História Diário de Uma Roqueira Apaixonada - Laços de sangue

                                                    William

"Como um homem poderoso, com uma reputação impecável foi ter uma "filha" tão inútil !?" pensei ao ver Margot deitada no sofá ouvindo música. "Tinha que puxar a mãe!", mas se ela pensa que vai continuar com essa vida boa ela está muito enganada . Eu não aguento olhar para cara dessa inútil, mas é por uma boa causa. No final , tudo valerá a pena e ninguém vai me impedir de conseguir o que eu quero. Já está na hora de por meu plano em prática, antes que essa pirralha ponha tudo a perder!

- Margot_falei firme
Margot: Sim_virou-se para mim
- Eu estava aqui pensando_sentei-me ao seu lado_ já está na hora de você ficar a par dos negócios da nossa família 
Margot: Eu não não quero saber dos seus negócios_arqueou uma sobrancelha 
- Você não tem querer , amanhã terá um baile de negócios e você irá comigo_ levantei-me 
Margot: Não obrigada_ fez um gesto com a mão 
- Isso não foi um pedido e sim uma ordem, você irá e ponto_ditei enquanto me dirigia para o meu escritório 
Margot: Droga_levantou-se do sofá e foi em direção ao seu quarto

                                                            Margot

" Quando será que eu vou ter um pouco de paz ?" , "Porque ele me odeia tanto?", "O que eu fiz de errado? . Bom...eu deveria estar acostumada, já que desde que me entendo por gente é assim. Esse homem cujo qual se diz meu pai nunca me tratou com um pingo de afeto, pelo contrário , eu sempre fui vista como um estorvo, um peso morto sem importância que ele aturava por obrigação. Ninguém sabe sobre isso , também como poderiam!? Quem vê de fora pensa que somos uma família perfeita , mas quem convive tempo suficiente conosco sabe que tudo não passa de aparências. 
Quando a mamãe era viva eu  ainda recebia carinho, mesmo que pouco , já que eram raras as vezes em que aquele homem deixava ela brincar comigo. Ele sempre dizia que não bastava o erro dela, ela ainda me mimava demais . " Será que o erro sou eu !?" , era o que eu sempre pensava  quando ele indagava tal fato, mas pelo que vejo agora há algo mais envolvido nessa história , já que ele poderia ter se livrado de mim depois que mamãe morreu, bom...não importa , eu vou até o fim para desvendar esse "mistério" . Acordo de meus pensamentos com Sara batendo a minha porta.

Sara: Caveirinha ?_chamou-me
- Pode entrar_joguei-me na cama 
Sara: Tá tudo bem?_ela parecia preocupada 
- Sim_menti
Sara: Você sabe que eu te conheço desde que nasceu né!_se sentou ao meu lado na cama 
- Sim_suspirei
Sara: Então me conta , o que está te afligindo ?_deitei-me com a cabeça em seu colo
- Não consigo esconder nada de você né! Então...o problema é o meu "pai " _fiquei em silêncio 
Sara: Entendo_fez um carinho em meus cabelos 
- Acho que ele nunca vai gostar de mim
Sara: Meu amor...ele não gosta nem dele mesmo_suspirou
- Verdade..._parei para pensar em meio a esses problemas com o meu "pai" , percebi que não tinha contado a Sara que eu e Jay estamos namorando_ mas mudando de assunto, eu tenho uma coisa pra te contar_fiz uma pausa 
Sara: Que coisa?_olhou-me por um momento, mas logo voltou a encarar a porta
- Então...sabe eu e o Jay?!_exitei por um instante_Nós meio que...estamos namorando_corei um pouco 
Sara: Mentira!_virou para mim que nem a menina do exorcista_ Sabia que vocês iam acabar juntos_ deu um sorriso_ está feliz? Onde foi o pedido ? Vocês transaram ?_falou tudo de uma vez 
- Sim,muito! A beira de um lago sob a luz das estrelas, lá no acampamento. PELO AMOR DE DEUS, NÃO NÃO TRANSAMOS, mas dormimos juntos!_corei violentamente
Sara: AI MEU DEUS, que kawaii (N/A: Kawaii=fofo) da parte dele. Vocês' formam um casal tão fofo, minha linda!
- Posso te falar uma coisa? Eu também acho isso_dei um belo sorriso_ Eu..ele..não sei explicar o efeito que ele tem sobre mim,mas eu amo estar com ele, mesmo quando não falamos nada, só olhar para ele já é o suficiente para mim_ "uma completa boba apaixonada" era como eu estava me sentindo, mas não me importava, se me faz bem eu não vejo problema
Sara: Alguém está apaixonada _cantarolou e começou a rir
- Estou mesmo_ comecei a rir_ e tô adorando tudo isso !_dei o sorriso mais largo que consegui
Sara: Que bom meu anjo, se você está feliz eu também estou_passou a mão no meu rosto_ que tal marcarmos um dia para sair , eu,você e ele !?
- Adorei a ideia,vou falar com o Jay_levantei de seu colo e peguei meu celular no criado mudo

                                                            Jack

“ Ligação on ”

Coelhinha: Amor?
- Oi minha coelhinha 
Coelhinha: O que você vai fazer no sábado? 
- Nada, porque?
Coelhinha: A Sara convidou a gente para sair, você topa?
- Com você ,qualquer coisa minha coelhinha. Eu tô livre amanhã também, porque não saímos? 
Coelhinha: Não dá, tenho que acompanhar meu pai num baile de negócios 
- Entendo...Mas me conta,quando vai me apresentar aos seus pais ?
Coelhinha: Não acho que seja uma boa ideia 
- Por quê? 
Coelhinha: Te conto pessoalmente, me encontra no pracinha , em meia hora. 
- Okay, beijos 
Coelhinha: Beijos
 

“ Ligação off “

A Mah parecia meio distante  , sua voz parecia normal mas, era como se ela estivesse "triste". Não me pergunte como,mas eu consigo perceber essas coisas nela. Aliás, tudo que desrespeito a ela, eu consigo identificar. Acho que virei um especialista em assuntos relacionados a Margot Williams. Deixando isso de lado, o que será que ela quer conversar comigo sobre o pai? É algo tão grave assim que não possa ser dito por telefone ?! Bom, isso eu vou descobrir daqui a pouco.

                                                             Margot

Nunca comentei sobre isso com alguém de "fora",mas acho que como meu namorado, o Jay tem que saber o "problema" que ele arrumou. Embora ele nunca tenha me dito isso,eu sei no fundo do meu coração que estou assumindo o lugar que poderia ser de outra garota . Uma garota "normal", bonita, popular e sem problemas familiares.
Entretanto, estes pensamentos ficarão  guardados só pra mim,até por que,eu sei que não concordaria comigo se eu contasse. Apesar de tudo, mesmo eu sendo um "problema", eu vou arriscar sentir esse amor e tenho quase certeza que isso não é tão errado, já que eu estou tentando ser feliz.

Sara: No que está pensando?_perguntou enquanto escolhia uma roupa no meu closet,para eu ir ao "encontro" com o Jay
- Em nada_menti
Sara: Certeza?_arqueou uma de suas sobrancelhas 
- Sim_ não posso dizer a ela o que penso, sei que não concordaria comigo 
Sara: Então tá_voltou sua atenção novamente para o closet_ Achei!_estava se referindo a roupa que eu ia usar
- Deixa eu ver_fui em sua direção 
Sara: Olha_estendeu a peça para mim
- Gostei!_peguei de sua mão_ Vou usar!
Sara: Ai de você se não usasse_sorriu

Era um vestido rodado,em tons de vermelho sangue e uma estampa floral em um tom alaranjado. Suas alças eram finas e formavam um lindo trançado em forma de "X" nas costas.

- E para os pés?_perguntei,logo após ter terminado de pôr o vestido
Sara: Aqui_estendeu um par de  sapatilhas para mim
- Obrigada!_peguei e pus nos pés

Era uma sapatilha com design de tênis, sua cor era uma mistura de laranja com preto, sendo que o preto se sobressaía mais.
E para complementar o look, escolhi uma bolsa preta com detalhes em vermelho sangue.
Por fim, fiz uma make básica com um batom cor de vinho e prendi meus cachos em um rabo de cavalo lateral, deixando algumas mechas soltas.

                                                           Jack

Cheguei na praça antes da Mah,porém valeu a pena, ela estava linda.

- Você está linda!_acho que estou babando
Mah: Obrigada_falou sem jeito
- Que tal procurarmos um lugar para sentar?_sugeri
Mah: Boa ideia_deu um mini sorriso

Sentamos em um banco de madeira, que se encontrava a frente de alguns pés de árvores e de algumas flores.

- Então, o que tem de tão grave para me contar sobre os seus pais, que não pode ser dito por telefone ?
Mah: Não tem "pais"_sua voz se tornou melancólica e sua feição triste_ A minha mãe morreu quando eu tinha 10 anos. Desde então a única figura materna que eu tenho é a Sara, que cuidou e cuida de mim até hoje_uma lágrima escorreu de seus olhos_ Mas mudando de assunto, é sobre o meu "pai" que eu quero falar_fez aspas  os dedos, ao pronunciar a palavra pai_ Eu e ele não temos uma boa relação, na verdade nunca tivemos . Ele me despreza como filha, nem sei se ele me considera uma. No fundo, eu sei que ele ainda me atura porque vai se beneficiar com isso, mas eu não vou deixar, eu vou descobrir o que ele está planejando e vou impedi-lo.
- Eu sinto muito pela sua mãe_segurou a minha mão_ Mas você não acha que está exagerando sobre o seu pai?
Mah: Não!_desvencilhei minha mão da sua_ Eu entendo você duvidar, afinal quem não duvidaria!? Mas, se tem alguém que sabe o tanto de afeição que não recebeu, esse alguém sou eu. A única coisa que eu recebi dele nesses 5 anos , foi desprezo.
Eu sou como um objeto , que ele usa apenas quando lhe convêm, eu só sirvo para ele exibir para os amigos nas festas_e sua feição triste continuava, sua voz , mais melancólica que nunca_ Contudo, não vou te pedir ajuda nem te envolver nisso. Eu tenho que aprender a lidar com meus próprios problemas...sozinha!
- Você nunca vai estar sozinha!_segurei novamente a sua mão, agora com mais firmeza_eu sempre vou estar com você!_dei-lhe um selinho
Mah: Resta saber até  quando!_falou baixo,num tom quase inaudível. Mas eu escutei, e estava disposto a provar a ela que poderia contar comigo sempre