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História Digimon Kizuna - Contra o vento


Escrita por: Black_Hunter_19

Capítulo 42 - Contra o vento


Fanfic / Fanfiction Digimon Kizuna - Contra o vento

Garoto: Ei, vamos brincar?

 

A pequena Mizuki de apenas sete anos, balançava-se no parquinho, ao ser surpreendida pelo pedido de um menininho.

 

Mizuki: É claro!

 

A garota encheu-se de felicidade, e foi atrás dele. Brincaram a tarde toda, de pega-pega e esconde-esconde. No final, os dois já estavam exaustos.

 

Garoto: Você corre bem! (ofegante)

Mizuki: Não tanto quanto você.

Garoto: Vamos de novo? Você começa!

Mizuki: Tudo bem!

 

E recomeçaram a brincadeira. Mas antes que Mizuki desse mais algum passo.

 

Mizuki: Ai!

Garoto: O que foi Mizuki?

 

Os dois param, pois a garota se encontra perturbada por uma visão. Ao correr atrás do menino, Mizuki o viu morto, sangrando no chão, por uma visão assustadora.

 

Mizuki: Isso não é verdade!

Garoto: Ei, você tá bem?

Mizuki: O quê?!

Garoto: Tá tudo bem. A gente continua amanhã.

 

O garoto vai embora, mas Mizuki continua aterrorizada.

 

Garotinha: Qual o problema, Mizuki?

Mizuki: E-Eu não sei.

Garotinha: Tá com medo do monstro do armário pegar você?

Mizuki: Acho que é isso mesmo. Eu tô com medo.

 

À noite, no quarto das meninas, Mizuki pensava no que viu e não conseguia dormir. Mesmo sendo apenas uma visão, sentiu-se perturbada.

 

Garota: Qual o problema, Mizuki? Você está assim o dia inteiro.

Mizuki: N-Não foi nada.

 

Na hora do almoço, Mizuki não escondia sua aflição. Suas amigas queriam ajudá-la, mas ela tentava disfarçar.

 

Faxineira: AHHHHHHHHHHHH!

 

Antes de mais nada, um grito de pânico soou por todo o orfanato. O grito horrorizante da auxiliar de limpeza, assustou a todos.

 

Secretária: Pelo amor de Deus, o que houve?

Faxineira: U-U-U-Um, me-me-me...

Secretária: Desembucha logo!

Faxineira: Um menino morto!

 

A situação foi de pânico total. Ao mesmo tempo que todos estavam curiosos para ver o que aconteceu, sentiram medo de um possível assassino dentro do local.

 

Mizuki: Isso não pode estar acontecendo...

 

O local do ocorrido foi examinado. O corpo do garoto foi levado, e examinado. Inúmeras pessoas fizeram parte de um interrogatório. O resultado foi de que o garoto estava brincando, quando escorregou e bateu a cabeça com força na quina da pia de mármore.

 

Garota: Podemos conversar um pouco com você, Mizuki?

Mizuki: Quê?! Mas por quê?

 

Semanas depois da fatalidade, Mizuki seguia cabisbaixa e amedrontada. Também relutava de participar de atividades em grupo. Isolada em seu canto, a garota queria manter distância de todas as pessoas. Até que então, suas amigas resolveram tirar satisfação.

 

Josefa: Você tem que nos contar tudo.

Mizuki: Do que estão falando?

Jocélia: Nem tente nos enganar. Sabemos que está om problemas.

Mizuki: Não há nada para falar.

Joana: Pode confiar na gente. Somos suas amigas.

 

Mizuki permaneceu calada por alguns segundos. Em seguida, olhou para as amigas. Naquele momento, tudo que ela queria era ter alguém com quem desabafar suas angústias. Não pensou mais, e revelou tudo às amigas.

 

Josefa: Isso é mesmo verdade?

Jocélia: Tenso...

Joana: Não precisa se culpar por isso. Pelo menos, foi só essa vez, né?

Mizuki: Não!

 

Em tom alto, Mizuki abaixou a cabeça, e começou a chorar. As amigas não sabiam como proceder.

 

Mizuki: Eu tenho constantemente essas visões!

Todas: O quê?!

 

O clima se torna mais pesado do que já estava. Mizuki ainda tinha mais para falar.

 

Mizuki: A visão daquele garoto, foi a primeira. Depois disso, eu comecei a ter visões e sonhos proféticos.

Jocélia: Tenso...

Mizuki: Eu previ quando a diretora ficou doente. Eu previ quando a Júlia ia ser adotada. Eu previ o acidente da casca de banana do Marcelo. Acontecimentos que estão sempre próximos a acontecer, eu consigo ver! Eu vejo tudo!

 

O tom de voz de Mizuki subiu drasticamente e sua fala parecia medonha. Parecia que a garota estava enlouquecendo.

 

Josefa: Pois é, amiga. É só uma fase. Tenho certeza que já vai melhorar.

Mizuki: E se não passar?

Joana: Não fica assim. Vai dar tudo certo. Nós já vamos indo, agora.

Mizuki: Não, não podem me deixar!

 

As três já estavam saindo, e Mizuki segurou no braço de Joana.

 

Mizuki: Ai!

 

Rejeitando a amiga, Joana deu-lhe um tapa.

 

Joana: Ponha-se no seu lugar.

Mizuki: O quê?!

Josefa: Nós não gostamos mais de você, querida.

Mizuki: M-Mas, eu não entendo.

Jocélia: Você era legalzinha, mas depois disso...

Mizuki: E-Eu não entendi. Aonde querem chegar?

Joana: Encare os fatos, Mizuki. Você se tornou uma esquisita. Nós não a queremos mais, perto de nós.

 

A revelação das ''amigas'' abalaram Mizuki profundamente. A menina desabou em lágrimas.

 

Mizuki: Mas eu pensei que...

Joana: Você nunca mais fará amigos desse jeito. Ninguém também irá adotá-la. Está condenada a passar eternamente nesse orfanato. Rejeitada pela sociedade, e por todos deste lugar. Faça um favor a si mesma, e se mate!

 

As três foram embora, e Mizuki permaneceu estirada no chão, que já molhava-se com suas lágrimas. A dor em seu peito, e a crise existencial bateram forte. Seu sofrimento estava apenas no começo.

 

Garoto: Ei, é aquela esquisita!

Garoto 2: É a vidente metida!

Mizuki: O quê?!

 

No dia seguinte, Joana e suas amigas começaram a espalhar os segredos de Mizuki. Pega de surpresa, a menina procurou um lugar para se esconder, e pensou consigo mesma.

 

Mizuki: Como eles sabem?

???: Mizuki Ono?

 

Virando-se de costas, Mizuki se deparou com a diretora do orfanato.

 

Diretora: Posso falar com você um instante?

Mizuki: C-Claro.

 

Levando a garota até sua sala, a diretora queria saber da boca de Mizuki, se os rumores ao seu respeito eram verdade.

 

Mizuki: Sim.

Diretora: Então você prevê mesmo o futuro?

Mizuki: M-Mais ou menos.

Diretora: Mas como? E por quê, Mizuki?

Mizuki: Eu tenho visões. Elas me dizem ver o que vai acontecer com alguém.

 

Mizuki, e a diretora estavam tendo uma boa conversa. Que estava fluindo bem. Muito provavelmente, ela poderia auxiliar a menina na fase ruim que estava vivenciando.

 

Diretora: Quando isso aconteceu?

Mizuki: Foi há pouco tempo. Eu não ia contar pra ninguém. Mas eu pensei que tinha amigas.

 

Mizuki visou Joana, apertando o punho de sua mão.

 

Diretora: O comentário já está rolando por todo o orfanato.

Mizuki: Sinto muitíssimo. Não era a minha intenção.

Diretora: Eu sei que não foi, minha querida. E É por isso mesmo, que vou desfazer tudo isso.

Mizuki: Mas como?

Diretora: Simplesmente falarei a verdade. Que isso tudo é um mal entendido, e que foi tudo inventado. Você tem um ótimo talento para contadoras de histórias, Mizuki.

Mizuki: Espera, o quê?!

 

A diretora imaginou que Mizuki estava fingindo. A menina não estava gostando de ser duvidada.

 

Mizuki: Eu não inventei nada! É tudo verdade!

Diretora: Querida, eu sei que é talentosa para histórias. Mas você está crescendo, e precisa saber a diferença entre o certo e o errado.

 

Abrindo a maçaneta da porta, a diretora pretendia ir até o pátio para fazer o comunicado.

 

Mizuki: Não deixarei a senhora fazer isso!

 

Mizuki encara a diretora com um olhar sério. Calmamente, a senhora fecha a porta e caminha em direção até a menina.

 

Diretora: E quem é você para me impedir?

 

Pegando Mizuki pelo pescoço, a diretora não tem dó. O semblante gentil da soberana torna-se macabro.

 

Diretora: Neste lugar, eu sou a autoridade suprema. Ninguém tem mais poder do que eu. É totalmente inadimissível, que seres inferiores que dependem de mim, queiram se opor às minhas ordens. Você ultrapassou todos os limites, e não ficará impune.

 

A diretora a solta, e Mizuki cai no chão. Engasgada, e com falta de ar, a menina mal conseguia falar.

 

Diretora: Se esse é o seu desejo, eu o farei. Viverá neste lugar como a esquisita com poderes paranormais. Instigarei todos a serem hostis, e viverás eternamente sozinha e rejeitada. Prepare-se pois o inferno para você, começa agora!

 

Mizuki não pôde falar nada, pois a tirana restringiu sua fala totalmente. Mas em sua mente, Mizuki percebeu que ela estava falando sério.

 

Menina: Lá vem a esquisitona!

Menino: Que otária, se acha a vidente!

Menino: Um dia desses vou dar uma surra nela pra deixar de ser mentirosa.

 

Alguns dias se passaram. A diretora do orfanato não estava de brincadeira. Mizuki estava conhecida em toda a instituição como ''a falsa vidente'' ou ''a esquisita''. Por onde quer que passasse, a menina era vítima de bulliyng.

 

Mizuki: Me deixem em paz!

 

Humilhada por todos, Mizuki saiu correndo de cabeça baixa, e esbarrou em Joana.

 

Mizuki: Me desculpe. Eu não...

 

Ao ver que era a ex-amiga, Mizuki interrompeu sua fala. A mesma saiu correndo para seu quarto. Trancando-se no dormitório, a menina tentava fugir dessa triste realidade. Porém, ela não poderia fazer nada. Estava completamente sozinha.

 

Garoto aleatório: É aquela garota esquisita!

Garota aleatória: Cuidado pessoal. Ela vai prever um futuro terrível para nós! Hahaha

 

Na hora da recreio, Mizuki estava sozinha. Sentada em seu balanço, a menina já havia perdido toda a motivação para viver.

 

???: Ei, sua tampinha.

Mizuki: Hum?

 

Era Júlio. Um jovem de treze anos, que gostava de atormentar os mais novos.

 

Mizuki: Ai! Me deixe em paz!

Júlio: Olha isso, galera! Ela tá com medo!

 

O garoto a pegou pela blusa. Mizuki se debatia para se soltar, mas era inútil.

 

Júlio: Vou te dar uma lição!

Mizuki: Não, parem co...

 

Mizuki percebeu que Júlio estava emitindo uma aura. Uma sombra negra rondava o garoto. Porém se deu conta de que ela é a única que conseguia ver.

 

Júlio: Ei, o que é que você tem?

Mizuki: Você é do mal. Não vou permitir que faça o que quiser comigo!

 

Fazendo um esforço, Mizuki emitiu sua própria aura. Uma luz forte, e poderosa.

 

Júlio: O que é isso: Ah, eu não aguento!

 

Nem mesmo Mizuki entendeu o que tinha feito, porém Júlio foi embora. Que outro poder, ela havia conseguido desenvolver?

 

Diretora: Essa garota pensa que vai reinar por aqui? Está enganada.

 

Anos se passaram. Mizuki já estava com doze anos. Já havia crescido, e amadurecido bastante. Não era mais aquela garotinha frágil com quem todos implicavam. Porém continuava sem amigos, e ainda sofria muita discriminação. Suas visões de futuro diminuiram. Seu poder de enxergar auras ocultas permaneceu. Mas o pior de tudo, era o fato de que Mizuki estava cada vez mais distante de ser adotada. Joana e suas amigas foram adotadas. Muitos também já foram. A língua da diretora era um dos principais fatores que causava isso.

 

Mizuki: Um novo casal já chegou.

 

Frequentemente, casais que não tinham filhos visitavam o orfanato. Inúmeras crianças e jovens aguardavam ansiosamente o dia em que fossem adotados por alguém. A vez de Mizuki parecia não chegar nunca. Já foi desejada por muitos mas por algum motivo, eles logo desistiam da garota e levavam outra criança. Amargurada pelas rejeições, Mizuki cresceu e se tornou mais forte. Já não se importava mais se iria ser adotada ou não. Pra ela, não fazia diferença. A mesma também já sabia que sua diretora conspirava contra ela.

 

Diretora: Venham comigo. E tenho certeza que irão encontrar a criança que procuram.

Mulher: Muito obrigada. A senhora não faz ideia o quanto estamos ansiosos por isso.

Homem: Queremos uma linda menina!

Diretora: Não se preocupem. Tenho certeza que...

 

Mizuki apareceu bem na frente deles.

 

Diretora: O que está fazendo aqui? Volte já pro seu quarto!

 

A garota não respondeu e continuou parada olhando para eles.

 

Mulher: Que menina mais linda!

Diretora: E-Ei!

Homem: Eu a adorei! Certamente poderá ser uma boa filha!

Diretora: Não, vocês não podem!

 

Nessa hora, ela percebeu que havia alterado seu tom de voz. Ver Mizuki a deixou visivelmente alterada.

 

Mulher: Posso saber o porquê?

Diretora: Bem, é que... Venham até minha sala, por favor.

 

Levando-os até sua sala, a velha queria sair da presença da garota. Se sentindo insultada, Mizuki não se calou.

 

Mizuki: Eu tenho poderes!

 

O anúncio parou os três. Olhando para trás, o casal ficou surpreso. E por dentro, a diretora tinia de raiva. Era a primeira vez que Mizuki mencionava sobre seus poderes.

 

Mulher: Vem cá, meu bem!

 

A mulher chamou Mizuki, e a menina veio até eles.

 

Diretora: Não, você não pode...

 

A Diretora esticou o braço para pará-la, mas foi impedida pelo marido da mulher.

 

Homem: Não ouse impedi-la.

 

Mizuki veio calmamente até eles. Ainda estava um pouco insegura, mas já sabia o que fazer.

 

Mulher: Diga de novo, minha princesa, você tem poderes.

Mizuki: Sim.

Homem: Ah, que fofo!

Diretora: Não invente besteiras, Mizuki!

Mulher: O que há com você? Ela é só uma criança. Todas são livres para imaginar.

Diretora: Não, não é isso!

Homem: Ei, garota. Ela andou te maltratando?

Mizuki: Eu estou bem. Mas a questão não é essa. Por acaso, duvidam dos meus poderes?

 

A pergunta surpreendeu os dois. É claro que duvidavam dela. Mas para agradar Mizuki, decidiram concordar.

 

Homem: Não, não, não! Nós acreditamos em você.

Mulher: Pode confiar na gente.

Mizuki: Vocês não acreditaram. Eu sei. A aura de um mentiroso muda levemente de cor.

 

O que Mizuki disse deixou todos estagnados. E a diretora perdia a paciência.

 

Mulher: Hahaha. Como pode ter tanta certeza que mentimos?

Mizuki: Já disse. Eu vejo tudo. Até mesmo o futuro.

Homem: O futuro? Hahaha, meu bem. Já pode parar. Já entendemos.

Mizuki: Eu realmente não gosto que duvidem de mim. Muito menos de alguém com a aura podre como a sua!

 

Mizuki estava ficando cada vez mais irritada. Ela estava apenas lendo a aura, mas acabou ofendendo o homem.

 

Homem: Escute aqui, mocinha! Que educação é essa que te deram aqui?

Diretora: Já chega! Mizuki venha comigo!

 

Pegando na mão da menina, a diretora pretendia levar Mizuki de volta. Mas a menina se soltou.

 

Mizuki: Não toque em mim, sua velha!

 

Mizuki estava sinistra. Parecia ter entrado em um estado paranormal.

 

Mizuki: Essa mulher é boa. Sua aura é bondosa, e emana uma límpida luz. É honesta, e digna.

 

Todos estavam ficando assustados. Principalmente o homem.

 

Mizuki: Já você, é mais podre que um urubu.

 

Apontando para o homem, Mizuki começava sua leitura.

 

Mizuki: Sua aura é negra e corrupta. É um mal-caráter. Provavelmente tem uma amante, ou trai sua mulher. É totalmente vil, e desprezível.

Homem: Que diabos, você está dizendo?

 

Aquela leitura foi chocante. Mizuki jamais fez algo parecido. A diretora estava transbordando de raiva, e os adultos indignados.

 

Homem: Vamos embora, querida.

Mulher: Espere.

 

O homem a pegou pelo braço, mas ela não quis ir. Derrubando lágrimas, a mulher parecia abalada por ter ouvido as revelações de Mizuki.

 

Mulher: Nunca mais olhe na minha cara!

Homem: Amor, espere!

 

Os dois foram embora. E a diretora estava simplesmente furiosa com Mizuki.

 

Diretora: O que você fez?

Mizuki: Eu disse a verdade.

Diretora: Por quanto tempo mais, você pretende brincar comigo?

Mizuki: Nenhum dia a mais. Minhas malas já estão feitas. Pretendo deixar este lugar.

 

A chuva caía. Trovões ecoaram à distância. Juntando os trapos, Mizuki deixou o orfanato, totalmente sem rumo. Abandonada por seus pais, e rejeitada pela sociedade, Mizuki não sabia o motivo da existência. Ela saiu em busca para encontrar algo que a fizesse se sentir viva.

 

Senhora: Olha só, que lindinha!

Mizuki: Hum?!

 

No dia seguinte, Mizuki foi acordada por uma senhora. Havia dormido no banco da praça.

 

Senhora: Tome minha filha, isto é para você.

Mizuki: Isso é...

 

Era um smarthphone. Estava meio gasto, e ultrapassado, mas mesmo assim, aceitou de bom grado.

 

Senhora: Eu comprei um celular novo para mim. E como eu não preciso mais desse, estou dando-o para você. Espero que goste.

Mizuki: Ah, muito obrigada!

 

A senhora sorriu e foi embora. Mizuki ligou o celular.

 

Mizuki: Que bom! Tem bateria!

 

De repente, a luz do celular se tornou mais forte, e iluminou todo o lugar.

 

Mizuki: Ei, o que é isso?

 

Mizuki foi sugada para dentro do celular, e acabou indo parar no Mundo Digital.

 

Mizuki: Que lugar é esse?

 

Admirada por aquele lugar, Mizuki observou todos os detalhes daquele novo mundo. Muito verde, e vidas artificiais. Todos estavam sorrindo. Não sentiu-se mais triste. Uma sensação de bem-estar tomou conta de si.

 

???: Que bom que você chegou. Estava te esperando.

Mizuki: Hã?! Q-Quem é você?

 

O primeiro contato com Mizuki, e seu parceiro.

 

???: Meu nome é Kudamon, seu parceiro digimon. Estou aqui para acabar com o seu sofrimento.

Mizuki: Digimon?

 

Mizuki demorou um pouco para assimilar as coisas. Aos poucos, Kudamon foi lhe ensinando tudo. A vida no Mundo Digital, Digimon maus e bons, e sobretudo, falou para Mizuki sobre a missão dos digiescolhidos.

 

Kudamon: Então, você aceita?

Mizuki: E-Eu não sei. Tudo ainda é muito novo pra mim.

 

Andando pelas colinas, Mizuki sentiu-se atordoada. Acabou tendo uma nova visão do futuro.

 

Kudamon: O que houve, Mizuki?

Mizuki: Eu vi, eu vi!

Kudamon: Viu o quê?!

 

Mizuki estava ofegante, e sentindo muita dor de cabeça.

 

Mizuki: Este Mundo...

Kudamon: O que tem ele?

Mizuki: Deixará de existir.

 

Uma revelação assustadora. Seria possível? Como o Digimundo poderia deixar de existir? Que tipo de visão, Mizuki teve?

 

Kudamon: Não pode ser...

Mizuki: Todos vamos morrer! Vai ser o fim!

 

Mizuki estava transtornada. Kudamon tentava confortá-la.

 

Mizuki: Vou sobreviver a todo custo. Não deixarei que ninguém tire esta vida de mim?

Kudamon: Vamos lutar! Protegeremos o Mundo Digital!

Mizuki: Não... Faremos algo ainda melhor.

 

E foi assim, que Mizuki e Kudamon se aliaram a Leviamon. Acreditando que seria salva se estivesse ao seu lado, a garota não pensou duas vezes em se aliar ao inimigo. A princípio, Kudamon tentou impedi-la, mas respeitou sua decisão. Para escapar de um futuro cruel, Mizuki estava disposta a tudo. Renegando sua missão, e lutando contra outros digiescolhidos, este foi o caminho que Mizuki escolheu para viver.

 

Fim do FlashBack

 

Mizuki: Eu me lembrei de tudo.

 

Enquanto relatava sua história para Baalmon, Mizuki recuperou as lembranças do Mundo Digital.

 

Baalmon: Tudo o quê?

Mizuki: Minhas memórias voltaram.

Baalmon: Que bom! Parabéns.

Mizuki: Eu não posso perder mais tempo. Preciso agir imediatamente.

Baalmon: Espera aí, o quê?!

 

Mizuki levantou-se, determinada. Já sabia o que devia fazer. Voltar para o lado de seu mestre.

 

Mizuki: Vamos logo.

Kyaromon: Kya!

 

Iniciando sua própria evolução, Kyaromon voltou a ser Kudamon.

 

Kudamon: Estou com você, Mizuki.

Mizuki: Ótimo. Vamos.

Baalmon: Espera!

 

Baalmon estava decepcionado pela partida fria de Mizuki.

 

Mizuki: Obrigado por tudo. Sou eternamente grata pelo que fez por mim.

Baalmon: Você não deve ir!

Mizuki: Por quê não? É o meu dever.

Baalmon: Eu não quero te perder.

 

A confissão de Baalmon surpreendeu Mizuki. Do que ele estava falando?

 

Baalmon: Você não precisa voltar pra ele. Não precisa sofrer mais!

Mizuki: O que você sabe sobre sofrimento?

Baalmon: Acredite, eu sei.

 

Lembrou-se do passado de Baalmon. Mizuki não disse mais nada.

 

Mizuki: Eu não...

Baalmon: Você é uma amiga precisosa.

 

Lágrimas caíram do rosto de Mizuki. Não brinque com isso. Amigo? Mizuki jamais soube o real significado dessa palavra. E por quê justo ela?

 

Baalmon: Eu vou ajudá-la. Se você permitir.

 

Baalmon estendeu sua mão. Mizuki olhou para aquela mão aberta, ainda com olhos encharcados. Em seguida, olhou para Kudamon.

 

Kudamon: A sua vontade, é a minha também.

 

Cansada de resistir, Mizuki apertou sua mão. Em seguida, o abraçou. Corado de vergonha, Baalmon de um leve sorriso.

 

Baalmon: Esqueça tudo. Viva aqui comigo.

 

Mizuki olhou para Baalmon, e não fugiu de seus sentimentos. Aconchegou-se em seu abraço, concordando com a proposta. Indo contra o vento, Mizuki não sabia se aquilo era o certo. Mas sabia que era o caminho que a faria feliz.

 

Mizuki: Eu aceito.



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