História Dias de Inverno (Camren) - Chapter Three

As meninas tinham acabado de sair da sorveteria, caminharam lentamente, conversando e rindo uma das outras, se separaram quando chegaram numa divisa de suas ruas. Dinah e Normani como são vizinhas foram na mesma direção, Ally seguiu para um lugar diferente, pois a mesma disse que não iria para casa agora porque tinha que resolver algo, já Camila que morava não muito longe, caminhou sozinha para sua casa.

Era coisa de sua cabeça ou aquela rua parecia silenciosa demais? Não sabia ao certo, mas não gostava de silêncio, afinal, sua casa já é bastante silenciosa.

A morena ainda sentia-se observada, e isso a estava irritando cada vez mais. Apressou o passo e depois de poucos minutos chegou á sua casa.

Suspirou ao fechar a porta e jogar seus sapatos em qualquer lugar do cômodo – Se um de seus pais tivesse visto isso, com certeza estaria ferrada. Foi até seu quarto e tirou suas peças de roupas, colocando apenas um vestido solto um pouco transparente. Sexy á parte.

Andou até a sala e ligou a televisão para acabar com aquele silêncio, odiava se sentir sozinha, mesmo estando. Colocou sua música preferida – Who are you. E começou a cantarolar, até uma mensagem chegar, Camila abriu.

‘’Você está realmente bonita ao meu ponto de vista, mas que tal jogarmos um jogo?’’.

Camila já estava de saco cheio! Não, não ia ficar calada dessa vez. Começou a digitar duramente e enviou:

‘’Acho que está na hora de você parar com essa brincadeirinha imbecil, idiota!’’.

Sentiu-se aliviada ao enviar, jogou-se direto no sofá, pois tinha se sentado para escrever. Depois de alguns segundos uma resposta foi enviada.

‘’Você ainda não me respondeu, e por que fala comigo como se fosse um homem? Posso muito bem ser uma de suas amiguinhas que estavam agora pouco com você’’.

– Sabia que alguém estava me seguindo! – Pensou a garota não muito surpresa. Sem nem mesmo ter respondido, pois com certeza não seria nenhuma de suas amigas. Outra mensagem lhe foi enviada.

‘’Ei! Não olhe para esse celular sem me dar uma resposta!”.

Camila hesitou, resolvendo não responder novamente, não sabia bem, mas parecia que estava sendo observada.

‘’Estou ficando com raiva de você minha flor’’.

Ao ler a mensagem, escutou um som vindo da cozinha. Não deveria ir, quantas vezes personagens de filmes e séries se ferraram por serem curiosos? Muitas. Apressou-se, correndo drasticamente para dentro de seu quarto e trancando a porta em seguida.

Enrolou-se em seu cobertor, podia ser idiota, mas se sentia segura ali, além do mais, era um tanto confortável. Depois de longos minutos, colocou a senha no celular, o desbloqueando, vendo que não tinha recebido mais nenhuma mensagem. Aliviou-se tirando o cobertor de cima da cabeça e do resto do corpo.

Saiu do quarto sem fazer barulho, e foi andando até a cozinha do mesmo jeito, observando todos os cantos da casa, não notando nenhum sinal de vida, apenas a televisão que continuava ligada.

Ao chegar ao local desejado, notou que um vaso com uma flor tinha caído. Claro poderia ter sido o vento, mas aquela flor branca não estava ali, não era dela, e a pobre Camila só continuava a ficar mais assustada. Alguém tinha entrado ali, pela janela, pois as portas estavam todas trancadas.

Procurou por toda a casa com um cabo de vassoura em mãos, para atacar qualquer coisa ou pessoa que fosse estranha, mas a única coisa em que bateu foi num urso que estava guardado no porão.

Foi para o banho, jantou e fez coisas banais até ficar cansada e ter que dormir preocupada.

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– Camila, você está com uma cara horrível, não dormiu bem? – Perguntou Normani ao seu lado de frente a escola. Camila bocejou e logo depois a respondeu.

– É que fui dormir tarde Mani, nada importante, não se preocupe comigo... – Respondeu tentando tirar a preocupação da amiga, mas só a fez aumentar. Para Normani, ela estava dizendo muito isso ultimamente.

Normani a olhou sem acreditar em nenhuma de suas palavras. – Olha, que tal tomarmos um café agora? Cafeína ajuda a passar o sono, desse jeito você não aguentará uma aula... – Aconselhou. Camila assentiu, estava mesmo cansada, não conseguiu dormir nem um pouco assustada com tudo.

As duas saíram caminhando até uma lanchonete bem conhecida por ser bem diversificada.

– Mila, por que você fica olhando para esse celular de vez em quando? – A amiga perguntou, mas antes de Camila responder ela continuou. – Não me diga que você seguiu o conselho da Dinah e está falando com a Lauren? – Perguntou sem esperar resposta.

– Não, não! – Negou toda a situação. Realmente não teria sido ruim se tivesse feito aquilo, mesmo sendo pessoal, Camila era bissexual e ás vezes até gostava de ver as amigas se trocando. Com todo o respeito, mas o corpo da Normani era de dar inveja em muitos. – Eu não segui conselho de ninguém, apenas estou participando de um sorteio sabe? Daquele grupo de garotas que eu acompanho.

– Você e essa mania por gringos... – Comentou Normani um pouco decepcionada com sua resposta, mas tinha que concordar que as músicas delas são maravilhosas. – Melhor bebermos no caminho Mila, vamos. – Chamou Camila, e a mesma apenas a seguiu para a escola.

No caminho acabaram trombando com duas garotas, que para o azar, ou sorte, de Camila, era Lauren e uma de suas amigas.

– Ei, me desculpe! – Camila se desculpou e sorriu para as duas que sorriram de volta. Sim, além de ser uma deusa, o sorriso era mais lindo ainda. Se não quisesse passar vergonha já tinha levado um tombo.

– Não foi nada. Até mais! – Acenou para as duas amigas e saiu com sua acompanhante para dentro da escola. Camila e Normani ficaram apenas esperando elas saírem.

– Que pedaços de maus caminhos! – Disse Normani um pouco alto fazendo Camila rir. – Te dou total apoio se for pra conquistar ela, mas primeiro ver se a Allycat aprova né? – Camila assentiu e riu junto á amiga. As duas finalmente entraram na escola, graças que o sinal ainda não havia tocado, mas deu tudo certo.

Camila tinha se distraído mais, a companhia de sua amiga era realmente adorável, não se via negando um pouco de atenção delas, e nunca as deixaria só, faria qualquer coisa por elas e tentaria ao máximo não machuca-las ou envolve-las nessa situação.

O problema agora era seu, somente seu!