PARTE I - CANSADOS
- Eu não aguento mais... - Laura disse, caindo no chão. Evan correu até ela.
- Mia, não podemos mais continuar assim! Está infeccionando... Ela vai morrer! - Ele me chamou, claramente tentando conter as lágrimas.
- E o que você quer? Que fiquemos aqui, a mercê dos Murderes, sermos mortos? Temos que continuar andando. - Exclamo e continuo andando. Mas ele pega meu pulso.
- Por quê você é tão fria? Você não derramou um lágrima quando sua amiga morreu... Pelo o que eu sei, você estavam juntas há uns doze anos...
- Esse não é um mundo para sentir... Você deveria ter aproveitado em quanto podia. Esse não é mais um mundo para viver. Apenas para sobreviver. Os mais fortes sobrevivem. Ou você sobrevive... Ou você sofre e acaba morto. Sou fria, pois sou a líder desse grupo e preciso manter vocês vivos. Coisa que eu não ando conseguindo fazer. De que lado você está: Da guerra ou dos sentimentos?
- De Laura, obvio. Pois sozinha você não sobrevive...
- Tenho certas dúvidas.
- PAREM COM ISSO! - Laura gritou, se sentando. - Deixem de ser idiotas! Mia, você não vai conseguir sozinha, e Evan, ficar comigo é morte fácil.
Evan arqueou as sobrancelhas e eu cruzei os braços. - O que você quer dizer? - Ele exclama.
- Você precisa ir. - Ela falou, sussurrando e fechando os olhos.
- LAURA! LAURA, FIQUE COMIGO! - Ele exclama, a chacoalhando e a abraçando.
Reviro os olhos, remexo em meus bolsos e pego meu último cristal.
Sento ao lado dela, ergo sua blusa e encaro o buraco infeccionado enorme.
- O que você... - Evan diz, quase em lágrimas.
Esmago o cristal e jogo o pó no machucado. Não queria gastar meu último cristal, mas mesmo não querendo admitir, Laura é a única coisa mais próxima que eu tenho de Mari. Alias, ela é minha amiga. Se fosse o Evan... Bom, não sei.
O machucado começou a cicatrizar e ela voltou a ter uma cor normal, acordando aos poucos.
PARTE II - PESADELOS
'' - Pegue isso... - Ela disse, colocando os cristais em minhas mãos. - Só use em emergencias...
- Onde você conseguiu isso?
- Eu... - Então os olhos delas encararam o nada, mesmo com um imenso corte extremamente fundo em sua barriga, sua expressão era de paz.
Me levanto, Laura e Evan lutavam juntos contra o último Murder. Entro na floresta, e caio de joelhos. Minha visão não era clara, vi alguém se aproximando. Parecia... A Mariana? Não sei. Só desmaiei. ''
- Mia... Acorde... - Evan me acorda. Levanto num pulo e percebo que meu rosto está cheio de lágrimas.
- O que...? - Exclamo.
- Calma... Não é nada... - Ele contém um riso.
- Ah. - Digo, sentando.
- Obrigado... Por salvar a Laura. - Ele abaixa o rosto.
Eu só reviro os olhos.
- Por que você é assim? Não tem sentimentos não?
- Por que você insiste tanto? Não sei, eu só sou assim.
- Você nunca gostou de um garoto na infância? Nunca amou alguém não?
- Eu gosto de garotas.
- Tá, que seja. Uma garota então. Nunca? Você fica tão estranha quando eu e Laura estamos juntos...
- Sim, eu gostei de uma já. Mas então ela morreu. Na frente de meus olhos, a alguns centímetros de mim. E então o corpo dela foi levado para um laboratório e seu DNA foi extraído, dando origem aos Murderes. E foi tudo culpa minha.
- Ah... - Ele arqueia as sobrancelhas. - Espera... Você tá afim da Laura?
- Obvio que não. Ah, desisto. Vamos dormir, por favor? Tenho que dormir para podermos sobreviver amanhã.
Fecho os olhos e deito. Ele tentou me fazer falar, mas eu não estava afim, até que eu adormeci.
PARTE III - ESCONDERIJO
- Qual é? Eu não aguento mais andar... Vamos parar na primeira casa que aparecer... Já não somos atacados por Murderes há um mês... Devemos estar longe o suficiente! - Laura exclama.
- Concordo. - Evan.
- Vocês são uns molengas. Certo. Mas não vamos ficar mais de dois dias. Da última vez que achamos que estávamos seguras, Laura... Quase explodimos.
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