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História Diário Secreto - Emocional


Escrita por: Lunarck

Notas do Autor


Desculpem pela demora!!!!!! x..........x





Lenna.

Capítulo 15 - Emocional


Fanfic / Fanfiction Diário Secreto - Emocional

“Vou dar um fim a essa situação. Não se preocupe, a decisão foi minha. Não há nada que você possa fazer quanto a isso. É algo que eu preciso fazer...”

Depois que eu e Nathaniel chegamos quase sem fôlego em casa e, apesar de completamente ensopados pela chuva, estávamos contentes por termos conseguido não molhar muito os gatos, pelo menos, não mais do que nós estávamos.

Logo que entramos, dêmos de cara com Castiel, que ficou bem surpreso em nos ver ali, daquele jeito.

- O que diabos aconteceu com você Lenna? – veio em minha direção preocupado – Está encharcada e – me olhou desconfiado – Porque trouxeram todos esses gatos?

- Bom... – comecei – Não podíamos deixa-los abandonados á própria sorte, então os trouxemos pra cá e...

- Lenna quer cuidar deles, pelo menos, até encontrarmos um lar pra cada um – Nathaniel me interrompeu – Apesar de eu achar que Lysandre não vai concordar com isso dessa vez.

Castiel fechou a cara, irritado, por algum motivo. De inicio pensei que fosse por causa do Nathaniel, mas, estranhamente, ele não fez qualquer tentativa de ir contra ele, aliás, pelo contrário.

- Quem se importa com o que ele concorda ou não? – disse do nada, surpreendendo tanto a mim quanto ao Nathaniel. Olhou-me nos olhos – Pode cuidar deles aqui até acharem um lar pra cada um. Vou falar com o Kentin e, quanto ao Lysandre, não se preocupem – sorriu de canto – Garanto que ele não vai atrapalhar.

Ainda que Castiel se esforçasse para parecer bem, eu sabia que havia algo de errado com ele. Afinal, ele está falando com o Nathaniel como se ele fosse qualquer outra pessoa... Tem algo de muito errado. Ele parece estar longe, pensando em milhares de coisas ao mesmo tempo. Quase como se estivesse se torturando com elas. Também não parece ter dormido direito.

- Que horas vocês voltaram ontem? – perguntei.

- Hum? – Castiel e Nathaniel pareciam confusos com a pergunta repentina.

- Ontem, você e o Lysandre saíram e demoraram para voltar – disse de vagar – E, hoje de manhã – não tinha dado muita atenção a isso antes – Nenhum dos dois veio tomar café da manhã com todo mundo e... – olhei nos olhos dele – Aconteceu algo com vocês dois, ontem?

Castiel ficou mudo e não me respondeu por um bom tempo. Abaixou a cabeça, respirou fundo e voltou a me encarar.

- Sim – admitiu – Aconteceram algumas coisas ontem e – olhou pro lado – Não temos nos falado desde então – coçou a cabeça – Quando cheguei já devia ter passado das duas da madrugada – me encarou novamente – Desculpe se te deixei preocupada – sorriu de leve – Depois que terminar de acomodar os gatos, se puder, podemos conversar? – pediu – Vou tirar um cochilo no meu quarto enquanto isso – se virou e desapareceu de vista.

Ele não está bem, nada bem. O que será que aconteceu ontem? Será que ele e Lysandre brigaram? Virei-me e encarei Nathaniel.

- Aconteceu algo bem sério entre eles – disse franzindo o cenho – Nunca vi o Castiel desse jeito.

- Odeio admitir, mas, pra ele me tratar bem desse jeito... Alguma coisa aconteceu – concordou – Ainda que, de certa forma, eu não tenha feito nada pra ter uma boa relação com ele até agora... – pensou alto – Talvez eu não devesse julga-lo por algo que não se lembra – murmurou, me deixando confusa quanto ao que aquilo significava.

Teria achado graça do arrependimento de Nathaniel, se não estivesse tão preocupada com Castiel. Por fim, quando parou de chover, levamos os gatos até o quintal, onde havia uma casinha um pouco mais alta do que eu, de uns 2 m² mais ou menos. Fred estava deitado ali, quando nos viu entrando bocejou e não fez qualquer menção de se levantar, mas logo ficou curioso e se aproximou, quando viu que trouxéramos visitas.

O lugar tinha espaço mais do que suficiente, cheio com os brinquedinhos de Fred e algumas almofadas. Haviam rampas indo de um lugar ao outro também. E ele parecia contente por ter companhia.

- Espero que o Dragon não se incomode com os novos inquilinos – disse depois de colocar mais comida e água na casinha.

- Não se preocupe, se ele não deu importância quando trouxemos Fred pra cá, duvido que vá se incomodar agora – assegurou.

- Bom, espero que sim – assim que terminamos, voltamos até a sala.

- Vai dormir aqui hoje também? – perguntei ao acaso.

- Provavelmente – se espreguiçou – Não estou com vontade de ver a cara do meu pai ainda – bocejou – Falando nisso, se não se importa, vou tirar um cochilo – seguiu em direção ao meu quarto.

Porque diabos ele pensa que pode ir dormir lá?! Aliás, ele sequer pediu permissão! Segui atrás dele e segurei seu ombro, fazendo-o voltar a me encarar.

- Quem disse que você pode dormir no MEU quarto? – perguntei irritada – Além do mais, me explique porque você estava dormindo lá hoje de manhã? – aquilo ainda não tinha saído da minha cabeça.

Nathaniel sorriu timidamente e deu de ombros.

- Sei lá, eu fui te levar depois que você pegou no sono na sala e... – coçou a cabeça e desviou o olhar. Percebi um leve rubor em sua face – Acabei dormindo por lá mesmo – concluiu.

- Sei – cruzei os braços – Kentin não havia arrumado o sofá pra você dormir? – argumentei.

- Há! – achou graça – Não esperava que eu dormisse lá, não é? – me olhou nos olhos – Tem noção de como é desconfortável dormir lá? – contrapôs.

- Ninguém mandou você vir pedir abrigo aqui – ele me olhou zangado. De fato, aquele sofá não era lá dos mais confortáveis para uma noite de sono, mas, ele não precisava vir na minha cama, certo? – Podia ter dividido a cama com um dos garotos, pelo menos – resmunguei.

- Céus! Acha que eu sou o que, um masoquista? – disse indignado – 1º Se eu ousasse dormir na mesma cama que o Kentin e Alexy ficasse sabendo, no mínimo, eu acordaria castrado qualquer dia desses – falou como se tivesse medo só de imaginar aquilo – 2º Dividir a cama com o Castiel? Puf! Só pode estar brincando – me olhou como se aquilo fosse a coisa mais óbvia do mundo – 3º... Se dividir a cama com os outros dois já é quase um atentado suicida, você não pode ter nem cogitado a hipótese de que eu me rebaixaria tanto a ponto de pedir para dormir na mesma cama que o Lysandre! – disse horrorizado – Portanto – continuou – Como pode ver, eu não tinha nenhuma alternativa melhor, do que dormir com você.

Fiquei encarando aquele rosto sorridente por um tempo sem dizer nada. Não conseguia acreditar na explicação que ele acabara de me dar pra ter dormido na mesma cama que eu. O que? Ele acha que isso aqui é um tribunal e ele acabou de dar a melhor das defesas e ganhou o caso? Caramba! A cada dia que eu passo nessa casa mais malucos aparecem por aqui!

- Dormir comigo, aquilo parecia mais com você tentando me jogar pra fora da cama! – devolvi – Se você não fosse tão espaçoso então... – parei antes de terminar aquela maldita frase – Droga.

- Hum – sorriu maliciosamente – Então você estava pensando em coisas sujas quando me viu ali hoje de manhã, é?

- Cala a boca! Não é nada disso! Seu... Seu... – arg! Que cara idiota! – Babaca!

- Tanto faz, sempre que eu vinha aqui nós dormíamos juntos e você nunca reclamou disso – deu de ombros e se virou – Não é como se eu tivesse algum interesse no seu corpo – riu debochado – Não atrapalhe meu sono, por favor – disse e entrou no meu quarto, ignorando completamente meus protestos.

Fiquei ali parada, estupefata pelo que ele acabara de dizer na minha cara. Desgraçado, quem ele pensa que é heim?! Vou falar pro Kentin enxotá-lo daqui! Nem acredito que pensei que ele era uma pessoa legal e gentil... Arg! Maldito idiota!

Sem perceber, acabei esbarando em alguém enquanto andava de um lado pro outro blasfemando contra aquela praga. Quando comecei a pedir desculpas e vi em quem tinha esbarrado, me afastei instintivamente.

- Quem é você? – nunca tinha visto aquele garoto antes.

Ele tinha o cabelo loiro como o de Nathaniel, mas um pouco mais escuro em algumas partes. O cabelo chegava quase aos ombros e estava meio amarrado atrás da cabeça. Do instante em que nos encaramos, começou a me avaliar de cima á baixo. Algo que me deixou constrangida, por algum motivo. Em seguida, ele sorriu e me estendeu a mão.

- Acho que nunca nos vimos antes – disse, ainda me oferecendo a mão – Mas, suponho que você seja a irmã do Castiel, estou certo? – abriu ainda mais o sorriso e acabei retribuindo seu aperto de mão enquanto confirmava o que ele supusera.

Ficamos um tempo assim, apenas nos olhando. Quando tencionei soltar nossas mãos, ele segurou e puxou minha mão delicadamente, levantando-a. Então a beijou.

- Prazer em conhecê-la, Lenna – disse calorosamente – Me chamo Dakota Rhulji.

- Ah... O-oi – gaguejei envergonhada pelo jeito que ele me tratava – Hum – desviei o olhar - Está procurando o Castiel? – tentei controlar minha voz.

- Na verdade, já nos encontramos agora apouco, fiquei esperando no quarto dele – sorriu sem jeito e olhou para baixo – Parece que ele ainda não se lembra de mim – ele parecia decepcionado – Bom! – voltou a me encarar e sorriu – Ele vai lembrar com o tempo! E você também vai se recuperar, não é? – nunca tinha encontrado alguém tão positivo.

- Ah, sim! – concordei levada por seu entusiasmo contagiante.

- Então, até a próxima – pegou minha mão novamente e pensei que fosse beijá-la, mas então ele me puxou de encontro ao seu corpo e colocou a outra mão em meu rosto – Espero revê-la em breve – sussurrou e beijou minha testa – Se cuida.

Piscou e foi embora, tão rápido quanto havia aparecido. Fiquei um tempo ali atordoada com o que havia acontecido. Que... Que coisa! Porque ele age assim? É tão estranho e... Vergonhoso! Ah!

Então, meio segundo depois, estava sendo levantada no ar por um par de braços fortes e ágeis. Assustada, tirei o cabelo dos olhos e encarei a pessoa que me segurava. Lysandre não parecia nada feliz...

- O que aquele cara queria com você? – sua voz estava ríspida e me assustei um pouco com a expressão em seu rosto – Hunf – suspirou – Desculpe se te assustei – deu um meio sorriso – Se importa de me fazer companhia?

- E eu tenho alguma escolha? – perguntei indicando minha atual situação, enjaulada como estava em seus braços, não acho que tivesse muitas opções de fuga.

Para meu alívio e surpresa, ele sorriu. Um sorriso que eu não me lembrava de ter visto antes. Tão puro e verdadeiro. Tão... Leve.

- Não – concordou – Você não tem qualquer escolha mesmo – seguiu em direção ao jardim.

Pensei que Lysandre fosse me deixar caminhar até onde quer que ele quisesse me levar para conversar. Estava completamente enganada. Ele me carregou durante todo o caminho, um pouco além do quintal, até um balanço de madeira. Olhei com mais atenção para o balanço. Algo nele me fazia querer chorar.

Lysandre se sentou no balanço e me acomodou melhor em seu colo, me fazendo enlaçar os braços em volta de seu pescoço, quando pegou impulso para nos embalar. Ele ficava o tempo inteiro me olhando e sorrindo, de repente, fechou os olhos e começou a cantar.

- Lysandre:

“Uma vez mais, sei que me deixei levar                       "Once again, I have to let me take

Uma vez mais, fui tolo e perdi a razão.         Once again, I was foolish and lost the reason.

Me deixei levar, sem olhar por onde ia     I let him take, not looking where he was going

Fui descuidado, um tolo insensato!                                     I was careless, a foolish fool!

 

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.                                                                                                                         I was.

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.”                                                                                                                      I was.”

 

Logo que ele começou a cantar, me surpreendi com a beleza de sua voz.

- Lysandre:

“E mais uma vez, meu sangue escorreu.                                    “And again, my blood ran.

Agora eu sei, o espinho da rosa não sai!    Now I know, the rose thorn doesn’t come out!

Me iludi, intoxicado por seu perfume.                     I eluding, intoxicated by her perfume.

Tudo, por me apaixonar, pela flor errada!”      All for fall in love with the wrong flower!”

 

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.                                                                                                                         I was.

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.                                                                                                                         I was.

 

Ninguém vai me abraçar, ou me socorrer.                        No one will hold me or help me.

Só tenho você agora, aqui ao meu lado.                   I only have you now, here beside me.

Então por favor, me ajude, me cure!                                       So please help me, heal me!

Tire de mim, o espinho dessa Rosa!                                    Take me, the thorn that Rose!

 

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.                                                                                                                         I was.

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.                                                                                                                         I was.

 

Fui sendo levada pela melodia que, mesmo eu não conseguindo entender, não podia esconder o profundo pesar em sua voz. Nossos corações pareciam bater á mesma velocidade. Nunca havia me sentido tão calma, não na presença dele. Sem interromper a canção, Lysandre abriu os olhos e passou a olhar para os meus.

- Lysandre:

“Em suas mãos, minha pobre alma segure.                  “In your hands, my poor soul hold.

Não me deixe cair, por favor!                                                   Don't let me down, please!

Sei que também está ferida, então                                           I know you're too sore, then

Se for capaz de me aceitar...                                                           If able to accept me...

 

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui.                                                                                                                         I was.

Longe, longe demais!                                                                             Far, far too much!

Eu, fui. “                                                                                                                    I was.”

Em meio á um suspiro, Lysandre encostou a testa na minha. E, ainda sustentando meu olhar, terminou a canção com um sussurro, que somente eu pudesse ouvir, ainda que estivéssemos sozinhos ali.

- I'll never leave you – fechou os olhos e sorriu – Sei que não deve ter entendido nada da letra da música mas, precisava cantar pra você – parou o balanço e me envolveu com os braços – Jamais vou te deixar – sussurrou com a cabeça apoiada em meu ombro – Quero que saiba disso – levantou o rosto novamente – Que vou cumprir nossa promessa.

Promessa... Nós fizemos uma promessa?

- Que promessa?

- Sei que não se lembra de nada – disse de vagar e voltou a me encarar – Então vou te contar algumas coisas – parou por um momento – Se quiser ouvir – parecia estar me pedindo permissão, então assenti com a cabeça, confusa.

- O que quer que seja, quero saber, se estiver disposto a me contar.

Depois de confirmar minha resposta, Lysandre me apertou um pouco mais contra ele e escondeu seu rosto em meus cabelos.

- Já faz algum tempo – começou – Eu tinha um irmão mais velho chamado Leigh – tinha?... – Ele morreu em um acidente de carro – entendo, deve ser doloroso pra ele me contar isso – Leigh tinha uma namorada na época – continuou – Seu nome era Rosália. Eu a amava em segredo, apesar de saber que ela nunca me notaria – então ele era apaixonado pela namorada do irmão – Depois que Leigh morreu, porém, ela acabou ficando cada vez mais e mais debilitada. Não importava o que fizessem tentando ajuda-la, Rosa não conseguia superar a perda do meu irmão – o senti soluçar – Eu... Tentei consolá-la e dar apoio á ela, não conseguia vê-la naquele estado e não fazer nada!... Ainda faço isso – respirou fundo, se acalmando – Ainda sim, sabia que ela jamais me amaria do mesmo jeito que amava Leigh.

Ficamos um longo tempo abraçados em silêncio, antes que ele continuasse.

- Foi naquela época – recomeçou – Você e Castiel viviam brigando e se desentendendo – Castiel?... – Tanto eu como você, estávamos em conflito com as pessoas que amávamos – o que ele quer dizer é que eu estava apaixonada pelo...?! – Foi então – se afastou e me encarou – Que um dia, bem aqui – olhou em volta – Decidimos que não iriamos mais chorar sozinhos. Se nosso destino era sofrer por conta de um amor impossível, ao menos, teríamos um ao outro.

Não conseguia desviar os olhos ou mesmo falar. O Lysandre estava me dizendo agora era... Não. Não era exatamente uma confissão. O que ele quis dizer com isso, foi o quanto é dependente de mim e... Que eu também era do mesmo jeito.

- Então nós... – pensei mais um pouco – Mas você é meu primo e... – Cramba! Isso é tão confuso!

- E dai? – explodiu de repente -Você sempre soube quem eu amo e eu quem você ama. Porém, nada disso nos impediu de amarmos um ao outro – declarou - Apesar disso ter acabado se tornado algo mais do que apenas um consolo em relação aos nossos amores proibidos...  – trincou os dentes e depois de um momento lutando contra algo dentro de si, voltou a me encarar - Imagino que o que sentimos, se tornou algo um pouco além de uma mera paixão, certo?

Me olhou nos olhos de modo tão sério, que parecia que eu nunca o tinha visto de verdade, até agora.

- Eu te amo Lenna – segurou meus ombros – E nunca tive tanta certeza disso quanto tenho agora.

Aproximou nossos rostos e me beijou, me deixando completamente sem ação. Lysandre... Me ama? Ele disse que me ama de verdade... Depois do beije, tomei o controle sobre mim mesma novamente e respirei de vagar, tentando me acalmar.

- Me desculpe – comecei – Mas, não tenho certeza se posso corresponder á isso, eu... – porque tudo tem que ser tão confuso?! – Eu não sei o que eu sinto e...

- Não se preocupe – me interrompeu e suspirou, parecendo aliviado – Ainda que você não tenha certeza agora ou mesmo que não possa me corresponder – sorriu – Vou continuar mantendo nossa promessa.

- Promessa?

- Vou sempre estar ao seu lado – inclinou a cabeça e sorriu inocentemente – Ainda que não precise de mim – não consegui compreender o sentido daquilo, ele riu vendo minha cara confusa – Não encha sua cabeça com coisas desnecessárias – bagunçou meu cabelo – O que quis dizer foi exatamente o que disse – continuou – Serei seu e somente seu, daqui por diante. Mesmo com a possibilidade de que você não possa me amar, meu coração já é seu – sorriu como se aquilo fosse um pouco doloroso – Percebi o quanto me importava com você muito tarde – olhou para o chão – Depois que você perdeu todas as memórias sobre mim – sorriu fraco e voltou a me olhar nos olhos – Percebi o quanto te amava.

Por algum motivo, tudo aquilo havia comovido e, ao mesmo tempo, havia me deixado muito feliz. Lágrimas começaram a rolar por meu rosto antes que eu pudesse impedir o choro. Coloquei as mãos ao redor do rosto de Lysandre.

- Vou pensar com carinho sobre o que me disse hoje – falei de vagar – E, mesmo que eu não possa lhe retribuir de forma apropriada – me aproximei e beijei seus lábios suavemente, um selinho demorado e calmo, enquanto ele me fitava sem se mexer, atordoado e surpreso – Não vou esquecer dessas palavras – o encarei – Vou me lembrar, não importa o que aconteça! Vou lembrar que tenho você – lágrimas surgiram em seus olhos também – E, da mesma forma  - continuei – Vou sempre estar ao seu lado! – abri meu melhor sorriso, tentando esconder o quanto tudo aquilo me abalava.

Lysandre se levantou, ainda comigo em seus braços. Me colocou no chão e enxugou as lágrimas em meu rosto. Enxuguei as dele também, o que nos fez rir, sem nenhum motivo.

- Espero que possa me perdoar por meu comportamento impulsivo desde que voltou pra casa – disse arrependido – No entanto – sorriu malicioso – Não há necessidade de se reprimir caso queira ter um momento ou uma noite á sós comigo.

- Sério? – disse indignada e envergonhada só de lembrar tudo o que havia acontecido – Sabia que esse seu lado não ia demorar para aparecer – lamentei.

- Haha – pegou minha mão – Não precisa se assustar – sorriu divertido – Você sabe que sou muito gentil e – me olhou de canto – Admita que você amou o dia em que eu fui te acordar...

Fiquei completamente vermelha com a lembrança.

- Idiota! – virei o rosto – Não sei do que está falando... – murmurei enquanto ele ria e caminhávamos para dentro de casa.

- Certo – concordou – Mesmo assim – pegou minha mão e a beijou quando entramos na sala – Não se esqueça que estou sempre á sua disposição –  sorriu de canto ao me ver ficar envergonhada – Quer assistir um filme? – sugeriu do nada.

-  Hum?... Ah, claro – sorri a contragosto – Porque não? Ah! A propósito... - me lembrei de repente - Teremos alguns novos moradores por aqui a partir de hoje...

Meu nome é Lenna Horen. Tenho dois irmãos: Kentin e Castiel. Lysandre tinha um irmão chamado Leigh e era apaixonado pela namorada dele. Conheci um garoto estranho que disse conhecer o Castiel, chamado Dakota. E... Lysandre disse que me ama.

...



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