História Diary of a Princess(HIATUS ) - Querido diário

     Engraçado,eu faço de tudo para não machucar os outros,mas eles, não pensam nem duas vezes antes e me machucar.

                                                                                           -Venuxz

P.O.V. MALIA

Querido diário,como mais um dia na minha vida patética,acordo  com Kira em meu pescoço ,tentando me fazer levantar pra ir à aula. Tipo assim,nada demais.

--Malia! Fala sério né? Passamos por isso todo dia ,e você nunca acorda antes de eu estar prestes a te estrangular. -fala Kira com muita raiva, me fazendo sorrir antes de abrir os olhos.

--Preciso manter a rotina,Kira! -falo sorrindo assim que vejo a cara irritada da minha amiga.

--Eu vou matar você ! -ela fala pausadamente ,joga uma almofada na minha cabeça e sai andando.---Se arruma logo!

--Bom dia pra você também. -grito e levanto para me arrumar.

Pois é diário, desde que mina mãe morreu tive que morar aqui ,nesse orfanato, Kira foi a única que me entendeu ,ela também tinha perdido a família,ela disse que foi em assalto e que não estava com eles no momento.

Já eu perdi minha mãe em um acidente de carro,eu estava com ela no dia,infelizmente ela não sobreviveu ao impacto. Eu tive mais sorte,consegui sobreviver,mais tive que ficar hospitalizada por meses,quando acordei do coma a primeira notícia que os médicos tiveram que me dar foi que minha mãe não tinha resistido ao acidente.

Eu nuca conheci meu pai,sempre que perguntava sobre ele só recebia como resposta que ele era muito ocupado,mais que me amava muito e que pudesse não teria nos abandonado ,mais que tinha responsabilidades maiores.Hoje em dia nem sei se era verdade,já que aprendi do jeito mais difícil como era ficar sem ninguém .

--Você vai continuar enrolando,ou vamos pra escola? -grita Kira. Termino de arrumar meu uniforme. Eu não sou vaidosa ,nem um pouco, na verdade não sou o tipo de menina que chama a atenção dos meninos ,sou mais do tipo que os repeli. Talvez seja pelos óculos ,o aparelho,o cabelo bagunçado e o constante mal humor com a sociedade.

Termino de me arrumar e vamos pra escola caminhando.

--Por que essa cara? -me pergunta Kira.

--Porque eu odeio a escola.é simplesmente o pior lugar no mundo, onde te torturam psicologicamente e te obrigam a estudar coisas que você nunca vai usar na vida.

--Que revolta.Relaxa Malia,falta pouco tempo para nos formar,e irmos embora do orfanato pra sempre em rumo a Paris... -ela fala sonhadora.

Quando eramos pequenas nós prometemos uma para outra que quando nos formássemos iriamos para França.Na época assistíamos muitos filmes onde na França tudo era maravilhoso.Então sempre que conseguíamos algum dinheiro,guardavamos para poder viajar . Nem dá pra acreditar que estamos tão perto.

                                              . . .

--Se " x " é negativo," z " é o quê? -pergunta a professora enquanto eu grifava as informações do livro.--Malia?- por que eu Deus?

--Oi? -pergunto confusa com a caneta na boca.

--Pode me dizer a resposta? -a professora enciste.

--Ham... não...?!

--Licença professora?-salva pelo gongo.-- Estão chamando a senhorita Tate na direção.-fala uma mulher com roupa social, parece não passar dos 35 anos,deve ser mais uma das estagiárias da diretora . Recolho meu material, dou uma olhada na Kira que me olha confusa com uma cara de : " o que você ?". Saio seguindo a mulher que acaba de me chamar.

--O que querem comigo? -pergunto enquanto andamos.

--Você vai saber quando chegarmos...-me responde misteriosa. Quando entro na sala vejo uma senhora elegante sentada de costas pra mim, e a diretora conversando com a maior cara de falsiane.

--Me chamou ? -pergunto a diretora ,logo que falo é revelado o rosto da senhora.

--Sim! A senhorita Loretta Hale gostaria de falar com você. -ela fala toda manhosa como se focemos melhores amigas.

--Comigo? -ela assente me deixa sozinha com aquela senhora.

--Oi Malia... Sei que deve estar confusa por estar aqui.

--é,estou. O que deseja comigo?

--Reconhece? -ela me entrega uma fotografia de um homem,que reconheço por fotos que minha mãe mostrava na minha infância.

--É meu pai... a senhora o conhece? -me interesso cada vez mais pelo rumo dessa conversa.

--Ele é meu filho... sou sua avó.

                 Pois é diário, loucura né?