História Diferentes - Tudo de Novo I - 2019

PARTE I - ESCONDIDAS

Mas o que...?

- Diga graças a Deus pela chuva, se não fosse por ela não teríamos despistado os Cyclons. - Jéssica afirmou.

- Jéssica! - Corro e a abraço.

- Ei... O que que está acontecendo?

- Você...

- MIA! - Ouço esse sussurro dentro de minha cabeça. - Sou eu a Laura. - Ah. - Ah o caramba. Você não pode parecer suspeita, Mia! Eu e Mari devemos estar lutando com os Cyclons. Se afaste de nós! 

Pulamos dentro do buraco no chão, perto de uma árvore. Era bem espaçoso para um buraco, deve caber umas quatro pessoas. Jogamos nossas mochilas num canto e Jéssica pegou um lençol marrom, tapou o buraco.

- Sério? Isso não vai enganar ninguém, muito menos um Cyclon. - Afirmei.

- Mas vai nos dar tempo. - Ah, que saudades dessa piada... 

Eu estou nos meus 15 anos... É um choque. Realmente.

- Você não sente como se algo estivesse faltando? - Jéssica murmura.

- Como assim?

- Ah, esquece. Acho que eu estou pirando. Vamos dormir, amanhã teremos um dia cheio.

PARTE II - AMANHECER

- Pst, Mia. - Jéssica sussurrou, me chacoalhando.

- Hum? O que?

- Tem um Cyclon se aproximando.

- Ah... Só um Cyclon? - Resmungo.

- Como assim só um Cyclon? Esqueceu que eles podem nos matar?

Ah, é verdade. Os Murderes ainda não existem.

- Quão longe ele está de nós? - Me levantei, guardando minhas coisas.

- Vai estar exatamente aqui em dois minutos. - Ela já estava pronta.

- Vamos então.

Saímos de nossa toca e começamos a correr até eu sentir minha barriga doer.

- Para, para ai... - Reclamei, ofegante.

- Boa ideia. - Jéssica riu, ofegante também. 

Ela me encarou.

- Estou com esse sentimento de novo... 

Percebo que logo ouvirei o grito de Mari.

- Vamos, por aqui... - Começo a andar na direção oposta, com o coração pesando.

O grito estridente de Mari penetrou em meus ouvidos.

Jéssica começa a correr em direção ao grito.

- JÉSSICA, NÃO! - Ah que droga.

PARTE III - LAU E MAH

Eu e Jéh se escondemos atrás de uma árvore grande. Era Mariana e Laura contra quatro Cyclons. Laura jogava portais para lá e para cá, quando dois Cyclon ficavam entre ela, ela abri um portal, passava por ele e ia para ao lado de Mari, assim os Cyclons pulavam um em cima do outro ou atiravam raios neles mesmos.

Enquanto isso a Mari lançava chamas para os Cyclons que se aproximavam dela, mas não parecia ter muito efeito.

- Nós devemos ajuda-las? - Jéssica pergunta.

- Não. É melhor não. - Digo, contendo as lágrimas.

Olhei quando um Cyclon transformou um de seus braços em uma lâmina gigante e foi em direção da Mariana.

Foi tudo em câmera lenta. Gritei: NÃO JÉSSICA!, enquanto a Jéssica desaparecia e apenas uma luz branca ficava por onde ela passava, ela pegou a Mah e a deixou ao meu lado. A garota parecia traumatizada. Ela gritava:

- Alguém salve LAURAA. - Ela berrava e chorava.

- Cala a sua boca! - Eu berrei, estressada. Droga! Por quê a Jéssica tem que ser tão cabeça dura? 

Me viro para Mari. Ela era tão nova... Tão assustada e tão fraca. Penso na mulher que ela se tornou. Como eu poderia viver sabendo que impedi ela de viver? Eu deixei ela a mercê dos Cyclons, a mercê da morte...

- Para de pensar nisso, Mia! Droga... Certo, vamos pensar... Vou te levar para outra situação... Você não pode salva-la! Se você tivesse simplesmente se afastado, não teria que assistir a morte de Mah... - Laura exclama.

- Eu tentei, mas a Jéssica a seguiu... Quem sabe nós não possamos mudar o passado! Quem sabe os Murderes tenham que existir...

- Não! - Laura choraminga. - Simplesmente... Não a salve desta vez, ok?