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História Different Souls - Perseguição


Escrita por: giiottenio

Capítulo 3 - Perseguição


Ouvi alguém bater na porta, me tirando de meus pensamentos, balancei a cabeça para parar de pensar no passado. Por mais que sejam conquistas, não gosto de me recordar das coisas que passei até chegar aqui.

— Quem é? – Perguntei com a voz um pouco alta. 

— Sou eu Amby. – Era só o que me faltava né. 

— Ah, ótimo, agora eu sei mesmo quem é hein! – Revirei os olhos, pareço ser algum tipo de adivinha. 

— Porra Amber não reconhece minha voz não caralho? – Me toquei que era o Ryan, esse desgraçado não me deixa em paz mesmo. Me enrolei na toalha e sai rindo da cara dele.

— Vai se foder seu merda, tenho alguma obrigação de reconhecer sua voz? – Ele me olhou incrédulo.

— Eu te aguento a exatos cinco anos, eu não mereço o mínimo do seu amor?

— Óbvio que não! – Ryan fez beicinho e eu cai na gargalhada.

— Palhaça! A Rose está te esperando na cozinha, toda desesperada porque a senhorita não saiu do quarto nem pra comer hoje. Você ainda vai matar a velha – Revirei os olhos novamente.

— E porque ela não me chamou? – Questionei indo para o meu closet.

— E me diz se alguém tem coragem de acordar a bela adormecida – Mandei ele ir se foder, mas acho que ele não ouviu pois o closet abafou minha voz.

— Estou te esperando, nem tenta se arrumar muito porque pra melhorar sua cara, só se nascer de novo – Ele saiu do quarto rindo da minha cara, filha da puta, adora fazer piadinhas comigo.   

Coloquei um shorts rasgado e uma blusa de frio, até que o tempo estava agradável hoje. Calcei meus chinelos e fui em direção as escadas. Desci correndo, cheguei na cozinha e vi Ryan em uma conversa mega produtiva com Rose. 

— Olá Rose. – Dei um beijo no rosto dela. Rose é minha empregada/mãe, cuida dessa casa enorme sozinha e comanda todos que trabalham aqui dentro. Está comigo desde quando me mudei pra cá, há cinco anos.

— Boa noite Amby, quer me matar do coração? Não vi nem a sua sombra hoje. – Parecia estar preocupada.

— Só estava colocando meu sono em dia, pode ficar tranquila – Falei roubando o pedaço de torta da mão de Ryan, que quase me matou com o olhar.                                                     

Fiquei comendo quieta, estava morrendo de fome e com o pensamento lá longe, tinha uma reunião amanhã e estava decidindo quem iria no meu lugar. Até que ouvi Ryan estalar os dedos e me tirar de meus devaneios.

— Eu preciso de você amanhã, temos que ir em um galpão conferir uma carga pequena que chegou e decidir como faremos com a que chega semana que vem.

— Vamos lá pro meu escritório, assim a gente resolve melhor. – Fui em direção a sala e depois à porta do escritório. 

Coloquei a senha e entrei no mesmo, Ry veio logo em seguida. Passamos o resto da noite discutindo sobre as futuras cargas e quando me dei conta já eram 3:00 da manhã, me despedi de Ry pois tinha que acordar às 7:00 amanhã, deixei ele no escritório e subi para o meu quarto. Na maioria das vezes ele ficava ali em casa, fazendo ligações e resolvendo alguns assuntos simples e depois ia pra casa. Coloquei uma camisola, deitei e pacotei, parece que meu sono não tem fim. 

Meu celular começou a despertar às 6:15 da manhã, acordei me sentindo muito bem hoje, estava preparada pro dia longo que iria ter. Fui até o banheiro, fiz minhas higienes matinais e tomei um banho, lavei meu cabelo, me enrolei na toalha e sai. Sequei e arrumei meu cabelo, não precisava de muito, amava ele natural. Fiz uma maquiagem mais pesada e escura. Fiquei um bom tempo pensando no que usar hoje, escolhi uma bota preta que ia ate o tornozelo, com um salto razoável e grosso, uma calça preta rasgada no joelho e uma jaqueta de camurça caramelo com pelos na gola. Passei perfume, peguei meu celular, minha baby cromada e fui em direção à garagem. Kenny me entregou as chaves da minha Porsche Cayenne que eu tanto amo, entrei no carro e liguei para Ryan, que logo me atendeu.

— Fala pau no cu. – Estava rindo da minha cara, como sempre. 

— Você vai ver a pau no cu quando eu arrancar seus olhos! – Ouvi ele gargalhar.

— Você não tem coragem lindinha – Revirei os olhos como se ele pudesse ver.

— Já sai de casa, daqui 5 minutos estou aí – Desliguei na cara dele, não queria ouvir mais gracinhas.

Estava cruzando a cidade quando olhei pelo retrovisor e vi um carro preto suspeito me seguir, aumentei a velocidade e percebi que o carro continuava atras de mim. Comecei a correr e já estava à quase 200 km/h, ia desviando dos outros carros que haviam na avenida, eles buzinavam sem parar. Gelei quando ouvi dois disparos na traseira da minha Porsche. Não ia deixar eles me pegarem, nem fudendo. Estava entrando em ruas que conhecia para despistar aqueles filhas da puta, o que não adiantou muito. Ouvi mais dois disparos, será que esses desgraçados não percebem que meu carro é blindado não? Bando de imprestáveis. Fui em direção a linha do trem que ficava perto do galpão para onde eu iria. Avistei a mesma e uma luz vermelha piscava alertando que o trem estava perto, sabia que era perigoso mas não podia correr o risco de ficar ali e ter minha identidade revelada para esses merdas. Respirei fundo e afundei o meu pé no acelerador, o carro foi em direção aos trilhos e eu preferi nem olhar para os lados. Até que ouço o barulho estrondoso do trem no meu ouvido.



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