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História Diário Dos Meus Serviços Domésticos - Prólongo


Escrita por: DolinhoDoolly

Notas do Autor


Bem, ooi.

Mas uma junhwan porque sim e... já peço desculpa pelos possíveis erros.

Boa leitura

Capítulo 1 - Prólongo


Fanfic / Fanfiction Diário Dos Meus Serviços Domésticos - Prólongo

 

Colocava meu café recém feito em uma xícara de porcelana branca. Ainda sentia meu rosto e principalmente os olhos inchados pelo sono, segurava com a mão esquerda o jornal do dia seguinte e morto de preguiça já me jogava na cadeira mais próxima. Bebi um gole do café, assustando-me com a temperatura de início, mas já acostumado consumi dois goles de uma vez, sentindo meu corpo se aquecer por dentro. Abri o jornal e de forma corriqueira já procurava por um emprego...

 

Todo dia me dava uma vergonha de abrir o maldito jornal, era sempre a mesma coisa, eu já estava me sentindo obrigado a aceitar aquelas ofertas de salário medíocre que bem, sendo realista, era apenas aquilo que eu teria até conseguir dinheiro pra uma faculdade. 23 anos e desempregado, morando com os pais, já podia perceber que era aturado e não bem vindo. Mesmo que eles me amassem, vê os sobrinhos sendo universitários ou já em bons cargos em empresas e dizer quando questionados para os vizinhos, amigos e familiares que o filho ainda morava com eles sem nem ter iniciado a faculdade por não ter passado na maldita prova, era uma barra que eles passavam todo santo dia. Se no mundo todo isso é péssimo de se enfrentar, imagine para uma família tradicional coreana com seu filho único sendo homossexual e vagabundo. 

 

 Tirando todo esse drama, queria dizer que meu café era o café mais delicioso da terra, obrigado. 

 

Coloquei mais do líquido em minha xícara e observei uma novidade que me chamou a atenção, era uma proposta de emprego para serviços domésticos um tanto incomum e a cada linha que eu lia, me interessava mais. Dizia que o indivíduo que aceitasse ganharia o salário mínimo normal, porém sairia 3 horas mais cedo e teria dias na semana em que seria liberado dos afazeres por conta do pouco serviço, havia apenas um morador na residência, que no caso era o dono do anúncio. 

 

Mordi os lábios, piscando os olhos algumas vezes, tentado, na verdade eu já fazia planos do que poderia fazer se conseguisse o emprego. Alugar qualquer casinha pra me mudar logo pra aliviar meus pais, posso comer as coisas do fulano, guardar o dinheiro que gastaria com isso pra faculdade e ser uma princesa feliz e independe. Sorri de canto, era um bom plano, na verdade era um puta de um plano Sai Fossa.

 

 

Coloquei o jornal dobrado naquela parte específica sobre a mesa tomando mais um gole de café para ler o anúncio novamente, mais devagar dessa vez... Eram três dias para entrevistas e hoje seria o segundo, encostei o papel sobre os lábios e imaginando minhas palavras para meu futuro chefe acabei lembrando dos concorrentes, normalmente as pessoas preferem as mulheres pra cuidar da casa, são mais caprichosas, algumas tem anos de experiência, além de terem cada uma um tempero especial na cozinha, não deveria ser assim, mas é um fato, nunca vemos um homem trabalhando em serviços domésticos, mas eu vou chegar arrasando e barrar todas elas.

 

 

Me levantei cheio de determinação, deixei a xícara vazia sobre a mesa e saí da cozinha com o jornal ainda em mãos esbarrando de leve em minha mãe com a empolgação. Me desculpei e corri até meu quarto, repousando o jornal sobre minha penteadeira já puxando a toalha estendida na janela jogando-a sobre meus ombros, segui ao banheiro dentro do meu aposento e chegando no mesmo me tranquei ali, pendurando a toalha para começar o ritual de me observar através do espelho. Me despi ainda olhando para este e ergui uma das sobrancelhas quase que abismado, nem todo inchado eu era feio, jesus maria josé. 

 

Passei as mãos pelas minhas coxas subindo ao meu quadril para repousa-las em minha cintura. Eu não tinha um corpo muito músculo, mas também não era de todo mau não, meu corpo era bonito, eu sabia, eu era atraente e mesmo contragosto eu tinha algumas características femininas. Me virei de costas e olhei por sobre os ombros as polpas de minhas nádegas, eu também não tinha uma senhora bunda, mas em compensação ela era mais torneada que muitas por ai, empinada e linda. Me olhava e me perguntava quando um homem vai me pegar forte, vai abusar do que eu tenho com fome, eu já experimentei uma paixão, não diria amor mas uma doce e calma paixão, agora eu queria desesperadamente alguém tão sedento como eu. Balancei a cabeça, dispersando meus pensamentos luxuriosos, eu já estava todo vermelho quente. Credo, parece que tenho 16 anos de novo. Após me recuperar da safadeza momentânea que bate do nada, voltei ao foco que era meu novo emprego e já abri o box do chuveiro como a Beyoncé começando minha turnê mundial, nem me importando com o volume da minha voz, eu estava empolgado e berraria mesmo, me lavei com óleo de morango, e hidratei meu cabelo umas duas vezes enquanto performava formation, examinei cada cantinho do corpo pra ver se precisava de alguma depilação de última hora e vendo que não, dei uma jogada de cabelo profunda voltando aos palcos de vegas com o melhor falsete que você respeita com a perfeição do meu timbre bafhonico. Desliguei o chuveiro rapidamente ouvindo os gritos da minha mãe dizendo que eu secaria o mundo com mais banhos como este, revirei os olhos finalizando o banho com um jay park fresquinho e logo após os aplausos dos meus fas, sai do aconchego do box puxando minha toalha e secando meu corpo rapidamente, esfregei meu pé no tapete e enrolei o pano na cabeça para sugar um pouco da água das madeixas. Voltei ao quarto nuzao e verifiquei novamente o jornal vendo que eu tinha algumas horas ainda até ter que estar lá, agradeci mentalmente pois poderia me demorar na hora de espalhar o hidratante no corpo e assim eu fiz, estendi a toalha na janela e peguei o creme na penteadeira, apoiando uma perna de cada vez na cama e o passando bem sensual, curtindo meu corpo que infelizmente era só meu, logo após, me vesti simples, camiseta larga e calça jeans colada, sendo obrigado a colocar um all star por ser o único sapato limpo que tinha no meu armário. Penteei os cabelos e só então percebi o quão estavam compridos, sequei os mesmos e fiz um babyliss na frente para disfarçar o tamanho, passei um protetor labial dei uma voltinha na frente do espelho, perguntando-me o que faltava

 

Meus brincos claro 

 

Coloquei nas duas orelhas pra não pensarem que eu sou badboy com essa minha cara de macho. Não usaria perfume pois o óleo de banho, o hidratante corporal e o meu cheiro natural já eram o suficiente. 

 

E essa é a parte que as pessoas ficam chocadas com toda a minha produção, meu amor quando se fica em casa 90% da sua vida, quando você sai do calabouço você tem que ir pra tombar, se não, nem vai.

 

Peguei meu celular tirando foto do endereço que continha no jornal, guardei os mesmos no bolso junto a carteira com os documentos logo indo pedir dinheiro pra minha mãe pra ir pegar o ônibus.

 

 

 

--------

 

 

Nunca pensei que fosse tremer ou suar frio por um emprego onde nem teria que apresentar meu lindo currículo vazio. Mas lá estava Kim JinHwan, tremendo como vara verde em tempestade, eu já esperava ali a algum tempo, vi umas cinco mulheres entrarem e saírem de lá de dentro, mas agora só haviam duas moças na minha frente, o perfume da que estava mais próxima a mim me intoxicava a cada vez que eu abria a boca pra respirar, nesse tempo meus olhos já estavam lacrimejando quando ambas foram chamadas, bufei indignado. Como assim as duas iriam juntas? Que putaria é essa? Orgia? Duas contra um não vale abigos. Eu hein, mas pelo menos eu poderia respirar normalmente, peguei meu celular e comecei a jogar qualquer coisa para passar o tempo. Ambas ficaram no mínimo uns 35 minutos lá dentro. Minhas pernas já doíam quando chegou minha vez, olhei pra trás e vi mais 5 mulheres à espera. Parecia fila pra sorvete grátis. Abri o portãozinho da frente e já tinha gostado da casa, tinha um jardim invejável, bati na porta duas vezes somente por educação e adentrei esta logo em seguida, surpreendendo um par de olhos negros que já fitavam a porta antes de eu atravessa-la, e que olhos hein, e que corpo hein, que homem hein. Ui, nessa casa já deu até um pouco de calor.

 

Curvei-me e tirei os sapatos, baixando a cabeça corado por já considerar pakas meu futuro patrão 

 

 

- Bom dia - saldei

 

 

- bom dia, sente-se. - indicou a poltrona a sua frente, eu podia ver que seus olhos estavam curiosos, como se não acreditasse que eu estava mesmo interessado no emprego

 

 

Aposto que era por eu ser um homem. Babaca

 

 

- prazer, meu nome é Kim Jinhwan, tenho 23 anos. Li seu apelo no jornal e me interessei por eu ser exatamente o que você precisa. - me curvei novamente e me sentei

 

 

Ele riu. maldito. Que sorriso delicioso. 

 

 

-  É mesmo? Vamos ver o que você sabe fazer entã-

 

 

- De tudo. - o interrompi e ele arqueou uma sobrancelha. - pode me dizer seu nome? 

 

 

- Koo JunHoe. - o mesmo desencostou -se do estofado na qual estava sentado e apoiou os cotovelos nos joelhos encarando-me. - seja mais especifico sobre esse tudo Kim jinhwan. Comece do começo, tua comida é boa? Pra mim isso é essencial. 

 

 

:0 desgraçado. Cozinhar eu não sei viado. Um bom café é o meu limite. 

 

 

- Claro, não se preocupe - imitei sua posição, seguro de minhas falsas palavras - você vai querer prová-la com certeza. Tenho um cardápio extenso e o que não sei fazer, aprendo rápido. Cumpro seus requisitos, e tenho uma vantagem sobre todos. 

 

 

E o oscar de melhor mentiroso vai pra mim mesmo, jinhwan mello

 

 

- e que vantagem seria essa? 

 

 

- sou prático e é exatamente assim como no anúncio exige. Sou Rápido, não irei incomoda-lo com coisas corriqueiras. Estou ao seu dispor sem segundas intenções. - eu parecia aquele professor carrasco das brincadeiras de escolinha do fundamental

 

 

E bem, segundas intenções nós tem, mas nós finge que não

 

 

- Ótimo. - sua voz era tão grossa, seu porte firme, ele não caia em minhas indiretas invertidas, hétero maldito. - Quero você aqui amanhã para um teste, se passar, fica. Eu tenho uma fraqueza para com os convencidos, talvez por confiar no ego... - eu sorri - ... Ou por ter prazer em humilha-los no fracasso. 

 

 

Engoli seco, se ele me humilhar por causa da minha comida eu processo ele.

 

 

- estamos entendidos então? - levantei-me sendo seguido por ele.

 

 

 Sangue de jesus tem poder!! olha o tamanho do indivíduo. 

 

 

vou tirar o dia de folga amanhã, apenas pra resolver isso, preciso de alguém cuidando dessa casa urgente, sou um advogado e muito ocupado e acabo deixando isso aqui um caos. Te passo meus horários quando chegar amanhã... Claro, se você for ficar. Quero você aqui cedo, 7:00, sem atrasos. Não me decepcione, minhas expectativas são altas. - ele falava normalmente, me olhando, gesticulando às vezes, determinando tudo, mandando em tudo

 

Que exigente, ele ta pensando que eu sou o que?

 

Assenti - posso dispensar a fila lá fora então? - eu não era trouxa, vai que ele via outro melhor e me dispensava, misericórdia

 

- pode, me livre dessa tarde tediosa. 

 

 

Eu sorri de canto pra ele, me oferecendo mais uma vez. Meu amor se eu existo é pra te tirar do tédio. Soltei um 'até amanhã' já me virando para partir.

 

 

Eu só queria chegar em casa e dizer que consegui a bosta de um emprego pros meus pais, hoje vai ter Britney Bitch.

 

 

 

xxxxxxxxxxxxxxx

 

 

6:59 AM

 

 

Eu estava na porta da casa do Koo, olhando o relógio, meus olhos estavam um pouco inchados de sono e os lábios melecados com um gloss hidratante, usava um moletom cinza e um calça jeans preta, ela me moldava mas não era tão apertada. All star do dia anterior e uma chocker no pescoço, discreta. O cabelo ainda envolto em um angelical babyliss, e as orelhas livres de qualquer acessório. Lindo. 

 

 

7:00 AM

 

 

Toquei a campainha, sorrindo, acordei 5 da manhã só pra bater na desgraça dessa porta no horário. Ele vai ficar bobissimo com minha pontualidade. O portãozinho da frente fora aberto pelo motor e então eu entrei em prontidão, vendo que ele estava encostado, com a porta da casa meia aberta, me esperando.

 

 

Uau

 

Ele estava com uma calça de moletom cinza e uma camisa branca, fina e folgada, os cabelos bagunçados e uma cara de sono, descalço, fitando-me. 

 

Até tropecei no meio do caminho, mas não cheguei a cair, ele parecia mais jovem e mais lindo ainda, nam, se esse homem não pode ser meu, quero ir em bora pra minha casa.

 

Após o micão do ano, sorri disfarçadamente com as bochechas queimando enquanto tirava meus sapatos, nem conseguia encara-lo por mais de 3 segundos

 

- Bom dia, Koo - saldei me reverenciando, eu queria morder as canelas dele, porque o indivíduo não me chamava pra entrar logo, eu podia me sentir sendo julgado sobre seu olhar, o que fazia minhas bochechas se esquentarem ainda mais, além de estar frio.

 

- Senhor Koo, por favor - ele sorria pra mim e se o tom da sua voz não fosse tão baixo e suave eu teria realmente o mordido as canelas pela aquela ordem audaciosa e pra mim, desnecessária. - e... Bom dia. - disponibilizou espaço para que eu entrasse empurrando um pouco a porta para o lado contrário de si.

 

Não sei se foi pela falta de força distribuída, ou pela porta ser pesada, mas a mesma abriu-se apenas um pouco, quando entrei, acabei por me encostar em seu corpo, podendo sentir mais pressão com a diferença absurda de altura e... Seu calor. Ele tinha o mesmo calor e o mesmo imã que nossa cama sempre tem de manhã. Deus, me leva

 

- já comeu? Quer que eu lhe prepare um café? - o fitei, já no meio da sala, vendo ele erguer uma sobrancelha e cruzar os braços após fechar a porta da casa, eu já imitaria sua posição e perguntaria 'qual é, irmão? Joga na roda ai' mas eu entendi o que seus olhos me repreendiam. - ... Senhor. 

 

- Um café seria bom. - sua posição e expressão se suavizou e eu logo pude assisti-lo virar-se de costas pra mim e começar a caminhar em direção a um corredor - traga-me no quarto. - ele puxou a camisa pra cima e eu arregalei os olhos prendendo a respiração surpreso, vendo sua costa nua definida o suficiente para fazer minhas íris brilharem. Quando o perdi de vista, pude voltar a respirar eu estava em choque com a visão logo aquelas horas da manhã, mas me recompus e me virei, teria que me focar pra não vacilar. Procurei pela cozinha, e quando achei o cômodo bem próxima a sala, puxei as mangas grossas do meu moletom pra cima e me concentrei em fazer o melhor café da minha vida. 

 

Não sabia se ele gostava de doce ou amargo, então arrisquei em testar se sua língua era compatível com a minha. Fiz o café do jeito que eu mais gostava, demorando poucos minutinhos à mais para encontrar as coisas por aquela cozinha de rico. Despejei o líquido depois de pronto em uma caneca de cor semelhante ao mesmo e então respirei fundo, pela primeira vez estava inseguro sobre meu café. Mentira rs

 

Segui pelo mesmo caminho que o vi rumar hoje mais cedo. Observei o corredor largo decorado com famosos quadros russos e ao me deparar com a porta do quarto do indivíduo reparei que estava apenas encostada e quando iria adentra-la, pude vê-lo perambular pelo recinto, com uma toalha amarrada na cintura e o peito molhado, pendurado ao telefone, resolvi esperar, mas como não sou surdo pude ouvir um pouco da conversa por parte dele.

 

Ele chamou a pessoa do outro lado da linha de amor, depois de dizer que iria ir vê-la no dia seguinte, despedindo-se da mesma pronunciando seu nome, era Hye alguma coisa. Era uma mulher, revirei os olhos, mesmo sabendo que não poderia me envolver com ele, ainda tinha esperanças no subconsciente, mas o condenado era comprometido, sem chance, eu sou piranha mas não sou fura olho não. Além do mais... Ele é hétero.

 

Sem esperanças, seu peitoral parecia mais resistível.

 

Mentira rs

 

Bati na porta duas vezes, bem baixinho, ele me mandou entrar e então deixei seu café em uma estante próxima ao seu guarda roupa. Seu quarto era mediano, mas muito elegante, os móveis pareciam muito caros. 

 

- sem acompanhamentos? - fui em direção a porta, evitando seu corpo semi desnudo como podia, quando me lembrei rapidamente - ... Senhor koo.

 

- Não, só o café está bom por hora. Deixe pra me mostrar o que faz de bom no almoço. - o mesmo abria o guarda roupa naturalmente e antes que se trocasse na minha frente eu sai do cômodo.

 

Arrombado. Ele é dementao mesmo, parece que faz de propósito

 

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Eu estava um caco, não sei se era a falta de experiência ou se era porque um corpinho tão lindo e delicado como o meu não podia passar o dia inteiro limpando uma casa que apesar de não ser grande, era casa de rico e cheia de frescura. A única coisa boa foi que eu descobri onde ficava todos os cômodos e também o que tinha em cada armário e gaveta. O indivíduo não saiu do quarto, só me lembrava que não estava sozinho quando ouvia risadas escandalosas vindas de seu quarto, ele parecia uma criança após seu primeiro desenho-mais engraçado-do-mundo, talvez eu devesse limpar seu nariz escorrendo? Não enxergava o homem completamente autoritário naquelas risadas, eu até ria as vezes, enquanto passava o pano na casa. Eu me sentia cansado, mas ao mesmo tempo orgulhoso. Eu era uma empregada e tanto viu viado, me contrata. 

 

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11:45 AM

 

 

Quase a hora do almoço, eu liguei pra minha mãe e pedi pra ela fazer o combinado. Uma comida bem tradicional coreana com seu gostinho delicioso de mãe. Sim, eu fiz plano maligno com minha mãe porque não sabia cozinhar e não queria perder o emprego. Ui. Fui pra cozinhar e comecei a ferver algumas folhas pra dar cheiro, só pra ficar bem realista, caprichei na salada. Oh. esqueci de anotar. Meu cardápio não é tão limitado, minha salada e café são ótimos. Derreti um pouco de queijo e comi enquanto colocava um som no fone e começava a rebolar pela cozinha. Lavei a louça, guardei a salada bem cremolicia na geladeira e então comecei a escolher algumas panelas, meu celular tocou, era a minha mãe, ela estava na porta. 

 

Meu cu fechou, que perigo viado. 

 

Sai correndo até o portãozinho, peguei a mochilinha dela bordada com várias flores, já sentindo o cheiro gostoso da comida dela. Bem típico da mãe que sabe costurar/bordar. A agradeci com beijinhos ternos e super rápidos pelo rosto. Me despedi as pressas e corri pra dentro de casa, trancando tudo, parecia que ele ainda estava no quarto. Rumei-me a cozinha e abri a mochila sobre a pia, ajeitando a comida que estava dentro das panelas da minha mãe, nas panelas dele sem desmanchar o visual. Meu coração estava acelerado, com medo. Ajeitei as panelas dele no fogão e voltei a lavar a louça, dessa vez, as de minha mãe, guardei-as na mochila novamente e corri pra dispensa, deixando-a lá, bem escondida. Eu era um ninja, abri meu melhor sorriso e voltei a cozinha correndo, felicíssimo por meu plano ter dado mais que certo, já poderia até competir nas olimpíadas... Se não tivesse batido tão forte no indivíduo que o mesmo fora obrigado a dar passos pra trás e mesmo assim acabou tropeçando e caindo, e como suas mãos estavam em mim, acabei caindo sobre si.

 

Puta merda 

 

O baque de suas costas contra o chão foi estrondoso, mas o pior foi seu gemido acanhado de dor. Pior nada, que delícia de gemido. Eu nem sabia o que dizer, fechei meus olhos com força com o cu trancado esperando os berros grosseiros, seria demitido sem nem ter conseguido o emprego ainda. Senti suas mãos grandes em minha cintura e logo fui jogado para o lado, saindo de seu colo, nem estranhei a brutalidade. Vindo de um hétero raivoso nada te surpreende. 

 

- me perdoe, Junhoe... - me sentei rapidamente o olhando de cima com a cara mais arrependida que consegui, ouvi seu suspiro pesado e mais uma vez me lembrou da minha "insolência" - ...Senhor Koo. Me perdoe, eu não o vi...

 

- O que diabos estava fazendo correndo pela casa? - ele se sentou e assim que moveu as costas reclamou de dor, nosso choque foi realmente muito forte - dane-se. Sirva logo o almoço e passe algo nas minhas costas 

 

Me arrepiei, já odiava o modo como ele era grosseiro comigo, mas trocando de lugar com ele por um momento, eu também não seria nada gentil se um desconhecido me acertasse do nada e me derrubasse no chão. 

 

Me levantei e o ofereci uma mão para ajuda-lo a fazer o mesmo, ele aceitou e assim apertei sua palma, puxando-a com força contra mim, o indivíduo veio com tudo, seu peito bateu no meu rosto, pela diferença enorme de altura, e eu cai pra trás, por sorte fui aparado pela parede logo atrás de mim, mas ele ainda veio junto. Nossas mãos ainda estavam juntas. Próximo demais, fazendo nossos corpos sofrerem um rápido atrito. Corei e ele se afastou, rindo soprado dos desastrosos acontecimentos seguidos, eu me virei e sem dizer mais nada segui para a cozinha, atordoado. Parecia que ele estava com febre, seu corpo exalava um fogo, quando se encostou em mim eu me sentir queimar com ele brevemente, arrancou-me o ar. Lavei minhas mãos e o rosto, respirando fundo antes de prender a respiração novamente ao vê-lo adentrar a cozinha, rapidamente uma tensão se instalou. Enquanto eu pegava as panelas quentes com a ajuda de panos e levava a mesa da forma mais elegante que podia, ele me encarava impassível, me analisando, me lendo enquanto lavava as mãos na pia para logo sentar ao redor da mesa. Fiquei na ponta dos pés para pegar uma tigela e um prato, no armário de cima, não conseguia alcança-los. O ouvi ri e com toda minha independência e dignidade fui até a mesa, peguei uma cadeira e subi em cima da mesma, podendo assim trazer as bentidas porcelanas para o indivíduo. 

 

- Poderia ter me pedido, eu as pegaria pra você - proferiu simplista se servindo enquanto eu ia devolver a cadeira ao seu devido lugar.

 

- eu me viro. Mas então, Senhor Koo, Precisa de mais alguma coisa? - eu me afastei do mesmo, já esperando que ele ordenasse algo como uma geral no quarto ou ... Um banho quente rs

 

Quem sabe minha demissão

 

- fica ai. Não vai almoçar? 

 

Minha cara foi lá no chão e ficou por lá mesmo, como assim aquele cara tão patrão tradicional estava me pedindo para comer com ele? Uiuiui

 

Fiz a gostosona e atravessei o balcão, chegando a pia e lavando minhas mãos. Ele me encarava a cada colherada. Sequei as palmas e voltei a mesa, sentei-se bem a frente dele e me servi sem charminho, tava morrendo de fome. 

 

- poderia dizer o porquê de me encarar tanto? A comida está boa demais ou ótima demais para o seu paladar, senhor Koo? - alfinetei indiretamente o olhando com uma de minhas sobrancelhas arqueadas, deixando o talher repousado dentro de minha boca por uns segundos à mais

 

Ele riu - sua comida está no ponto, gosto do tempero. E eu lhe encaro pelo fato de você ser muito exótico aos meus olhos, de inicio parece uma pessoa inofensiva, meiga mas... Você é traiçoeiro, rude, provocador. É engraçado como já tem raiva de mim logo no seu primeiro dia, costumam me aturar com um sorriso pelo menos na primeira semana - ele aproximou sua mão grande do meu pulso e colocou pressão, deslizando a mesma pelos meus dedos - parece mão de criança. - olhava pros meus dígitos como se minha palma fosse incrivelmente interessante

 

- A sua que é grande demais! - puxei minha mão rapidamente, completamente incrédulo. Então lembrei a posição em que eu estava, baixei a cabeça e enrosquei minha mão na outra - me desculpe... O senhor me pegou de surpresa.

 

Me levantei sem terminar a refeição saindo da mesa, mas quando passei pelo mesmo ele agarrou meu pulso novamente e me puxou para sentar bem ao seu lado, se ergueu rapidamente, trazendo meu prato não terminado a mim novamente e então voltou a comer como se aquela áurea negra chamada climão, não estivesse nos rondando. 

- Senh-

- Fica ai e come. Eu tenho cara de quem se importa com chilique? Não sabia que meu criado era uma criança que fica com raiva de tudo, só peguei nas tuas mãos. É chato conviver com alguém sem pelo menos meio grau de intimidade, se é pra nos vermos todo dia, diminua essa sua barreira. 

 

Ah claro que não se importa, fez até discursinho e ainda me puxou pra sentar, é um abusado mesmo. Morre diabo.

 

Minha raiva já diminuía e eu já podia tocar nos hashis e voltar a comer quando seu braço encostou de leve no meu ao que ele se ergueu rapidamente para se servir mais uma vez. Minha mãe é pika. Fiquei com os pelos todos eriçados.

 

- Acha alguma coisa exótica em mim, assim, como eu acho as suas mãos?

 

Tive que tossir. Ele estava mesmo puxando assunto comigo? A história de intimidade era real? 

 

Misericórdia. Olhei pra ele e ele estava tão perto, aquele homem era exoticamente todo gostoso, corei e voltei a fitar meu prato com a comida quase no fim

 

- Sua boca.

 

- por quê?

 

- porque é

 

Ele riu

 

- me dê um motivo. Minha boca é normal, talvez mais bonita que a maioria, mas normal. - sugou o caldinho e os seus lábios ficaram brilhosos e umedecidos, me arrependi amargamente de ainda estar ali ao seu lado

 

- acho interessante, e-ela é grande e os lábios são bastante proporcionais, o sorriso se encaixa, é... Exótica por causa da curva... Satisfeito?

 

- Senhor, Koo. Você é teimoso. - ele me cobrava nas palavras e no olhar um pouco mais rude

 

- Você que é estranho. Sente prazer em me inferiorizar te chamando de Senhor, Senhor Koo. 

 

Olhou pra mim como se eu fosse a criatura mas ousada da terra. Sou mesmo. - é respeito, me sinto respeitado. Não gosto que pessoas não íntimas me chamem pelo primeiro nome, você que é muito abusado e não respeita o ambiente de trabalho, em qualquer outro me chamaria de Senhor, porque aqui tem que ser diferente? 

 

E todo o climão que tinha ido com a conversa suave, voltou com a minha falta de experiência dando hello. Ele se levantou com o prato vazio em mãos e seguiu a pia o repousando dentro, lavou as mãos e sem nem olhar pra mim seguiu pelo corredor. Ouvi um barulho de porta se fechando, mas não era de seu quarto. Me encolhi fitando o prato em seu fim, me julgando por ser tão burro, o que eu estava pensando, que o chamaria de bro? Grandão gostoso? Monumento de lábios?

 

Depois do curto colapso mental ergui-me e segui a pia lavei a louça e guardei a comida que sobrou em recipientes de plásticos, pousando no compartimento debaixo na geladeira. Caminhei pelo corredor e coloquei a mão na cintura pensado no que fazer, vi que só sobrava o quarto dele, peguei produtos de limpeza na dispensa e segui ao cômodo o adentrando rapidamente por saber que ele não se encontrava no mesmo, sem delongas, juntei o resto das minhas forças e iniciei minha faxina reclamando da minha vida, lavei o banheiro dele e coloquei as roupas espalhadas pelo quarto, no cesto de roupa suja, tirando os pertences que tinham em alguns dos bolsos, repousando-os sobre o criado mudo. Olhei ao redor, verifiquei se ainda havia pó e satisfeito com meu trabalho, fiquei ponto para sair, eu estava suado e agoniado. Recolhi os produtos e assim que me virei em direção a porta levei um susto, o miserável tava bem na porta me olhando, coloquei uma mão no coração deixando os produtos caírem e o rodo estalar contra o chão fazendo meus ouvidos doerem, me encolhi como uma criança quando é pega quando esta cortando os cabelos de sua barbie nova, meu coração estava acelerado, ele tinha realmente me assustado. Morre diabo. Logo a raiva veio. Respirei fundo e me pus a sair do quarto. 

 

- Me desculpe, não queria assustar você - esticou o braço pro lado, encostando-o na minha testa, impedindo minha passagem.

 

- tudo bem - passei por debaixo saltitante por ter me livrado, mas sinto ele acompanhar meus passos, até que me ultrapassou e ficou bem na minha frente

 

- Você já limpou a casa toda, está todo acabado. O que mais tem pra fazer?

 

Parti os lábios chocado com aquela declaração mais que rude, ora, Kim Jinhwan acabado? Me poupe, se poupe, nos poupe.

 

- eu estou ótimo, Senhor Koo. E ainda falta regar suas plantas, se me permite... - passei por seu lado, e ele pegou em meu braço direito, me puxando para olhá-lo

 

- não vou contratar você. 

 

Arregalei os olhos e olhei pra cima para encara-lo, de repente nada fazia sentido.

 

- P-por quê? 

 

- Porque você não passou nada nas minhas costas e elas estão doloridas até agora

 

Fiquei até tonto, mais que mísera. O filho da desgraça me dá dois sustos consecutivos. Vai me matar.

 

Mandei meu sorriso Colgate - Que susto, Senhor Koo. Eu irei guardar essas coisas e já estou indo tudo bem?

 

Ele riu - tô te esperando no quarto.

 

Vrá. Como assim ele iria estar me esperando no quarto, me perdi aqui desculpa.

 

Após sentir o impacto me desloquei até a dispensa guardando os produtos, deixando-os bem organizados nas pratileiras para então correr todo serelepe até um banheiro de visitas, apenas para lavar minhas mãos e o meu rosto suados, aproveitar para me acalmar enquanto me secava e num pulo eu já estava indo pro quarto dele .ui.

 

Bati duas vezes na porta e após sua autorização eu entrei não sabendo muito o que fazer, ele estava deitado na cama brincando com um gel de massagem, mas assim que me viu ele se sentou me chamando logo em seguida, e eu estremeci, sentei atrás dele, quase na beira da cama, ele me entregou o gel e subiu a camisa pelo pescoço a tirando. 

 

 

- onde dói, Senhor Koo? - abri o recipiente e peguei um pouco com as mãos, era gelado. 

 

- abaixo dos ombros, na espinha e embaixo. 

 

Fala logo a costa toda alesada

 

- não tenho muito costume com isso, você tem que me dizer como você quer, Senhor.

 

- Não era bom em tudo? Eu quero só uma massagem pra relaxar e uma melhor absorção do produto

 

Olhei pras costas largas do maior e levei o gel até abaixo dos ombros do mesmo, o toque da pele quente com o gel gelado fez tanto ele como eu nos arrepiarmos e conforme minhas mãos distribuíam o produto fazendo pressão em alguns pontos eu podia ouvir sua respiração pesar, deslizava os dedos pela longa espinha em um vai e vem que me fazia corar e puxava a pela de forma indolor para senti-lo em meu domínio. Ele vez ou outra tombava o pescoço pra trás, foi então que peguei mais do gel e comecei a espalha-lo pela cintura do maior tensionando os polegares sobre a pele leitosa com demasiada e não sei onde acertei, mas ele suspirou alto, eu me assustei pois foi rouco e de repente, acabei por recuar minhas mãos, e rapidamente ele leva os braços pra trás me puxando pelos pulsos, repousando meus dígitos ao mesmo lugar anterior. Minha pressão tinha caído, ele era quente e tocar suas costas nuas era completamente prazeroso pra mim, sentir que ele queria que eu o tocasse me fazia fervilhar e me excitar, pressionei novamente meus polegares contra um ponto sensível com ele ainda segurando meus pulsos, nos deixando em uma posição comprometedora principalmente depois dele soltar mais um suspiro alto. 

 

Mas sim, o celular dele tocou. 

 

Em um piscar ele me largou um pouco assustado e enquanto uma de suas mãos jogavam o cabelo pra trás desgrudando-os na testa suada a outra atendia o telefone, e eu muito otariano sim, sentado na cama, com os olhos arregalados as mãos todas meladas de gel e uma semi-ereção. 

 

 

Ele me encarava enquanto apenas confirmava várias coisas na linha, até que fez uma pausa.

 

 

- você pode ir, Jinhwan. Está liberado 

 

 

Finalmente tive alguma reação após ele se dirigir a mim normalmente com aquela voz, me levantando, eu não entendia nada, não sabia se ele estava espantado, se me havia me dispensado de vez. Que caos, eu queria sair dali rápido estava envergonhado demais pra continuar sobre o poder daqueles olhos. 

 

 

Ele confirmou mais coisas no telefone e antes que eu saísse do comodo fez outra pausa

 

 

- até amanhã. Traga seus documentos, vou assinar sua carteira. 


Notas Finais


espero ter divertido vocês, até o próximo <3


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