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História Digimon Destiny - Vingança


Escrita por: AquinoLucas

Notas do Autor


Olha só quem apareceu kkkkkkkk
Eu disse que não ia levar mais dois meses kkkkkkkkkk
Só 15 dias kkkkkkkkkkk
Mais um capitulo fresquinho para vcs kkkkkkkkk
espero que gostem kkkk

Capítulo 40 - Vingança


Fanfic / Fanfiction Digimon Destiny - Vingança

Mundo Real – Dia – Porto Alegre

                O grupo todo estava reunido no escritório de Alessandra, em volta de uma mesa de reuniões. Muitos ainda curiosos com a presença de Dih, mas felizes ao ver Palmon. Dih então mostra seu digivice fazendo boa parte do grupo se surpreender.

                - Então – a garota fala timidamente – Eu sou a Dih, minha idade não importa. E eu sou a nova parceira da Palmon.

                - Como assim? – Guto pergunta surpreso.

                - Ontem ela me encontrou – Palmon fala ao lado de sua parceira – e nós nos conectamos de alguma maneira. Foi como se estivéssemos destinadas a se encontrar.

                - Não se preocupem – Dih fala – eu não quero roubar o lugar do Gabe. Sei como ele foi importante para vocês. Eu nunca poderia substituir ele. Mas eu recebi essa oportunidade de lutar ao lado da Palmon e proteger as pessoas que amo. Sei que nenhum de vocês deixaria essa oportunidade passar.

                - Nós entendemos Dih – Oliver fala sorrindo – Seja bem-vinda ao grupo.

                Aos poucos um a um dá as boas-vindas à Dih. Até que Ana revira os olhos e solta um som de indignação.

                - Tudo bem Ana? – Aquino pergunta estranhando o comportamento da garota.

                - Como vocês não percebem isso – Ana soca a mesa – YggDrasil nos escolhe por que somos os únicos que podiam salvar o Digimundo. Mas assim que um de nós morre somos facilmente substituídos! Não somos nada mais do que ferramentas para ela! Que assim que se quebram podem ser trocadas! E vocês ficam felizes com isso?!

                - Ana! – Aquino se surpreende coma atitude da garota.

                - Não me venha com sermões Aquino! Ainda mais tu que é uma marionete de YggDrasil! O favorito dela! O líder! Garanto até que ficou feliz que substituíram o Gabe não? Já que tu e ele sempre discutiam? Tu adorou que ele morreu e tua melhor amiga pegou o lugar dele! Ah e também deve estar feliz com a morte do Cauê já que ele te dispensou porque não queria nada contigo! Garanto que YggDrasil vai achar alguém pra ser teu namorado e colocar no lugar do Cauê!

                - CHEGA! – Aquino grita enfurecido com as palavras da garota – Ana eu acho que tu precisa de um tempo sozinha. – O garoto fala tentando retomar o controle de suas emoções.

                Ana olha para os rostos em volta e todos a olham com espanto pela atitude dela, Guto até virou o rosto para não olhar para ela. As palavras da garota haviam cravado fundo em todos. Ela sai correndo da sala segurando as lagrimas.

                - E-eu vou falar com ela – Paula segue Ana. Keramon e Gaomon vão atrás.

                - Eu acho que devemos continuar a reunião – Alessandra fala calmamente.

                - Tem razão delegada – Aquino fala respirando fundo – Temos que encontrar o esconderijo de Myotismon, ao que tudo indica ele é o mais próximo de nós.

                - Nos últimos dias houveram muitos casos de avistamentos estranhos, isso está começando a chamar a atenção da corporação. Eu consegui prevenir que investigações começassem, mas logo será impossível evitar. – Alessandra abre um mapa com marcações da cidade – Nesses locais a concentração de avistamentos foi maior.

                O grupo se foca na reunião e aos poucos esquece um pouco das palavras de Ana, pelo menos durante a reunião.

                Do lado de fora Paula, Gaomon e Keramon finalmente alcançam Ana do lado de fora da delegacia. Ana coloca as duas mãos sobre o rosto tentando segurar as lagrimas.

                - Ana – Paula se aproxima com cautela – O que aconteceu? Eu nunca te vi assim. Tu sempre foi a pessoa mais racional que eu conheço e agora do nada faz isso.

                - Eu – Ana tenta fala, mas as palavras não saem. Ela claramente luta com as lagrimas.

                Paula olha em volta e percebe uma pequena cafeteria perto dali.

                - Vem vamos tomar um café, assim a gente consegue conversar melhor – Paula guia Ana até o local, ela vira a cabeça para os digimons – Se escondam e se mantenham atentos.

                Os dois acenam com a cabeça e procuram um esconderijo.

                A cafeteria era pequena e aconchegante, o aroma de café era notável e agradável. A decoração do local era em tons de vermelho. Ana se senta em uma mesa num canto mais escondido do local, enquanto Paula faz os pedidos para a moça simpática que estava atendendo. Em poucos minutos Paula volta com duas xicaras de café.

                - Eu não sabia que tipo você gosta então pedi café preto mesmo.

                - Tudo bem – Ana fala mais calma – Eu gosto de café preto.

                Ana bebe um pouco do café e suspira agarrando a xicara comas duas mãos, aos poucos a garota voltava ao seu semblante confiante de sempre, mas era claro que a barreira de frieza dela havia sido destruída.

                - Então – Paula fala tomando um gole de café – Pode me contar o que aconteceu?

                - Eu alguma vez te contei o porquê de eu e o Cauê não nos darmos bem?

                - Não – Paula fala curiosa com as palavras de Ana.

                - A 10 anos atrás eu e Cauê estudávamos na mesma escola. Eu era da mesma turma que a irmã dele. Eles eram de uma família rica que podia pagar aquela escola particular. Eu era a garota negra e pobre que conseguiu uma bolsa através de muito esforço. Eu estava adianta, sempre fui muito inteligente, o que era mais um motivo para a patricinha da irmã dele pegar no meu pé. Eu era o principal alvo do bullying dela, ser negra, pobre, bolsista e ainda estar na mesma turma que ela sendo mais nova era um grande motivo para isso. Mas eu não era a única que sofri nas mãos dela, o Cauê era feito de capacho pela irmã.

                - Sério? – Paula pergunta impressionada de como alguém tão cheio de atitude pudesse ser tratado daquela maneira.

                - Sim, o Cauê de antes do Digimundo era muito diferente do que vocês conheceram. Ele era tímido, isolado e sem amigos. E eu me aproveitei disso para me vingar da irmã dele. A escola fez um concurso, os cinco alunos que tirassem as melhores notas entrariam num curso preparatório de Direito. Era tudo o que eu queria, obviamente a irmã do Cauê também. E assim que ela soube que eu estava participando os insultos aumentaram. Mas foi aí que eu executei minha vingança. Com a ajuda do Cauê eu gravei todas as coisas que ela falava para mim. Não sei o que ele achava que eu iria fazer com ela, mas ele concordou em me ajudar, ele estava feliz por alguém querer ser amigo dele que nem se importou em ajudar na destruição da irmã dele. No final eu exibi as imagens para todos na escola, a imagem da família deles foi manchada. Cauê então percebeu que eu estava apenas usando ele e não nos falamos mais até nos encontrarmos no Digimundo.

                - Nossa – Paula fala impressionada com a história de Ana – E a irmã dele?

                - Os pais deles tiraram ela da escola e mandaram ela para um internato na Suíça. Nunca mais vi ela.

                - Tá, mas o que isso tem a ver com o que tu disse na reunião?

                - No momento em que a Dih se revelou como uma nova Destinada me caiu a ficha. Somos descartáveis, somos simples humanos que diferente dos digimons não renascem. Então somos fáceis de substituir. Ao perceber isso eu vi que eu nunca vou poder me redimir com o Cauê. Que logo outra pessoa entra no lugar dele e eu não vou poder pedir perdão a ele, por tudo o que fiz. Tudo o que a irmã dele me fez me cegou numa vingança que eu não me importei de usar ele. E agora é tarde demais para lamentar. É tarde demais para eu me desculpar.

                Ana soca a mesa e as lagrimas correm pelo rosto da garota, como se ela não conseguisse mais segurar tudo o que estava sentindo. Paula se levanta e abraça Ana. A garota se agarra em Paula e chora no ombro da amiga. Depois de alguns minutos Ana levanta a cabeça e Paula limpa suas lagrimas.

                - Desculpa – Ana fala – Eu nunca fiz isso.

                - Tudo bem – Paula fala secando as lagrimas da garota – Isso mostra que tu é humana, que tem um coração. E que não precisa usar sempre essa fachada fria, que pode demonstrar o que sente.

                - Eu não sei, mas – Ana olha nos olhos de Paula – sempre que eu estou contigo eu não consigo esconder o que eu estou sentindo. Como se tu achasse sempre uma maneira de passar por todas as minhas barreiras.

                - É porque eu me importo contigo – Paula fala retribuindo o olhar de Ana ainda segurando o rosto da garota.

                Sem que elas percebessem, seus rostos se aproximaram, seus olhos atraiam uma a outra e de repente, elas se beijam pela primeira vez. Elas se afastam e se olham rindo levemente. Paula se senta de volta em seu lugar e Ana se recompõe a seu estado normal.

                - Bom – Ana fala – Eu acho que eu devo voltar lá e pedir desculpas. Acho que projetei muita coisa minha nos outros, principalmente no Aquino.

                - Isso é que dá tentar reprimir as emoções o tempo inteiro – Paula fala rindo levemente – uma hora se explode.

                - Vamos lá.

                As duas se levantam e vão em direção ao caixa, quando Ana acaba dando um encontrão em uma garota loira, a garota acaba derrubando um bolo de papeis que segurava.

                - Desculpa – Ana fala se abaixando e ajudando a garota a juntar os papeis – Eu não estava olhando para onde ia.

                - Tudo bem – A garota responde com sua voz triste – Isso acontece.

                Ana junta um bolo de papeis e finalmente vê o que estava juntando. Era um cartaz de desaparecido, com a foto de Cauê e telefones para contato. Ana finalmente olha para a garota loira e vê que era Lola a irmã de Cauê. Assim que percebe que era Ana, Lola arregala os olhos surpresa. Lola estava diferente do que a 10 anos atrás. Mas poderia ser efeito do desaparecimento de seu irmão, já que seu cabelo parecia mal cuidado, haviam olheiras aparentes e as roupas estavam desleixadas. As duas se levantam e se encaram seriamente.

                - Ana – Lola fala secamente.

                - Lola – Ana responde no mesmo tom.

                - Paula – Paula levanta a mão confusa.

                - Paula essa é Lola Tedesco, a irmã do Cauê – Ana fala ainda mantendo o tom frio.

                - Ah – Paula faz um olhar triste assim que Ana fala quem Lola é.

                - A quanto tempo, não? – Ana fala.

                - Sim, a última vez que nos vimos eu estava prestes a ser mandada para um internato na Suíça – Lola fala com um leve tom de raiva.

                - Se não tivesse sido tão vaca comigo talvez isso não teria acontecido – Ana responde no mesmo tom.

                - Olha só – Lola para e respira fundo – Isso foi a muito tempo, nós crescemos, somos adultas agora. Eu era uma guria idiota, achava que dinheiro e cor de pele qualificavam as pessoas. Mas eu cresci, evolui. Não sou mais a mesma.

                - E por que ainda olha para mim desse jeito?

                - Porque eu ainda tenho muita raiva de você! Porque tu me fez eu me sentir inferior, mas eu estava errada em dizer tudo aquilo. Tu sempre foi superior a mim. E eu vejo isso agora. Tu até conseguiu usar meu irmão contra mim.

                 Ao ouvir essas palavras, foi como se Ana levasse um soco, ela sentiu novamente tudo o que havia sentido a pouco.

                - Me perdoa? – Ana fala surpreendendo Lola.

                - Por que ta pedindo perdão? – Lola pergunta confusa – Eu que deveria fazer isso. Eu que fiz tua vida um inferno. Tu apenas fez o que eu merecia.

                - Não pelo o que eu fiz a ti, mas pelo que eu fiz pro Cauê. Eu nunca vou poder pedir perdão pra ele, acho que isso é o mais próximo que eu posso chegar disso.

                - Como assim nunca vai poder pedir perdão a ele? – Lola pergunta confusa – Tu sabe alguma coisa de onde ele está? – Lola para e pensa – Vocês duas desapareceram com ele. Vocês sabem onde ele está? Onde está o Cauê?!

                Ana luta contra as palavras, mas o olhar desesperado de Lola é forte demais para ela.

                - O Cauê morreu – Ana fala e sai da cafeteria sendo seguida por Paula.

                Lola fica petrificada em choque. As palavras de Ana ecoam em sua cabeça e as lagrimas transbordam os olhos. Lola cai ao chão chorando alto. Ela se agarra aos panfletos de seu irmão e chora.

                Depois de se recompor Lola deixa a cafeteira e caminha até uma pequena praça em frente ao local. Ela atira todos os cartazes na primeira lixeira que encontra. A garota se senta no banco da praça e cobre o rosto com as mãos. Lola olha para o céu como se procurasse respostas nas nuvens.

                - Por que Cauê? – A garota fala baixo – Por que tu foi me deixar? Eu sei que eu nunca fui a melhor irmã, mas eu tentei me redimir. Mas agora é tarde. Cauê! – Lola começa a chorar atraindo um olhar curioso que vinha de uma arvore logo atrás do banco.

                Lopmon pula da arvore ao ouvir o nome de seu parceiro. Ela segura com força o digivice sem cor de Cauê e se aproxima de Lola. A digimon se senta no banco um pouco afastada da garota.

                - Como era seu irmão? – Lopmon pergunta encarando o digivice.

                - Ele era divertido – Lola responde sem olhar para Lopmon – Desde que ele se aceitou ele virou alguém mais feliz. Ele não tinha medo de dizer o que pensava, não tinha medo de ninguém. A pessoa mais verdadeira que eu conheci. Apesar de toda a mentira que ele viveu por tanto tempo. Eu queria ser tão verdadeira quanto ele foi.

                - Sim ele era realmente assim – Lopmon sorri enquanto uma lagrima escorre por seu rosto.

                Lola finalmente olha para a Digimon, ela vê Lopmon sentada, sentindo a mesma falta que ela. Ao olhar nos olhos de Lopmon a garota percebeu a mesma dor que ela sentia. Em nenhum momento questionou o que ela era.

                - Tu conheceu meu irmão? – Lola pergunta a digimon.

                - Sim – Lopmon responde sorrindo – estive ao lado dele até seus últimos momentos.

                - Então ele realmente se foi. Como?

                - Mataram ele – Lopmon fala num tom sombrio.

                - Quem? – Lola pergunta seriamente se levantando do banco.

                - Por que quer saber?

                - Por que eu vou vingar a morte do meu irmão. Posso não ter sido a melhor irmã do mundo. Mas não vou deixar de honrar a memória dele.

                Mais tarde, Ana e Aquino conversavam do lado de fora da delegacia.

                - Então o que quer falar? – Aquino pergunta ainda sentido com as palavras de Ana.

                - Eu queria me desculpar – Ana fala no seu tom normal de sempre – não devia ter dito tudo aquilo. Apesar de ainda achar que YggDrasil não nos vê como nada além de ferramentas, o que eu disse sobre ti não foi certo. Sei que tu sofreu como todos nós com a perda deles, mais ainda com a do Cauê. Eu projetei coisa minha demais em ti. E isso foi errado da minha parte.

                - Tudo bem – Aquino responde sinceramente – Posso perceber que tu tá sendo verdadeira. E é raro tu se desculpar, acho que nunca vi isso – Aquino ri levemente.

                - Não se acostuma – Ana fala segurando o sorriso – é raro eu estar errada.

                Eles caminham até que de repente Witchmon e Gaomon se colocam em frente a eles em estado alerta. Os humanos se surpreendem com a atitude de seus digimons, mas então eles olham em frente e veem Lola. A garota tinha os cabelos soltos e os olhos cheios de raiva. Ela olha enfurecida na direção de Ana e Aquino. Podia se notar que além da raiva os olhos dela estavam vermelhos de tanto chorar.

                - Quem é ela? – Aquino pergunta surpreso por toda a situação.

                - Lola – Ana fala – a irmã do Cauê.

                - Ah! – Na mente de Aquino voltam as memórias de 10 anos atrás, e as coisas que Cauê falou sobre sua irmã.

                - Tu! – Lola fala enraivecida – Tudo isso é culpa sua!

                - Lola, aqui não é o lugar pra gente discutir isso! – Ana fala tentando acalmar a garota furiosa.

                - Cala a boca! – Lola grita – Eu não tô falando contigo! Eu tô falando com esse assassino! TU MATOU MEU IRMÃO!

                As palavras de Lola acertam Aquino como se uma espada o atravessasse. Os últimos momentos de Cauê voltam a cabeça do garoto.

                - O que tá acontecendo? – Ana pergunta confusa.

                - Não se mete! Isso é entre eu e ele! – Lola fala sem tirar os olhos de Aquino que ainda está sem reação.

                - E o que pretende fazer? – Witchmon pergunta se colocando em frente a seu parceiro – Acha que sozinha consegue fazer algo contra a gente?

                - Quem disse que eu estou sozinha?

                Lopmon surge ao lado de Lola num pulo, surpreendendo mais ainda Ana, Aquino e seus digimons. Lola puxa de trás de seu corpo um digivice, as cores eram iguais as de Cauê.

                - Lopmon o que está fazendo? – Witchmon pergunta preocupada com a situação.

                - Vingando a morte do meu parceiro – Lopmon fala com fúria em seus olhos.

                Lopmon olha para Lola e a garota acena com a cabeça entendendo o sinal da digimon.

                - Carregar Super Digisoul! Evolução!

                Lopmon Super Digivolve para >>> Turuiemon >>> Antylamon

                A evolução de Lopmon surpreende ainda mais o grupo. Foi então que Ana percebeu que Lola usava dois braceletes dourados. Que rapidamente se transformaram em Divina e Sagrada. Lola estava pronta para a batalha. Aquino não havia saído do lugar, sua expressão continuava a mesma.

                - Ana, se não quiser se machucar saia do caminho – Lola fala ainda sem tirar os olhos de Aquino.

                - Eu não vou sair daqui. Tu sabe que isso não é certo Lola! Acha que matando o Aquino o Cauê vai voltar?

                - Cala a boca! CALA A BOCA! Pelo jeito eu vou ter que acabar contigo também!

                Lola avança com o punho levantado para acertar Ana. Rapidamente, Ana invoca a Besta e se defende do ataque da oponente. Ana empurra Lola com força o suficiente para apenas afastar a garota.

                -  Não pense que conseguiria – Ana fala confiante – Gaomon!

                Gaomon num pulo se coloca a frente de sua parceira.

                - Carregar Super Digisoul! Evolução!

                Gaomon Super Digivolve para >>> Gaogamon >>> MachGaogamon

                Antylamon sem perder tempo avança no digimon de Ana, acertando um forte soco no rosto do oponente. MachGaogamon se recupera e rapidamente devolve o golpe, lançando Antylamon para trás. Ana avança em Lola, demonstrando facilidade em desviar dos poucos golpes que a loira desferia.

                - Lucas! – Witchmon grita para seu parceiro sair do transe.

                Aquino finalmente acorda e percebe o que acontecia em sua volta.

                - CHEGA! – O grito de Aquino faz com que todos parem, mesmo sem que eles quisessem.

                Foi como se o chão puxasse eles com mais força, como se a gravidade estivesse maior. Eles olham para Aquino e era como se todos os músculos do garoto estivessem tensionados. Então ele relaxa e tudo volta ao normal. Aquino ofega levemente.

                - Lola, se tu me quer vem me pegar – Aquino fala num tom sério.

                - Aquino? – Ana fala confusa.

                - Não se intrometam! – Aquino fala olhando para Ana e Witchmon – Isso é entre eu e ela.

                Lola, então, corre na direção de Aquino, a Digisoul envolvendo o corpo dela. Ela se aproxima cada vez mais e Aquino não move um musculo. Lola chega bem perto e desfere um forte soco no rosto de Aquino eu o lança longe. O garoto rola até a parede da delegacia. As pessoas que estavam lá assistindo a tudo saem correndo com medo de serem acertadas. Aquino se levanta devagar, mas Lola já está em cima dele e o chuta nas costelas. O garoto tenta se levantar mais uma vez, mas dessa vez Lola o pega pelo pescoço e o prensa contra a parede da delegacia.

                - Por quê? POR QUÊ?! – Lola grita com lagrimas em seus olhos – Por que tu tirou ele de mim? Por que tu me tirou a oportunidade de me redimir, de tentar ser uma irmã melhor? Agora ele se foi e ele sempre vai lembrar de mim como a vaca que abusava dele e se aproveitava dele! Eu não pude ser a irmã que ele merecia! Eu não posso mais me redimir! Ele nunca soube o quanto eu amava ele!

                - Eu... também... amava... ele... – Aquino fala com dificuldade.

                Lola olha nos olhos de Aquino que também chorava. O rosto dele estava marcado pelo golpe de poucos segundos atrás, sangue escorria de sua boca. Lola sem pensar solta um pouco o pescoço do garoto.

                - Eu amava ele – Aquino fala entre as lagrimas – Desde a primeira vez que eu o vi. EU me lembro daquele garoto com medo e sozinho, aquele que me mostrou que eu podia ser amado. Eu me prendi a essa memória dele. Eu queria que ele continuasse a ser aquele guri de dez anos atrás, mas ele tinha mudado. O que aconteceu naquela noite me assombra até hoje. Todas as vezes que eu fecho os olhos eu vejo ele, eu vejo o ultimo sorriso dele pra mim, ele sorrindo como ele sorri pra mim a dez anos atrás. EU nunca vou me perdoar pelo que fiz. Mas sei que fiz o necessário para proteger as pessoas que eu amo. E eu sei que ele se foi entendendo isso. Eu não posso te dar a oportunidade de se redimir como irmã. Mas posso te garantir que ele sabia disso. Que ele sabia que tu amava ele, e que tu queria mudar. Porque ele sempre te amou Lola. Mesmo quando tu tratava ele mal, ele continuava do teu lado, porque ele te amava. Tu era como ele queria ser. Eu garanto que ele já havia te perdoado a muito tempo.

                Lola abaixa o punho que estava levantado. Ela novamente chora alto e abraça Aquino. Aquino chora também retribuindo o abraço.

                Mais tarde dentro da delegacia Guto fazia um curativo no rosto de Aquino enquanto Alessandra olhava com desaprovação para o grupo. Ana, Gaomon, Witchmon, Lola, Lopmon e Patamon estavam ali também.

                - Olha só o que vocês fizeram? – Alessandra mostra um vídeo na internet da luta na praça a poucos minutos atrás – Os rumores estão se espalhando! As pessoas estão notando!

                - Me desculpa – Lola fala com medo de Alessandra – Eu tinha muita coisa na cabeça. Não devia ter feito aquilo.

                - Eu também tenho que me desculpar – Lopmon fala – Eu sempre soube o quanto o Cauê significava pra você Aquino. Eu deixei minhas emoções tomarem conta de mim.

                - Tudo bem – Aquino fala sorrindo – Pelo menos a gente se resolveu. E tu agora tá de volta ao grupo não?

                - Eu não sei – Lopmon olha confusa para Lola – Tudo depende da Lola.

                - Então loira – Ana fala seriamente – Vai querer se juntar aos Destinados?

                - Se eu me juntar a vocês, eu vou poder continuar o trabalho do meu irmão? Vou poder continuar a proteger o nosso mundo e o Digimundo?

                - Sim – Aquino responde.

                - Então, podem me chamar de a mais nova Destinada. – Lola fala confiante.

                O grupo agora está completo. Dez humanos e dez digimons. Será que agora eles poderão finalmente derrotar a Tríade? O que aguarda os Destinados nesse novo capítulo dessa batalha? 


Notas Finais


Então é isso!!!
Não esqueçam de comentar o que acharam
E se se perderam nas referências leiam a Spin Off, a fic faz muitas referencias a ela kkkkkkkkk
Link da Spin:
https://spiritfanfics.com/historia/digimon-destiny-origins-7930585

Até o proximoooo


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