1. Spirit Fanfics >
  2. Dias De Verão >
  3. Dia 15 De Agosto

História Dias De Verão - Dia 15 De Agosto


Escrita por: Lady_Roche

Notas do Autor


Essa é a minha fic Joshler de suspense, e estou muito feliz em escreve-la, espero que vocês gostem. Caso vocês prefiram ler pelo Wattpad nas notas finais tem o link direto para a fanfic.

Capítulo 1 - Dia 15 De Agosto


Fanfic / Fanfiction Dias De Verão - Dia 15 De Agosto

[ Josh Pov's]

No dia 15 de Agosto, perto de meio dia e meia da tarde eu acordei com a claridade do sol batendo em meu rosto, eu não queria sair de baixo dos edredons mas o calor que estava fazendo parecia me deixar doente, eu levantei e retirei as camadas de edredons de cima de mim e me sentei respirando fundo olhando para o piso branco como a minha mente.

O barulho das batidas incessantes na porta do meu quarto me acordaram desse breve transe, eu olhei para a porta e ouvi minha mãe dizer.

:- Josh já passou da hora de ficar deitado meu filho, sai desse quarto e vai aproveitar o sol lá fora.

Eu ia dizer que preferia ficar em casa jogando Mário kart na sala e comendo salgadinho mas as palavras não saíram a tempo para me defender.

:- E nada de videogame hoje, isso mata os neurônios, bota uma roupa fresquinha e vai brincar com os vizinhos.

Ouvi seus passos se distanciarem e me levantei da cama, olhei para a minha janela aberta, o céu estava azul como um lago em dias de verão sem nenhuma nuvem para atrapalhar a visão, mas azul não é uma cor alegre, não para mim, o som das cigarras lá fora me irritavam eu fechei meus olhos e vi pequenos pontos, vermelhos,amarelos e laranjas dançarem no meio do fundo preto.

E é exatamente assim que o verão é, eu o descrevo em cores amarelas chamativas, laranjas nauseantes e vermelhos sedentos por atenção, afinal pra isso que essa estação existe, para chamar atenção e se diferenciar da melancolia invernal.

abri meus olhos e decidi ir me vestir, meus armários são cheios de roupas pretas, calças, blusas, bermudas, e etc.. Mas minha mãe decidiu que preto todo dia era proibido nessa casa então preto só duas vezes na semana, e infelizmente hoje é o dia das cores felizes e agradáveis, peguei uma blusa branca e minha bermuda camuflada, a segunda favorita de todas as bermudas que tenho, a primeira é preta mesmo se você quer saber.

Calcei o chinelo que estava do lado da minha cama e decidi que estava pronto pra sair do quarto, abri a porta e sai sem a fechar, passei pelo quarto da minha irmã e ela estava deitada na cama cercada de bichos de pelúcia escutando alguma banda teen famosinha enquanto mexia em seu notebook sorrindo para a tela, acho engraçado, ela se trancafia no quarto e eu que tenho que sair e fingir que amo socializar com os filhos irritantes do Gerard.

Desci as escadas saltando os degraus de número ímpar, e finalmente cheguei na sala, a televisão estava ligada em um canal de notícias aleatório e meu pai assistia mas parecia que ele não escutava o quê o jornalista dizia, pelo menos eu não olharia com tanta normalidade as imagens violentas carregadas de manchas vermelhas de o ódio.

Pelos barulhos de vasilhas batendo na bancada da cozinha eu já sabia aonde minha mãe estava, parei de andar e me encostei no batente da porta, observei ela ir de um lado para o outro enquanto reclamava que a Abigail não guardava nada no lugar certo, vi que tinha uma cesta com frutas no meio da bancada e peguei uma maçã, e fiz carreta para as bananas amarelas com pintas pretas desordenadas.

Passei pela minha mãe e fui em direção a porta da frente, a abri e respirei o ar não poluído de Ohio segundo o instituto ambiental estadual, mal sai de casa e já podia ouvir os risos dos meus vizinhos, eu não gosto deles, são dois meninos arrogantes que só sabem contar vantagem e esnobar o quanto o pai deles é rico, e como as bicicletas que eles ganharam são melhores que todas da vizinhança.

Eu passei direto por eles, não sabia aonde ia mas com esses dois eu não ficava, enquanto andava senti alguém me empurrar pelo ombro e estava tão distraído que levei um susto, mas me acalmei assim que ouvi a risada que eu mais gostava de escutar, porém não ouvia isso à muito tempo, me virei e vi o Tyler sorrir como se me ver fosse motivo para tamanha felicidade, ele me abraçou e acariciou as minhas costas, o abracei de volta e encostei meu rosto na curva de seu pescoço inalando o cheiro que se desprendia da sua pele, depois de algum tempo nôs separamos e Tyler disse.

:- Eu senti saudades sua, acho que você até cresceu um pouco mas ainda é menor que eu.

Ele disse esboçando um sorriso bobo, enquanto me olhava, eu poderia até estar diferente mas ele continuava o mesmo, um pouco pálido talvez mas como não somos muito de sair de casa acho que não tem como o sol fazer efeito e por um pouco de cor na nossa pele.

:- Tyler por onde você andou esse mês todo? Eu liguei pro seu celular e ninguém me atendia, e quando fui falar com a sua mãe ela bateu a porta na minha cara. Pensei que ela gostasse de mim.

Ele pareceu um pouco chateado pela pergunta, penso até que vi sinais de tristeza passando por seu rosto.

:- Como me machuquei feio dá última vez que fomos explorar a floresta, minha mãe falou que não posso andar mais com você, hoje decidi burlar essa regra.

Tyler falou bem baixo olhando para o chão como se me contasse um segredo, eu peguei em sua mão e entrelacei nossos dedos, ele olhou para nossas mãos dadas e sorriu.

Eu já disse que amo o seu sorriso? Mesmo sem dizer tenho certeza que ele sabe disso.

:- Então se não podemos entrar na floresta o que vamos fazer? Não quero reclamar mas aqui não é um lugar cheio de opções.

Tyler também parecia não saber para onde ir mas sua expressão mudou como quando alguém lembra de algo e sente uma euforia momentânea mas depois de segundos ela se esvai.

:- Tem um parque novo perto da rua Sydney,onde estão construindo aquele prédio gigante, é meio longe mas vale a pena andar até lá.

Pensei um pouco até lembrar aonde essa rua exatamente fica, e acho que sei o caminho.

:- É melhor começar a andar, eu não quero ter que voltar no meio do caminho só porque não deu tempo de chegar lá.

Tyler andava apressado me puxando pela mão, mais um pouco e eu poderia dizer que estávamos correndo, eu não notei o quanto senti falta dele até ele aparecer e me lembrar o porquê, ele era espontâneo de um jeito que eu jamais poderia ser, Tyler andava olhando para as borboletas que voavam no céu, enquanto eu ignorava os detalhes do dia ele apenas os admirava, ele apontava e falava sobre tudo que chamasse sua atenção no meio do caminho e eu me satisfazia em apenas concordar com o seu falatório sem fim.

Estávamos a passos de distância do parque quando um gatinho preto cruzou nosso caminho, Tyler soltou a minha mão e correu para pegá-lo, ele segurou o gato em seu colo e acariciou a sua cabeça enquanto o gato ronronava de felicidade.

Nôs sentamos nos balanços do parque em silêncio, Tyler com o gato em seu colo e eu me balançando devagar, estava pensando em algo que não saia da minha cabeça e tive que o perguntar.

:- Tyler quando eu liguei pro seu celular, falaram que o seu número não existia mais. O que aconteceu?

Tyler não olhou nos meus olhos quando ele me respondeu, olhou para o lado, para o gato, menos para mim.

:- Eu estou com outro número agora Josh, não se preocupe que depois eu te passo.

Não sei se acredito nisso, mas nesse momento eu prefiro acreditar, olhei para o céu, o sol estava tão brilhante que chegava a me dar náuseas, escutei o Tyler murmurar despretensiosamente ao meu lado.

:- Sabe eu não gosto muito do verão... 

O gato preto pulou do colo dele e como se ele fosse seu você correu e eu corri atrás de você feito louco tentando te alcançar, eu já estava ficando sem fôlego e parei quando o gato atravessou a rua mas você não parou e no meio do caminho o sinal do semáforo mudou subitamente para vermelho, um caminhão passou de repente e te acertou enquanto eu gritava.

A cor do sangue vermelho misturado com o seu perfume me chocou, eu soluçava vendo as cores saindo do seu corpo para pintarem o asfalto, os pedaços de vidros manchados no chão e as vozes, tudo destruído em sua volta, eu não consegui raciocinar, o calor que parecia mentira me dizia.

"Isso tudo é real"

Minha visão escureceu, manchada de pontos vermelhos e azuis, o som das cigarras ao fundo me levaram para o mundo dos sonhos.

 

 


Notas Finais


Link para o Wattpad: http://my.w.tt/UiNb/r9BAxWnPRx

⣧Notas da Loly ~<3⣼
Isso não é nada do que eu estou acostumada a escrever mas estou gostando do resultado. Depois de várias mensagens privadas perguntando qual é o meu @ no twitter eu percebi que vocês não entram no meu perfil.

Meu twitter é :@vessinx
Espero que vocês tenham gostado e até o próximo capítulo


Gostou da Fanfic? Compartilhe!

Gostou? Deixe seu Comentário!

Muitos usuários deixam de postar por falta de comentários, estimule o trabalho deles, deixando um comentário.

Para comentar e incentivar o autor, Cadastre-se ou Acesse sua Conta.


Carregando...