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História Digimon Destiny - Vento


Escrita por: AquinoLucas

Notas do Autor


Um capitulo por dia durante 3 dias é um recorde pessoal kkkkkkk, mas o apoio dos meus amigos está realmente me impulsionando. Se preparem pois esse episódio acontece os primeiros nudes da fic kkkkkk

Capítulo 3 - Vento


Fanfic / Fanfiction Digimon Destiny - Vento

Digimundo – Floresta de Fugamon – Manhã

                Kelvi estava parado em frente a uma arvore olhando preocupadamente para cima enquanto segurava em sua camiseta várias frutas. Plotmon estava a seu lado e também olhava para cima. Encostado à arvore estavam o par de botas de cano alto de Leona.

                - Leona! – Kelvi gritava com um tom de preocupação – Tem certeza que não é melhor pedir pra um dos guris pegar frutas?

                - Claro que não! – Leona respondia do alto da árvore.

                Leona estava subindo os galhos e pegando frutas, cada fruta tinha um formato e cor diferente, como se fosse uma arvore de salada de frutas. Tinkermon estava junto dela a ajudando a pegar as frutas.

                - Primeiro que o Aquino e o Gabriel ainda estão se recuperando, - Leona continuou a responder Kelvi – e acredito que eles se ofereceriam para pegar as frutas mesmo machucados. E tu acha que o Oliver ia querer subir numa árvore durante o dia? É mais fácil ele querer descer de rapel em um abismo escuro.

                - Bom eu poderia ter subido – Kelvi fala em tom baixo para que Leona não escutasse.

                - Sério? – Plotmon pergunta não acreditando muito em seu parceiro.

                - Cala a boca. – Kelvi responde ofendido.

                - Ali tem mais uma Le! – Tinkermon aponta para uma fruta alguns galhos acima delas.

                - Eu pego! – Leona responde e sobe até a fruta.

                Ela pega a fruta que ficava praticamente no topo da árvore. Leona olha para o horizonte e sente o vento bater em seu rosto. Ela fecha os olhos enquanto seus cabelos logos balançam junto com as folhas. Ela abre os olhos e vê algo que a faz abrir um largo sorriso no rosto.

                - Achei algo bem interessante. – Ela fala para si mesma e dá uma mordida na fruta que era vermelha e tinha um formato que lembrava um coração – Humm, maça do amor?

                Dentro da caverna Aquino acorda e vê Tsukaimon deitada sobre seu peito.

                - Tu voltou? – Ele fala com uma voz sonolenta – Achei que tava linda de Witchmon.

                - Eu tava. – A digimon falou sorrindo – Mas assim é melhor de dormir.

                Aquino se senta e sente que seu corpo já está recuperado. Ele não sabe como, mas acha que o misterioso brilho em sua mão pode ter sido a causa disso, já que ele não apenas sentiu a forte energia em sua mão, como também por todo o corpo. Ele então pega em seu bolso o misterioso aparelho que apareceu em sua mão na noite anterior. O aparelho era estranho e ao mesmo tempo familiar. Aquino então levanta os olhos para olhar em volta. Ele vê que a fogueira tinha sido apagada já algum tempo. Gabriel dormia de costas para Guilmon que babava muito. No canto mais escuro ele podia ver Oliver que também estava dormindo. Ele percebe a ausência dos outros.

                - Cadê a Leona e o Kelvi? – Ele pergunta em voz alta.

                - Saíram a algum tempo – Impmon responde da entrada da caverna.

                Ele estava escorado na entrada olhando para fora. Ele se vira para Aquino e flutua ficando exatamente no meio da entrada da caverna.

                - O que eles foram fazer? – Perguntou Aquino preocupado.

                - Sei lá! – Impmon responde dando de ombros – Talvez eles foram devorados por um demônio digital! Muahahahaha! Ai!

                Durante a risada Impmon recebe um encontrão de Leona que o faz voar até a parede oposta a entrada da caverna.

                - Sua jamanta! – Ele grita furioso com Leona, o que acorda Oliver e Gabriel – Não olha por onde anda?

                - Ninguém mandou tu ficar flutuando na entrada da caverna – Leona retruca.

                - O que tá acontecendo? – Gabriel pergunta confuso com a gritaria, enquanto Guilmon dorme pesadamente.

                - Enquanto vocês dormiam, nós quatro fomos procurar algo para comer, - Ela falava enquanto Kelvi e Plotmon finalmente entram na caverna, Kelvi demonstrava cansaço o que significa que Leona veio correndo na frente. – E achamos essas frutas.

                Ela pega uma fruta da camiseta de Kelvi e atira em direção a Gabriel e o acerta bem nas costelas, o fazendo soltar um gemido de dor.

                - Bom, - Leona ignora Gabriel – É melhor vocês comerem, porque temos uma caminhada pela frente.

                Logo o grupo estava caminhando subindo a direção do riacho. Leona caminhava à frente com Tinkermon, Aquino estava a seu lado esquerdo bem ao lado do riacho com Tsukaimon no ombro. Gabriel estava do lado direito de Leona, mais ao lado das arvores, onde Guilmon corria em volta. Kelvi estava bem atrás dele já com cara de cansado, Plotmon estava a seu lado. Oliver estava bem atrás com Impmon flutuando do seu lado. O sol estava forte e tinha uma leve brisa, a agua do riacho cintilava e possuía o mesmo brilho holográfico das folhas das arvores.

                - Então o que exatamente tu viu? – Aquino pergunta para Leona.

                - Do topo da arvore deu pra ver logo atrás da montanha, seguindo o riacho, uma cidadezinha, - Leona explicava o que tinha visto – não pareceu muito grande, mas ela ficava bem no final da floresta, logo depois era um deserto.

                - Mas por que tu não me chamou pra subir na arvore pra ti? – Gabriel perguntou novamente com seu sorriso desafiador – Uma princesa linda assim podia ter se machucado subindo na arvore.

                - Olha só, não sei onde tu quer chegar com esse papinho, – Leona olha seriamente para Gabriel – mas eu não preciso de nenhum homem pra me proteger. Muito menos de um moleque que nem você.

                Ela caminha mais para frente se afastando de Gabriel. Tinkermon se vira para Gabriel mostrando a língua para ele, como se dissesse “bem feito”. Aquino se aproxima dele.

                - Não é assim que tu vai conquistar ela. – Ele fala em um tom baixo para que só Gabriel escutasse.

                - E o que tu sabe sobre conquistar uma mulher? – Gabriel fala com um tom debochado.

                - Por eu ser gay eu acho que entendo melhor como uma mulher pensa do que tu. – Ele fala sem se importar com o deboche de Gabriel. – A Leona é uma mulher forte e independente, pelo pouco que conheço dela, ela não quer um homem que a defenda, ela não quer ser tratada como uma princesa. Ela sabe lutar as próprias batalhas. Ela não quer um príncipe encantado a salvando de um dragão.

                - E o que ela quer então? – Gabriel pergunta realmente curioso.

                - Ela quer um príncipe que a apoie na luta dela com o dragão, porque ela quer matar o dragão sozinha, porque ela pode. Ela não precisa ser salva.

                - Ai gente, não chegamos ainda? – Kelvi fala com a voz demonstrando cansaço.

                - Eu espero que não demore, – Oliver fala meio que sem vontade – andar no sol não faz bem pra mim.

                - Paciência gente, - Leona fala na frente do grupo – Não acho que falte muito.

                Eles caminham por mais uma hora, alguns praticamente se arrastando, até que eles finalmente começam a ver alguns prédios de no máximo 3 andares. Eles estavam chegando.

                - Finalmente – Kelvi fala ofegando – achei que ia morrer caminhando! Não acabava nunca.

                - Não exagera – Oliver fala revirando os olhos.

                Eles finalmente chegam na pequena cidadezinha. Ela tinha uma rua principal que se seguia onde tinham prédios de ambos os lados, mas não parecia ter algo além disso. Apenas prédios. Parecia abandonada, como uma cidade fantasma que se vê nos filmes de faroeste, mas essa tinha postes. O grupo anda em silêncio pela rua principal, atentos a qualquer sinal de perigo. Leona percebe algo estranho num prédio a sua direita e caminha até ele. Era uma casa com uma porta e duas janelas, assim como o resto da cidade parecia abandonada, mas então ela viu dentro da casa algo que lhe chamou a atenção. Ela viu através da janela um par de olhos que assim que encontraram os de Leona se abaixaram.

                - Olá? – Leona tenta se comunicar com o par de olhos – tem alguém aí? Eu e meus amigos estamos perdidos, pode nos ajudar?

                O par de olhos lentamente volta a janela, ainda com muito medo e após olhar para o sorriso de Leona se acalmam um pouco e somem de novo. Eles reaparecem na porta que abre. Era um pequeno digimon no formato de cogumelo, ele parecia ainda assustado, mas percebeu que Leona não representava perigo.

                - Oi – Ela fala se abaixando para ficar da altura dele que era menos da metade de sua altura – Pode nos ajudar?

                Nesse momento o resto do grupo já estava atrás de Leona, o pequeno digimon olha para todos e olha de volta para ela.

                - Vocês são humanos? – Pergunta com uma leve voz aguda.

                - Sim – Leona responde sorrindo.

                - Nossa!  Eu nunca vi humanos! – O digimon tinha um brilho nos olhos agora, sabendo que o grupo era de humanos – Eu sou Mushroomon. Vocês têm que falar com meu pai.

                Ele então pega na mão de Leona e guia o grupo até a última casa da rua principal. Na verdade, era um casarão, uma casa importante, como a de um prefeito. Tinha uma escadaria e uma porta dupla, mas assim como o resto parecia abandonada. Eles entram o local seguindo Mushroomon. Dentro era um Hall com uma mesa grande de madeira e atrás da mesa havia um digimon em formato de arvore seca.

                - Papai! Papai! – O pequeno digimon gritava empolgado – encontrei humanos!

                - Não é possível. – O digimon atrás da mesa parecia espantado. Sua voz ainda era como a de um velho, meio aguda – Humanos aqui?

                Ele sai de trás da mesa e caminha até o grupo que estavam tão desconfiados quanto o próprio digimon. Ele era um pouco mais alto que Gabriel e Aquino e olhava com espanto e admiração para o grupo.

                - Bem-vindos a Cidade da Floresta – ele falou de forma calorosa – eu sou o prefeito Woodmon. Sei que devem estar cansados e confusos, mas não se preocupem vou lhes contar tudo o que sei.

                Woodmon levou eles através de uma porta que fica nos fundos da sala, era como se fosse uma sala de reuniões, havia uma grande mesa no centro com várias cadeiras em volta. Woodmon fez sinal para que eles se sentassem e eles o fizeram ainda muito confusos com tudo que acontecia.

                - Vocês devem estar com sede não? – Falava o grande digimon como se tentasse agradá-los. – Floramon!

                Ao ele chamar um digimon planta entra o escritório com uma bandeja com uma jarra de agua e vários copos. O digimon possuía um tom esverdeado no corpo e rosto, suas mãos lembravam flores e eram em tons de roxo e em seu rosto como se fosse uma franja ou capacete haviam grandes pétalas em tons de vermelho. O digimon serviu a todos e rapidamente saiu da sala.

                - Ok, isso tá realmente estranho – Aquino finalmente fala ainda confuso – o que tá acontecendo aqui?

                - Tudo bem eu falo – Woodmon suspira, parando de tentar agradar aos humanos e prontos para contar o que sabe – Humanos no Digimundo é o sinal de apenas uma coisa. O nível de trevas e maldades desse mundo cresceu o bastante para afetar o equilíbrio entre os mundos e os humanos devem derrotar essas trevas. Pelo menos foi assim da última vez.

                - Peraí! – Gabriel fala – Humanos já estiveram aqui?

                - Sim, foi a muito tempo – Woodmon fala olhando para o nada – Eu não era nascido quem me contou essa história foi meu falecido avô. A muitos anos atrás o mal tomou conta do Digimundo, então YggDrasil, o Deus do Digimundo, trouxe para cá um grupo de crianças humanas. Junto com seus parceiros digimons essas crianças lutaram bravamente e derrotaram o mal, salvando o nosso mundo e o deles. Meu avô viu tudo, ele conheceu as crianças, ele disse que elas salvaram essa cidade do mal uma vez. E agora o mal voltou.

                - O que aconteceu? – Leona pergunta compenetrada na história de Woodmon.

                - Após terem derrotado as trevas, as crianças voltaram a seu mundo. YggDrasil invocou os arcanjos para proteger o Digimundo e impedir o retorno das trevas, mas algo deu errado, YggDrasil sumiu, muitos dizem até que nosso Deus está morto. Os arcanjos sumiram também. E a paz que reinou no Digimundo foi momentânea. Nós aqui na Ilha Arquivo não temos mais contato com o continente a muitos anos. Os Trailmons que faziam o contato pararam de vir. Muitos Digimons tentaram fugir daqui, mas nunca mais os vimos. E então o mal caiu sobre nós. Os Irmãos Ogros chegaram e se denominaram donos de tudo. Eles vêm e demandam impostos senão eles nos matam. Isso não seria um problema, porque digimons sempre renascem, mas por algum motivo a cidade do princípio parou de funcionar, digimons não estão mais nascendo. E agora os Irmãos Ogro estão controlando a energia desse lado da ilha, eles só liberam para quem os paga bem. Estava perdendo as esperanças até que vocês apareceram. Humanos! Vocês podem salvar essa cidade! Vocês podem salvar esse mundo!

                O grupo olha entre si, ainda digerindo a história de Woodmon, tudo o que passa na cabeça deles no momento é surpresa por saber que humanos já estiveram ali, e medo de ter essa responsabilidade de ter que salvar um mundo inteiro. Eles mal conseguiram se salvar na luta contra Fugamon.

                - Olha... – Aquino fala tentando quebrar o silêncio.

                - Eu sei é muita coisa para vocês processarem – Woodmon fala percebendo os rostos assustados – Não precisam nos dar uma resposta agora. Descansem aqui, que além da prefeitura é o hotel da cidade. Relaxem e pensem no assunto.

                - Ok – Aquino fala, mesmo sabendo que é muito a se pensar.

                - Bom – Woodmon tenta quebrar o clima sério – No andar de cima nós temos duas suítes que foram feitas para os Destinados, uma para as meninas e outra para os meninos, cada um tem várias camas e um banheiro com agua quente, vocês se limpem e nosso staff vai lavar suas roupas, também não se sabe quando vocês terão essa oportunidade de novo.

                Woodmon ri com sua piada, mas os humanos não acham muita graça.

                - Ahem, Floramon! – Woodmon chama o digimon planta novamente – guie nossos convidados as suítes.

                - Sim senhor – responde o digimon com uma voz suave.

                Floramon guia eles por uma escadaria ao chegar no terceiro andar haviam apenas duas portas.

                - A porta da direita é para as mulheres e a esquerda para os homens – Floramon fala como se tivesse sido treinada para dizer isso.

                Floramon abre a porta feminina e sinaliza para que Leona entre. Tinkermon a segue e Aquino e Kelvi fazem sinal para que suas parceiras sigam elas. Os rapazes entram no quarto que era bem grande, haviam 6 camas dispostas de frente uma para a outra e uma porta no fundo do quarto para a direita. Eles seguem para lá e chegam num banheiro enorme, como se fosse um vestiário, haviam vários boxes com chuveiros onde as portas pareciam que cobriam só a metade do corpo fazendo os pés e a cabeça aparecerem por trás. Em frente aos boxes havia um banco de madeira onde estavam várias toalhas e roupões brancos e bem ao lado da porta estava Mushroomon com um cesto em suas mãos.

                - Coloquem suas roupas aqui que nós iremos lava-las – Ele falou sorridente – vocês podem usar os roupões enquanto elas ficam prontas.

                Oliver, Gabriel e Aquino se olham meio constrangidos, já que não tinham um nível de intimidade tão grande para se verem nus. Eles olham espantados para Kelvi que já estava pelado.

                - O que foi gente? – Ele fala nem um pouco constrangido – Até parece que vocês não têm um no meio das pernas também.

                Kelvi larga suas roupas no cesto e se dirige para um dos boxes, o corpo de Kelvi não era magro, mas nem gordo, era o equilíbrio perfeito, tinha suas imperfeições, mas Kelvi não tinha problemas com elas. Gabriel suspirou descontente e começou a se despir.

                - Não olhem pra minha bunda – Ele fala com seu clássico sorriso debochado e caminha em direção a outro box com Guilmon o seguindo.

                Gabriel era forte como aparentava vestido, seu corpo era bem definido, mas não chegava a ser musculoso. Aquino da de ombros e começa a se despir e vê que pela primeira vez Oliver demonstra muita insegurança.

                - Tá tudo bem? – Aquino pergunta.

                - Meu corpo é muito feio – Fala Oliver extremamente constrangido – Eu não quero que vocês me vejam pelado. Vocês vão se assustar.

                - Oliver essa é nossa primeira chance de um banho decente, e como disse Woodmon quando a gente vai ter outra chance como essa? E além do mais ninguém vai ficar reparando no teu corpo. Estamos entre amigos aqui.

                Aquino se despe mostrando um pouco de vergonha, mas tentando mostrar coragem e apoiar Oliver. O corpo de Aquino era largo, ele tinha suas gordurinhas, mas nada desproporcional, e seu corpo era coberto por uma leve camada de pelos. Oliver respira fundo e se despe. Impmon o olha como se ele tivesse fazendo um drama desnecessário. Assim que coloca a última peça de roupa no cesto Mushroomon sai do banheiro com ele. O corpo de Oliver era magro e esguio, nada que justificasse sua insegurança e chegou até a atrair olhares curiosos de Kelvi do seu box. Impmon ficou deitado desinteressadamente no banco de madeira.

                - E aí, quem tem o pau maior? – Fala Kelvi olhando por cima de seu box.

                - Kelvi fica no teu box por favor – Aquino fala ao mesmo tempo achando engraçada a atitude de Kelvi.

                No outro banheiro Leona tomava seu banho, enquanto as digimons corriam pelo banheiro. Leona tinha um corpo perfeito seios fartos, acinturada e com quadris largos. Ela ria enquanto via Plotmon correr atrás de Tsukaimon enquanto Tinkermon estava sentada no banco de madeira. Ela pensa em como ela vai sobreviver nesse mundo sem seu shampoo e condicionador. Ela termina seu banho e se seca. Veste o roupão e com outra toalha sai para o quarto secando o cabelo. Alguém bate na porta do quarto.

                - Leona posso entrar? – Era Aquino.

                - Pode – ela responde.

                Assim que Aquino entra Tsukaimon voa para os braços dele. Ele estava vestindo um roupão assim como Leona, ele senta numa cama ao lado dela. O quarto era igual ao masculino.

                - Como está lá no outro quarto? – Leona pergunta.

                - Bom tem o Gabriel sendo ele mesmo, o Kelvi dando uma de exibicionista e o Oliver reclamando que o roupão poderia ser preto. Ou seja, o de sempre.

                Os dois riem e Floramon entra no quarto com as roupas de Leona limpas e dobradas.

                - O jantar já vai ser servido – A digimon fala – o senhor Woodmon os espera.

                Ela se retira e Aquino e Leona trocam olhares preocupados, lembrando do que lhes foi contado. Pouco depois eles desceram para a sala de jantar vestidos e de banho tomado. A mesa tinha uma enorme variedade de comidas que só de olhar davam agua na boca, mesmo eles não entendendo muito o que era cada coisa. O jantar foi silencioso e desconfortável, já que ninguém queria tocar no assunto. Após o jantar Woodmon e Mushroomon se despediram e os humanos voltaram para seus quartos para dormir. Leona estava deitada em sua cama, Tinkermon estava do seu lado. Mesmo estando mais confortável do que na caverna ela não conseguia dormir. Tudo o que tinham ouvido mais cedo não saía de sua cabeça. Ela se levanta e resolve ir pegar um copo d’agua. Enquanto descia até o térreo do Hotel Leona pode ouvir vozes vindas do lado de fora. Ela vai até uma janela e espia o que está acontecendo do lado de fora. Ela vê Woodmon que tinha um assustado Mushroomon agarrado em sua perna e eles estavam de frente para um digimon alto e que tinha um formato familiar. Leona desce as escadas com pressa e chega até a porta do Hotel onde pode ouvir melhor o que acontece do lado de fora.

                - Onde eles estão Woodmon? – Falava o monstro a voz lembrava muito a de Fugamon assim como sua fisionomia, mas não era Fugamon.

                O monstro era muito parecido com Fugamon, mas pelas fracas luzes dos postes dava para ver suas diferenças, esse era azul, nos ombros estacas de gelo saiam para fora e ele segurava uma estaca de gelo como clava.

                - Eles não estão aqui Hyogamon. Eu juro – O digimon arvore falava claramente assustado.

                - Mentira! – O monstro urra – Eles só podem ter vindo para cá! Eles vão pagar pelo que fizeram com meu irmão!

                - Eu estou falando a verdade – Woodmon falava tentando convencer Hyogamon – Eles passaram por aqui e foram em direção ao deserto, mas foi só isso!

                - Eu não acredito em você – Falou Hyogamon sorrindo malignamente – eu vou encontra-los. Você só está me atrapalhando. Throwing Ice!

                Hyogamon atira uma gigante bola de gelo na direção de Woodmon, que para proteger seu filho o empurra para longe. O ataque acerta o prefeito em cheio o lançando na entrada da prefeitura/hotel.

                - Não! – Leona grita e corre para fora por instinto.

                - Papai! – Mushroomon corre até seu pai que está caído no chão.

                Leona chega até Woodmon que com poucas forças segura a mão dela, Leona chora. Mushroomon também.

                - Proteja meu filho – Woodmon suplica a Leona com suas últimas forças.

                Ela acena com a cabeça. Woodmon fecha os olhos e seu corpo se transforma em dados que explodem no ar. Leona olha furiosa para Hyogamon. Mushroomon chora sobre onde seu pai estava. Leona se levanta. E começa a caminhar em direção a Hyogamon.

                - Você deve ser a bela humana que meu irmão falou – Ele fala sorrindo – É tão linda quanto ele disse.

                - Lindo vai ser quando eu enfiar meu punho na sua cara.

                Veloz como um raio Tinkermon voa de dentro do edifício em direção ao monstro, levantando o cabelo de Leona no processo. Ela tenta atingir Hyogamon com seu bastão, mas ele defende e a lança em contra a parede de um prédio próximo. Sem que ele perceba Leona já está em cima dele e com um movimento acerto um soco no meio da testa do digimon que o lança metros longe. O vento sopra forte levantando uma leve nuvem de poeira, os cabelos de Leona dançam com o vento e seu punho brilha com uma intensa luz lilás. Um aparelho igual ao de Aquino aparece em sua mão, ele era branco com detalhes lilás.

                - Carregar Digisoul! Evolução!

                Uma forte luz sai do aparelho e envolve Tinkermon.

                Tinkermon Digivolve para>>> Kazemon

                A luz cessa e no lugar de Tinkermon aparece uma grande digimon fada, mais alta que Leona. Ela tinha roupas em tons de lilás e verde, um longo cabelo roxo e grandes asas que lembravam as de uma borboleta só que transparentes.

                - Tornado Gamba! – Kazemon fica de cabeça para baixo se apoiando sobre os braços e abre as pernas e gira formando um tornado que envolve Hyogamon.

                Sem que o digimon percebe sua aproximação Leona avança e desfere um chute no estomago de Hyogamon o fazendo largar sua clava. Kazemon tenta um chute no rosto dele, mas o monstro, apesar da dor se defende segura a perna dela e a lança na direção oposta. Leona tenta mais um soco, mas o monstro segura seu braço e a imobiliza com suas grandes mãos como se fosse um mata-leão.

                - Uma mocinha linda dessas não devia entrar em lutas que não podem vencer – Ele fala com uma risada zombeteira.

                - Você não me conhece!

                Leona impulsiona seus pés no chão os levantando bem alto e descendo com muita força lançando o monstro para frente se desvencilhando de seu ataque. Ele rola para perto de sua clava e a lança em direção as pernas de Leona fazendo que ela cai de joelhos. Ela tenta fugir, mas Hyogamon a pega pelos cabelos. Antes que ele possa fazer algo com ela Kazemon chega voando com um chute duplo, acertando o rosto de Hyogamon e o lançando para longe.

                - Você não vai encostar um dedo nela! – Kazemon fala furiosa.

                Ela avança em direção a ele com uma sequência de socos que ele defende. Ele tenta um soco, mas Kazemon se abaixa e desfere mais um chute no estomago do monstro. Leona corre e com a clava de Hyogamon o acerta na cabeça o fazendo cair.

                - Você já causou muita destruição por aqui! – Leona fala com a voz seria.

                - Chegou a hora de pagar pelo que você fez – Kazemon se prepara para lançar um ataque, mas uma voz chama a atenção delas.

                - Leona! – Era Gabriel que junto do resto do grupo finalmente levantaram e estavam na porta do hotel e corriam em direção a elas.

                - Tá tudo bem! – Leona grita para seus amigos.

                Elas se viram para Hyogamon, mas ele havia sumido.

                - Ele fugiu! – Kazemon fala com nojo da atitude do monstro.

                - Desgraçado – Leona fala e seus olhos rolam para cima e ela cai para trás. Gabriel chega e a segura antes que ela possa cair.

                - Eu sabia que uma hora tu ia ficar caidinha por mim – Ele fala sorrindo.

                - Vai sonhando, moleque – Ela fala e desmaia.

                Leona acorda em sua cama, ela olha para a janela no quarto e vê que ainda é noite. Ela se levanta e vai até o quarto do lado, mas não há ninguém. Ela desce e vê que todos estão na sala de reuniões. Ela escuta a conversa.

                - Aquele era Hyogamon, o segundo dos irmãos Ogro – era a voz de Floramon que pela primeira vez não parecia ensaiada – existe ainda o terceiro e mais forte Ogremon. Juntos eles aterrorizam todo esse lado da Ilha Arquivo.

                - E onde eles ficam – Aquino perguntou.

                - Eles ficam na estação de energia que fica a dois dias daqui. É lá que eles controlam tudo.

                - E como você sabe tudo isso? – Perguntou Kazemon desconfiada.

                - Pode não parecer, mas eu sou a vice-prefeita – Floramon falou com uma pontada de orgulho – mas como a cidade tem poucos habitantes eu também sou a camareira do hotel. Então eu sei tanto quanto Woodmon sabia.

                - Você sabe alguma coisa sobre esse aparelho? – Aquino mostra para Floramon o aparelho que apareceu para ele.

                - Não muito – Floramon explica – Eles, os Destinados, os primeiros humanos tinham aparelhos misteriosos, eles os chamavam de Digivice. Eu nunca vi um, mas deve ser isso. Mas então, eu sei que não é um momento bom, sei que acabamos de perder nosso prefeito, mas eu tenho que perguntar se vocês irão acatar ao pedido dele. Vocês vão salvar o Digimundo?

                O silêncio se instaura na sala e os humanos se olham entre si. Leona que assistia tudo da porta finalmente entra.

                - Não tenha dúvida – ela fala com convicção – Nós vamos salvar o Digimundo!


Notas Finais


Então é isso a história começa a ser revelada. Quem eram os Destinados? Que ligação eles tem com os tamers? O que aconteceu com YggDrasil e os arcanjos? E onde nossos herois irão agora? Mais respostas e perguntas no capitulo 4 "Amizade" . Então preparem-se, porque o destino deles está só começando.


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