História Digimon Destiny - Toxina

Digimundo – Estação dos Trailmons – Tarde

                Oliver, Wizardmon, Gabe, Palmon, Guto e Patamon já haviam entrado no Trailmon. Aquino estava na porta do Digimon e olhava para seus amigos embarcando nos outros. Witchmon estava atrás dele.

                - Lucas – ela fala num tom acolhedor- não precisa se preocupar com eles. Eles vão ficar bem.

                - Eu sei – Ele sorri e entra no Trailmon seguido de sua parceira.

                Dentro do Trailmon era bastante confortável, parecia um vagão de luxo, com grandes bancos acolchoados. Tudo era em tons claros, dando um ar mais sofisticado ao local. Eles se sentam nos bancos que eram bastante confortáveis.

                - Atenção senhores passageiros do Trailmon que vai para o sul do continente – uma voz saia de alto-falantes no alto das paredes do Trailmon – chegaremos em nosso destino em aproximadamente 5 horas, então relaxem e aproveitem a viagem.

                O digimon começa a andar e solta um alto apito. Mais dois apitos são soados e pelas janelas do Trailmon o grupo pode ver os outros Trailmons saindo da estação com seus amigos dentro. O Trailmon deixa a estação e ruma na direção do continente. Gabe olha para Guto do seu lado e olha para Aquino e Oliver em sua frente e olha para a porta no fundo do vagão que dava para os outros vagões.

                - Então vai levar cinco horas pra chegarmos? – Gabe pergunta levemente nervoso.

                - Sim – Aquino responde estranhando a atitude do garoto.

                - Aquela porta dá pra outros vagões né? – Gabe continua no mesmo tom nervoso.

                - Sim – Aquino responde ainda desconfiado.

                - Vem Guto – Gabe pega na mão de seu namorado e o puxa na direção da porta – Vamos dar uma olhada no resto do trem.

                - Quer que a gente vá junto – Palmon pergunta já se colocando em pé.

                - N-não precisa – Gabe responde nervoso – garanto que não vai ter nenhum perigo. Vem Guto!

                Ele puxa Guto e os dois saem do vagão deixando o resto em choque com essa atitude. Aquino e Oliver se olham e riem.

                - Eles vão transar – os dois falam ao mesmo tempo rindo de seus amigos.

                O tempo passa e enquanto Gabe e Guto não voltam o resto relembra o tempo de antigamente, de quando Aquino e Oliver eram crianças e os Digimons eram mais fortes. Eles riam com as lembranças trazendo um tom de nostalgia a conversa. Mais ou menos uma hora depois que eles saíram Gabe e Guto voltam, eles estavam suados e um pouco descabelados, suas roupas amarrotadas e ofegavam levemente. Eles se sentam como se nada tivesse acontecido, recebendo olhares risonhos do resto do grupo.

                - O resto do trem é bem legal mesmo – Gabe fala levemente constrangido.

                - Sei – Oliver olha para eles rindo – eu sei que vocês tavam brincando de colocar o trenzinho no túnel.

                - Tá a gente tava transando – Guto fala envergonhado deixando Gabe mais vermelho.

                - A gente não sabe quando vai ter outra oportunidade de fazer isso num lugar tranquilo – Gabe fala muito constrangido.

                - Ah se é assim – Wizardmon se levanta e estende a mão para Witchmon – Venha Witch vamos aproveitar o Trailmon para transarmos também.

                Witchmon dá um tapa na cara de Wizardmon furiosa.

                - Mas nem que tu fosse o ultimo digimon na face do Digimundo! – Ela grita irada – Ainda mais com esse papo idiota!

                - Ahem, mas então – Gabe tenta mudar de assunto – estamos atrás da minha arma mesmo?

                - Sim, - Aquino fala rindo da cena que acabou de acontecer – a Toxina. É um chicote com várias propriedades, mas acho que a Palmon sabe explicar melhor.

                - Sim, sim – Palmon começa a falar – A Toxina possui semelhança com os chicotes de espinho de Rosemon, ela pode se esticar por vários metros, e possui propriedades únicas. Seu nome é Toxina porque possui em si todos os venenos encontrados no Digimundo, podendo ser usada como arma letal, mas não é aconselhável já que usar esse atributo consome muita energia, assim como o Oliver usar a Morte e o Aquino invocar a lua. Mas ela pode ser usada para formas curativas também, já que ela pode sugar qualquer tipo de veneno seja de um digimon ou humano. Assim como também pode sugar energia vital de seus oponentes. É uma arma poderosa. Digna de um imperador.

                - Uau – Gabe fala com seus olhos brilhando – Adorei! Mas só não gostei do nome. Toxina. É um nome feio. Preferia algo como Fiore, que é flor em italiano e já que eu sou o Imperador das Flores e descendente de italianos é perfeito.

                - Mas esse não é o nome da arma – Aquino fala.

                - Mas e seu quiser chamar de outra coisa? – Gabe fala levemente irritado.

                - Ela vai continuar se chamando Toxina – Aquino fala achando ridícula a ideia de mudar o nome de algo que já tem nome.

                - Mas ela é minha e eu chamo do que quiser – Gabe fala mais irritado.

                - Não importa, ela vai continuar se chamando Toxina.

                Gabe só olha irritado e decide não responder a Aquino. Os outros ficam levemente desconfortáveis com a discussão.

                - Mas então gente – Guto tenta quebrar o clima – qual vai ser o plano?

                - Bom – Aquino fala já esquecendo da discussão – Jijimon falou que tem uma planta descontrolada na tal floresta. Não sabemos se é um digimon ou se a Toxina está influenciando a floresta em volta dela. Temos que analisar a situação antes de qualquer coisa.

                - Pelo jeito a gente vai chegar lá de noite – Oliver olha para fora do Trailmon percebendo que começava a escurecer – não vai ser legal a gente sair analisando durante a noite numa floresta.

                - Verdade – Aquino fala pensativo – Então nosso primeiro objetivo vai ser procurar abrigo nessa selva.

                - Ok então – Guto fala e se vira pra Gabe falando baixinho – Por que tu discutiu com o Aquino? Mesmo se tu não gosta do nome não precisa discutir por isso.

                - Verdade – Gabe fala tranquilamente – Não tem o que discutir mesmo, o chicote é meu e eu devia chamar do que quiser.

                Gabe sorri para Guto que prefere ficar quieto. Gabe se vira para Aquino e o olha com os olhos semicerrados, Aquino retribui o olhar e se vira para Witchmon falando baixinho.

                - Obvio que o nome da arma dele é Toxina, venenosa do jeito que ele é.

                Witchmon ri baixinho e a viagem segue sem maiores problemas. Já estava de noite quando o Trailmon chegou ao continente. Logo que passou por uma bela praia paradisíaca o grande digimon entrou no meio de uma selva tropical. Ela era diferente da floresta na Ilha Arquivo, era mais densa e mais quente, o clima abafado era forte. Mas por ser de noite eles não puderam perceber mais do que isso de diferente. O Trailmon foi diminuindo de velocidade e parando aos poucos. Ele finalmente para em frente a uma pequena estação.

                - Estação Tropical – Trailmon fala – Passageiros da Estação Tropical desembarquem por favor.

                As portas do grande digimon se abrem e o grupo desce, o clima abafado era pior do lado de fora, mesmo sendo de noite.

                - Muito obrigado por escolherem o Trailmon como seu meio de transporte – Trailmon a gradecia e se preparava para deixar a estação – tenham uma boa estadia na Selva Tropical.

                O grande digimon se afasta deixando o grupo ali no meio da selva, a estação era iluminada pelo menos.

                - Bom é melhor procurarmos um abrigo logo – Aquino fala e eles começam a caminhar para fora da estação.

                Eles mal caminharam alguns passos e puderam ver a alguns metros de distância um grande prédio numa pequena clareira, ele era iluminado e parecia bem rustico por fora, em sua frente tinha uma placa com os escritos: “Pousada e Bar Tropical”.

                - Acho que achamos abrigo – Guto fala rindo levemente.

                - Vocês têm sorte – Oliver fala – Nossa primeira noite a gente dormiu numa caverna, enquanto vocês dormiam num castelo.

                - Verdade – Aquino fala lembrando – E eu fiquei com uma puta dor nas costas, não me lembro se foi da luta contra o Fugamon ou por dormir no chão duro.

                Eles entram no estabelecimento que parecia bem mais acolhedor do lado de dentro, tinham várias mesas de um lado com digimons bebendo e se divertindo, bem em frente à entrada havia um balcão com uma estante de bebidas atrás dele. Logo atrás havia uma entrada que parecia levar para uma cozinha e a direita deles uma escadaria levava para o segundo andar. Assim que os digimons avistaram o grupo eles pararam, a música parou. Todos olhavam na direção deles. O digimon que estava atrás do balcão se aproximou deles, ele lembrava um pássaro, mas tinha um arbusto florido em sua cauda e uma coroa em sua cabeça.

                - Então os rumores eram verdade – o digimon pássaro falava olhando admirado para o grupo que estavam ainda receosos – os Destinados chegaram ao continente.

                - S-sim – Aquino fala ainda desconfiado – nós somos os destinados, ou melhor parte deles, e chegamos ao continente.

                - Que maravilha! – O digimon fala contente fazendo o resto dos digimons celebrarem e a música voltar.

                - Eu sou Deramon – o digimon fala para o grupo que agora estava mais calmo – o dono da Pousada e Bar Tropical.

                - Muito prazer – Aquino responde sorrindo.

                - Vocês devem estar cansados, com fome – O digimon fala levando eles até uma grande mesa vaga no meio dos digimons – comam, bebam, serão meus convidados.

                - Opa! – Wizardmon fala já pegando uma caneca de bebida – Tá pra mim!

                - Na verdade a gente está aqui pra... – Aquino tenta conversar com Deramon no meio da bagunça.

                - Sim, sim – Deramon responde – Vocês estão aqui para algo importante, mas podem fazer isso pela manhã. Aproveitem, se divirtam.

                - O que acham? – Aquino se vira para seus amigos.

                - Eu acho que se divertir um pouco não vai fazer mal – Guto fala sorrindo.

                - É por que não – Gabe fala.

                Oliver só dá de ombros e percebe Wizardmon já bebendo mais ao canto.

                - Tudo bem então! – Aquino fala e grupo se junta aos digimons na celebração de algo que nem eles sabiam.

                O dia amanhece e Aquino abre os olhos lentamente, ele olha em volta e percebe que está em uma cama da pousada. Oliver dormia em suas costas, enquanto na cama em frente Wizardmon e Witchmon dormiam de conchinha. Ao lado deles Guto e Gabe estavam dormindo também agarrados e na outra cama estavam Palmon e Patamon. Aquino se levanta e percebe que estava só de cueca, ele não se lembrava de muita coisa que aconteceu na noite anterior. Ele vê suas roupas atiradas nos pés da cama e as veste. Checa para ver se não está faltando nada e tudo parece em ordem. Ele deixa o quarto e desce para o primeiro andar onde Deramon estava atrás do balcão.

                - Bom dia Destinado – Deramon cumprimenta Aquino – Não achei que você iria acordar tão cedo depois da festança de ontem à noite.

                - Pois é – Aquino fala piscando os olhos – Agora que as coisas estão mais calmas a gente pode conversar melhor sobre o motivo de estarmos aqui.

                - Sim – Deramon responde – eu já esperava que você quisesse falar sobre isso.

                - Eu só não esperava que fosse fazer isso sozinho Aquino – Gabe surge no topo da escada.

                - Eu não queria acordar vocês – Aquino fala.

                - Tudo bem – Gabe aceita as desculpas de Aquino – Mas então Deramon, nós estamos procurando a Fiore.

                - Toxina – Aquino fala olhando Gabe de lado.

                - Um chicote! – Gabe fala ignorando Aquino – E ouvimos dizer que pode estar por aqui, causando algum tipo de confusão com uma planta descontrolada.

                - Sei exatamente do que estão falando – Deramon fala – No meio da Selva tem uma clareira, lá existia uma rosa, uma belíssima flor sagrada que dizem que foi plantada pela própria Rosemon. Todos os digimons veneravam a flor, mas um digimon sentia inveja, Blossomon. Ela cortou a flor e algo aconteceu com ela, foi como se ela fosse possuída por sua inveja, ela agora aterroriza todos os digimons da selva.

                - E acha que ela pode estar com o chicote? – Gabe pergunta.

                - Os digimons que viram o ataque dela de perto dizem que em um de seus tentáculos tem um anel com a forma de um chicote de espinhos – Deramon responde.

                - Só pode ser a Toxina – Aquino fala olhando para Gabe.

                - Temos que nos preparar - Gabe fala e Aquino acena com a cabeça.

                - Eu vou lhes ajudar no que puder – Deramon fala sorrindo para os dois.

                Mais tarde o grupo agora todo acordado se afastava da pousada e se dirigia para o centro da selva. Agora por ser dia eles podiam ver melhor a selva. Mesmo que pouca luz chegasse até eles, pois as arvores eram muito densas e altas. O clima era bem abafado e eles seguiam na direção indicada por Deramon.

                - Alguém se lembra do que a gente fez ontem? – Guto pergunta confuso.

                - Eu só lembro de beijar uma planta – Patamon fala coçando a cabeça.

                - Então eu não sonhei que beijei uma batata – Palmon olha irritada para Patamon.

                - Eu só sei que eu vi uns dois de conchinha essa manhã – Oliver fala cutucando Wizardmon.

                - Ah e tu nem sabe o que mais a gente fez – Wizardmon fala se gabando e toma um tapa atrás da cabeça de Witchmon.

                - O que mais a gente fez?! – Ela pergunta irritada – Responde!

                - Nada não – ele responde rindo – Eu tava só brincando.

                - Ta certo gente – Gabe fala ao lado de Aquino na frente do grupo – Estamos quase chegando onde o Deramon disse que a Fiore pode estar.

                - Toxina – Aquino fala.

                - Vamos pegar esse chicote duma vez – Gabe fala ignorando Aquino mais uma vez.

                Eles caminham pela selva e escutam um forte gemido, o oponente estava perto. Eles se aproximam com cuidado e podem ver a poucos metros de distância o inimigo. Blossomon era enorme, sua cabeça lembrava uma flor e seu corpo era composto por tentáculos que lembravam chicotes de espinhos, em alguns desses tentáculos pequenas flores negras estavam nas pontas. Gabe checa seu digivice.

                Digidex

                Blossomon – Ultimate – Digimon do tipo planta. Digimon calmo que prefere lugares mais aquáticos. Técnica Especial: Spiral Flower.

                Gabe percebe o anel que Deramon tinha falado na ponta de um dos tentáculos de Blossomon.

                - É estranho isso – Gabe fala – a Digidex diz que é um digimon calmo. Por que ela está assim?

                - Toxina – Palmon fala – Até mesmo na forma de anel ela pode envenenar, é um mecanismo de defesa pra que somente você possa empunha-la.

                - Ela não está possuída por inveja então – Witchmon fala deduzindo – Ela está envenenada.

                - Temos que ajudá-la antes que seja tarde demais – Aquino fala.

                Eles se aproximam calmamente e Blossomon os avista e urra ameaçadoramente para eles.

                - Blossomon – Aquino fala tentando conversar com ela – nós viemos ajudar, nos deixe tirar esse anel de você e você vai melhorar.

                - Vocês querem me roubar – ela fala como se não estivesse completamente ali – Vocês querem me matar, eu mato vocês primeiro! Spiral Flower!

                Ela atira as flores negras das pontas de seus tentáculos neles, o grupo consegue desviar do ataque.

                - Ela está delirando – Guto fala preocupado.

                - O que a gente faz? – Oliver pergunta.

                - Vamos ter que lutar – Aquino fala – se não agirmos rápido ela pode morrer envenenada.

                - Tem razão – Gabe fala receoso em atacar um digimon inocente – Mas tentem não a machucar.

                - Carregar Digisoul! Evolução!

                Palmon Digivolve para >>> Togemon

                Patamon Digivolve para >>> Angemon

                O anel no dedo de Aquino brilha e some e em sua mão aparece Eclipse, Oliver saca Fome e Peste. O grupo core na direção de Blossomon, ela lança seus tentáculos e acerta Togemon e Wizardmon. Angemon e Witchmon passam voando entre eles, desviando rapidamente, eles chegam ao rosto de Blossomon e acerta um golpe com seu bastão e sua vassoura. O golpe não causa muitos danos. De trás de Blossomon surgem mais tentáculos com flores negras que avançam nos digimons, eles defendem, mas são forçados para longe de Blossomon. Oliver e Aquino correm por entre os tentáculos se defendendo com suas armas, Aquino defende um tentáculo que vinha em sua direção enquanto Oliver atira nos que se aproximavam.

                - Morram! Morram! Morram! – Blossomon fala fora de si – Spiral Flower!

                Ela atira uma enorme quantidade de flores negras neles. Aquino rapidamente defende com a Eclipse, enquanto Oliver atira nas flores com suas pistolas.

                - Needle Spray! – Togemon usa seus espinhos contra as flores.

                Wizardmon lança raios de seu cajado, enquanto Witchmon se defende com sua vassoura. Angemon voa rapidamente com Guto em suas costas e segurando Gabe em suas mãos. Eles se aproximas de Blossomon e Angemon lança Gabe na direção do bem na hora que um tentáculo vinha em sua direção. Angemon defendo com seu bastão novamente. Gabe cai perto dos tentáculos de Blossomon e rapidamente encontra o que procurava. Ele vai até o tentáculo com o anel de espinhos, mas antes que pudesse retirá-lo o tentáculo avança sobre ele o lançando longe. Gabe se levanta e o tentáculo avança na sua direção. Antes que pudesse acertá-lo Aquino aparece e com a Eclipse corta a ponta do tentáculo fazendo Blossomon urrar de dor. A ponta cai no chão e se transforma em dados. Aquino pega o anel no chão e rapidamente o lança para Gabe. Gabe estende a mão para pega-lo e escuta a voz de YggDrasil.

                - Me ajude! Me salve! Se salve! Se lembre!

                Gabe se lembra de tudo. O grupo se reuni junto de Gabe e em frente a Blossomon que ainda parecia estar sobre o efeito do veneno.

                - Ela ainda está envenenada? – Witchmon pergunta confusa – Mas o anel já saiu.

                - Mesmo assim, - Togemon fala preocupada – ela o usou por muito tempo, tem muito veneno correndo pelo corpo dela.

                - Eu acho que eu posso dar um jeito nisso – Gabe fala sorrindo.

                Ele coloca o anel no seu dedo anelar, o anel encaixa perfeitamente. Ele brilha e some e na mão de gabe um grande chicote verde de espinhos aparece.

                - Eu adoro esse chicote – Ele se vira para Aquino – mas sempre odiei o nome.

                Aquino revira os olhos sorrindo.

                - Vocês me deem cobertura – Gabe fala – Eu tenho que me aproximar dela pra conseguir sugar todo o veneno.

                - Certo! – O grupo confirma e eles correm na direção de Blossomon que ainda estava atordoada.

                Ela lança seus tentáculos mais uma vez e mais um monte de flores espirais. O grupo vai defendo Gabe segurando os tentáculos e destruindo as flores. Gabe se aproxima mais e mais de Blossomon. Ele pula e levanta Toxina no ar, ele lança ela para frente e o chicote se estica e dá várias voltas no corpo de Blossomon a prendendo. O punho de Gabe brilha assim como o chicote e Blossomon grita. Tudo acontece muito rápido e aos poucos o brilho do chicote diminui e ele solta Blossomon e volta a sua forma normal. Blossomon cai no chão desacordada. O grupo se aproxima dela com cautela. O grande digimon abre os olhos confusa.

                - Onde estou? – Blossomon pergunta olhando em volta, sua voz estava bem mais calma – A última coisa que me lembro foi de encontrar um anel próximo a rosa sagrada e depois não me lembro de mais nada.

                - Você não sentia inveja da beleza da flor? – Gabe pergunta confuso.

                - Jamais – Blossomon responde – Eu adorava aquela flor, mas eu a destruí – Blossomon fala se lembrando do que fez – Por que eu a destruí?

                - Por causa disso – Toxina brilha na mão de Gabe e se transforma no anel novamente – Esse anel pode ser venenoso e isso causou um acesso de loucura em você.

                - Ah e pra te salvar eu tive que cortar um de seus tentáculos – Aquino fala se desculpando – Desculpe.

                - Tudo bem – Blossomon levanta o tentáculo que falta uma ponta olhando tristemente para ele – Mas isso não importa, eu tenho que me reparar com os outros pelo mal que causei. Me desculpem. E obrigado por me salvarem.

                A digimon se afasta deles e vai na direção da pousada.

                - Conseguimos então – Oliver fala sorrindo.

                - Parece que realmente conseguiram – Uma voz surge do meio da floresta.

                Da direção da voz surge um digimon sinistro, ele tinha uma armadura preta com detalhes em vermelho, que era decorada por olhos e caveiras, ele tinha longos cabelos loiros e das pontas de seus braços saiam duas espadas vermelhas. Aquino checa seu digivice.

                 Digidex

                Duskmon – Champion/Hybrid – Digimon do tipo homem demônio. Digimon maligno e cruel que possui o espirito das trevas. É um grande guerreiro e seu poder de combate é monstruoso. Técnica Especial: Deadly Gaze.

                O grupo mesmo cansado da batalha se coloca em modo de ataque.

                - Não se preocupem – Duskmon fala calmamente – eu não vim para destruí-los, ainda. Eu vim trazer um recado de meu mestre. Parem de buscar as Armas Destinadas. Ou irão sofrer as consequências.

                - Pois fale para seu mestre – Aquino fala olhando Duskmon em seus olhos com confiança – ir se foder!

                - Eu já esperava isso de você – Duskmon ri levemente – Não digam que eu não avisei.

                Duskmon desaparece. O grupo troca olhares preocupados. Deramon aparece e corre até eles.

                - Muito bem! – Ele fala alegremente – Vocês conseguiram! Salvaram Blossomon e a Selva Tropical e ainda encontraram o que procuravam.

                - Obrigado pela ajuda – Aquino sorri pra Deramon, ainda preocupado com as palavras de Duskmon.

                - Então venham – Deramon os empurrava na direção de volta à pousada – Temos muito o que celebrar!

                Eles seguem Deramon, querendo muito descansar, mas as palavras de Duskmon não saiam de suas cabeças. Longe dali, num lugar escuro e tenebroso, Duskmon se aproxima de uma grande cadeira.

                - Mestre – ele se ajoelha em frente a cadeira – o aviso foi dado para os Destinados.

                - Excelente – uma voz ao mesmo tempo sinistra e divertida fala.

                - Mas acho que eles não vão seguir seu conselho – Duskmon continua a relatar.

                - Mas é isso mesmo que eu quero – o digimon misterioso ri levemente – Eu quero que eles continuem a buscar as armas.

                - Mas por que me mandou dizer para eles pararem então, mestre? – Duskmon pergunta confuso.

                - Para eles saberem que eu estou de olho neles, para eles se perguntarem quem é que está atrás deles.

                - Mas não acha que se eles conseguirem todas as armas eles ficaram muito fortes, mestre? – Duskmon pergunta.

                - Não importa o quão forte eles fiquem, eles nunca poderão me derrotar. Em breve eles vão sentir a força do meu poder. E é claro dos meus irmãos. Pois a Tríade irá dominar o Digimundo novamente!