida. E como na primeira vez, as mesmas sensações se repetiram, e tudo ao meu redor desapareceu. Nada mais importava além dele.

A maior alegria de um fã é ver o seu ídolo em cima do palco, encantando a todos com a sua música, e levando alegria a quem o escuta cantar. Esse momento é único e ficará gravado para sempre na mente e no coração desse fã, intitulada de memória preferida. E quando as cortinas do espetáculo se fecharem, é a lembrança desse momento que o fará suportar todo o caminho a trilhar até o próximo encontro.

Por uma fração de segundos eu senti os olhos de Luan em mim, seguido de um sorriso. Senti meu coração disparando no peito, e minhas pernas tremiam a ponto de quase não conseguir ficar em pé. Ele era o único que conseguia causar tais sensações em mim, e apesar de ser assustador às vezes, eu gostava de sentir tudo aquilo, pois era meu corpo respondendo a todo amor que eu sentia.

E aquele sorriso iluminou toda a plateia, transmitindo toda a alegria que ele estava sentindo em fazer parte daquele show.

Nada se compara a felicidade que te invade ao olhar para o seu ídolo e ver a alegria estampada nos seus olhos, e ter a sensação de que todo o caminho percorrido até aquele momento valeu a pena. E que todo o esforço, todos os obstáculos ultrapassados, todas as lágrimas derramadas, as noites em claro pensando e sonhando com o dia em que irá finalmente encontrá-lo, tudo isso é recompensado ao ver aquele sorriso, que te dá forças, que te motiva a seguir em frente, e que sem nem perceber acaba iluminando toda a sua vida. E nada mais importa, todas as dificuldades são esquecidas, e todos os problemas parecem insignificantes, pois tudo se torna solução quando vindo do seu ídolo.

- Vou encontrar minha mãe no portão. – Disse Nayara após o show.

- Eu te ligo depois então.

- Está bem. – Disse enquanto a abraçava rapidamente. Parei atrás do palco para ligar para Roberta e localizá-la. Ao pegar o celular na bolsa ouvi alguém me chamar, olhei para cima e vi Roberval na janela de uma das salas próximo ao camarim.

- Roberval, o que foi? – Perguntei surpresa.

- Aqui ao lado tem uma porta, entra e sobe as escadas que eu te explico. – Rapidamente achei a porta que ele falou. De início parecia um quarto de vassouras, mas logo que abri pude ver uma escada que levava até o andar de cima. Subi a escada, encontrando Roberval num corredor.

- O que houve? – Perguntei assustada.

- O Luan quer te ver. – Ele disse rindo.

- Me ver? Onde?

- Aqui dentro. – Ele apontou para a porta a nossa frente. – Vou deixar vocês a sós. – Ele deu um risinho irônico e saiu pelo outro lado do corredor. Congelei com aquelas palavras, meu coração deu um solavanco, e eu comecei a me preocupar se ele aguentaria ver o Luan mais uma vez. Levei a mão até a maçaneta, e fiquei encarando a porta branca, com um imenso frio na barriga. Respirei fundo tomando coragem, e finalmente a abri. Luan estava parado na janela, de costas para mim. Ao ouvir o barulho da porta, ele se virou abrindo o meu sorriso favorito, um sorriso largo, natural e levemente torto.

- Você queria me ver? – Fechei a porta e fui em direção a ele, parando no meio da sala.

- Sim. – Ele disse enquanto se aproximava, diminuindo o espaço entre nós. – Na verdade queria te fazer um convite.

- Um convite? – Ele assentiu. – Para que?

- Por favor, não me entenda mal. – Ele mordeu o canto do lábio inferior, um pouco constrangido. – Você quer ir para o hotel comigo?

- Agora? – Perguntei surpresa, não estava esperando por isso.

- Sim, mas, por favor, não estou insinuando nada.

- Tudo bem.

- Se você não quiser, eu vou entender. – Ele parecia escolher cada palavra cuidadosamente.

- Quantas vezes eu vou ter que dizer que confio em você? – Eu perguntei sorrindo.

- Quantas vezes eu precisar ouvir! – Ele respondeu olhando fixamente nos meus olhos.

- Negócio fechado. – Eu disse tentando não perder os sentidos.

- Vamos então, a van já está esperando.

- Que van?

- Que vai nos levar para o hotel.

- Luan o hotel fica na esquina! – Protestei.

- Claro, vou andando até a esquina tranquilamente então! – Ele deu com os ombros, enquanto saía pela porta. – Vem! – Saímos da sala e ele foi em direção as escadas.

- Aonde você vai?

- Não íamos andando?

- Larga de ser bobo! – O puxei de volta. – Você nunca conseguiria chegar até a esquina sem causar tumultuo.

- Por isso vamos de van. – Ele disse como se parecesse muito óbvio.

- E eu concordo que a van é necessária, mas para você. Eu vou a pé!

- Por quê? – Ele levantou umas das sobrancelhas.

- Porque sim. Te encontro no saguão do hotel. – Disse enquanto descia as escadas, deixando Luan me encarando sem entender nada. É claro que gostaria de ir com ele na van, pelo simples fato de ser com ele. Mas queria evitar qualquer tipo de constrangimento, e ir a pé me dava tempo para me preparar psicologicamente para encarar Luan mais uma vez. Não era legal ficar deslumbrada o tempo inteiro.



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