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História Digimon NEW Adventure - O brilho do perdão


Escrita por: Otaku_psico

Notas do Autor


Hello, amigos. Consegui bateria pro meu note e estou aqui com mais um cap para vocês. Links nas notas finais. Boa leitura!

Capítulo 15 - O brilho do perdão


Não pode ser aquele dia.

Shuichi estava paralisado. Via ele mesmo se vestindo para ir à escola, junto de Bearmon.

- Anda logo, Shuichi!

- Calma, Bearmon.

O antigo Shuichi vestia o uniforme. A enorme cicatriz no braço esquerdo ainda não existia.

- Shuichi, anda que você vai se atrasar, filho!

- Já vou, mãe.

O antigo saiu do quarto junto com o digimon. Shuichi o seguiu. Desceu as escadas e viu sua mãe servindo torradas e seu antigo eu pegando uma e saindo correndo.

- Tenha um bom dia filho.

- Obrigado.

Mamãe...

 

No salão de Infermon, Shuichi estava no chão, recebendo as energias negativas da foice dupla de MetalPhantomon. O pesadelo seguia adiante.

- Que tipo de coisa se vê num pesadelo causado pelo MetalPhantomon, Elecmon?

- Yuu, pelo que eu sei... A pessoa revive o pior dia de sua vida.

- Essa não... – Grizzlymon disse, imobilizado por Infermon – Shuichi, acorde! Não veja essas coisas!

- Que coisas, hein? – Infermon perguntou, sarcasticamente – Hmm, sinto que tudo ficará mais interessante.

- Seu maldito, não pense que isso vai terminar assim! – Yuu gritou para Infermon

- Ah não? Logo o pesadelo de seu amigo se concretizará, então ele será consumido pelas trevas. Não terá poder sobre si mesmo. Quem sabe mestre Susanoo não o torne um servo.

- Isso nunca!  - Grizzlymon gritou

- Cale a boca. – Infermon disse, batendo a cabeça de Grizzlymon no chão – Aprecie o show.

Shuichi e gemia de dor e, vez ou outra, soltava gritos. Yuu sentia-se impotente perante a situação.

E agora, o que eu faço?

 

Shuichi acompanhou seu antigo eu no típico trajeto que seguia até a escola. Notou que as pessoas não podiam lhe ver e que era intangível tanto para elas quanto para certos objetos, como portas. Bearmon estava na mochila de seu antigo eu.

- Shuichi, tem certeza que está bem?

- Tenho, Bearmon. Já disse que o Kurou não vai mais nos incomodar.

- Mas ele te bateu tanto.

- E por isso a mamãe botou ele pra fora de casa e tirou qualquer vintém que aquele filho da puta pudesse ter pego dela. Há males que vêm para o bem.

Kurou... Kurou Takamatsu. Eu lembro dele. Meu padrasto.

Shuichi, então, se viu na sala de aula. Olhou ao redor e viu um relógio. Pelo horário, era hora do intervalo. Viu seu antigo eu nas cadeiras da frente, conversando com uma garota de olhos castanhos e cabelos loiros.

- Pois é, Sasami, foi isso.

- E você está bem? Ele te machucou muito?

- Estava doendo bastante, mas já estou melhor.

Sasami Yukii. Era minha melhor amiga na época. Não... eu não quero ver...

O tempo passou mais um pouco. Shuichi estava do lado de fora, na educação física. Viu seu antigo eu jogando futebol com os colegas. Lembrava que gostava da farda de educação física por ser leve. Consistia numa regata branca e uma bermuda azul.

Eu era um ótimo atacante. Até aquilo. Não..., pare... por favor...

De repente tudo ficou escuro. Shuichi ouviu sons de gritos, golpes, o barulho de um corpo batendo no chão, da carne sendo rasgada, da madeira de um bastão de basebol, do choro, do terror, do medo. O albino colocou as mãos nas orelhas, tentando acabar com o barulho.

PARE! PARE! PARE COM ISSO! EU NÃO QUERO VER! EU NÃO QUERO!

A luz voltara. Shuichi viu um homem de cabelos pretos na altura do ombro, vestido com um sobretudo marrom e roupas em trapos. Ele segurava uma faca, que parecia extremamente afiada, e estava sobre seu antigo eu, mostrando uma expressão psicótica. Os outros alunos estavam desesperados.

- Chamem a segurança! – um disse

- Como esse cara entrou aqui?! – outro comentou

- A gente precisa ajudar o Shuichi! – Sasami gritou em pânico

- Se chegarem perto, eu mato ele. – Kurou disse, com uma voz lenta e assustadora

- Sai! Me deixa! Sai da nossa vida!

- Seu moleque! – Kurou ergueu a faca, mas o antigo eu de Shuichi o chutou para que conseguisse sair de baixo do louco. – Não vai fugir! Eu vou te matar!

Shuichi tentou se levantar, mas Kurou acertou a faca nele. Fez um corte vertical imenso, do fim do ombro esquerdo até metade do antebraço. O antigo eu de Shuichi gritara de dor e o próprio Shuichi, que estava completamente paralisado enquanto assistia àquelas terríveis cenas, pôs a mão em seu braço esquerdo, tocando a cicatriz.

Não mostre mais nada... agora é...

O antigo eu gritava de dor enquanto Kurou ria como um louco da desgraça do albino. O jovem deu um soco no padrasto e correu até os materiais, apanhando um bastão de basebol feito de madeira-de-lei. (N/A: Madeira-de-lei significa uma madeira boa, perfeita.)

- Acha que um pedaço de pau pode... – Kurou não terminou de falar, pois o garoto acertara sua cabeça com o bastão.

- VAI PRO INFERNO! – gritando isso, o antigo eu do albino começou a acertar o bastão no homem psicopata repetidas vezes, tendo uma expressão de ódio e desespero estampada em seu rosto – ISSO É POR VOCÊ TER TIDO A CORAGEM DE POR OS PÉS NA NOSSA CASA! ESSA POR TER BATIDO NA MINHA MÃE! ESSA POR TER NOS ROUBADO PRA SE DROGAR! ESSA POR TER ME BATIDO! VOCÊ NÃO PRESTA! SEU MALDITO!

Mesmo com o braço ardendo e sangrando por conta do enorme corte, Shuichi não parava de espancar Kurou. Pelo menos até Sasami pedir.

- Shuichi, pare! Por favor!

- Hãn? – Shuichi parou, com o bastão ainda em posição de ataque. Então, viu o que tinha feito. Os braços de Kurou estavam quebrados. As roupas, ensanguentadas. O nariz e os dentes estavam quebrados. Os olhos, revirados. O garoto ficou em choque e largou o bastão, pondo a mão no braço. Caiu sentado e se afastou um pouco, com uma expressão de amedrontamento. Kurou estava morto. Ele havia o matado.

Os colegas de Shuichi estavam boquiabertos. O professor foi até Shuichi e o pegou nos braços para leva-lo ao hospital.

Não... Ah, não... – Shuichi estava perto de chorar

Então esse era o seu segredo. – a voz de MetalPhantomon ecoou – Eu consigo ver a sua mente. Ninguém mais queria ficar perto de você depois do que ocorreu.

- Cale-se!

- As pessoas passaram a ter medo de você. Até mesmo aquela garota que se dizia sua melhor amiga.

- Chega!

- Até mesmo sua mãe, que não podia sacrificar o nome. Afinal, ela era secretária da prefeitura de Hikarigaoka. Hmm, então ela pediu para o prefeito abafar o caso e te despachou, estou certo?

- PARE! – Shuichi pôs as mãos na cabeça e chorou, muito

- Hehehehehe, os seres humanos são todos assim. Pessoas altruístas sempre se dão mal. Você era um jovem assim. Mas isso sempre lhe custava caro. E custou bastante no final. Aposto que você pensou que estava fazendo uma boa ação. Claro, estava pondo fim à vida de um drogado agressor, que poderia ter feito mais vítimas além da sua mãe. Quem se importaria com alguém como ele? Estou certo?

 

No salão de Infermon, a energia negativa da foice dupla de MetalPhantomon se intensificara. Shuichi estava gritando ininterruptamente.

- Shuichi, não! – Grizzlymon gritava

- Eu posso ver através dos olhos de MetalPhantomon. – Infermon afirmou – Que coisas intensas. Ele daria um ótimo servo para o mestre Susanoo. MetalPhantomon, termine isso.

- Está quase concluído mestre.

Tudo parecia estar perdido... parecia, pois um baque forte foi ouvido no portão.

- O que foi isso? – Infermon se questionou – Você, vá verificar.

- Sim, mestre Infermon. – um Dokugumon respondeu e se dirigiu ao portão. Assim que o abriu, foi recebido com uma imensa abóbora que destroçou o portão.

- Mas o que?

A poeira baixou. Revelando Pumpkinmon, outros como ele, Sepikmon, Bakemons e Tsukaimons.

- Pumpkinmon? O que faz aqui? – Grizzlymon perguntou

- Ficamos preocupados e viemos ajudar.

- Então já perderam o medo de mim?

- Há tempos, Infermon. Cansamos de ficar sob essa sua ditadura. Pessoal, acabem com eles!

Os digimons deram um grito de guerra e foram adiante, correndo.

- Não fiquem parados, seus cabeças de teia. Ataquem! – Infermon ordenou e os Dokugumons saltaram em cima dos digimons da vila das sombras.

- Não tenham medo pessoal, ataquem com tudo que têm. – Pumpkinmon disse

Fogo amigo! – Tsukaimons dispararam chamas, acertando e empurrando alguns Dokugumons.

Doce ou travessura! – Vários Pumpkinmons invocaram abóboras gigantes e as lançaram contra os Dokugumons, deletando vários.

Os Bakemons também partiram para cima, invocando suas Garras Sombrias e atacando os digimons aranha com mordidas.

Infermon havia se afastado, ficando ao pé da escadaria, ainda imobilizando Grizzlymon. Pumpkinmon, o líder, andou até a frente dele.

- Seu reinado de terror acabou, Infermon.

- Ah, é? Você é muito ingênuo. – Infermon jogou Grizzlymon contra uma parede e saltou, prendendo-se ao teto. – Granada de Hades!

Infermon abriu a boca e atirou bolas de fogo do canhão que se localizava lá. Pumpkinmon conseguiu desviar, com dificuldade. Infermon deu uma risada interna e recolheu suas pernas, transformando-se em casulo, mas não antes de pegar impulso e se atirar contra os digimons da vila das sombras, jogando vários longe e machucando muitos. Voltou à sua forma normal.

- Eu posso acabar facilmente com vocês. Acham que estão vencendo? Não se enganem, só estou brincando. Hmm, parece que é chegada a hora.

- Hora?

- A hora em que as trevas consomem o coração humano. – Infermon disse e encarou Shuichi, que já estava de pé. MetalPhantomon parou de mandar suas energias. Os olhos verde-água do albino estavam sem brilho, completamente vazios, e seu rosto estava inexpressivo.

- Ora, ora. Pelo visto, fomos bem-sucedidos.

- Não, Shuichi! – Yuu gritou – Shuichi, responda.

- Não adianta, ele não vai responder. – MetalPhantomon disse – A mente e o coração dele foram completamente consumidos pelos pesadelos. Tudo o que resta agora é raiva, mágoa, ódio, ressentimento. Ele não passa de um peão agora.

- Exatamente. – Infermon disse, saltando para a frente de Shuichi. – Mestre Susanoo veio aqui recentemente e mandou entregar isto. – retraiu uma perna e voltou com um digivice sombrio, igual ao de Tankdramon – Será muito útil para você.

- Não, Shuichi, não faça isso! – Yuu estava desesperado

Contudo, Shuichi não respondia. Apenas pegou o digivice sombrio e desceu as escadas, até chegar em Grizzlymon.

- Shuichi, não...

- Evolua pelas trevas. – Shuichi ergueu o digivice, que emitiu um brilho arroxeado e fez Grizzlymon gritar de dor

- Pare, Shuichi! Está me machucando! Argh!

Mas o albino continuava inexpressivo. Yuu encarava aquilo. Não poderia ser verdade.

- Shuichi, por favor! – Yuu estava perto de chorar, mas resolveu fazer outra coisa – Então é assim que tudo acaba. – disse, abaixando o olhar – Você irá virar um servo do bastardo do Susanoo e eu vou ser explodido pelo Infermon. Hehe, que coisa, hein? Não esperava que logo você fosse desistir de si mesmo, Shuichi.

O albino não mudou sua expressão. Apenas falou:

- Você não sabe de nada. Você não tem ideia do sofrimento que eu passei.

- Na verdade, eu sei.

- Sabe do que? – Shuichi disse, sem mudar a entonação

- De tudo. Elecmon me contou.

- Yuu, não era pra dizer!

- A essa altura, não importa se eu sei ou não. Eu sei o que você passou, o que você fez e as consequências de tudo. Então, eu fui perguntar ao Bearmon se era verdade.

FLASHBACK ON

- O que o Elecmon me contou é verdade?

- Sim, infelizmente. Mas, até hoje, o Shuichi não compreendeu as ações da Mika.

- Mika?

- A mãe dele. Ele acha que ela o expulsou para manter status. Ela mandou ele escolher uma cidade para ele viver. Como se interessava por digimons, e conhecia certos casos, escolheu Odaiba.

- Ela fez isso mesmo?

- Não. Ela sabia que o Shuichi jamais teria uma vida normal onde vivia, mesmo com o caso abafado. Eu a encontrei chorando, que ela sentia muito em fazer isso.

FLASHBACK OFF

- Bearmon me contou tudo. Sua mãe não te abandonou, Shuichi.

Uma lágrima escorreu do olho direito de Shuichi.

- Cale-se...

- Ela só queria te proteger. Ela sabia que você sofreria muito se continuasse em Hikarigaoka.

- Pare...

- Você acha que ela não sofreu?! Tem ideia do que é, para uma mãe, perder um filho?!

Shuichi caiu de joelhos, chorando.

- Eu também passei por momentos terríveis. Perdi uma pessoa que era importante pra mim. Não quero que isso aconteça outra vez. Eu não quero te perder também, Shuichi. – lágrimas rolavam pelo rosto de Yuu, enquanto a batalha entre os digimons da vila das sombras e os Dokugumons continuava – Então, por favor, acorde desse pesadelo. Você não está mais sozinho. Perdoe sua mãe, e esqueça todo esse passado!

Uma imagem veio a à mente de Shuichi. Lembrou-se de sua mãe. Dos cabelos castanhos e da pele branca. Do que ela falava.

- Você se parece tanto com seu pai, Shuichi.

- Mesmo? O que o papai era?

- Oh, seu pai era um brilhante cientista. Ele era muito curioso, igual a você.

- Será que um dia ele vai voltar, mãe?

- Eu acredito que sim filho.

Nem só de dor as memórias acerca de Mika Kitamura viviam. Momentos felizes ocorreram, mas o albino havia esquecido.

Eu te perdoo, mamãe...

Em um grito doloroso, Shuichi jogou o digivice sombrio longe, fazendo ele se despedaçar contra uma parede.

- Não! Impossível! – Infermon gritou, indignado

- Eu não preciso dessas trevas! – Shuichi ergueu o digivice D3 – Eu tenho meu parceiro e meus amigos, jamais vou me entregar a gente como vocês!

O brasão de Shuichi emitiu um forte brilho, seu digivice e parceiro também.

- Isso é... – Yuu disse

- Ele vai digivolver! – Elecmon disse

Grizzlymon superdigivolve para... Pandamon!

Analisador de Digimon

Pandamon

Digimon marionete na fase perfeita. Apesar de sua pequena estatura, é extremamente ágil e forte. Com suas Garras Animais, corta os oponentes. Seu Super Soco é devastador.

- Ha! E o que esse bichinho de pelúcia pode fazer contra mim?

- Shuichi e Pumpkinmon, ajudem o Yuu e o Elecmon. Deixem esse aí pra mim.

- Certo, parceiro.

Os dois foram em direção à escadaria.

- Não deixarei! – Infermon disse e se lançou rapidamente até as escadas, mas foi interceptado por Pandamon, que apareceu na sua frente. – Hãn? Quando você...

- Seu oponente sou eu! – Pandamon disse e deu um forte soco em Infermon, o lançando para longe da escada. O digimon marionete saltou e deu uma veloz sequência de socos em Infermon, terminando com um forte chute. – Não pense que sou fraco por conta da minha aparência. Eu vou destruir você pelo que fez com meu parceiro.

No alto da escadaria, Pumpkinmon invocou uma enorme abóbora e esmagou MetalPhantomon. Shuichi aproveitou e escalou o enorme vegetal, chegando à altura de Yuu e Elecmon. Com certa dificuldade, arrancou as teias de aranhas dos dois e segurou o moreno, pois ele estava um pouco fraco. Ajudou os dois a descer da abóbora.

- Obrigado, Yuu.

- Agradecimentos depois, temos que acabar com essa luta. Certo, Elecmon? – Yuu disse, erguendo o digivice

- Certo, amigo!

Elecmon digivolve para... Leomon!

Leomon saltou e correu, indo para a luta contra os Dokugumons.

- Joguem os Dokugumons contra a parede.

Os Bakemons e Tsukaimons obedeceram, atacando os Dokugumons e cercando eles.

- Agora deixem comigo. Punho de Rei das Feras em Centena!

Leomon começou a dar socos no ar, disparando inúmeras cabeças de leão feitas de energia contra os Dokugumons, que já estavam enfraquecidos por conta da luta anterior. Após cem disparos, não restava nenhum Dokugumon.

Pandamon continuava sua luta contra Infermon. Dava vários socos, enquanto Infermon tentava se defender com as pernas e revidar com suas Granadas de Hades, mas o digimon urso desviava delas facilmente.

- Eu vou te destroçar, seu fantoche imbecil!

- Essa fala é minha. – Pandamon concentrou-se um pouco e saltou rapidamente, indo em direção à Infermon – Super Soco!

Um intenso soco foi acertado no rosto de Infermon, que foi jogado contra uma das paredes, rachando não só os tijolos acinzentados, como também parte do corpo do digimau. Infermon olhou para Pandamon com ódio, mas não conseguia se mexer. Yuu desceu as escadas junto com Shuichi e se reuniu com o digimon.

- Acabou, Infermon. Desista. – Shuichi disse

- Seus...

- Que decepção. – uma voz ecoou pelo local – Eu esperava que você fosse mais forte Infermon. Sendo derrotado por um boneco minúsculo como esse.

Sombras apareceram na frente de Infermon e deram forma a alguém. Era Susanoo.

- Mestre Susanoo, me perdoe. Eu não esperava por isso.

- Sinto muito, mas perdão é uma característica que aquele garoto possui, não eu. – Susanoo disse, referindo-se a Shuichi.

- Mestre, tenha misericórdia.

- Misericórdia? Por incompetência? – Susanoo disse, tirando a máscara de modo que apenas Infermon visse seu rosto, pois estava com um capuz.

- Por que está me mostrando seu rosto?

- Quero que veja quem matou você, apenas. – uma voz masculina e de puberdade disse, antes de botar a máscara de volta e estender as mãos – Desapareça!

Infermon entrou em combustão, sendo completamente incendiado. O digimau gritava de dor, até que foi consumido pelas chamas e deletado. Susanoo virou-se para os digiescolhidos.

- Os digimons que eu mato jamais renascerão.

Leomon e Pandamon ficaram em posição de defesa em frente aos seus parceiros.

- Não se preocupem, não quero lutar agora. Como recompensa por sobreviverem, despertarei sua mestra. Nos encontraremos em breve. – Susanoo disse e foi envolvido por sombras, desaparecendo em seguida.

Shuichi caiu de joelhos, pondo uma das mãos na cabeça.

- Shuichi, você tá legal? – Yuu perguntou com um ar de preocupação

- Estou bem, só com dor de cabeça.

Yuu levantou o albino e pegou um dos braços dele, passando por cima de si.

- Vamos embora daqui.

- Venham para a vila, precisam descansar um pouco. – Pumpkinmon disse, guiando os moradores e os digiescolhidos para longe daquele lugar.

Após retornarem para a vila, Shuichi descansou um pouco enquanto Yuu conversava com Sepikmon.

- Foi você que tentou me ajudar àquela hora?

- Sim, foi. Seu amigo me salvou dos Dokugumons.

- Que bom que tudo acabou. – Shuichi disse, chegando ao local que estava, que era a sala da casa de Doumon

- Infelizmente ainda não acabou.

- Como assim, Yuu?

- Darkdramon ainda está vivo, tenho certeza disso. – Elecmon disse – Temos que voltar e lutar.

- Mas o acesso até o Continente Sombrio não existe mais. – Sepikmon disse

- Talvez alguém possa ajudar. – Pumpkinmon disse, entrando na sala

- Quem? – Shuichi questionou

- Eu. – uma digimon alta entrou no local. Era Doumon

- Mestra Doumon, a senhora acordou! – Sepikmon comemorou

- Susanoo cumpriu a palavra? Eu não esperava por isso. – Bearmon disse

- Quer dizer que a senhora sabe como podemos sair daqui?

- Sim, jovem Yuu. Venham comigo.

Depois de os digimons da vila comemorarem um pouco a volta de Doumon, a líder levou Yuu e o restante para a floresta, até que chegaram em uma espécie de estação de trem.

- Que lugar é esse? – Yuu perguntou

- Esse é o Terminal Sombrio. – Doumon respondeu – Era aqui que os Trailmons paravam para deixar turistas que vinham ver nosso Halloween.

- Trailmons? Os da história? – Bearmon perguntou

- Sim. Existia uma malha ferroviária em tempos antigos que cobria todo o Digimundo. Infelizmente, foi tudo desativado durante a grande guerra.

- Guerra? – Shuichi perguntou – Teve uma guerra aqui?

- Sim. Uma guerra mais antiga que a presença dos humanos no Digimundo. Perguntem a Gennai sobre isso, é dever dele explicar.

- Enfim, a senhora disse que tinha um jeito de sair daqui, mas não existem mais ferrovias no Digimundo.

- Acalme-se, jovem de cabelos brancos. – Doumon disse, dirigindo-se a uma imensa caixa de força, ligando vários mecanismos.

- Hãn? Quem está aí?

- Angler, sou eu, Doumon.

- Ah, senhora Doumon, há quanto tempo! Sinto que dormi por eras!

- Digiescolhidos, esse é um Trailmon do tipo Angler.

Analisador de Digimon

Trailmon

Digimon na fase perfeita que é usado como meio de transporte para percorrer enormes distâncias.

- Angler, a guerra acabou há muito tempo. Diversos eventos ocorreram. Quando voltar, eu lhe passarei os detalhes, mas agora quero que me faça um favor.

- O que desejar.

- Leve estes jovens para o Continente Server, eles precisam se reunir com seus amigos.

- Para onde querem ir, especificamente?

- Para a região do deserto. – Elecmon respondeu

- Muito bem. Entrem, garotos! Próxima parada, terminal do Deserto.

- Senhora Doumon, como a senhora sabe tudo sobre os digiescolhidos se não tem como chegar ao Continente Server. – Yuu questionou

- Apesar de tudo, não estamos incomunicáveis. Como sou uma líder de região, Gennai me mantém informada de tudo.

- Entendi.

Yuu, Shuichi, Elecmon e Bearmon despediram-se de Doumon e entraram em Angler, que começou a se mover. A malha ferroviária estava se materializando rapidamente. O trem percorreu o lugar de forma rápida, até chegar em um imenso portão de pedra.

- Olhem pela janela, garotos. Esse é o acesso ao continente, o Portão Sombrio.

Os jovens olharam a enorme estrutura, enquanto atravessavam o portão. Depois de passar por ele, a luz e o oceano se fizeram presentes. Os trilhos estavam suspensos sobre a água.

- Ah, ainda bem. Achei que ficaríamos presos lá pra sempre. – Shuichi disse, sentando-se.

- Conseguimos sobreviver. – Yuu disse, sentando ao lado de Shuichi e recebendo um forte abraço espontaneamente. – E-Ei, e essa agora?

- Fiquei preocupado com você. – apertou o abraço – Muito obrigado pelo que me fez.

- Ah, que é isso, só fiz o que sempre faço.

- Não, sério, estou muito agradecido.

Yuu sorriu e correspondeu ao abraço de Shuichi.

 

No desfiladeiro, Silphymon havia sido jogada contra uma parede e estava desacordada. Imperialdramon continuava lutando contra Darkdramon, enquanto os digiescolhidos subiam o desfiladeiro através de um túnel cavado por Digmon.

- Temos que nos afastar daqui. – Cody disse

- Mas e a Silphymon? – Yolei perguntou preocupada

- Ela vai ficar bem, eu tenho certeza. – Ken disse

Todos já estavam do lado esquerdo do desfiladeiro. Darkdramon preparou sua lança e jogou Imperialdramon numa rocha.

- Acabou!

Chifre Colossal!

Uma rajada elétrica fez Darkdramon se afastar. Ele olhou para cima e viu AtlurKabuterimon.

- É o Izzy! – Davis comemorou

- Cheguei a tempo, ainda bem.

- Ha, se acham que podem me deter estão enganados! – Darkdramon disse e levantou voo, indo na direção dos digiescolhidos. O forte vento criado por sua velocidade jogou cada um para um lado. Ele virou seu olhar para Chloe.

- Você será a primeira.

- Não! – Renamon se pôs à frente da parceira

- Renamon...

- Então morram as duas. Giga Bastão-Lança!

- Chloe! – Kari gritou

Renamon e Chloe fecharam os olhos enquanto Darkdramon ia na direção delas apontando a lança. Aquele seria o fim... ou não.

Chloe e Renamon foram pegas pela cintura por Tai, que pulou para frente para desviar do ataque de Darkdramon, o qual criou uma imensa rachadura no chão.

- Argh! Moleque maldito!

- Sua luta é comigo.

- O que?

Darkdramon recebeu um forte soco de WarGreymon, sendo atirado para longe.

- Você está bem, Chloe? – Tai perguntou

- Acho que sim. Ai!

- O que foi?

- Meu tornozelo.

Tai pegou a morena nos braços, deixando-a corada.

- Pessoal, vamos nos afastar mais. – Izzy disse, depois de ser deixado no chão por AtlurKabuterimon

- A Silphymon está ali. – Kari apontou para a digimon

- Vamos trazê-la, agora deixem tudo por conta de Imperialdramon, WarGreymon e AtlurKabuterimon.

- Certo.

Os digiescolhidos e seus digimons se esconderam atrás de uma rocha. Tai continuava segurando Chloe nos braços.

Imperialdramon acordou Silphymon e a mandou para onde os digiescolhidos estavam. Levantou voo e ficou ao lado de WarGreymon e AtlurKabuterimon. Darkdramon deu um riso debochado.

- Agora as coisas estão ficando bem mais interessantes.


Notas Finais


E aí, curtiram? Comentem o que acharam, críticas construtivas são bem vindas. Até os próximos capítulos, abraços de yandere XD.

Links:
Pandamon: https://goo.gl/R3XVgm
Trailmon (Angler): https://goo.gl/4gd0Bk

Música da digievolução: https://goo.gl/4QlujA


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