Maya POV
Saio da empresa antes do meu pai e vou para casa, mas antes de sair da empresa, meu pai falou que eu poderia sair com Logan. Fiquei meio sem entender, mas depois me lembrei do convite do Zayn e sobre ele ter falado que iria fazer meu pai aceitar.
***
Onde você está?
Espero que esteja chegando...
Zayn? O que aconteceu?
Ainda vamos sair?
Por favor, me liga ou simplesmente me mande uma mensagem...
Zayn...
As horas passaram e nada de mensagem de Zayn. Já é 00h00min e nada de Zayn, ok Maya, ele não vai vim mais, pego meu celular e penso em mandar a vigésima mensagem para ele, mas desisti e joguei o celular na cama, desci, meu pai havia trazido a primeira e ultima mala – pequena – para a sala, sento no sofá e meu pai me olha triste.
— Logan não vem ‘né? – Pergunta se sentando ao meu lado.
— Não pai, pela primeira vez, levei um fora. – Comentei me aconchegando em seu peito.
— Acontece Maya. – Falou passando a mão pelo meu cabelo e acariciando a região.
Dia seguinte – 10h36min
Meu pai já foi para o aeroporto e faltava apenas 5 minutos para Jeremy chegar. Coloco um short digamos que pequeno e um cropped preto com detalhes dourados. Ouço a campainha tocar no andar debaixo e vou correndo atender. Abro contente e vejo Jeremy com uma cara não muito feliz, ele segurava uma pequena mala preta.
— Bom dia querido. – Digo abrindo passagem para ele entrar.
— Não começa senhorita Styles. – Falou entrando e jogando a mala em um canto da sala. Fechei a porta.
— Não seja assim Jery. – Falo com uma voz de choro.
— Você precisa usar essas roupas? – Pergunta me olhando de baixo em cima.
— Preciso Jery. Algum problema? – Pergunto chegando perto dele.
— Todos os problemas possíveis Maya! Talvez eu não consiga me controlar e posso acabar te atacando. – Falou chegando mais perto de mim, segurou minha cintura pelas laterais.
— Não consegue se controlar? – Digo colocando meus braços em volta do seu pescoço.
— Consigo, mas talvez eu não queira me controlar.
— Isso é errado, totalmente errado, você não deveria pegar a filha do seu chefe. – Comento.
— Mas é você que quer! E temos um trato, lembra?
— Lembro e gosto do nosso trato, e quero mais... – Digo bem perto do seu ouvido e pude o ver fechando os olhos.
— Agora? – Pergunta sussurrando.
— Agora! – Respondo me preparando para que os lábios dele se encontrassem com o meu.
Surpreendi-me ao sentir suas mãos deslizarem e saírem da minha cintura e ele se afastar, indo até sua mala. O olhei indignada.
— Onde vou ficar? – Pergunta.
— Você é um idiota, segundo quarto à esquerda. – Reviro os olhos.
— De quem é o primeiro à esquerda?
— Meu.
— Legal saber sobre isso. – Comenta subindo a escada.
— Eu sei. – Digo.
***
Já faz 40 minutos que Jeremy está dentro do “seu” quarto, eu não queria ir incomodá-lo e nem ser um incomodo, mas como eu não posso sair de casa sem a autorização dele, terei que ir ao seu quarto pedir.
Subo as escadas e vou até o quarto “dele”. Bato uma vez e nada, duas e nada, três e nada, então tomei a liberdade de entrar em seu quarto. Entro e não o encontro ali, em canto nenhum, ouço um barulho do banheiro, sentei em sua cama e cruzei as pernas esperando ele sair do banheiro.
Então ele sai e me surpreendo por vê-lo só com uma toalha cobrindo a partir debaixo – que inveja eu estou dessa toalha –, a me ver, se assusta.
— Não bate mais, sua louca? – Pergunta.
— Eu bati, seu louco. Mas você estava no banheiro meu bem. – Sorri olhando fixamente seu abdômen bem definido, daria tudo para colocar a mão ali, ou mais embaixo.
— Para de olhar pra mim desse jeito, vai arrancar minha toalha com esse olhar. – Disse indo até seu o guarda-roupa que já continha suas poucas roupas.
— Bem que eu queria. – Digo mordendo o lábio.
Ao ouvir alguém bater na porta principal, desço para ver quem é. Ao abrir a porta, me deparo com Zayn.
— O que faz aqui? – Pergunto com a pior cara possível.
— Vim te ver. Quem está ai? – Pergunta, olhando por cima de mim, seu olhar percorria cada espaço da minha casa.
— Não te interessa, você não me ligou ontem, eu fiquei esperando por você e nada. – Respondo quase gritando.
— Tive alguns problemas. – Disse.
— Você nem mandou uma mensagem explicando, não se importou comigo e agora aparece a essa hora na porta da minha casa, como se tivesse direito. Não sou otária Zayn. – Digo.
— Maya, quem está ai? – Ouço Jeremy perguntar e um medo fora de mim me corroer.
— É melhor você ir embora! – Falo fechando a porta.
— Maya, quem está ai? – Jeremy pergunta de novo.
— Zayn...
Antes de terminar a frase, Jeremy me puxa para dentro e ficou encarando Zayn, por trás de Jeremy pude ver um olhar nada amigável de Zayn. Aquilo não estava certo. Eu estava ferrada.
— Quem é você e o que faz aqui? – Jeremy pergunta. Eu apenas observava aquilo.
— Eu apenas vim ver Maya, isso não é problema. – Respondeu com uma voz autoritária.
— É melhor você ir embora, agora. – Ordenou.
— E se eu não quiser que ele vá? – Pergunto fazendo Jeremy me olhar com olhar de reprovação.
— Mas ele vai Maya. Ou terei que atormentar seu pai para falar o que você está fazendo?
— Mas...
— Sem mas Maya, agora você vai pro seu quarto – Ordenou apontando para as escadas —, e você vai embora, antes que eu tenha que te tirar a força.
Zayn simplesmente concordou, mas antes que a porta fosse fechada, pude ver pelo pequeno espaço que ainda havia ali, Zayn apontar para o andar de cima e sussurrar “seu quarto”. Subi as escadas nem ligando para o que Jeremy exclamava, entrei no meu quarto e tranquei a porta. Segundos depois sou surpreendida por Zayn na porta do meu quarto – a que dá visão para o jardim e piscina, quando meu pai começou seus negócios, reformou toda a casa e construiu um jardim e piscina no fundo do nosso terreno –, sorri e sentei-me na cama, a me ver, ele também sentou.
— Eu quero me desculpar com você, juro que não foi minha intenção te magoar, não agora, no começo do nosso relacionamento. – Zayn dizia olhando para seus pés.
— Acho que posso te desculpar, mesmo não querendo. Isso está tão complicado para mim, não sei se devo continuar a ter esse tipo de relação com você. Eu mal te conheço. – Digo olhando para qualquer ponto do meu quarto.
— Meu nome é Zayn, tenho 38 anos, sou empresário e tenho uma empresa fora de Phoenix. Minha família não mora comigo, não sou uma pessoa que tem amigos, digamos que eu tenha apenas colegas de trabalho e nem os considero tanto assim. Não tenho namorada. Isso responde um pouco das perguntas que existem nessa cabeça? – Pergunta tocando o dedo indicador na minha cabeça.
— Podemos dizer que sim, e se você é empresário, deve conhecer meu pai? Harry Styles? – Pergunto.
— Conheço, mas só por sermos empresários e termos indiretamente um negocio juntos. Mas fora disso, não o conheço. Apenas o conheço como O empresário Harry Styles.
— Indiretamente? O que isso quer dizer? E porque vocês não conversam sobre negócios? Você deve ter grandes propostas para a empresa do meu pai e ele também deve ter para a sua.
— Isso não te interessa Maya, são negócios que só nós entendemos. Você não entenderia, e desejo que seja assim. – Disse se levantando e indo para minha mesa onde havia um macbook e alguns livros, canetas etc.
— Você por acaso é rival do meu pai? Qual é Zayn. Por que não pode simplesmente responder minhas perguntas? – Pergunto indignada.
— Por que essas não são coisas do seu interesse Maya, eu já disse e não sou obrigado a repetir! – Exclamou alterando a voz e me assustando. Levantei-me rapidamente e fui até ele.
— Saia do meu quarto, saia da minha casa. Quem você é para gritar comigo seu imbecil? VOCÊ É RIDÍCULO! – Grito o empurrando para fora do meu quarto.
— Maya, calma, espera... Por favor, me desculpe. Eu não queria ter gritado com você. Por favor, olha pra mim. – Pediu ele colocando suas duas mãos no meu rosto e encostando-me na parede. — Me desculpa.
— Cala a sua boca. Você é horrível, nem sei por que me envolvi com você, eu sou uma otária mesmo. Mas agora não quero mais nada, antes eu também não queria, mas agora é definitivo. Sai daqui! – Ordenei.
— Não faça isso... – Falou olhando em meus olhos. Marejaram-se-lhe os olhos. E ali eu tive plena certeza que na minha frente havia um homem desconhecido, e apaixonado por mim. Ou possessivo.
— Quem é você e o que quer comigo? – Pergunto fria sentindo lágrimas se acumularem nos meus olhos.
Eu não sabia o motivo pelo qual meus olhos estavam marejados, mas me senti prendida a Zayn, de uma forma totalmente estranha. Como nunca senti por ninguém. Eu não poderia negar o medo que se fazia presente em mim, mas ao mesmo tempo, eu queria estar ali, queria viver aquele momento, como se ele fosse o meu alicerce, ou simplesmente o complemento para a minha vida. Como sei que meu pai, era para a minha mãe.
— Não diga nada, apenas fique comigo. Apenas deixe que eu seja seu. Permita-me te ter Elisa... – O que? Como assim, Elisa?
— Elisa? – Pergunto e seus olhos arregalam, como os meus, o empurro. — Como você sabe o nome da minha mãe e porque me chamou de Elisa? Quem é você? – Pergunto mais uma vez sentindo as lágrimas escorrerem pelo meu rosto, antes que eu o metralhasse com mais perguntas, ele sai correndo e desce pela escada branca de madeira que dava do jardim até meu quarto.
Sentei-me na cama ainda chorando, sem motivo algum e o nome de minha mãe e o fato de Zayn ter me chamado pelo nome dela, martelavam sem parar na minha cabeça, eu não entendia o que aconteceu. Não entendia o porquê de eu ser chamada pelo nome dela. Sou desperta dos meus pensamentos quando ouço Jeremy bater freneticamente na porta. Paro imediatamente de pensar e vou até a porta abri-la, no caminho, limpando as únicas lágrimas que restaram.
Abro a porta e Jeremy me empurra para dentro, entrando em meu quarto e olhando para cada pedaço daquele local. O olho sem entender e então seu olhar se direciona a mim.
— Ele fez algo com você? – Pergunta vindo até mim. — Maya, você está chorando?
— Ele não fez, e sim, estou chorando porque garotas normais de 16 anos choram. Agora sai do meu quarto e, por favor, não conte ao meu pai sobre isso. – Peço.
— O que aconteceu aqui Maya? – Pergunta segurando meu rosto, como há minutos atrás Zayn segurava.
— Por favor, Jeremy... – Peço mais uma vez fechando os olhos, permitindo que mais lágrimas caíssem.
Antes que eu pudesse terminar a frase, sinto os braços de Jeremy me envolver em um abraço calmo e cheio de carinho, e esse é o lado que eu mais admiro nele. O lado carinhoso, que se importa e não deixa que algo ruim aconteça, mesmo se for uma pessoa que ele não conheça. Permiti que mais lágrimas caíssem, aquele abraço tinha o poder de fazer qualquer mal desaparecer, mas agora não estava adiantando muito. Eu estava ali, abraçada com ele e chorando sem motivo.
É magnífico quando um abraço conforta todo o sentimento de alguém, mas nada se compara a querer um abraço de quem nunca te abraçou.
I feel loved by someone who is gone.
(Me sinto amada, por alguém que já se foi.)
Mom.
Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.
Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.