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História Diluviano Amor - Dia Nublado


Escrita por: DiamondCAT

Notas do Autor


Olá, realmente não sei como fazer isso... Mas tudo bem, quero primeiramente desejar uma boa leitura, espero mesmo que gostem. Segunda coisa, espero que se divirtam com o Gray narrando esse capítulo.
Agradecimentos mais que especiais para minhas amigas Kelli e Tainara que tiveram a paciência de revisar e palpitar na fanfic para que ela ficasse melhor.

Abraços da Diamon Cat

Capítulo 1 - Dia Nublado


Fanfic / Fanfiction Diluviano Amor - Dia Nublado

Acordei com o braço direito dormente e o resto do corpo pendendo a voltar ao sono profundo. Rastejei pelos lençóis brancos até a borda da cama e me pus de pé caminhando em marcha lenta em direção ao banheiro. Liguei o chuveiro e me despi da cueca que me impedia de ficar totalmente nu. Peça de roupa miserável, gosto mesmo é de ficar assim, livre.

Entrei debaixo da água que caía sem impedimentos e se chocava, gota por gota, no meu corpo antes suado. Tive uma noite turbulenta, cheia de percalços e discussões com ela, a linda e tempestuosa mulher que de vez em quando fala em terceira pessoa. Ah, aquele trejeito na fala que acontece quando ela fica nervosa e me deixa bobo mesmo estando bravo. Não importa o quanto eu esteja com a razão, ela sempre consegue desbancar meus argumentos fazendo ou falando coisas tolas; mesmo assim, às vezes, eu continuo tentando ser "o certo".

Ontem a briga começou por um comentário estúpido que fiz enquanto jantávamos, ela me olhou séria e fria perguntando se eu pensava aquilo mesmo, respondi que sim de forma descontraída não tendo noção que aquilo a magoou. Os olhos focados no prato de macarrão apenas brincando com os pedacinhos de bacon, sem pôr mais uma garfada na boca, ela se levantou e foi para o quarto. Respirei fundo e a segui para tentar saber o que realmente estava acontecendo. Encontrei ela sentada na cama, me olhando com certo enfurecimento, me encostei no batente da porta e a convidei para voltar à mesa, apenas vejo o balançar negativo dos cabelos azuis. Como um bom cabeça quente que sou, acabei explodindo em frustração por não entender o que estava se passando naquele momento e falei mil palavras precipitadas tentando mostrar meu ponto de vista. Ouviu quieta todo aquele falatório regurgitado de longos minutos, a boca rosada se abre preanunciando a fala que não saiu.

Vi ela enxugando o rosto com as costas da mão as lágrimas que podiam pesar tanto as nuvens quanto meu coração. Fui em direção à ela me colocando de joelhos em sua frente. Falei em vão que combinamos de ela passar a noite em casa, mas apenas obtive o silêncio como resposta. Não demorou muito para ela ir embora, recusou minha carona e qualquer tipo de comunicação vinda de mim. Depois que a porta se fechou, me despi e desabei na cama querendo que tudo isso não fosse verdade.

Terminei de me banhar e voltei para o quarto me sentando na cama. Fitei uma foto nossa no celular, pensei em ligar mas acabei optando por ir até a casa dela. Tenho a ideia de comprar sushi no caminho e fazer uma surpresa, eu sei que ela ama sushi, mas não sei se ela me ama mais. Não é a primeira vez que isso aconteceu, eu sou um estúpido mesmo. Suspirei desanimado, me pus de pé e vesti uma roupa casual.

Peguei as chaves do carro e tranquei a porta, por um instante fiquei parado saboreando uma lembrança em que Juvia escondeu minhas chaves no chapéu. Terminei de descer as escadas e depois de sair da garagem com o carro, reparei no céu extremamente escuro. Isso não era bom sinal.

Cheguei no Wang, nosso restaurante favorito, como era cedo, 11h02 da manhã, eles ainda não haviam recebido clientes. Cumprimentei o sushiman e pedi a maior barca que eles tinham, simplesmente 137 peças do sushi mais delicioso da cidade. Em 30 minutos a barca estava pronta para a viagem, paguei o valor cobrado e me encaminhei ao carro com a barca ensacada. Dirigi até o apartamento de Juvia, entrei no prédio e recebi um enorme sorriso do porteiro que já me conhecia bem. Ele disse algo como "ontem Juvia estava cabisbaixa, senhor Gray." Eu assenti com a cabeça e um sorriso pegando o elevador quase lotado.

Finalmente chego no andar certo, olho para a única porta azul do décimo quarto andar. 11h57, tenho certeza que ela ainda não havia almoçado. Tomo fôlego e coragem juntamente com paciência para tocar a campainha, não quero estragar tudo, não mesmo. Dzzzz, essa onomatopeia define o som estranho que a campainha de Juvia faz, ela disse que dá um toque diferente para o apartamento lembrando o som das casas antigas. Depois de ouvir alguns passos em direção à porta, o som do tilintar das chaves destrancando a fechadura ecoam no corredor. Uma fresta se abre permitindo-me ver minha azulzinha, olho para ela com um sorriso bobo e balanço a sacola como uma bandeira branca de paz de quem realmente pede por clemência.

Juvia abre a porta deixando o caminho livre para eu entrar, deixo as sacolas na mesa e reparo mais detalhadamente nela. Ela estava vestindo um moletom folgado que passava da altura dos shorts de pijama, suas pantufas de fantasma a deixavam com um ar ainda mais preguiçoso. Tenho que confessar algo, acho extremamente sensual quando ela está assim, me faz lembrar das boas manhãs que ela acorda do meu lado com o cabelo bagunçado e roupas que não combinam. Estava quase entrando em um estado de transe quando reparei em seus olhos inchados resultados de horas chorando. Não gosto de vê-la assim, cabisbaixa e triste.

– Ahn, Juvia, eu quero te pedir desculpas antes de tudo – comecei a falar meio sem jeito, não queria cair em passo falso de novo. – Eu sei que fui um completo idiota e não te mereço, mas por favor, pensa com carinho no nosso amor, tá bom? Não desiste dele não, te peço de verdade.

Ela me olhou profundamente quase me alcançando o fundo da alma. Aqueles olhos azuis brilhantes como o mar agora começavam a ficar preenchidos com pseudolágrimas que não eram nem de tristeza nem de raiva. Juvia ficou me fitando como se estivesse tomando coragem para falar.

– Gray-sama, Juvia não quer ficar sem você do lado dela. Juvia te perdoa e te ama muito, mas Gray chateia Juvia quando fala das rivais do amor. Gray-sama...

Rapidamente, envolvi ela nos meus braços colocando o delicado rosto úmido contra o meu peito. Meu coração batia tão freneticamente que balançava nós dois, também conseguia sentir e ouvir a respiração pesada de Juvia devido ao choro. Emoldurei as bochechas dela com as mãos e a olhei nos olhos secando as lágrimas que se depositavam no canto dos olhos.

– Você será sempre única e especial para mim. Nenhuma outra pode tomar meu coração porque ele já te pertence, Juvia.

– G-Gray-sama, o coração de Juvia é seu também.

Beijo a testa dela com ternura seguido de um selinho carinhoso.

– Eu te amo, Juvia.

– Juvia te ama também, Gray-sama.

Trocamos sorrisos e olhares apaixonados um com o outro. Confesso que nem sempre é tão bonito nosso relacionamento, mas ele sempre é sincero. Me sinto muito melhor agora que fizemos as pazes. Percebo o sol invadindo a sala com seus raios que finalmente não são mais detidos pelas grossas nuvens provenientes da tristeza de Juvia. Mas ainda faltava algo para tudo ficar perfeito.

 – Vamos comer?

 – Juvia está morrendo de fome.

Nos sentamos no sofá já com os pratos servidos e saboreamos aquelas suculentas peças de sushi. Juvia e eu acabamos de comer e guardamos o que sobrou do nosso banquete nipônico. Voltamos para o sofá nos deitando sobre o estofado, ela estava tranquila dentro do meu abraço e serena como as nuvens no céu.


Notas Finais


Obrigada e espero que tenham gostado.


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