Me acordei assustada, suando, olhando ao meu redor. Melissa me encarava, ambas, eu e ela, ficamos nos encarando por segundos, que para mim pareciam horas.
- Vá tomar banho, Victoryah. - ela ordena. - Você fede a areia. - ela disse.
- E areia tem algum odor/ - perguntei cheirando meus braços.
- Vá logo. - ela disse entronchando os lábios fazendo bico.
- Está bem. - falei.
- vá logo, que eu preciso falar com você! - ela disse.
Uma frase que me define nesse momento:
"Eu não nasci para agradar ninguém."
~~Tomando banho~~
\\Acho que não é preciso narrar um banho.//
Eu me vesti de pijama, mesmo sendo de tarde, ele era todo listrado e com mangas, todo listrado e pantufas listradas. Eu estava parecendo uma zebra.
- O que quer Mel? - perguntei me sentando no sofá ao lado dela. Mel é uma monstra, mas não pense que ela é feia, ela é linda, têm olhos azuis , é negra, cabelos lisos e magra feito uma tábua. Vi que ela segurava um livro na sua mão. - o que é isso? - perguntei novamente.
- Ah, é um livro. - ela disse.
- Isso eu sei sua anta, quero saber porque está com um livro velho horrendo de feio nas mãos. - falei a encarando.
- Ah é. - ela disse. Ela estava se esquivando? - isso Vic, é um livro mágico, onde você irá aprender a usar feitiços e dominar qualquer coisa, ser vivo, ou outros seres sobrenaturais.
- Isso quer dizer que eu vou ser um deus na terra? - perguntei incrédula.
- NÃO VICTORYA! - ela disse alterando a voz. - Você não pode ser um Deus por que já tem um. Você vai usar magia para proteger os humanos. - ela disse e eu respirei fundo, levantando uma mão.
- Proteger de quê? De quem? - perguntei fazendo careta.
- Do Richard, Vic. - ela disse.
- Hã? - perguntei confusa.
- Ele tem duas personalidades, a do bem e a do mal, em breve você lutará com a personalidade do mal dele. - ela disse.
- Por que eu, droga? - falei de olhos arregalados. - porra, ninguém merece.
- Victoryah, tem mais uma coisa. - falou e lá vem bomba.
- Fala logo. - falei me preparando psicologicamente.
- Vic... Er... O Richard é seu irmão, aquele diário, faz parte da dupla personalidade dele, e você não deveria ter tocado naquela praga. - falou.
- VOCÊ MEXEU NAS MINHAS COISAS? -perguntei gritando.
- Pegue aquele diário e queime-o, ou entregue-o para o Richard. - falou ignorando a minha pergunta.
- Óbvio que não. - falei e recebi um olhar de reprovação.
- Vá lá, pegue aquela porcaria de diário e venha aqui. - falou e fui pegar meu diário.
- Aqui. - falei entregando a ela.
- Não, eu não quero tocar nisso. - falou quase pulando do sofá.
- Que preconceito. - falei.
- Agora diga, olhando para o diário: "Mostre-me o Richard." - falou e assim eu fiz.
- Mostre-me o Richard. - falei encarando o diário. Abri as páginas e vi o Richard, ele estava chorando, de repente me deu uma dor no peito. Ele precisava de mim.
"Se não houver uma saída eu criarei uma."
- Fulmetal - Edward Ehe
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