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História Dias em Pemberley - Capítulo 15.


Escrita por: ElizabethB

Notas do Autor


Sim, eu sei, de novo. Mas em minha defesa eu não disse que postaria no mesmo dia, eu disse que "provavelmente" postaria no mesmo dia.
Eu sei, isso é uma só uma desculpa esfarrapada para minha mancada...

De qualquer forma aqui vai um cap. fresquinho e quentinho. Ei imaginei ele mais curto, com no máximo 700 palavras, mas ele acabou saindo do controle. De qualquer forma eu espero que gostem ^_^

PS: tem alguns recados interessantes no final, então se quiserem leiam.

Capítulo 15 - Capítulo 15.


Fanfic / Fanfiction Dias em Pemberley - Capítulo 15.

 

Elizabeth – Algumas horas antes. 

Ouço alguém bater na porta e vejo-a sendo aberta em seguida. 

_Elizabeth? – diz Darcy ao entrar lentamente no quarto. 

_Esse quarto também é seu, não há necessidade de bater na porta antes de entrar. 

_Estava receoso de que estivesse dormindo. 

_Não estou – respondo sorrindo. 

_Esta pronta para se livrar dessa cama? Hoje poderá começar a andar pela casa, não é assim? 

_Sim. Mal posso esperar para recuperar-me logo. 

_Venha, estou aqui para leva-la para a sala de chá. 

Nesse momento ouço novamente uma batida na porta. Era Mrs. Reynoldes. 

_ Com licença Mr. Darcy, mas chegou uma carta com urgência para o senhor. 

_Quem é o remetente? – pergunta Darcy. 

_ Sir Thomas Bertram. 

Meu marido dá um suspiro resignado. 

_Não pode resolver isso depois Darcy? – pergunto. 

_Infelizmente não. Sir Bertram passa pouquíssimo tempo nesse continente. Tenho que resolver meus assuntos com ele antes que ele decida partir novamente para as Índias Orientais. Mas vou pedir para alguém vir acompanha-la para a sala onde encontrará a companhia de sua irmã. 

_Prefiro esperar-te para que desça junto comigo. 

_Se assim prefere... 

_Mas posso pedir para que ao menos me leve até a varanda? Gostaria de esperar a sua volta lá. 

_Claro minha querida. 

Depois de me ajudar a sentar em uma cadeira mais afastada Darcy sai para resolver seus problemas. 

_Passarei mais tarde para ver se precisa de algo - Mrs. Reynoldes ao se retirar do quarto em seguida. 

Olho o horizonte de Pemberley encantada com o verde que cobre todo o parque. A brisa suave que bate em meu rosto é refrescante e reconfortante, antes que eu desse por mim já havia adormecido. 

Acordo não sei exatamente quanto tempo depois com ruídos vindos do quarto. “Darcy já deve ter chego para levar-me para a companhia dos outros”, pensei. Mas, assim que ouvi o teor da conversa me calei e fiquei a escutar. 

_Ann, não deveríamos voltar logo a cozinha? 

_Fique quieta Gabrielle! Você não quer que a “nova senhora de Pemberley” acorde e nos encontre aqui, não é? 

_Era apenas para trazermos uma leve refeição para ela. Ela esta dormindo, deixemos a comida naquela mesa próxima a cama e vamos logo voltar aos nossos afazeres... 

_Não me conformo ter que servir a gente de tão pouca classe. Essa mulher não tem o que é necessário para ser esposa de Mr. Darcy. 

_Tudo bem, certo. Mas não falemos disso aqui, vamos para a cozinha por favor. 

_Tudo bem! Tudo bem! Você parece uma rata assustada. Cruzes. 

A curiosidade e um pouco de perplexidade toma conta de meu corpo, e antes mesmo de haver tomado consciência eu já havia tomado uma decisão 

Assim que ouço a porta se fechar levanto em um pulo, ignorando a leve dor que sinto em meu tornozelo. Corro tanto quanto posso em direção a porta, abro-a lentamente, verificando se havia alguém por perto. Ninguém. Ouço as vozes de Ann e Gabrielle sumindo no corredor que seguia para a direita, a direção das escadas que levam para cozinha. Sigo elas com cautela, tanto para não ferir mais meu pé como para que não percebam minha presença. 

_Essa mulher é muito inferior ao Mr. Darcy. Não entendo o que ele pode ter visto nela. Até eu, uma mera cozinheira, tenho melhores condições de ser a esposa de Mr. Darcy que ela – diz a moça que se chama Ann, se não me engano. 

_Nós não deveríamos falar assim. Ela nem mesmo está aqui para se defender... 

_E que defesa uma menina da roça como ela pode ter? 

_Ann, por fav... 

_Espere... Tenho a impressão de ter ouvido algo 

Me encolho ainda mais atrás da pilastra em que me escondia, prendendo a respiração. Há um momento de silencio antes que elas voltem a falar. 

_Acho que não era nada... 

Elas seguem caminhando enquanto Ann me crucificava até chegarem na cozinha, me encosto na parede perto da porta, podendo ouvir tudo o que se passa, mas sem ser vista. 

Então é isso o tipo de coisa que os empregados estão dizendo de mim? Uma lembrança que me veem a cabeça é minha conversa com Georgiana, apenas alguns dias antes, “Mas os funcionários falam tanto assim sobre mim? O que tanto há para falar? ”, foi isso que eu perguntei e agora entendo melhor o rosto empalidecido de Georgiana. Mas o que os leva a falar assim? Eles não podem me odiar tão veementemente sem motivo, apenas por ter me casado com Mr. Darcy. 

_E ainda tem aquilo... – continuou Ann. 

_Aquilo? – pelo menos Gabrielle parece tão confusa quanto eu. 

_Aquilo que me contou sua tola. Sobre os lenções de cama. 

_Hãm. Aquilo. Mas aquilo poderia ter sido qualquer coisa... 

_Não era qualquer coisa não. Os lenções estavam limpos! Ela não se casou virgem! 

_Não tem como sabermos isso ao certo, Ann... 

_Eu sei. Pode chamar de intuição feminina se quiser, mas eu conheço uma meretriz quando vejo uma. Com certeza ela não se guardou. Não havia manchas nos lençóis da noite de núpcias! 

_Eles podem não ter consumado ainda... 

_E desde quando um homem nega uma mulher deitada a seu lado na cama? Estou dizendo-te, essa Elizabeth não merecia o posto de dona de Pemberley! 

Não posso evitar me perguntar se esse foi mesmo o mundo no qual entrei, é como se agora eu tivesse varias Caroline’s, e mal suportava uma única. Começo a sentir subitamente um mal estar, uma vontade de não estar mais aqui. Amaldiçoado seja o momento que decidi começar essa perseguição. Foi infantil. Começo a pensar mil maneiras de sair. Começo a sentir lagrimas se formando no canto de meus olhos, mas trato logo de manda-las embora, recuso-me a chorar por pessoas que saíam  falando de alguém sendo que nem ao a conhecem direito. 

_Isso quem decide não é você Ann! – levo um susto com a entrada súbita da voz de Mrs. Reynoldes na conversa – Se preparasse o molho com o interesse com que fica fuxicando com os outros ele não estaria queimando. 

Ouço Ann mechendo a panela, provavelmente tentando recuperar o molho do qual falavam. 

_Perdoe-nos Mrs. Reynoldes, não era nossa intenção ofender – diz Gabrielle. 

_De boas intenções o inferno esta cheio. Só cuidem do serviço de vocês. 

_Não nos repreenda como se não concordasse conosco. Você também acha que essa Elizabeth não merece ser a esposa do Mr. Darcy. 

_O que eu acho ou deixo de achar não tem importância. Não vejo Mr. Darcy tão feliz desde antes da morte de seus pais, tudo isso graças a “essa Elizabeth”, isso é bastante para mim. Minha opinião não é relevante nesse aspecto, quanto mais a sua. Agora ponha-se no seu lugar antes que eu leve isso ao próprio Mr. Darcy, tenho certeza que ele ira adorar saber o que anda a falar de sua tão amada esposa. Agora comece a fazer um novo molho, este esta perdido. Apenas lembre-se que é muito fácil substituir uma cozinheira simplória como você. 

Não pude deixar de sorrir minimamente ao ouvir aquela fala, mas ao ouvir passos se aproximando escondo-me em um armário que tinha próximo. Mrs. Reynoldes está certa, a única opinião que importa para o decorrer de minha vida é a minha própria... 

Depois de ter certeza que não havia mais ninguém no corredor saio do armário, ergo minha cabeça e me dirijo a cozinha da forma mais digna que consigo, mesmo estando a poucos segundos atrás escondida em um armário de vassouras e de estar mancando. 

Posso ver a cara apavorada de Ann e Gabrielle ao me verem entrar na cozinha. Dirijo-me calmamente a panela de molho, pego uma colher e mergulho na papa grudenta que vejo me minha frente. Levo a colher a boca lentamente enquanto encaro Ann. 

_ Mrs. Reynoldes tem razão, você poderia ser uma cozinheira muito mais eficiente se se preocupasse mais com seu serviço e mesmo com a vida de seus patrões. 

Dito isso saio pela porta dos fundos, deixando para trás uma Ann e uma Gabrielle estupefatas. 

_Sinto muito Darcy, mas eu realmente preciso ficar um pouco sozinha para poder pensar. 

Dito isso sigo lentamente em direção as árvores mais próximas que consegui avistar. 


Notas Finais


Nesse cap. eu deixei um Easter Egg que eu acho bem massa, eu queria ver se alguém pegou a referência e conseguiu achar ^_^


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