História Memórias de Elisabeth - O começo da historia.

Meu nome é Elisabeth. Eu era uma rapariga de 12 anos que morava na ultima casa da rua e sempre vivia na escuridão apesar que eu morria de medo dos meus pais. Eu tinha duas irmãs que me agrediam na infância e fez o meu mundo parar para a agressividade. Dividia o quarto com minhas irmãs mais velhas e na madrugada escutavamos  discussões dos nossos pais. Minha mãe era agredida na maioria das brigas com o meu pai o que fez o resultado a divorcio. Eu sempre fui a ''coitadinha da casa'' que tinha que fazer todas as tarefas da casa como varrer... passar pano e etc. Nunca fui daquela de reclamar pois eu já sabia que se eu abrisse o bico o resultado ia sair mais doloroso e então carreguei esse trauma na minha infância toda.

Quando minha mãe já estava decidida que ia se separar do meu pai fiquei triste e ao mesmo tempo feliz. Porque eu sabia que minha mãe não ia mais sofrer nas mãos dele e triste por causa que eu nunca mais ia reencontrar com ele. Ele ia morar em outro país e isso fez com que o contato de pai e filha levasse a uma distância. Mas só porque eles se separaram não queria dizer que ela não ia ficar de vez em quando zangada com a gente não. Minhas irmãs podiam sair para baladas com apenas 14 anos e minha mãe nem ligava se elas engravidassem não. Com a diferença de 2 anos mais nova que elas eu tinha que fazer toda a atividade delas. Eu era feita como uma empregada e não uma filha e essa revolta que eu tinha começou a se desenvolver. 

1 Semana Depois eu tive que me matricular sozinha para uma escola que inaugurou perto da minha cidade porque se eu não me matriculasse ninguém ia me matricular. Queria fazer isso por causa que eu queria ter um futuro melhor e não viver como uma mulher ''favelada'' igual o resto da minha família. é muito estranho eu ser a única que faz parte de um futuro melhor para minha vida e ver que ninguém concorda comigo. Eu estava muito ansiosa para o primeiro dia de aula por causa que eu podia me divertir e não ficar presa nos 4 cantos da parede só fazendo atividades domésticas vinte  quatro horas por dia. 

Mas não foi tão fácil assim como imaginava. No primeiro dia eu já fui reconhecida como ''garibalda'' ou ''palito de fósforo'' isso me deu uma angustia. Minha mãe me dizia para eu não estudar mais se eu não aguentava esses apelidinhos idiotas que me prejudicavam. Mas eu não era aquela menininha que desistia tão fácil sabe? Eu confiava na minha pessoa e que eu ia vencer aquilo de qualquer forma.

O meu passa-tempo era cantar mas não tinha uma hora adequada para eu fazer isso. 4 horas da manhã minha mãe chegava bebâda e nós três que tinhamos que segurar ela para ela não tacar a cara no chão.