História Diário de uma garota comum... - Capitulo quarto- "Its Only a Dream"

"Minha vida só começou a ir bem de verdade quando percebi que mudanças sempre são bem vindas, e então passei a aceitá-las" 

 Querido diário, acabei de acordar e sinto que preciso escrever...  Estou meio transtornada.

Estou indo para o ensino médio, já tenho praticamente quinze anos, minha vida está completamente do avesso se comparada ao começo do ano e não é somente pelos motivos "comuns" que outros adolescente também estão enfrentando... Tenho crenças que meus motivos são mais estranhos, assim como eu. 

Nesses últimos dois meses comecei a ter sonhos com pessoas que eu não conhecia ou que já não estavam mais presentes em minha vida a muito tempo, e todos me passam uma mesma mensagem, que para mim não faz sentido algum "Clove, não faça nenhuma burrada", "Clove, não faça merda", "Clove, na hora de escolher seja sábia" e blá, blá, blá... No começo estava tudo bem, obviamente não "tudo bem mesmo" eu estava com medo e tal, eram pessoas desconhecidas, que eu não via a muito tempo, ou até mesmo que já haviam morrido, mas ainda era aceitável. Porém conforme os dias passaram a frequência dos sonhos aumentou e a frequência das conversas com desconhecidos também. Contei tudo para a doutora Jane, mas aparentemente isso é pelo "trauma de perder pessoas próximas", ou resumindo o que ela queria mas não poderia falar: "garota, você é completamente louca e agora ainda está sonhando com coisas que não existem!". E talvez eu até seja mesmo uma total "louca varrida", mas as conversas são muito reais para que sejam apenas loucura de minha mente transtornada.

 O sonho mais tenso que já tive foi o de agora, acabei de me encontrar com minha melhor amiga de infância na casa que idealizamos quando  tínhamos seis anos (depois daquilo aquela casa passou a ser o nosso plano do futuro, teríamos até uma girafa!). E no sonho a casa estava lá, a girafa estava lá, eu estava lá, e o espírito da Ammy também, entretando ela era definida somente como uma forma  pequenina de energia, que caberia na palma de minha mão caso fossemos medir seu tamanho e era completamente colorida. Não sei como acabei reconhecendo que aquela energia majestosa e linda era o espírito de minha melhor amiga que sumiu magicamente da minha vida quando tínhamos 8 anos, não sei como identifiquei Ammy naquilo, mas eu sabia que era ela. A conversa estava razoavelmente normal, até ela começar a falar que era uma fada, e que EU era uma fada, e que uns caras malignos e anti-fadas iam tacar maldições em mim caso descobrissem que sou uma fada então tinha que esconder meus poderes, mas que para isso teria que me conectar com as outras fadas de meu mundo. 

Então eu acordei muito assustada poque no final do sonho ela já não estava mais falando em um tom moderado comigo, estava gritando desesperadamente e em um looping infinito a mesma mensagem que todos sempre me falam: "Escolha corretamente Clove!" 

 Preciso dormir, já são 4:54 da manhã, e ainda estou assustada com esse sonho. Ammy é uma fada, eu sou uma fada, caras anti-fadas me odeiam... Que sonho mais "comum", não é mesmo?! Bom querido diário, eu vou tentar dormir e esquecer essa loucura toda, pois afinal, como diria minha amada Alice "Its only a dream" (foi apenas um sonho)! 

Boa noite, e obrigada por me ouvir como sempre. Assinado: 

Uma garota comum (ou nem tão comum assim)...