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História Diretriz - Prólogo


Escrita por: spiderhead

Notas do Autor


Olá,
Aqui estou eu novamente, começando mais uma fanfic.
Eu não sou muito de escrever, e a ideia pra essa fic veio quando eu estava em um dia péssimo. Desde então eu venho achando inspiração para escrever em meus dias ruins. Não sei quando eu atualizo novamente, pode ser em poucos dias ou em meses.
Mas não desistam de mim, uma hora eu apareço ):
Boa leitura!

Capítulo 1 - Prólogo


 

Eu nunca quis escrever. Ou melhor, eu nunca achei que um dia a dor fosse tão grande que eu precisaria colocar ela em um pedaço de papel. As pessoas não me escutam mais. Eu não quero que elas me escutem.

Até que é mais fácil do que eu achei que seria. Não passei mais do que dois minutos batendo o lápis na folha para as palavras saírem facilmente. De forma escrita, claro. Quando eu vou falar, elas não saem, formam um nó em minha garganta, se atropelando e me fazendo ficar vermelho, tão desnorteado que até meus pensamentos ficam confusos.

Acho que eu vou passar a escrever mais. Mas continuo achando me achando idiota, sentado no chão do meu quarto vazio, encostado na cama e passando tudo o que eu penso para uma folha. Sem linhas. Não gosto de linhas, elas me forçam a escrever corretamente, em linha reta. Quando a folha não tem linhas é mais divertido. Eu gosto de ver as palavras subirem e descerem, em uma inconstância que dizem ser típica minha.

Sua voz morrera na última frase. Frank Iero encontrava-se tão vermelho que podia sentir seu rosto queimar. Olhava para baixo, encarando os pés, enquanto ouvia o silêncio ensurdecedor que parecia não ter fim, mas que logo foi quebrado.

- Eu também não gosto de linhas. – o garoto sussurrou, pouco parecendo se importar com o clima pesado que tomou conta do local quando Iero acabou de ler uma parte do seu ‘’Deposite Tudo Aqui’’. Um projeto inútil, como pensava Frank.

Ele foi forçado a erguer o rosto, encarando o menino ao seu lado e sorrindo em resposta. Não queria deixar o garoto no vácuo ou algo do tipo, sendo ele o único que se atrevera a falar algo depois de Frank ter ficado pelo menos uma eternidade lendo aquela folha de papel amassado. Na verdade, não tinha se passado nem cinco minutos.

Além de que Iero nunca tinha visto o garoto por ali. Infelizmente conhecia cada pessoa que estava sentada naquela rodinha improvisada de almofadas no chão, se não por nome, por rosto. Ele tinha certeza absoluta que o garoto era novo.

- Muito bom, obrigado Frank. – Ray dissera, olhando ao redor e tentando encorajar as pessoas a lerem, dando o seu melhor olhar simpático.

Frank suspirou perdido em pensamentos, enquanto Ray, que não conseguiu fazê-los abrirem a boca, continuou a falar sobre ‘’como era bom as pessoas se abrirem assim’’ e ‘’ todos deviam tomar a iniciativa igual Frank e ler o que trouxeram’’. A verdade era que Iero queria acabar logo com isso. Sabia que se alguém não fosse primeiro, ninguém iria, ninguém tomaria coragem para ir. Dinâmicas em grupo funcionam assim. E como Raymond o dissera uma vez, em uma das consultas particulares, a coragem é uma coisa que ele deveria trabalhar; covardia não o levava a nada.

Em uma fração de segundos, sua mente já viajava entre quais músicas ele queria aprender a tocar no violão ou na guitarra, enquanto ouvia murmúrios de pessoas ao seu redor que, aos poucos finalmente começaram a ler os malditos diários. Aquela era a segunda semana que o projeto tinha sido colocado em prática! Porra, se os primeiros dias já estavam sendo assim, imagina como seriam os outros. E os outros... e os outros...

O tempo não passava e Frank tentava realmente focar-se no debate, muitas vezes até fingindo-se de interessado, balançando a cabeça em concordância ou expressando surpresa, diversas faces ensaiadas. Estava no meio de uma expressão perfeita de choque (quando uma das garotas disse que estava apaixonada pelo primo de terceiro grau) e escutou uma risada baixa ao seu lado.

Virou-se lentamente, ficando em frente ao garoto anterior e fechou a cara, vendo que sim, o cara estava claramente rindo dele. Mostrou-lhe a língua, em uma resposta muito adulta, fazendo o garoto tombar a cabeça levemente para trás e rir mais, apenas sacudindo os ombros, sem emitir som. Um tanto quanto estranho.

Iero deixou o garoto rindo sozinho ao retornar sua atenção para Ray, que estava de pé no meio da roda, com as mãos juntas em frente ao corpo, em sua pose típica. Ao vê-lo de pé, Frank se animou. Finalmente!

- Muito bem, turma. Hoje foi um dia produtivo.

Era sempre a mesma frase de encerramento. Em seguida, viria a hora das pessoas ficarem mais incomodadas e sem graça do que no começo do encontro.

– Parabéns, Frank – continuou Ray, olhando para Iero – continue dando o primeiro passo. É importante. Elisa, – Ray virou-se para olhá-la – não vejo problema em seu romance, mas você tem que ter a ideia de que nem sempre é bem visto pela sociedade parentes, mesmo que distantes, se relacionarem. Mas se não a prejudica e é o que te faz bem, nenhuma barreira irá te atrapalhar, menina. – A expressão no rosto de Elisa quase fizera Frank sorrir. Quase. – E Gerard...

Todos os rostos se viraram para o garoto ao lado de Frank, este que ficou mais branco do que já era e Frank podia jurar que o menino iria desmaiar. A voz que Ray se suavizou ao ver o pânico no rosto do garoto novo.

– Gerard, eu vi que você tem quase um livro aí. Quero que tente ler no próximo encontro, okay? É importante para nós conhecermos mais um pouco de você. – Gerard assentiu, sentindo-se pequeno sob todos os olhares, mas lembrou-se do que Ray o dissera mais cedo e tentou não parecer muito assustado, pegando as folhas (muitas folhas) ao seu lado, enrolando-as rapidamente antes de enfiá-las no bolso de seu moletom, pouco se importando que elas eram compridas demais e por isso, uma parte ficava sobrando.

Frank percebera o quão desconfortável o menino estava, talvez ficando até com pena. Lembrou-se momentaneamente do seu primeiro dia ali, o pânico era realmente como um rito de passagem. Ao seguir os movimentos do outro com o olhar, pouco se importando de estar encarando muito, ele sorriu para Gerard, desejando-o uma boa noite ao que escutava o ‘’Até semana que vem’’ sempre muito animado de Raymond. Essa frase sempre lhe dava a sensação de ser livre novamente.

Levantou-se em seguida, não ficando para ver se receberia um sorriso de resposta. Amassou a folha em suas mãos, em uma pequena bola e jogou-a na lata de lixo ao lado da porta, saindo em seguida e sentindo o alívio de estar fora daquele lugar. Um novo ano, mas a rotina iria continuar a mesma. Sendo o mais cliché possível, segundas feiras sempre seriam o pior dia para Frank Iero; e ele tinha motivo.

Voltou para a casa andando, um tanto quanto rápido por estar de noite e seu bairro, apesar de seguro, deixava a duvidar quando as luzes das lojas começavam a se apagar. Em poucos minutos, chegou em casa e subiu direto para seu quarto, na esperança de fugir das perguntas costumeiras da mãe. Não estava afim de responder que sim, é legal lá, e que, não, não tinha nada de novo, continuava sempre a mesma coisa do ano passado.

Adentrou o quarto, trancando a porta atrás de si. Sua mãe detestava que ele o fizesse, mas porra, era a sua privacidade, o seu quarto. Após tomar um banho quente que o deixou completamente relaxado e preguiçoso, Frank seguiu de toalha para a cama, deitando-se e só conseguiu ficar completamente confortável quando a peça não estava mais no seu corpo e ele estava totalmente nu e enrolado nas cobertas. Estava tão confortável que em pouco tempo dormiu, e dormira um sono pesado que era mais do que raro.

Acordou na manhã seguinte com a estranha sensação de ter tido um sonho bom, daqueles que você se esforça o dia todo para lembrar e não consegue, mas sabe que foi bom simplesmente por acordar feliz. Ele só conseguia se lembrar de uma coisa. Uma cor: verde.


Notas Finais


Bom, tem uma pequena homenagem no meio, para a minha história favorita de todos os tempos. ♥ (buy bright on itunes)
E aquela coisinha de sempre: se acharem algum errinho, podem me gritar, etc.
Espero que tenham gostado tanto quanto eu gostei.

Até o próximo!


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