História Diferentes - Os Murderes - 2025

PARTE I - NATAL

- Nosso primeiro natal sem Mariana. - Jéssica murmurou.

- Ela iria adorar este lugar. - Laura exclamou.

É. Ela iria. Estamos numa floresta em... Hum... Se não me engano em Baker City. Cada vez mais próximas do Canadá. O lugar é lindo, um bosque com um lago no meio, mas como está muito frio, está congelado. A neve pousa dos galhos sem folhas, tem pedaços de gelo congelado, que brilham. Está tudo tão branco, a neve é profunda, a cada passo afundamos até a metade da canela. Cavamos um pouco para passarmos a noite. Está tudo tão branco, me lembra a pureza de Mari. Sei que é minha culpa a morte dela, mas não há nada que eu possa fazer. Não posso voltar para o passado para mudar. 

- Ui, que frio. - Falei, para mudar de assunto.

- O que você esperava? Está no Natal, no topo do Estados Unidos. Esperava que estivesse 86 Fahrenheit*? - Jéssica exclamou.

- Deixa de ser grossa. - Dei um empurrão nela e ela caiu, ficando cheia de neve.

Laura deu um sorriso, ainda cabisbaixa.

- Laura? - Perguntei.

- Sim? - Ela levantou a cabeça, com os olhos brilhando.

Toquei em meu pescoço e senti meu colar. O tirei e entreguei a ela. - Pegue.

- O que é... - Ela o olhou e tentou não chorar.

- É... Era o colar de Mari. Ela me deu no dia... Bem, ela sabia que iria acontecer algo, então entregou a mim. Ela disse que era um presente. Caso ela morresse, e você não superasse, ela implorou que eu te desse isso, para você lembrar para sempre que ela nunca irá te deixar. Me lembro dessas palavras muito bem.

- Vo-você é muito... Tonta mesmo. - Ela exclamou e eu e Jéssica nos encaramos e depois encaramos Laura de novo.

- Com licença? Por quê? - Exclamei, sem entender nada.

- Não acredito que você não viu. A pérola brilha. Era o colar dela, agora virou uma mensagem. 

- Ham?

- Você nunca viu isso antes? Já vi várias pessoas na rua. Custa tipo, uns cinco dólares. Você o compra, depois grava uma mensagem quando quiser e ela fica armazenada. Só pode ser ouvida uma vez.

- Mariana nos deixou uma mensagem? - Jéssica pergunta.

PARTE II - SUAS ÚLTIMAS PALAVRAS

''Laura, Jéssica e Mia... Se vocês estão vendo isso... Bom, é porque estou morta. Já sei que provavelmente uma culpa a outra, não com palavras, mas em suas mentes. Sim, eu conheço, no caso, conhecia, muito bem vocês. Sei que deve estar dificil, não que eu esteja me valorizando demais, mas é que somos muito poucas. Somos uma família. A perda de um membro sempre é triste, se eu perdesse uma de vocês, também ficaria assim. Quero que vocês saibam, que eu já sabia que eu iria morrer. Cedo ou tarde. Só quero dizer que eu amo muito todas vocês. Vocês são minhas irmãs... No caso, Mia é algo mais. Sei que deve ter durado... O que, uns dois dias? Não sei, vocês devem saber. Estou chutando aqui. Por favor, me digam que as três ainda estão juntas. Quero dizer-lhes que não fiquem tristes. Sei que o luto é impossível de controlar, mas quando passar, não se culpem. Pensem que eu queria isso, sei lá. Acho melhor agora do que depois. Eu sempre soube que eu não ia durar. Este mundo não é para nós, e apenas os fortes sobrevivem. Eu já não aguentava mais viver deste jeito. Agora, Mia, me diga que você explodiu meu corpo se eu morri no ataque da Mariah. Eu acho que vocês não devem nem ter pensado nisso, mas eu sim. Os Diferentes tem um DNA diferente. Se eles conseguirem decodificar o código, podem criar armas horrendas contra nós. Eles não podem ter corpos de nós. Os que estão metidos no exército, os líderes nunca irão disponibilizar os corpos deles. Já os que são encontrados por ai... Bom, a coisa é diferente. Se você não explodiu meu corpo, então fujam. Onde que que vocês estejam, não estão seguras. Precisam sair daqui. Precisam sair do país, não sei. Mas não fiquem paradas. Ou temo pelo destino de vocês. Não temem os Cyclons, ou o exército. Temam o que vocês não viram ainda. Pois falta pouco para a destruição começar. Muito pouco. Graças a Deus que eu não estou mais entre vocês.''

PARTE III - OS MURDERES

Estamos perplexas. Não sei o que fazer.

- Nós temos que ir embora daqui. - Jéssica foi a primeira a falar. - Se isso que ela falou acontecer, estaremos mortas.

PIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIIII.

Este barulho estridente ecoou em nossos ouvidos. Mil vezes mais forte que os dos Cyclons.

- Que coincidência, não? - Jéssica zoou, ainda apavorada.

- Pela primeira vez na vida, imploro que sejam os Cyclons. - Laura exclamou.

Então eu vi. Acima das árvores, um robo enorme, quatro metros. Ele parou e ficou uns três segundos nos encarando. 

- Mia Hatcher. - Ele disse. - Laura Williams. Jéssica Hale.

Então, ele diminuiu de altura e ficou com uns dois metros e meio. 

- Só um nós damos conta. - Exclamei. 

Me concentrei e joguei um raio de luz violeta nele, ele ficou parado, ficou violeta e então o raio chicoteou contra nós. 

- Mas que... - Exclamei.

Ele começou a avançar contra nós, fiz um campo de força em volta de mim e comecei a jogar muitos e muitos raios magnéticos contra ele, enquanto isso Laura fez um portal em sua frente, mas ele só o atravessou, como se nada tivesse acontecido. 

- Jéssica - Laura berrou.

Então ela fez um portal na frente de Jéssica, ela entrou e um portal apareceu atrás do Cyc... Sei lá o que e Jéssica caiu em cima dele, pos as mãos na ''cabeça'' dele e ele começou a vibrar. Então a cabeça dele, com a junção de meus raios e da velocidade de Jéssica, explodiu.

- Ué... Nem foi tão difícil. - Laura exclamou.

Me aproximei do ''corpo'' do sei lá o que e li nas ''costas'' dele:

''Protótipo - Murderes''

- Contra Um protótipo nós damos conta. Já uma versão 2.0... Ou melhor, uma centena deles...

- Nós estamos ferrados. - Jéssica exclama.