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História Digimon Adventure: Chronicles of the New Era - Magnésio, Tranquilizante e Tornado!


Escrita por: LuizS17

Capítulo 4 - Magnésio, Tranquilizante e Tornado!


Brooklyn, 11 de setembro de 2016, 17h20

Quando a luz cessou, Oliver e Thea carregavam consigo dois Digivices, similares aos de Lucas e Bianca. O do moreno era branco com as laterais amarelo-claras; o botão era cor de vinho. Já o da garota tinha as laterais prateadas e o botão rosa-escuro. Nenhum dos dois sabia ao certo o que estava acontecendo, estavam muito assustados com o que havia acontecido; afinal, não é todo o dia que dois aparelhos misteriosos saem, do nada, de dentro do computador. Os mais velhos olhavam felizes para os outros dois, principalmente pelo fato de novos Digiescolhidos terem sido recrutados em sua área. Por mais que os Digivices surgindo tenha sido algo muito surpreendente, não foi o que mais surpreendeu os garotos, mas sim seus parceiros saindo do computador.

— Oi, Oliver! — exclamou um ser que parecia uma abelha, mas que era muito maior que uma comum — Eu sou Funbeemon, seu parceiro!

— E eu sou Bakumon! — disse um ser que lembrava uma anta, mas deveras místico, com suas patas traseiras trocadas por fumaça, um capacete metálico e um anel dourado em sua pata dianteira esquerda — Sou seu parceiro, Thea!

— NOSSOS PARCEIROS? — exclamaram os dois novos Digiescolhidos.

— O que são parceiros? — perguntou a loira.

— Bem, seus parceiros são Digimon que estão ligados a vocês. Eles foram escolhidos, junto com vocês, para lutarem pelo bem do Digimundo e do mundo humano. Eles lutam por e com vocês contra o mal — explicou Lucas — O meu é o Terriermon, ele é a pré-digievolução do Galgomon, aquele monstrinho verde que estava lutando contra o Mamemon.

— O meu é o Lopmon, ele é a pré-digievolução do Turuiemon, aquele monstro roxo que estava ajudando o Galgomon — disse Bianca.

— Então, aqueles monstros que estavam lutando contra a bola de metal são seus Digimon? — perguntou Oliver.

— Exato! — responderam em uníssono.

Perguntas e mais perguntas surgiram nos minutos que seguiram a aparição dos dois novos Digimon. Em pouquíssimo tempo, Bakumon e Thea ficaram amigos, mas Oliver e Funbeemon não se deram tão bem. O garoto evitava conversar com o ser digital, e ele, por sua vez, vendo o receio do parceiro, não arriscou muito. Lucas notou isso, mas decidiu comentar sobre isso em um momento menos tenso. Em meio à conversa, uma dúvida um tanto quanto complexa surgiu:

— Por que nós fomos escolhidos para isso? — perguntou Oliver — Nós somos apenas garotos comuns, meros adolescentes, por que justamente nós?

— É complicado explicar isso... — respondeu Lucas — Nós, por exemplo, não sabemos ainda... Mas vocês viram o que Digimon podem fazer... O que me feriu está no nível Child, o mesmo que Bakumon e Funbeemon, um dos níveis mais fracos dos Digimon, e mesmo assim ele conseguiu fazer um estrago... Hoje, de madrugada, um bando deles destruiu um armazém próximo ao rio East. Como poderíamos deixar eles correrem descontrolados por aí? Por mais que existam Digimon bons, como os nossos parceiros, existem Digimon muito maus, que estão dispostos a destruir mundos se preciso for... E é por isso que nós existimos, para impedir que isso aconteça...

— Entendo... Me parece bem justo.

Um forte barulho interrompe a conversa dos garotos; Commandramon estavam batendo na porta, já haviam conseguido abri-la, porém não conseguiam empurrar os objetos que formavam a barricada montada pelos garotos. Eles não sabiam o que fazer, Galgomon e Turuiemon estavam lutando contra Mamemon, os garotos estavam quase indefesos. Por mais que Bakumon e Funbeemon estivessem ali, havia muito mais Commandramon. Mesmo assim, os dois parceiros dos mais novos se colocaram em frente a eles e se prepararam para o combate. Todos pegaram suas coisas e ficaram contra a parede oposta à porta. Quando os Commandramon entraram, apontaram suas armas para os quatro.

— Achamos! — exclamou um dos Digimon militares.

— Ótimo, agora precisamos capturá-los e levar para o sr. Carter — ao ouvir esse nome, Lucas lembrou-se do agente da CIA que viu horas antes.

Quando se aproximaram dos jovens, Funbeemon e Bakumon se prepararam para atacar, e assim o fizeram. Ao exclamar Nightmare Syndrome, Bakumon lançou uma onda obscura de pesadelos sobre os Commandramon; exclamando Gear Stinger, Funbeemon disparou diversos ferrões em direção aos Digimon. Juntos, os ataques fizeram os inimigos recuarem alguns metros, até uma intersecção de corredores, criando uma abertura para os garotos fugirem daquela sala. Vendo isso, Lucas saiu correndo, sendo seguido pelos outros três; ele correu até o corredor e subiu uma escada que levava para o outro andar. Chegando lá, correu até o laboratório de ciências, onde se esconderam. O laboratório tinha uma grande janela que dava para a rua, onde Mamemon e os parceiros de Lucas e Bianca estavam lutando.

Galgomon e Lopmon não estavam dando conta; Mamemon era muito forte comparado a eles, por mais que fosse pequeno. O parceiro do garoto tentava acertar diversos tiros no Digimon de metal, mas por mais que eles acertassem, o estrago era nulo; o Digimon roxo nem conseguia arranhar o outro. Bianca notou algumas substâncias que conhecia no laboratório de ciências e que, se misturadas, poderiam fazer um tranquilizante bem forte, pelo menos para humanos. Misturando-as com cuidado, porém pressa, acabou a mistura em cerca de cinco minutos, colocando-a em um recipiente com tampa, para evitar acidentes. Thea, enquanto esperava, encontrou um bastão de magnésio, um material que produzia uma chama intensa e muito brilhante; a morena olhou para o que a loira tinha conseguido e abriu um sorriso com um plano formado em sua mente.

— Como vamos descer para a rua? — perguntou Lucas.

Funbeemon usou novamente seu Gear Stinger, mas dessa vez na janela, tornando-a pó; havia uma árvore perto da janela que poderia ser usada como um meio de descerem de lá. Um a um, desceram do laboratório, chegando ao jardim do colégio, onde tinham perfeita visão da luta que ocorria na rua. Lucas ficou um pouco para trás, seu braço estava latejando, o que o limitou. Oliver foi até ele e juntos foram para um local mais seguro enquanto Bianca explicava seu plano para Thea; Funbeemon seguiu os garotos, enquanto Bakumon ficou com sua parceira.

— Você está bem? — perguntou o moreno ao garoto de óculos — Parece estar doendo um monte, a gaze já está encharcada de sangue!

— Como disse antes, vou sobreviver... — respondeu o orgulhoso garoto, não querendo demonstrar fraqueza.

— Sabe, eu provavelmente não estaria aqui se você não tivesse me salvado... O disparo ia provavelmente atingir algum lugar vital meu...

— Não foi nada, cara... Fico feliz que isso não tenha acontecido, odiaria ter a morte de alguém nas minhas mãos...

— Suas mãos? Como assim?

— Bem, eu sou um Digiescolhido... Nós somos... As outras pessoas? São, em sua grande maioria, pessoas que nem sabem que os Digimon existem, por isso não sabem que são mortais. Nós temos que protegê-las desses perigos. Se alguma morresse por causa de um... Eu ficaria arrasado, porque não consegui protegê-la...

— Irmão, você sabe que não é culpa sua, não sabe? Quer dizer, não foi você quem matou a pessoa...

— E...? Eu poderia ter salvo ela, não poderia?

Um silêncio se instalou. Bem, entre os dois, pelo menos... Porque, na rua, o plano das garotas estava entrando em prática. Os Digimon que estavam lutando trouxeram Mamemon para perto delas; então, Thea acendeu o magnésio e lançou o material flamejante para cima do Digimon de metal, que segurou a chama alarmado. Em meio à confusão, Bianca lançou o frasco, que acabou por quebrar, no ser digital; Mamemon estava, então, adormecido. Rapidamente, as garotas correram até Lucas e Oliver para chamar o ferido para abrir o portal para o Digimundo. Lucas correu, montou seu set-up e, em um piscar de olhos, Mamemon não era mais um problema.

— Um problema resolvido, agora só falta um exército de problemas menores... — disse Bianca. Enquanto isso, Galgomon e Turuiemon voltaram a seus estados Child e planaram até seus parceiros.

— Commandramon são mais fáceis de lidar que um Digimon como Mamemon. Galgomon deu conta de um bando ontem, com nossos quatro parceiros não deve ser difícil derrotá-los. — respondeu Lucas, terminando de guardar seu set-up.

Um som de passos, acompanhado de palmas, surgiu em meio ao pátio, vindo da porta de entrada da escola. Dela, saía um homem em sua meia-idade, vestindo um terno perfeitamente arrumado. Seus cabelos levemente grisalhos, seu olhar frio e o sorriso cínico que carregava esbanjavam um ar de desdém. Quando o homem estava mais próximo aos garotos, a poucos metros de distância, a ficha de Lucas caiu. Era o agente da CIA que havia aparecido no armazém na noite anterior.

— Eu devo parabenizá-los, pirralhos. Não imaginei que conseguiriam derrotar um Digimon naquela fase. E que forma criativa, devo dizer... Suponho que deveria ter esperado algo assim, considerando a forma que derrotaram os Commandramon horas atrás...

— Agente Carter, eu suponho... — disse Lucas, com certo receio disfarçado em meio ao sarcasmo.

— Olha só, parece que o pirralho fez sua pesquisa! Sim, sou o agente Carter, da CIA.

— O que você está fazendo aqui? — perguntou Thea, um pouco exaltada.

— Ora, prendendo vocês! Por que mais viria a esse bairro terrível?

Os garotos se alarmaram e congelaram com expressões de medo em suas faces. Um grande grupo de agentes vestidos com roupas táticas surgiu, ladeado por diversos Commandramon, e começou a cercar os garotos. Quando fecharam o cerco, apontaram seus rifles para os garotos enquanto Carter se aproximava, seguido de quatro agentes carregando uma pequena jaula cada um. Lucas sussurrou um plano para Terriermon, que estava em seu ombro; o pequeno Digimon foi até o quase-irmão gêmeo e repassou a ideia do parceiro. Quando o cerco se abriu para o desdenhoso agente e seus lacaios, os dois Digimon saltaram e juntaram suas patas no ar; gritando Double Typhoon, formaram um tornado ao redor dos Digiescolhidos. O ataque deles dispersou o cerco e os garotos conseguiram correr para longe dali, chegando a um beco próximo.

— Como vamos fugir deles? Eles são a CIA! Devem chegar aqui a qualquer instante! — exclamou Bianca, exaltada.

— Não se preocupem, nós podemos ajudar! — disse uma voz estranha para os garotos. Bem, não para um deles.

Koushirou?!



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