Ana estava sofrendo de depressão e uma amiga lhe aconselhou a fazer uma terapia de transgressão, ela achava que talvez mexendo diretamente no meu subconsciente, ela poderia ficar curada mais depressa. E assim o fez, procurou um médium especializado e assim sem nada a perder começou.
Ela deitou-se em uma poltrona acolchoada e com o barulho do tic-tac do relógio de bolso, adormeceu sob o efeito da hipnose. Talvez tenha se aprofundado demais em seu subconsciente por que chegou a um lugar escuro, abafado (sim ela podia sentir a sensação). Aos poucos foi se acostumando a escuridão e saiu passando a mão até achar uma parede, a seguiu e achou uma entrada. Era uma porta, entrou no espaço e ao passar a mão encontrou um interruptor.
O acendeu e ao iluminar o pequeno quarto vazio, viu uma mulher, branca, nua, de cabelos longos até as nádegas de costas. Ela gelou, sentiu o seu batimento cardíaco mais intenso, as mãos estavam geladas e assim as luzes se apagaram.
Procurou o interruptor novamente e ligou.
A mulher ainda estava lá, mas agora olhava de lado e o seu corpo estava apodrecendo, feridas de pus brotavam da sua pele, suas unhas caiam, sua pele estava em pura gangrena e se cabelo caia com pedaços de sua pele. Ela fazia um constante grunhido.
Aos poucos começou a sair do quarto e assim que a luz se apagou novamente, correu pela escuridão. Lá não existia nada, apenas o escuro.
Vozes começaram a ecoar pelos cantos e risadas maléficas tomavam conta da sua mente. Vozes com ordem de morte.
Algo a agarrou levando a ao chão e aos gritos e lagrimas foi mordida, gritou até sua garganta doer e o ar acabar em seus pulmões.
-Ana, Ana, acorde! Por Deus Ana, acorde!
Aos gritos Ana caiu ao chão. O médium a segurou enquanto ela gritava freneticamente.
- Calma! Você esta de volta!
Após 15 minutos Ana se acalmou, aos prantos começou a contar ao médium o que tinha visto e a cara que ele fez, não foi das melhores.
-Ana eu lhe peço perdão, eu não sei como você foi para lá.
-La onde? – Disse Ana com os olhos arregalados.
-Você caiu em uma dimensão onde espectros vivem. São seres sombrios que vagam entre o plano deles e o nosso. Na maioria das vezes eles não podem fazer mal, eles apenas observam e depois voltam para seu lugar.
Olha está tudo bem, você vai ficar bem pode confiar.
Ana saiu correndo de lá, mas ao colocar a bolsa no ombro sentiu uma intensa dor e ao abaixar a blusa viu uma mordida profunda.
As horas passavam e em sua cabeça não encontrava uma explicação, estava entre a certeza da mordida e o quanto absurdo essa historia de outra dimensão podia ser.
As três da manha já não conseguia mais ficar em pé e assim caiu em sono profundo.
- Ana! – Uma voz estranha e suave a chamou pela escuridão, ela sentiu- se flutuando. Com uma força absurda foi arremessada contra uma parede e ao tentar ver, encontrou a mulher novamente.
Aos gritos Ana acordou, arfando e desesperada, não passou de um sonho. Procurou o interruptor do abajur e ao abrir os olhos viu pés brancos e podres, seu corpo inteiro estalou. Ao levantar os olhos viu que se tratava de uma mulher, nua, a mesma do sonho.
A mesma pele podre, com apenas alguns fios em uma cabeça deformada e em lugar de olhos, buracos vazios e dentes afiados tortos.
Ao fim da madrugada toda vizinhança escutou seu ultimo grito de dor.
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