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História Diga. - Snamione (Short-fic Song-fic) - O Mal


Escrita por: BellaLuna-SSHG

Notas do Autor


Vou confessar uma coisa... EU GOSTEI DESSE CAP! Juro, é muito raro eu ficar satisfeita com um cap, sempre fico meio na duvida, meio insegura... Mas esse me cativou ♥ Então lá vai...

Boa leitura! ♥

Capítulo 4 - O Mal


Fanfic / Fanfiction Diga. - Snamione (Short-fic Song-fic) - O Mal

Diga, parte 2

Tira essa roupa pra que eu possa ver que não há uma arma tentando se esconder.
O mal vive num lar perfeito e sem infiltração.

Fresno

 

 

Era tarde, muito tarde. Se fosse pega fora da cama á essa hora ganharia uma detenção, mas ela tinha que arriscar. Esgueirou-se pelos corredores, andando rápido e silenciosamente, até que chegou na sala de poções. Não foi difícil abri-la, Horácio nunca á trancava, por isso conseguiu facilmente.

Entrou e correu até o armário de ingredientes.

Seus olhos procuraram pela erva que precisava, era rara e perigosa, mas que seria sua salvação. Lily tinha passado a semana toda trancada na biblioteca, pesquisando e pesquisando e pesquisando, até que encontrou um meio de dar fim á sua gravidez indesejada.

Suas habilidades com poções não eram muito boas, de modo que ela jamais conseguiria preparar uma poção abortiva decente, e Severus se recusara a ajudar. Argh! Que grande idiota ele foi! Como ele não podia enxergar que era a coisa certa a se fazer? Eles não podam ter um filho! Por Morgana, ela só tinha 17 anos!

Então ela leu sobre essa erva. Só tinha que tomar um chá e pronto! Adeus feto. Adeus barriga.

Não é que ela não quisesse ser mãe. Ela queria, até. Mas não agora e não de um Snape. Ela queria um filho de Thiago, que tinha recursos para criar uma família, que era um bruxo popular e bonitão. Amava Severus, mas por que ele tinha que ser tão esquisito? Se cortasse os cabelos e se vestisse melhor... Talvez ela assumisse algum compromisso com ele...

— Aqui! — exclamou eufórica quando finalmente encontrou.

Ela pegou o pequeno vidrinho repleto de folhas azuis e o colocou no bolso. Alivio correu solto em seu corpo, agora era uma questão de horas para se livrar do seu probleminha.

***

Um mês depois, Slughorn deu uma de suas famosas festas, com o intuito de comemorar o alto desemprenho que o sétimo ano tinha obtido em um de seus testes. Isso não era lá motivo muito grande para uma festa, mas o velho e barrigudo Slughorn estava entediado.

Sendo assim, ás 20h00 de uma sexta-feira, Snape se viu rumando para a ala particular pertencente ao mestre em poções.

As coisas com Lily não tinham evoluído de maneira alguma, muito pelo contrário; a grifana de cabelos vermelhos continuava dizendo que não teria o bebê. O Sonserino estava incerto, pela primeira vez em sua vida, sobre os sentimentos que tinha sobre a garota. Não sabia mais se á amava ou odiava. A verdade, é que ele não sabia mais quem era aquela mulher. A Lily por quem ele se apaixonara nunca faria algo tão repulsivo como um aborto.

— Snape! — uma voz conhecida lhe chamou. Ele não precisava se virar para saber que era Hermione quem corria atrás dele pelo corredor, aquela irritante o perseguia todos os dias, puxando cada vez mais conversa fiada. Ele só não sabia o porquê. — Espere!

Á contragosto, o moreno diminuiu os passos, permitindo assim, que Hermione o alcançasse.

— Está indo para a festa do professor Slughorn? — perguntou ela com a respiração pesada.

— O que você acha, Granger?

— Acho que você precisa de um par — murmurou ela rapidamente. — E eu também.

— Esta me convidando para ser seu par? — um sorriso malicioso e sarcástico beliscou os lábios do sonserino.

Snape girou nos calcanhares, pronto para dizer que Hermione tirasse o hipogrifo da chuva, mas quando seus olhos caíram sobre ela, a frase morreu em sua boca.

A grifana vestia um vestido lilás de tecido esvoaçante e fino, um decote bem cortado salientava os seios medianos e o comprimento era um pouco acima do joelho. No rosto delicado uma maquiagem fina ressaltava os olhos castanhos e um batom escarlate aumentava os lábios carnudos. Ela estava linda.

— Estou. Claro que não é um encontro ou coisa do tipo, só não quero chegar sozinha — explicou-se ela, colocando um cacho atrás da orelha.

— Tudo bem. — Snape se ouviu dizendo finalmente.

Ele ofereceu o braço á Hermione e ela se enganchou ali, outra vez sendo envolvida por aquela aura leve que só Snape possuía.

Quando chegaram ao destino, sentiram vários pares de olhos sobre eles. Lucius balançava a cabeça com um ar zombeteiro num canto; Sírius semicerrava os olhos perigosamente e Lily — que usava um vestido rosa pálido meio largo — cerrou os punhos ao lado do corpo, em clara desaprovação.

— Vão me comer viva só com o olhar — murmurou Hermione.

— Aposto como o Black adoraria comer você, Granger — provocou o sonserino com malícia.

Hermione ruborizou, mas acabou rindo do comentário pouco educado de Snape. Afinal, sabia muito bem que a intenção de Sirius para com ela era exatamente essa: Levá-la para cama.

— O que acha de uma pequena exibição para nosso seleto grupo? — sussurrou Snape ao pé do ouvido da morena.

O hálito quente de Snape enviou-lhe um arrepio á espinha, e sem entender direito o porquê de estar tão satisfeita com a proximidade entre eles, a grifana apenas aquiesceu com a cabeça.

Ele a levou para a pista de dança, cumprimentando alguns bruxos no caminho, para então começar a conduzir Hermione em uma dança parecida com a valsa.

Rodopios e trocas de pernas nunca pareceram tão sedutores quanto naquele momento. Snape dançava muito bem, bem até demais. Hermione não se lembrava de ter se sentindo tão confortável nos braços de alguém desde... Desde que ele a carregara no colo, talvez. A percepção desse fato a fez se sentir um pouco desconfortável, mas não de um jeito ruim, entretanto. Desconfortável como ter fadinhas mordentes no estomago. Se pudesse, dançaria com Snape a noite toda, mas como tudo que é bom dura pouco, a música acabou e Snape, que parecia um pouco desconcertado, deixou Hermione na pista sozinha. Mal os braços do bruxo á largaram, outro par de braços a puxaram para uma outra dança. Era Sirius quem escorregava a mão na cintura da grifana.

— O que você faz aqui com o Horroroso? — quis saber ele.

— Decida-se, Black — bufou ela. — É Ranhoso, Seboso ou Horroroso...

— Gosto de variar, mas esses três são meus favoritos — o sorriso jocoso na face do bruxo á fez se sentir enojada.

— O nome dele é Severus Snape! — sibilou ela em fúria repentina. — E merece ser tratado com respeito! — Hermione empurrou Sirius e marchou para o outro lado da sala.

Não sabia bem ao certo o porquê, mas não estava mais achando divertido quando Black xingava o sonserino.

Os braços de Severus ainda formigavam agradavelmente, como se Hermione ainda estivesse ali, aninhada em seu corpo. A maneira que ela se moldava á ele era sobrenatural e, de alguma maneira, certa.

Snape sentiu, ali, na minúscula pista de dança que era, na verdade, uma sala de estar, uma vontade louca e desesperada de beijar os lábios de Hermione Granger.

Mas, antes que sucumbisse ao desejo, ele se afastou da castanha.

Beijar Hermione seria colocar um ponto final em seu relacionamento com Lily. E ele não sabia se estava pronto pra isso.

— Tsc, tsc, tsc... — Lucius se aproximou com um copo de uma bebida qualquer. — Outra sangue-ruim, Severus? Sinceramente, o que elas tem de especial?

— Não sei do que está falando, Lucius. — Snape arqueou a sobrancelha para o amigo e cruzou os braços sobre o peito.

— O jeito que você olhava para a Granger, bem, parecia que vocês arrancariam as roupas ali mesmo — sorriu o loiro divertido.

Snape concluiu que o amigo estava um pouco bêbado, pois se estivesse em plenas condições mentais, estaria brigando com ele por estar com uma nascida trouxa, e não fazendo brincadeirinhas divertidas.

— Não sei o que você está bebendo, Lucius, mas se já te deixou bêbado no começo dessa porcaria de festa, eu quero uma dose dupla.

Snape tinha um sério palpite de que devia ingerir muito álcool para sobreviver a aquela noite.

E não estava errado.

Ele conseguiu se envolver em uma conversa sobre poções com um corvinal, mas seus olhos disparavam a todo momento em busca de Lily e Hermione.

Mais de uma vez pegou Lily o encarando, de cara amarrada, como sempre fazia quando ele dançava com outra garota. Só que, dessa vez, vê-la enciumada não foi agradável. Foi repugnante.

Como ela podia ser tão hipócrita? Fazer ceninha de ciúmes depois de dizer que queria matar o filho deles? Ela estava louca se achava que ele ia correr atrás dela como sempre fazia.

Concentrou-se um pouco mais na conversa, mas logo desviou os olhos para procurar Hermione. Lupim estava com ela, conversando amigavelmente e arrancando alguns sorrisos dos lábios carnudos.

Tão linda quando sorri, tão meiga quando ajeita os cachos. Hermione inspirava uma doçura encantadora, era apaixonante. " Isso deve ser muito forte mesmo!" conjecturou Snape em pensamento, olhando desconfiado para a bebida que Lucius lhe dera, mas ele sabia que estava longe de ficar bêbado.

Musicas tocaram e mais amigos se juntaram a pequena conversa, que agora já não era sobre poções e sim sobre garotas. Snape não prestava atenção, realmente, mas ouviu algo sobre um vestido lilás e logo percebeu que falavam de Hermione, então se focou na conversa.

— Ela devia repensar sobre todos aqueles cachos, mas, aqui entre nós, é uma bela bruxinha — sussurrou em tom de confidência um dos garotos corvinal.

— É a nora que mamãe pediu a Merlin! — exclamou outro, levantando a o copo e brindando entusiasmado com o garoto ao lado.

Severus não gostou daquilo. Ele odiou. Odiou que falassem de Hermione, que desejassem Hermione, que quisessem Hermione.

Mal se deu conta do sentimento de possessão, já ouviu outra vez a voz abafada e risonha de um jovem alto.

— Acho que estamos todos perdidos, a menina já caiu nas graças do Black — ele acenou minimamente com a cabeça para um canto, onde Sirius conversava com Hermione.

Ela estava encostada na parede, com cara de poucos amigos, enquanto Sirius sorria-lhe e surrava algo, ignorando completamente o fato de não ser bem-vindo. Onde Lupim estava quando se precisava dele? Porque deixou-a sozinha com Black?

— Está ficando vermelho, Severus — riu-se Lucius — Controle-se, meu caro, controle-se.

— Pare de beber, Lucius — dissimulou Snape e saiu de perto do grupo, marchando firmemente para o canto oposto á Hermione.

Estava determinado á deixar a festa, quando viu Lily rindo escandalosamente para Marlene, em suas mãos havia um grande copo da mesma bebida que ele bebia.

Cobriu rapidamente a distancia que o separava da grifana e arrancou-lhe o copo das mãos.

— O que pensa que está fazendo? — sibilou ele em tom baixo e perigoso.

— O que você está fazendo! Eu estava bebendo! — mordeu Lily, observando enquanto ele jogava o copo em canto qualquer.

Marlene olhava de um para outro com os olhos arregalados, mas Snape não se importou, sabia que Lily mantinha Marlene muito bem informada sobre seu relacionamento. Eram melhores amigas, afinal.

— Você não pode beber! Está grávida, tem que tomar certos cuidados...

— Estava. — Pontuou ela, os olhos verdes cravados aos negros.

— O que? — Snape chacoalhou a cabeça confuso. — O que você quer dizer?

— Estava grávida, Sev. Não estou mais.

— Você abortou? — o bruxo travou a mandíbula com força, temendo as próximas palavras de Lily.

— Sim — sussurrou ela e não parecia nem um pouco arrependida, os olhos verdes estavam frios como nunca antes. —Eu disse á você que faria. Seja razoável, Sev, você sabe muito bem que nós não podíamos ter um bebê!

— Não me chame de Sev! Não me chame de nada! — sem se importar em verificar se alguém prestava atenção neles, Severus apertou o queixo de Lily com força demasiada, forçando-a a inclinar o rosto para ele, para que ele pudesse olhar no fundo dos olhos verdes. — Você é um monstro, Lily Evans. Você é uma maldita sangue-ruim e eu nunca mais quero ouvir a sua voz. Mas tenha uma certeza: Eu vou matar você!

Lily arregalou os olhos com medo e tentou tirar a mão de Snape de seu queixo que já doía.

— Solta ela! As pessoas estão começando a encarar! — avisou Marlene apreensiva.

Snape soltou Lily abruptamente, limpou as mãos nas vestes, como se tivesse nojo de tê-la tocado, e saiu como um furacão.

Hermione, que observava por cima do ombro de Sirius a cena entre os dois, viu quando Snape saiu esbarrando em todos que encontrava e jogar o copo que bebia na parede, atraindo alguns olhares curiosos.

— ...Mas ai eu segurei o feitiço no último momento e lancei um... — contava Sirius sobre um duelo que tivera com um sonserina.

— Que ótimo — Hermione interrompeu, os olhos acompanhando Snape saindo da sala. — Eu preciso ir ao banheiro.

— Mas agora que estava na parte boa...

Hermione não esperou que Sirius concluísse a frase, ela apenas passou por ele e correu em direção á Snape.

Snape ouviu o barulho de saltos no piso de pedra e virou o pescoço para ver quem o seguia. Era Hermione.

— Volte para a festa, Granger — ele murmurou friamente.

Hermione subitamente se lembrou do Snape mais velho, que sempre usava aquele tom de voz frio, o que só a fez querer correr ainda mais para alcançá-lo.

Ele andou com passos largos e rápidos até uma sala de aula vazia, então entrou e fechou a porta. Hermione, quando alcançou a mesma porta, parou por um instante, perguntando-se se deveria entrar ou não, e acabou por decidir tentar abrir. Se estivesse trancada, ela o deixaria em paz, mas se estivesse aberta...

Estava aberta.

Ela hesitou sob o limiar de entrada, mas por fim o atravessou e fechou a porta atrás de si. A sala estava parcialmente escura, sendo banhada apenas pela luz do luar que provinha das janelas. A bruxinha semicerrou os olhos para localizar Snape.

Ele estava sentado na cadeira de espaldar alto que pertencia ao professor, um dos cotovelos estava apoiado no braço da cadeira e sua cabeça inclinada sobre a mão. Hermione, de repente, se sentiu jovem demais, pois a imagem de Severus Snape sentado á mesa professoral, a fez lembrar-se imediatamente de que era apenas uma aluna desse bruxo.

— Você é tão irritante, Granger — ele sussurrou sem encará-la.

Ela rolou os olhos e andou até a mesa, onde se sentou em cima de alguns pergaminhos, de frente á Snape.

— Achei que você precisasse conversar — disse fracamente.

O bruxo fez que não com a cabeça, mas, surpreendendo Hermione, ele arrastou a cadeira para mais perto, e repousou a cabeça sobre as coxas da castanha. Ela pestanejou ante ao ato, mas logo sorriu ternamente e acariciou os cabelos negros com a ponta dos dedos.

Ficaram assim por minutos. Hermione o acariciava e ele, com o peito dilacerado, se sentia acolhido. Não sabia dizer quanto tempo fazia que não chorava, mas ali, no colo de Hermione Granger, ele chorou.

Chorou a morte de um filho que ele nunca conheceria, chorou a morte de um amor que ele julgava imortal. Chorava copiosamente, enquanto Hermione acariciava lhe os cabelos e murmurava que tudo ficaria bem.

A bruxa não sabia o que tinha acontecido, mas ao vê-lo soluçando e grunhindo em seu choro, ela sentiu despertar dentro de si um sentimento morno e desconhecido. Queria abraçar-se á esse homem e nunca deixar nada fazer mal á ele, queria expurgar toda a dor nos olhos negros e ver ali apenas o seu reflexo. Sim, queria que Severus olhasse pra ela do jeito que olhava para Lily Evans.

De repente, Severus cravou as unhas nas coxas de Hermione, fazendo-a gemer de dor. Queria desesperadamente confiar nela, precisava contar a ela seus pensamentos, verbalizar sua dor, mas ele não podia.

Não podia confiar. Ele sabia que o mal se escondia na pureza, e não poderia confiar em nada ou ninguém nunca mais.

Então, em vez de falar, o bruxo agarrou-se á ela como quem agarra um colete salva-vidas em alto mar. Levantou-se e a abraçou tão forte que ouviu seus ossos estalarem em protesto, e Hermione retribuiu o abraço com toda a força que tinha.

Estava em chamas, como se fosse explodir á qualquer momento, como se Hermione fosse o sol e ele estivesse perto demais. Mas não podia se afastar, entretanto.

Por baixo da dor, uma simples faísca de desejo voltou a se fazer presente e antes que pudesse se controlar, estava beijando Hermione nos lábios.

Lábios que se encostavam duramente. Apenas um toque que queimava.

Afastou o rosto e olhou nos olhos castanhos, ela parecia confusa e relutante, em conflito com alguma coisa. Os lábios estavam separados e ela passou a ponta da língua no lábio inferior, como se quisesse colher dali o sabor dos lábios de Severus, e ele só queria beijá-la de verdade.

E como se desejar fizesse acontecer, ela se inclinou para outro beijo.

Mãos teceram seu cabelo e os lábios rosados se entreabriram para que sua língua escorregasse para dentro. Canela. Canela e algo mais doce, esse era o gosto do beijo de Hermione, e era inegavelmente delicioso. Todo o mundo parou de fazer sentido naquele momento, como se não existisse nada além de Hermione, nada além de seus lábios. Exceto que havia. Havia seu corpo. E logo que se deu conta disso, suas mãos desceram pelas costas delicadas, explorando o tecido fino do vestido e ansiando por mais contato, desejando pele e calor.

Seus pulmões imploravam por ar, mas ele se sentia incapaz de apartar o beijo, ia morrer por falta de ar e não se importava. Nada importava. Hermione parecia partilhar da mesma urgência, pois também era incapaz de separar-se dos lábios de Severus.

Mas Snape queria mais que lábios. Queria tudo.

Apartou o beijo e Hermione gemeu com a perda. O som era divino, tentador. Snape colocou uma mão em cada joelho da grifana e os separou o suficiente para que pudesse se encaixar entre suas coxas, então subiu as mãos por baixo do vestido, sentindo a textura macia da pele feminina.

Hermione era só suspiros e gemidos, até que sentiu a ereção de Snape pressionando seu sexo. As pupilas dilataram e todos os pudores virginais caíram sobre a cabeça dela como um balde de água fria.

— Severus — ela chamou rouca, testando pela primeira vez o gosto no nome dele em seus lábios.

Ele não parou para ouvi-la, apenas segurou-se ainda mais firmemente em seu corpo e atacou seu pescoço com os lábios. Beijava, chupava e mordia. Faminto.

— Não — a morena sussurrou. — Por favor, pare.

Hermione o segurou pelos ombros e o fez olhá-la, um vinco profundo entre as sobrancelhas mostrava a confusão do bruxo.

Não estava acostumado a ser rejeitado, ser parado. Lily sempre lhe dera tudo, sempre dizia que não, mas acabava cedendo, sempre se entregava. Por um momento ele pensou que Hermione estava fazendo o mesmo joguinho. Mas não estava.

A bruxinha o afastou mais, para poder fechar as pernas, então ergueu as alças do vestido e baixou os olhos.

— E-eu não posso — disse fracamente.

Snape pestanejou, buscando em seu cérebro uma maneira de convencê-la, mas nada lhe ocorria.

— Vem — ele murmurou depois de um tempo, estendendo a mão para a grifana. — Está tarde, vou levar você para a torre.

Hermione aquiesceu e de mãos dadas deixaram a classe vazia.

Quando estavam em frente ao retrato da mulher gorda, Snape sentiu que estava á ponto de perder algo muito valioso, pois não estava pronto para despedir-se de Hermione. Mas com a mulher gorda batendo o pé freneticamente, esperando que Hermione entrasse, ele se viu obrigado a deixá-la ir.

— Sobre... Você sabe... Choro e tudo aquilo... — começou ele sem jeito.

— Tudo bem — Hermione interrompeu, apertando um pouco a mão quente dele. — Não precisa explicar nada.

— Obrigado. Obrigado por não me deixar sozinho.

— Eu nunca vou deixar — ela prometeu. E os olhos dele brilharam calorosamente.

Quando ele abaixou o rosto para beijá-la, ela automaticamente subiu na ponta dos pés, elevando o rosto para encontrar os lábios finos. Natural. Como se beijos entre eles acontecessem desde sempre.

— Durma bem — ele desejou, ainda com os lábios roçando os dela.

— Você também — ela devolveu com um sorriso, então se foi.

***

Snape ainda conseguia sentir um peso sobre seu peito pela manhã. Algo que o impedia de respirar, que o fazia sentir-se tonto e absolutamente vazio. Nada. Só dor.

Depois de ter deixado Hermione na torre da grifinória, o moreno voltou para as masmorras, indo direto para sua cama, usando sapatos e tudo. Sem Hermione ao seu lado ele voltou a pensar em Lily. Em sua monstruosidade. A decepção era tão esmagadora que ele sentia vontade de sumir. Nunca pensou que chegaria um dia que desejaria nunca ter conhecido Lily Evans, mas ele desejou. Desejou isso com toda a força.

Ele á amava tanto! Faria qualquer coisa por ela e agora... Agora o quê? O que se faz quando o amor se transforma em ódio? Jurou matá-la e queria mesmo fazer isso. Iria vingar a vida do bebê que ela matou.

Hermione acordou cedo. Estava confusa e não sabia o que fazer dali para frente. Isso não podia ter acontecido, não podia ter beijado Severus, não podia se envolver emocionalmente com ele.

Severus!

Agora ele era Severus para ela. Severus que chorou em seu colo, Severus que a beijou apaixonadamente, Severus que segurou sua mão até a torre...

— Ah, os apaixonados... — sussurrou Lupim em seu ouvido, fazendo-a pular.

Estava na sala comunal, sentada com um livro no colo, mas nem se lembrava sobre o que era. Não podia se concentrar em sua leitura. Não notou que estava suspirando, mas estava, e Lupim notou.

— Não sei do que está falando.

— Tudo bem Hermione, tudo bem — um sorriso brincalhão emoldurou a face do grifinória, que se inclinou e apertou de leve o ombro da amiga. — Snape é meio estranho, mas é um cara legal. Eu acho. — Conjecturou ele.

Hermione estava á ponto de negar, de dizer que Snape não era o motivo de seus suspiros melancólicos, mas outra coisa lhe chamou atenção. Estava com Lupim e ele estava lhe tocando, mas não tinha aquela sensação de conforto que tinha quando Snape á tocava. Mas... Mas Lupim também faz parte do futuro... Porquê... Não era por isso que ficar ao lado de Snape lhe fazia bem?

A grifana chacoalhou os cachos e se levantou. Precisava ver ele... Só para ver se estava bem. Não é como se ela sentisse falta dele, não é? Claro que não.


Notas Finais


Então, o que acharam? Tivemos um primeiro beijo!!!! AAAAAH *---* Adoro!

Quero meus reviews! *u* E, pelo amor de Merlin, favoritem a fic, sim?

Beso beso


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